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Furtado, Cassia C. & Oliveira, Lídia (2010). “A


Biblioteca Escolar na Formação de
Comunidades de Leitores-Autores via...

Article in Informação & Sociedade: Estudos · January 2010

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Lidia Oliveira Cassia Furtado


University of Aveiro Universidade Federal do Maranhão
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A BIBLIOTECA ESCOLAR NA

artigo de revisão
FORMAÇÃO DE COMUNIDADES DE
LEITORES-AUTORES VIA WEB

Cassia Cordeiro Furtado*


Lidia Oliveira**

RESUMO O artigo faz um recorte na literatura científica sobre a


importância da leitura na sociedade atual e acentua a
responsabilidade da escola e da biblioteca no incentivo
a prática da leitura literária. Recomenda a formação de
comunidade híbrida leitor-autor, pela biblioteca escolar, não
só, através da plataforma digital, mas também, com aliança
e interação entre as várias textualidades. Considera que
com o uso das tecnologias participativas, a biblioteca escolar
* Departamento de Biblioteconomia da
pode aproximar crianças e jovens da literatura, uma vez que Universidade Federal do Maranhão.
seus principais usuários são os nativos digitais e convivem Doutoranda em Informação e Comu-
nicação em Plataformas Digitais - Uni-
de forma habitual e intuitiva com o aparato tecnológico que versidade de Aveiro.
permeia a humanidade. E-mail: cfurtado@ua.pt

** Departamento de Comunicação e
Palavras-chave: Biblioteca Escolar. Comunidade de Leitores-autores. Leitura. Artes - Universidade de Aveiro. Pes-
quisadora do Cetac.media.
Escrita. E-mail: lidia@ua.pt

1 INTRODUÇÃO ou estilos, como tem acontecido entre


as gerações anteriores. Verificou-se uma

A
sociedade contemporânea é marcada pela enorme descontinuidade. Poderíamos
até chamar-lhe uma “singularidade” -
naturalização das tecnologias nas rotinas
um acontecimento que muda as coisas
cognitivas e sociais dos indivíduos, de de tal modo que não há absolutamente
tal modo que se torna habitual e intuitivo o uso nenhuma ligação com o passado. O que
das mesmas, em particular, das tecnologias da designo de “singularidade” é a chegada
informação e da comunicação. Neste contexto, e a rápida disseminação da tecnologia
digital nas últimas décadas do século XX.
deve-se repensar o papel da biblioteca escolar na
(PRENSKY, 2001, p.1-2, tradução nossa/
formação de leitores, levando em consideração grifo nosso).
que seus usuários se caracterizam por serem
nativos digitais e têm novas expectativas acerca
da biblioteca e novas competências centradas no Só tendo em mente esta singularidade/
uso da tecnologia. descontinuidade geracional (nativos/imigrantes
digitais) e as implicações que isso provoca
É incrível que em todos os debates na forma como os jovens encaram a leitura, a
sobre o declínio da educação nos E.U.A. questão da partilha e a geração de comunidades é
ignoramos o mais fundamental das suas
causas. Os nossos alunos mudaram que se poderá aspirar a reflectir sobre o fenômeno
radicalmente. Os estudantes de contemporâneo da leitura.
hoje não são mais as pessoas que Dessa forma, é fundamental trazer para
o nosso sistema educativo foi o processo de investigação e de construção
concebido para ensinar. Hoje em dia reflexiva de conhecimento os próprios jovens,
os estudantes não apenas mudaram de
forma incremental relativamente ao pois, eles têm um olhar situado a partir de um
passado, não mudaram simplesmente as prisma e de uma praxis diversa do investigador
suas gírias, roupas, adornos de corpo, adulto, imigrante digital.

Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 13
Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

O contexto contemporâneo caracteriza-se Atualmente, a temática é estudada em


por ser marcado por um processo de transição várias áreas do conhecimento que apresentam
paradigmática, ao nível social, cultural, contribuições de destaque e o conceito de leitura
econômico e político. sofrem modificações. Entretanto, devido à sua
complexidade, não é um termo de conceito
É um período histórico que não se sabe simples e único.
bem quando começa e muito menos
Em particular, na área da Educação,
quando acaba. E uma mentalidade
fraturada entre lealdades inconsistentes ler ainda pode ser sinônimo de alfabetização.
e aspirações desproporcionadas entre Tfouni (1995) refere-se à alfabetização, no âmbito
saudosismos anacrónicos e voluntarismos individual, como aquisição de habilidade de ler e
excessivos. Se, por um lado, as raízes escrever, o que resulta, em regra, do processo da
ainda pesam, mas já não sustentam,
escolarização. Mas também, destaca os aspectos
por outro, as opções parecem
simultaneamente infinitas e nulas. A social, histórico e cultural da alfabetização,
transição paradigmática é, assim, um como práticas sociais de leitura e escrita, o que
ambiente de incerteza, de complexidade conceitua como letramento. O termo é muito
e de caos que se repercute nas estruturas usado na educação brasileira e é entendido como
e nas práticas sociais, nas instituições e
a capacidade do sujeito colocar-se como autor
nas ideologias, nas representações sociais
e nas inteligibilidades, na vida vivida e na (sujeito) do próprio discurso, não apenas do
personalidade. (SANTOS, 2000, p. 239) texto oral, mas também no que se refere ao texto
escrito.
Neste quadro de transição paradigmática, Contudo, para atingir esse patamar o
em que existe indefinição das fronteiras, é indivíduo (autor/leitor/autor) deve estabelecer
necessário investigar no sentido de criar ambientes elos entre a palavra e sua da compreensão
híbridos, que usufruam de séculos de experiência da realidade. Nas palavras de Freire (1989)
da leitura, como ferramenta cognitiva de aquisição integrar leitura e mundo. Assim, a leitura é vista
de conhecimentos e olhar para novos suportes numa perspectiva existencial, na construção de
e novas ferramentas, como os livros digitais e as sentido e na experiência crítica. Ao invés de “o
redes sociais na Internet, entre outras, como novas autor quis dizer”, o leitor passa a ser visto como
formas de dar continuidade às boas práticas da sujeito da leitura, que evolui e constrói a partir
leitura e da escrita a partir do ato de ler. do que ler.
Com este olhar de fronteira, entre os A sociedade atual, conhecida como
imigrantes e os nativos digitais, é interessante Sociedade da Informação,
vislumbrar oportunidades de interação criadora
entre os leitores, que permitam potenciar as [...] Representa uma profunda mudança
experiências das crianças e jovens, de forma a na organização da sociedade e da
economia, [...]. É um fenômeno global,
motivá-los para a leitura. A análise da questão
com elevado potencial transformador
da leitura, da biblioteca escolar e da comunidade das atividades sociais e econômicas,
de leitores, que são cada vez mais leitores- uma vez que a estrutura e a dinâmica
autores, far-se-á neste contexto de transição dessas atividades inevitavelmente serão,
paradigmática, pois urge uma leitura crítica que em alguma medida, afetadas pela infra-
estrutura de informações disponível
abra novas possibilidades às existências.
(BRASIL, 2000, p.5).

2 LEITURA Nesse contexto, a leitura tem um papel


decisivo na vida dos individuos, uma vez que se
A história da leitura sempre esteve atrelada constitui, ainda, o principal meio de informação,
ao processo de alfabetização, ou seja, fortemente aprendizagem e construção do conhecimento e
vinculada à decifração de signos alfabéticos participação social.
e restrita à identificação da palavra escrita. O individuo, na aprendizagem inicial, deve
Com o avanço de estudos, no último século, o ser capaz de ler e escrever, produzir e interpretar
conceito de leitura teve sua amplitude alargada, textos orais e escritos e participar de situações
compreendendo agora um processo complexo e de comunicação na sociedade letrada, missão
interdisciplinar (ZILBERMAN; SILVA, 1989). fundamental da escola (BINDÉ, 2007).

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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB

Além do que, a questão da cidadania A leitura literária realizada no contexto


também passa pelo domínio da leitura e escrita. escolar está distante do mundo das crianças
O analfabeto funcional, compreendido como a e jovens e de suas das experiências pessoais.
pessoa que apesar de alfabetizada na escola não Chartier, numa entrevista em 2007, alarmou que
é capaz de entender e produzir textos, encontra “a escola se afastou da literatura, principalmente
dificuldades para fazer uso efetivo da leitura no Brasil [...] é papel da escola incentivar a
e da escrita nas diversas esferas da sociedade relação dos alunos com um patrimônio cultural
atual. cujos textos servem de base para pensar a relação
O Instituto Paulo Montenegro (2009) consigo mesmo, com os outros e com o mundo”
apresentou dados alarmantes, do analfabetismo (CHARTIER, 2009).
funcional no Brasil, pesquisa realizada em 2001. A prática e o gosto pela leitura literária
Da amostra pesquisada 31% das pessoas foram dependem fortemente da escola e cabe à mesma
classificadas no nível 1, ou seja, conseguem retirar o incentivo desde as primeiras séries, com o
uma informação explícita apenas em textos muito uso de estratégias inovadoras e motivadores
curto. nesse processo. A escola deve “criar na sala
Nesse contexto, geralmente a criança, ao de aula um ‘universo de leitura”, é uma das
ingressar na escola, encontra obstáculos para sugestões interessantes de Sá (2004, p.19). Além
passar da oralidade para a escrita, em razão de necessitar de estímulo, a formação de leitores
do distanciamento com os textos escritos. passa pela questão de exemplos dos agentes
E ao chegar à escola, a criança encontra a do espaço social da criança, como professores,
leitura embutida de regras e normas, restrita bibliotecários, pais e da família. Devendo haver
a frações de textos previamente escolhidos e, parceria com relação à leitura; eles devem falar de
algumas vezes, obsoletos e desarmônicos com suas leituras com as crianças, autores prediletos,
a realidade do aluno. A leitura no contexto sobre literatura, trocar opiniões, sugestões.
escolar continua vinculada ao processo de A formação de leitores é responsabilidade
escolarização e não como um instrumento para do conjunto de instituições. A escola e professores
toda vida. devem chamar à família para compartilhar e
A escola se constitui como o espaço de informá-la sobre o tipo, estilo e nível de leitura de
aprendizagem, valorização e consolidação da seus filhos,
leitura e da escrita, integrado com o processo de
legitimação da literatura (ZILBERMAN; SILVA, [...] sensibilizar os pais para a importância
do livro e da leitura na educação,
1989). Porém, a literatura na escola é transformada
incentivando-os a adquirir livros para os
em atividade didática, limitada a exercícios de filhos, a acompanhá-los na descoberta
vocabulário e gramática. A imposição dos temas, do prazer de ler e, se possível,
dos autores, do gênero, dentre outras, não conduz a dialogar com eles sobre o
ao prazer do texto literário. No Brasil, os livros conteúdo das obras (GOMES,
1996, p. 17).
de literatura são usados como atividade de férias,
são escolhidos previamente pelos professores, A parceria com a família do educando
toda a classe lê o mesmo livro e, no termino (se é é essencial, mas torna-se numa preocupação,
que a leitura é iniciada) devem preencher a ficha uma vez que, em grande maioria, os pais não se
de avaliação. constituem leitores, não sabem trabalhar o texto
A Fundação Abrinq, instituição brasileira literário com as crianças e o livro de literatura
sem fim lucrativo que desenvolve projetos de não se faz presente no ambiente familiar. A
incentivo a leitura, conclui que razão para essa realidade decorre que também
[...] muitas escolas, tanto públicas quanto não foram incentivados na idade escolar,
particulares, não formam leitores porque fechando assim um ciclo. Neste cenário, a escola
nem sempre estão preparadas para lidar e a biblioteca têm um papel reforçado no sentido
com a literatura e transformam o que de quebrar a reprodução social de ausência de
deveria ser uma leitura prazerosa e livre
em uma atividade didática, compulsória,
rotinas cognitivas e sociais associadas à leitura
impessoal e utilitária, afastando as e incentivar as crianças para serem agentes
crianças dos livros (FUNDAÇÃO..., de mudança, na introdução da leitura e da
2008, p.37). literatura na rotina da família e da comunidade.

Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 15
Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

Com essa estratégia, escola, biblioteca e família do livro de literatura com as tecnologias de
estarão estabelecendo um elo essencial no informação e comunicação.
desenvolvimento da prática da leitura. Uma vez que a biblioteca escolar tem como
Foucambert (1994) enfatiza que a leitura público alvo as crianças e jovens deve atentar
literária não deve ser ensinada, mas sim, facilitada que a “geração net” nasceu e vive num contato
através do acesso a vários tipos de textos e do habitual e intenso com a tecnologia (TAPSCOTT,
desenvolvimento de atividades inseridas em uma 2009). Nesse sentido, deve desenvolver serviços
prática social e cultural. Assim, é fundamental a e atividades unindo o texto literário impresso e
participação das crianças em eventos culturais, digitalizado, objetivando, assim, conquista de
visitas frequentes as bibliotecas, feiras de livros, seus usuários, visibilidade e espaço na Sociedade
museus, teatro, cinema, contato com escritores, da Informação.
etc.
A biblioteca escolar, inserida no 3 COMUNIDADE DE LEITORES-AUTORES
sistema educacional, também coaduna com a
responsabilidade pela formação de leitores. O Observando a história da humanidade,
Manifesto da IFLA/UNESCO para Biblioteca verifica-se que a leitura já foi considerada uma
Escolar (2008) estabelece os objetivos das mesmas, prática coletiva, onde os letrados usavam a
em relação à leitura: Desenvolver e manter oralidade e, lendo em voz alta, transmitiam
nas crianças o hábito e o prazer da leitura e da aos outros o conteúdo dos livros. Depois, com
aprendizagem, bem como o uso dos recursos da a leitura em silêncio, surge a leitura pessoal e
biblioteca ao longo da vida: introspectiva (CHARTIER, 1991). Assim, percebe-
se que a leitura tem forte relação com a história e
cultura, influenciando e sendo influenciada pelas
[...] Oferecer oportunidades de
transformações que afetam a sociedade.
vivências destinadas à produção e uso
da informação voltada ao conhecimento, A questão da leitura é vista por
à compreensão, imaginação e ao estudiosos, como Chartier e Bourdieu (1996),
entretenimento; em uma perspectiva sócio-antropológica,
uma vez que, a leitura é muito mais do que
[...] decodificação de signos lingüísticos, realizada
de forma mecanicista. Considera-se a leitura
um processo de atribuição de significados e
Promover leitura, recursos e serviços da
biblioteca escolar junto à comunidade sentidos, incorporados na prática humana, com
escolar e ao seu redor. [...] (IFLA,2008). base na família e sendo fortemente influenciada
pelas instituições e organizações, que os
Assim, percebe-se a importância da indivíduos fazem parte ao longo de suas vidas,
biblioteca escolar no incentivo a leitura, não como escola, classe e grupo social, formação
só da leitura didática, mas também, a leitura profissional, etc.
como entretenimento e prazer. Não se trata Chartier (1991, 1999) chama atenção para
somente de complemento à aprendizagem a dimensão plural da leitura, entendida como
formal realizada na sala de aula, mas também, e diversas maneiras de praticá-la, modelos e
principalmente, trabalhar num contexto dinâmico modos que variam de acordo com os tempos, os
e interativo, proporcionando acesso à literatura e lugares e as comunidades. O autor ainda contesta
oportunizando a leitura prazerosa. as classificações que restringem e simplificam a
Através do texto literário, a biblioteca leitura em categorias, como: leitores e não-leitores
escolar pode ser o portal de ligação com o mundo ou alfabetizados e analfabetos. Explica Chartier,
da criança, aproximando escola e cultura lúdica “cada leitor, a partir de suas próprias referências,
infantil, pois, segundo Brougère (2006) “há uma individuais ou sociais, históricas ou existenciais,
enorme distância - quem sabe uma oposição dá um sentido mais ou menos singular, mais ou
-, que não se pode subestimar, entre a cultura menos partilhado, aos textos de que se apropria”
infantil contemporânea e a escola”. Para tanto, (1996, p.20).
deve valer-se de estratégias originais e atividades Dessa maneira, a leitura é um ato social e
lúdicas com o texto literário, através da união uma prática geradora de socialização, já que

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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB

[...] a leitura não se constitui em ato Assim, considera-se que, as tecnologias de


solitário, nem em atividade monológica comunicação têm possibilitado o surgimento de
do indivíduo, pois este indivíduo ao comunidades de leitores via web, nomeadamente
ler um texto, um livro, interage não
propriamente com o texto, com o livro, entre os jovens. E, estas podem ser apreciadas
mas com os leitores virtuais criados pelo como grupos de indivíduos com os mesmos
autor e também com esse próprio autor interesses literários e com intenção de socialização
(ROCCO, 1994, p.39). destes interesses, que giram em torno de um
O indivíduo sempre viveu em sociedade, autor e/ou uma obra literária, e usam a Internet
ao nascer tem como primeira instituição de para interação.
socialização, a família, depois passa a participar Segundo Eckert, Goldman, e Wenger
da escola, vizinhança, trabalho e outros. Destaca- (2009), as crianças e jovens vêem nas comunidades
se que, ao fazer parte de grupos sociais, o formas de adesão e identidade, de inserção no
indivíduo começa a estabelecer e manter diversas mundo. Considera-se que os jovens a construírem
relações com as pessoas, formando pequenos comunidade de leitores, partilham mais do que
laços em sua volta, baseado em sentimentos, o interesse literário, socializam também gostos,
preferências e interesses comuns. práticas, expressões, etc.
Com a Sociedade da Informação foram Os membros de uma comunidade
introduzidas novas formas de comunicação, compartilham experiências, estabelecem relações
agora as conexões tecnológicas, possibilitam de identidade e confiança, uns com os outros, o
a comunicação em várias direções, ao mesmo que contribui para a partilha e construção do
tempo e de formas nunca antes imaginadas. Da conhecimento (HUYSMAN; WENGER; WULF,
comunicação local, enraizada na condição espaço- 2003). Em razão da participação espontânea de
temporal do sujeito, para comunicação aldeia seus membros, as pessoas sentem-se a vontade
global, acarretando alterações nas coordenadas para expor e partilhar suas idéias, mesmo não
de espaço, tempo e local, nas quais os indivíduos havendo nivelamento e homogeneidade de
se envolvem. A partir de então, surgem novos conhecimento pelo tema, pois são nutridos pela
conceitos e teorias, em especial na área das paixão e identidade.
Ciências Sociais. Carvalho ao analisar uma comunidade, que
Dentre as mudanças ocorridas com o usa a plataforma digital, detectou que os jovens
desenvolvimento tecnológico, notadamente na têm prática de leitura e escrita e compartilham
área da informação e comunicação, verificam- essa prática via web.
se transformações na compreensão do que antes
No aparente “não-fazer-nada” os jovens,
era percebido como relações inter pessoais em geral, lêem, anotam fragmentos
e comunidade. Proximidade geográfica, do que lêem, inventam, criam textos,
agrupamento físico, vizinhança e parentesco eram escrevem livros baseados no que
sinônimos do conceito de comunidade. Porém, lêem, constroem sites dedicados ao
no momento atual, passa a ser apenas uma das que lêem, produzem sociabilidades
baseadas nos gostos literários
possibilidades de interação entre as pessoas, em (CARVALHO, 2009, p.13, grifo nosso).
virtude do notável aumento de relações mediadas
pela rede de computadores, acarretando assim Com a web 2.0 possibilitando, além do
novos conceitos e terminologias diversas. acesso a informação, a participação, tem-se agora
A vida em redes e comunidades é uma um novo usuário da informação: o autor e editor.
realidade na sociedade atual, nomeadamente, Levando isto em consideração, percebe-se que
no contexto de crianças e jovens, que são as comunidades de leitores tornaram-se, neste
“nativos” da geração permeada pelas tecnologias contexto, comunidades de leitores-autores.
de comunicação e informação e, agora, pela Reforçando o argumento, verifica-se no
convergência dos media. espaço web um número relevante de sites com
Chartier conceituou comunidade de leitores fanfic construídos pelos jovens. Fanfic é uma
como “aquelas comunidades interpretativas, cujos abreviatura do termo inglês fanfictions, que são
membros compartilham os mesmos estilos de histórias escritas por fãs, com base em textos da
leitura e as mesmas estratégias de interpretação” literatura juvenil contemporânea. A partir do
( CHARTIER, 1994, p.216). original eles constroem histórias modificando os

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Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

cenários, personagens e enredo. Apesar de, em instrumental, sendo desperdiçada oportunidade


algumas situações, permear a questão dos direitos de fazer elo da cultura digital com a educação.
autorais, de modo geral, as fanfic são permitidas Portanto, considera-se que o uso dos recursos
e estimuladas pelos autores, já que nascem a disponibilizados pela tecnologia deva contribuir
partir da paixão e admiração pela trama original para rompimento do fosso entre o sistema
e, principalmente, são criadas sem visar o lucro, escolar e a vida cotidiana das crianças e jovens.
somente dar asas à imaginação a partir da idéia E, principalmente, que os educadores devam
de outro, com forte sentimento de partilha. aproveitar o capital social que os mesmos possuem
Assim, considera-se que a leitura/ com relação à tecnologia para trabalhar e aprender
escrita em comunidade, online e/ou offline, juntos em um projeto colaborativo. “Pela primeira
traz contribuições para estimular, produzir vez, são as crianças as que melhor dominam um
e reconstruir conhecimento. As atividades novo aparato tecnológico e estão na ponta de um
colaborativas em torno de um texto envolvem processo transformador que atinge, cada vez mais,
ações, em que a pessoa precisa explicar e/ áreas da vida cotidiana” (AMARAL, 2008, p.45).
ou escrever o que pensa sobre o que leu. Tal Comparado com Japão, França, Espanha,
ato acarreta resultados positivos para todos Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Austrália,
os envolvidos, tanto para quem recebe a nova Suíça e Alemanha, “o Brasil é o país que mais usa
informação, que entra em contato com novos sites relacionados a comunidades, tanto em horas
conhecimentos, experiências e interpretações, gastas nesse tipo de site quanto no número de
como e ainda mais, para quem produz, pois tem acessos” (BRASIL, 2009).
a oportunidade de criar e expressar seu próprio Diante dessa realidade, coaduna-se com
conhecimento, de modo a se fazer entender por autores que sugerem a sua aplicação na educação.
seus pares. Wenger (2009) acentua que as escolas precisam
Como forma de incentivo à leitura e à proporcionar aos estudantes oportunidade
escrita literária para crianças e jovens Celaya para formarem comunidades, e não os isolar
(2008) sugere o uso das ferramentas da web 2.0. de muitas outras comunidades das quais os
mesmos participam. Cita-se também Miskulin
Há muito tempo que esses et al (2006) que acrescenta competir à escola
instrumentos eletrônicos deixaram de conciliar conteúdo retificado com contextos de
ser apenas um hobby para se tornar participação, permitindo assim, sentido para
os principais canais de comunicação os alunos e valorização das oportunidades de
e informação das novas gerações.
identidade e prática em comunidades.
[...] Através destas tecnologias pode-
se criar espaços para leitura e escrita Assim, concebe-se a escola como uma porta
mais próximo da forma como eles se viável para mostrar aos alunos que a participação
comunicam, o que motiva o seu futuro em comunidades deve ser usada para o lúdico
prazer de ler todos os tipos de textos, e para o aprendizado, em realce em torno da
em todas as mídias. (CELEYA, 2008.
literatura, na formação de comunidade de leitores
Tradução nossa).
– autores.
O texto literário é mencionado por Moss
e Baker (2009, p.320) como um tema atrativo e
4 BIBLIOTECA ESCOLAR E COMUNIDADE DE interessante para formação de comunidades no
LEITORES-AUTORES ambiente escolar.

No Brasil, percebe-se que a introdução das As escolas são lugares que podem
tecnologias de informação e comunicação nas promover um claro senso de comunidade
envolvendo funcionários, professores,
escolas tem se reduzido a aquisição e distribuição alunos e pais. Não há melhor tema para
de elementos tecnológicos, desacompanhados a construção da escola-comunidade
de infra-estrutura física e humana e de projetos do que a alegria e a emoção de ler.
eficientes de modo a gerar resultados positivos (Tradução nossa)
e relevantes na área educacional do país. Na
grande maioria dos casos, o computador vem Nesse sentido, observa-se que existe uma
sendo usado simplesmente como um recurso lacuna no espaço web, onde as crianças possam

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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB

trocar impressões, interpretações sobre textos vendas de seus livros impressos aumentaram
literários, discutir a obra, permutar informação consideravelmente após serem publicados
sobre autores, trocar sugestões de livros, divulgar gratuitamente, em formato digital” (ALMEIDA,
suas recriações e, ainda, considera-se que esse 2008, p.37). Assim sendo, a leitura de livros
espaço deve ser criado em torno da biblioteca. digitais, em sua totalidade ou somente de alguns
A biblioteca escolar, por não estar inclusa capítulos, poderá impulsionar a presença de
nas exigências da legislação educacional, com crianças e jovens na biblioteca.
relação a currículo, disciplinas, horas de aula e Nas comunidades online o usuário
outras, se enquadra como o ambiente ideal para participa ativamente de sua construção com
o incentivo à prática da leitura e escrita literária, a edição de textos, dessa forma, a publicação
em grupo e comunidade, quer no espaço web ou na web pode ser usada como estímulo para
no recinto da mesma. Trabalhando assim com a escrita das crianças e jovens. Mesmo
a imaginação coletiva, promovendo interesse reconhecendo que há especificidade na leitura
mútuo e repertório compartilhado, tendo como e escrita na Internet, destaca-se que pode
instrumento a literatura. haver “uma mediação entre o formalismo
Alguns autores e organizações já da escrita para a comunicação em qualquer
disponibilizam na web sites com temática espaço” (AMARAL, 2008, p.31), aqui incluso
envolvendo a literatura infanto-juvenil, mas o ciberespaço, pois, com base em Freire (2008,
pesquisas mostram que os mesmos não são p.70), “não há razão para se temer que o
conhecidos e poucos utilizados pelas crianças. internautês domine a língua”. Além do mais,
percebe-se que nos textos colocados dos sites
No que se refere aos hábitos na web,
pudemos verificar que a Internet é
de fanfic ou nos blogs construídos pelos jovens
usada para “jogos”. Foi mencionado a escrita se apresenta, em quase sua totalidade,
também o acesso a chats, a diversos sites com gramática e grafia formal.
para realização de pesquisas e a visita Enfim, a formação de comunidade de
a sites como de desenhos animados, leitores-autores pela biblioteca escolar poderá
de personagens, etc. Não é comum o
acesso a páginas educativas ou a histórias
contribuir para melhorar o aprendizado da
infantis. (AREND; RAMOS, 2007) linguagem e da língua portuguesa, já que
“nenhuma criança [ou jovem] gostaria de
A biblioteca escolar ao oferecer um serviço apresentar um texto na internet com erros”
nesse contexto, tem a possibilidade de trabalhar (AMARAL, 2008, p.32).
o acervo de literatura disponível nas escolas e Com base nos argumentos apresentados,
bibliotecas e somar a estes os livros digitalizados. considera-se que as mudanças e inovações devem
Pois, considera-se que o livro em papel, mesmo ser vistas como uma oportunidade de (r)evolução
com todo avanço tecnológico, continua a exercer do papel da biblioteca e incentivo para novos
o fascínio e encantamento nas crianças. O serviços e produtos, para fins de atração de seus
que se recomenda é uma sinergia entre varias usuários e presença no cotidiano de crianças e
textualidades. jovens.
Com o advento da web 2.0 tem-se a
possibilidade de oferecer maior motivação para a
literatura infanto-juvenil, devido à convergência 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
de múltiplas linguagens e oportunidade de Pesquisas recentes apontam que as
espaço para criação em torno do texto literário. bibliotecas escolares brasileiras ainda configuram
É função da escola e dos meios de uma realidade que precisa ser transformada.
comunicação [e da biblioteca escolar] Campello (2009, p.100) destaca “a noção da
manter o conceito do que é uma criação precariedade da biblioteca escolar no Brasil,
intelectual e valorizar os dois modos de situação que vem sendo, há bastante tempo,
leitura, o digital e o papel. É essencial
fazer essa ponte nos dias de hoje. excessivamente mencionada na literatura”,
(CHARTIER, 2009) como resultado de pesquisa com bibliotecários
de escolas do município de Belo Horizonte.
A propósito, a editora Baen Books, que Pesquisadores constataram, em investigação
publica livros de ficção “constatou que as envolvendo escolas públicas de São Paulo, que:

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Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira

[...] as entrevistas e as visitas realizadas Considera-se que um projeto de formação


durante a pesquisa mostram que a de comunidades leitores-autores nas escolas
minoria das escolas realiza algum tipo brasileiras, irá proporcionar otimização dos
de ação dinâmica entre a biblioteca e
o programa escolar vigente [...]. Nas laboratórios de informática, que, via de regra,
escolas em que se verificou a presença ficam subutilizados, devido à ausência de
de bibliotecas, há algumas que sofrem projetos educativos envolvendo a comunidade
as ações do tempo, como chuva e o escolar. Nesse sentido, pode ser um incentivador
vento, danificando assim o seu acervo e para o uso das tecnologias participativas na
o seu espaço. Há bibliotecas em que se
observou o fato de alguns livros estarem educação, por parte dos professores do ensino
estragados SOUZA; GIROTTO, 2009, básico.
p.394-395). Além do que, o contato das crianças
com a tecnologia dos computadores, de
Contudo, convém assinalar que esforços forma lúdica e atrativa, colabora para o
estão sendo feitos para modificar essa situação, aprendizado das ferramentas da informática
a exemplo de iniciativas do Conselho Federal de e conduz à inclusão digital com finalidade
Biblioteconomia, de projetos desenvolvidos por educativa.
universidades brasileiras e de alguns programas A biblioteca escolar ao oferecer o serviço
estaduais. Consideramos também de grande de comunidades de leitores, com o uso da web
valia Projeto de Lei Nº 3.044/2008, que tramita 2.0, amplia sua função de incentivo a leitura,
na Câmara dos Deputados, que dispõe sobre a pois a interação criadora entre os leitores
criação e manutenção de bibliotecas escolares em possibilita potenciar as experiências das
todas as unidades de ensino do país e ainda que crianças e jovens, de forma a motivá-los para a
a orientação e a supervisão das mesmas deverão literatura.
ficar a cargo de Bacharéis de Biblioteconomia Além do que, a interação entre entre
(BRASIL, 2008). pessoas, a partilha de interesses e de informações
Com relação ao acesso e uso de e a construção coletiva de conhecimento oferece
computadores e da Internet, no Brasil, os dados a ampliação das fronteiras sociais, culturais e
publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia educacionais.
e Estatística – IBGE, em 2009, revelaram uma Finaliza-se fazendo uso das palavras
evolução com relação aos números anteriores, incentivadoras de Lux (2007, p.14),
entretanto somente 34,8% da população bibliotecária e presidente da IFLA, biênio
brasileira têm acesso à rede mundial de 2007-2009; “Como bibliotecários, a nossa
computadores. missão é de interferir, se possível, ou
Diante dessa realidade, “[...] o que explicar aos administradores ou políticos
fazer então? Esperar que as condições básicas responsáveis o papel que as bibliotecas
sejam atendidas para então iniciar o projeto de podem ter no apoio aos seus programas”,
disseminação da cultura digital? [E de formação [em especial, programas do sistema de
de leitores?] Infelizmente, não há tempo?” educação e de informação].
(AMARAL, 2008, p. 101). E convidando os bibliotecários de
Embora a maioria dos estudos sobre escolas brasileiras a adotarem, com as devidas
o uso das ferramentas participativas na adaptações, as sugestões de Ivan Chew, no
educação tenha sido feita nos Estados documento publicado pela IFLA, em dezembro
Unidos e na Europa, considera-se ser de 2008, Web 2.0 and Library Services for Young
possível a adoção dessas experiências, com Adults: an Introduction for librarians (disponível
as devidas adaptações, para a realidade em www.http://www.ifla.org), dirigido
brasileira, em especial, com relação à rede de para bibliotecários em geral, com o objetivo
relacionamentos, pois, apesar de que grande de fazê-los “[...] entender e decidir a melhor
parte da população brasileira não tem acesso a abordagem na utilização dos social media como
Internet, “Os brasileiros são avançados no uso parte de seus serviços para jovens” (tradução
da internet. Adotaram coisas como o Orkut e nossa).
o Messenger mais que as pessoas em outros Pequenas iniciativas trarão grandes
países” (GREGO, 2009). contribuições para transformar essa realidade!

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A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB

THE SCHOOL LIBRARY IN THE READERS-AUTHORS COMMUNITY FORMATION VIA WEB

Abstract The article makes an indentation in the scientific literature on the importance of reading in
today’s society and emphasizes the responsibility of the school and library in encouraging the
practice of literary reading. It recommends the formation of a hybrid reader-writer community
for the school library, not only through the digital platform, but also with alliance and interaction
among the various textualities. It considers that with the use of interactive technologies, the
school library can get children and young people close to literature, once the school library main
users are digital natives who habitually and intuitively live with the technological apparatus that
permiates humanity.

Keywords: School Library. Community of Readers-authors. Reading. Writing.

Artigo recebido em 06/11/2009 e aceito para publicação em 28/01/2010

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