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Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
OVÍDIO PAHULA
MESTRE E DOUTORANDO EM DIREITO (CIÊNCIAS
JURÍDICO-ECONÓ MICAS) PELA FACULDADE DE
DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
LUBANGO (ANGOLA)
1-ª EDIÇÃ O
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Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
DEDICATÓRIA
AOS
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Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
NOTA INTRODUTÓRIA
Este trabalho é resultante das lições do autor na regência da cadeira de
finanças públicas e direito financeiro na Faculdade de Direito da Universidade
“Mandume-ya-Ndemufayo” na Cidade do Lubango (Angola) nos anos lectivos
de 2010, 2011, 2012 e 2013.
Entendemos que uma Faculdade só se ergue e se afirma no espaço
científico quando os seus docentes trazem à estampa os seus escritos. A
Faculdade não cresce e não avança com meras e supérfulas reuniões
administrativas.
Com certeza que estas lições ainda são pioneiras como a própria
academia (Universidade “Mandume-ya-Ndemufayo” ).
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Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
OVÍDIO PAHULA
MESTRE E DOUTORANDO DIREITO (CIÊNCIAS JURÍDICO - ECONÓMICAS)
DOCENTE DA FACULDADE DE DIREITO DA
UNIVERSIDADE MANDUME – YA – NDEMUFAYO – LUBANGO -ANGOLA).
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Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
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Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
I PARTE
CAPÍTULO I
O FENÓMENO FINANCEIRO
Nos séculos XII e XIV as ideias de débito, de prestação, terão sido expressões
oriundas do latim medieval «finatio» e «financia» cuja génese terá sido da
palavra «finis».
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Ovídio Pahula
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Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – Volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
página 4.
5
Economia Pública – é o ramo da economia que estuda a influência das receitas e despesas dos governos sobre o resto da economia.
6
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Santos, José Carlos Gomes – Economia e Finanças Públicas – 2ª- edição – Escolar Editora – 2007 – Páginas
Introdutórias.
7
Sobre este assunto ver:
- Cavaco Silva «Economia Pública» e Sousa Franco - «Finanças Públicas», em enciclopédia Polis, volumes II e III, S .
8
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – Volume I e II 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007
Página 3.
8
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
No mundo, tal qual o Estado dispõe dos seus meios (finanças públicas) para a
satisfação das necessidades colectivas (produção de bens públicos e semi - p
úblicos); os privados (empresas privadas, famílias, cidadãos), também
dispõem dos seus meios (finanças privadas)9 para a satisfação das suas
necessidades.
Na verdade, só o Estado por dispor de “ius imperii” pode cobrar receitas aos
cidadãos de forma coactiva, cobrindo a maior parte das suas despesas “com
um meio de que só ele dispõe a receita dos impostos” 12.
Dito de outro modo, para além do Estado, nenhum outro ente privado dispõe
deste meio de cobrança de receitas ao cidadão de forma coactiva (impostos).
Isto significa que a base de financiamento das empresas privadas se
circunscreve na troca cujos lucros dependem da qualidade e quantidade das
mercadorias bem como da oportunidade e saída dos produtos que geram
lucro, base fundamental das receitas das empresas privadas cujo objecto de
estudo pertence à economia política; enquanto a actividade de arrecadação de
receitas por parte do Estado com vista à satisfação das necessidades
colectivas – é objecto de estudo das finanças públicas (mais, concretamente,
do direito fiscal).
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Ovídio Pahula
13
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – I S C S P – Lisboa – 1992 – página 23.
14
Duverger, Maurice – Finances Publiques – 8ª- ed. Thémis, Paris, 1975, página 272.
foi infeliz, quanto a nós, a afirmação de Fernando de Castro Paiva -Lições de Direito Financeiro e de Finanças Públicas Angolanas edição da F.
D. U. A. N. 1ª- edição – 1998 – página 30, ao sustentar que «Nas finanças do Estado não são as receitas que determinam as despesas, mas sim as despesas
que determinam as receitas.»
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Ovídio Pahula
a) – De economia pública
b) – De economia privada
Nos nossos dias, é quase impossível “encontrar sistemas puros que adoptem
completamente e em sentido exclusivo um ou outro destes princípios, sendo
15
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
página 5.
11
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2. O PODER E A ECONOMIA
2.1. A ordenação económica
b) – intervenção económica
12
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c) Actuação económica
19
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito – Financeiro – volume I e II – 4ª- edição 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
página 11.
20
Para António L. de Sousa Franco – Finanças Públicas e Direito Financeiro – Volume I e II 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
Páginas 46 e 47 – Estruturas Sócio-Económicas – “é a forma como se configuram numa dada economia, quer os seus elementos extra – económicos
(condições geográficas, demográficas, institucionais, etc.), quer os elementos económicos permanentes: as estruturas de produção, da repartição, da
circulação e do consumo (estruturas económicas)”.
21
Por exemplo: correios e telecomunicações, certas modalidades de crédito, rádio e televisão, etc.
22
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
Página 12.
13
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14
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Ovídio Pahula
23
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – I S C S P – Lisboa – 1992 – página 66
24
ibdem – página 66.
25
Por exemplo: a satisfação das necessidades da colectividade bem como a sua função
tradicional, isto é, a de garantir a defesa, segurança, paz e tranquilidade.
26
Pahula, Ovídio – A evolução da Constituição Económica Angolana (tese de mestrado) – Lisboa – Novembro de 2008 – página 32.
15
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27
Martinez, Soares –. Introdução ao Estudo das Finanças, Cadernos de ciência e técnica Fiscal, Lisboa, 1967, páginas 159.
28
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
Página 69.
16
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● Liberalismo
● Intervencionismo
29
Pahula, Ovídio – A Evolução da constituição Económica Angolana – Tese de Mestrado – Lisboa – 2008 – página 30.
30
Para Sousa Franco – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página 50 - “
Embora o conceito de regime seja bem mais amplo, podendo designar todas as formas de articulação estrutural do poder com a actividade económica”
31
Sobre os regimes Liberalistas e intervencionistas do sistema Económico Capitalista, ver: Pahula, Ovídio – A Evolução da Constituição Económica Angolana
(Tese de Mestrado – 2008) – páginas 30 e 31.
17
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● Individualismo
● Colectivismo
32
António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 Página
51.
33
Individualismo, concepções solidárias, organicistas e transpersonalismos sociais.
34
Podemos enumerar outros modelos de sistemas económicos não dominantes tais como: o cooperativismo, o socialismo autogestionário, a social –
democracia avançada, o comunitarismo terceiro – mundialista, etc.
18
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35
Adam smith, Jean – Baptiste Say, David Ricardo e outros.
36
- Nunes, Elisa Rangel – Lições de finanças Públicas e de Direito Financeiro – Anístia Edições – 2007 – página 61.
37
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007
Página 55.
19
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Para Sousa Franco39 — “……… o certo é que a diferença entre estas duas
fórmulas é sobretudo qualitativa. Num caso — intervencionismo — há apenas
uma ideia de correcção, enquanto no outro — dirigismo – há já uma ideia de
direcção da economia.”
38
Para Mankiw, N. Gregory no seu livro – Principles of economics – 2ª- reimpressão da 1ª- edição de 2005 – página 154, “quando os mercados falham, a
política pode, em alguns casos, solucionar o problema e aumentar a eficiência da economia; contudo, prossegue: Apesar da possibilidade, das falhas de
mercado, a mão invisível, do mercado é de importância extraordinária”.
39
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007
Página 62.
20
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Nos nossos dias, é frequente ouvir falar de finanças modernas. O que se pode
entender, então, por finanças modernas? Não obstante o entendimento
diversificado que paira nos distintos Países, mormente, da união europeia que
integram a união económica e monetária; o conceito de finanças modernas —
encerra a hibridade elementos típicos do intervencionismo e do
constitucionalismo financeiro40 cujas características globais se resumem,
essencialmente, no seguinte:
● “As finanças públicas modernas devem ser sustentadas. Isto significa que
os défices públicos e a dívida pública são controlados de forma a manterem
uma estabilidade inter - temporal, o que parece exigir algumas regras de
natureza constitucional;
40
Voltaremos aeste assunto no ponto 4.4. do capítulo I deste trabalho
41
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes─Economia e Finanças 2ª edição ─ Escolar Editora─ 2007, página 35.
21
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4. DIREITO FINANCEIRO
42
Paiva, Fernando de Castro — Lições de Direito Financeiro e de Finanças Públicas Angolanas – 1ª edição – 1998 – página 34.
43
ibidem.
44
ibidem.
45
Para Sousa Franco — Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – Página 99 - os
critérios objectivos são os atinentes a “autonomia como conjunto de normas, relações e instituições distintas das demais e dotados de um espírito e de
regimes comuns próprios”.
— Os critérios subjectivos — abrangem a autonomia da disciplina Jurídica que as tem como objecto.
46
Vanoni, Armindo Monteiro, Gianini, Berliri, Cocivera, Soarez Martinez, e.t.c.
22
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47
Franco, António Luciano de Sousa — Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª- edição – 11ª- reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007
página 103.
48
Sobre a autonomia do Direito Financeiro, — entre vários autores, ver: — De Bujanda, Sainz — Hacienda Y Derecho, I, 1962, páginas 28-46.
— GIOGETTI, A — Lezioni di Scienza delle Finanze e di diritto Finanziario, I, 1972 – páginas 211 e seguintes.
— Teixeira, A. Brás — Finanças Públicas e Direito Financeiro — 1989 – páginas 11-23 e bibliogra fia aí citada.
49
Martinez, Pedro Soares — Manual de Direito Fiscal, Almedina, 1993 – página 16.
23
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Por exemplo:
4.2.4. COSTUME
50
Paiva, Fernando de Castro — Lições de Direito Financeiro e de Finanças Públicas Angolanas — colecção da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho
Neto – 1-ª edição – 1998 – página 38.
25
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4.2.5. JURISPRUDÊNCIA
4.2.6. DOUTRINA
51
Sobre este assunto ver: Pahula, Ovídio — Estudos sobre o Sistema Jurídico - Económico Angolano — principia – 1-ª edição – Janeiro de 2008 – páginas 37
á 42.
26
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O direito financeiro — tal como qualquer outro ramo de direito, mantém uma
relação estreita com outros ramos de direito. Assim, podemos especificar a
sua ligação, com outros ramos de direito, nos seguintes termos:
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4.4.1. FORMAL
52
Canotilho, J.J. Gomes; Moreira, Vital — Fundamentos da Constituição – Coimbra Editora — 1991 – páginas 171 á 172.
53
Para Ovídio Pahula — Estudos sobre o sistema Jurídico – Económico Angolano — principia – 1-ª edição – Janeiro de 2008 – página 44 — A Constituição
Económica — “é o conjunto de normas e princípios Constitucionais relativos á Economia….”
54
Nunes, Elisa Rangel – Lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro — Anistia Edições, Lda. – 2007 – página 83.
55
Ferreira, Eduardo Paz — Direito da Economia, AAFDL - Lisboa, 2001 – página 61.
29
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● Legalidade
● Generalidade
● Igualdade
● Capacidade contributiva
● Tipicidade
56
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes — Economia e Finanças Públicas – 2-ª edição — Escolar Editora – 2007
– página 35.
30
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Este princípio traduz o pensamento de que a lei fiscal deve ser cumprida por
todos os membros da sociedade sem discriminações baseadas em privilégios
e/ou a tratamentos especiais a determinadas pessoas.
Todavia, este princípio não é absolutista; porquanto, admite determinadas
excepções que se traduzem na base de critérios de justiça social (por
exemplo: benefícios fiscais), o que leva que determinadas situações jurídicas
sejam isentam de tributação.
31
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Este princípio defende que o imposto deve figurar na lei formal57 que define a
expressão da anualidade orçamental. Significa que as prestações tributárias (
incidência fiscal, taxas, benefícios fiscais) devem estar tipificadas na lei de
forma taxativa, o que veda, a todos os títulos, a possibilidade de cobrança de
impostos baseados em métodos obscuros e discricionários em detrimento da
base legal.
32
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por exemplo, na era Reagan, sem olvidar a acutilante escola da public choice
liderada por James Buchanan,Wallace Oates e outros.
60
Sobre o raciocínio de Musgrave no que tange a intervenção do Estado na economia na base de três funções económicas, ver:
- pontos 2.2.1;2.2.1.1.,2.2.1.2.,2.2.1.3. do presente Manual.
– Para mais desenvolvimento sobre o assunto, ver:
- Borbosa, António S. Pinto – Economia Pública – MCGRAW – HILL Portugal – 1997 – páginas 161 á 183.
61
– Para Vasco Rodrigues – Análise Económica do Direito – uma Introdução – Almedina – Maio de 2007 – página 41:«por externalidade referimo-nos aos
custos ou benefícios que as actividades de algum agente impõe a terceiros que não por via do sistema de preços: se a actividade impõe custos,diz-se que
produz uma externalidade negativa;se impõe benefícios, que produz uma externalidade positiva.
Quanto alguém fuma, o fumo que produz implica um custo para a saúde dos circunstantes: este custo é um exemplo de uma externalidade
negativa».
62
Os grandes contributos sobre a teoria do Federalismo Fiscal pertencem a Oates, Musgrave, Shah e Ter — Minassian
33
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al. e) do artigo 161-º e al. b) do artigo 162-º ambos da constituição de Angola
66
- Alínea c) do artigo 120-º da constituição de Angola.
67
al. s a) e b) do artigo 120-º da constituição de Angola
68
Números 1 e 2 do artigo 6-º do Decreto Legislativo Presidencial n.º 1/10 de 5 de Março.
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● Ministro do Planeamento
● Ministro das Finanças
● Ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social
● Governador do Banco Nacional de Angola
● Outras entidades ou técnicos, que sejam considerados habilitados, úteis e
necessários à apreciação da agenda de trabalhos da comissão económica,
convidadas pelo coordenador da comissão técnica.72
69
Artigo 1º do Decreto Presidencial nº184/10 de 25 de Agosto.
70
Ver as competências da Comissão Económica no artigo 3-º do Decreto presidencialnº184/10 de 25 de Agosto .
71
Artigos 23-º 30-º, 33-º e 34-º do Decreto Legislativo Pres idencial n.º 1/10 de 5 de Março e artigo3º do Decreto Presidencial nº184/10 de 25 de Agosto.
72
Numeros 1 e 2 do artigo2º do Decreto Presidencianº184/10 de 25 de Agosto .
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CAPÍTULO II
73
Para os Anglo – Saxónicos — os termos Finanças Públicas, Economia Pública, ou ainda, Economia do sector Público — significa a definição político –
económica da actividade do sector Público.ver em ( ׃Jakson (1990), Rosen (1992), Stiglitz (2000) e outros.
— Para os Romano – Germânicos — o termo Finanças Públicas — é entendido no plano de estudo descritivo – indutivo respeitante a actividade das
administrações públicas no âmbito financeiro, na perspectiva do Direito – ver em:
● Ribeiro, José Joaquim Teixeira — Lições de Finanças Públicas – 5-ª edição, Refundada e actualizada (Reimpressão) – Coimbra Editora – 1997.
● Franco, António Luciano de Sousa — Finanças Públicas e Direito Financeiro – volumes I e II –4-ª edição – 11-ª reimpressão – Almedina – Coimbra 2007.
Enquanto a economia pública significa um estudo mais analítico e hipotético-dedutivo tendo em conta uma abordagem económica. – Sobre este asunto, ver:
● Barbosa, A.S.P. — economia pública enquanto que a economia pública — significa um estudo – MCGRWHILL — 1997.
74
Sousa Franco – ob. cit. Página 6 — defende que “nem tudo o que é hoje público será político; torna-se, todavia o político como forma matricial, dirigente e
predominantemente do Público
75
Pahula, Ovídio — A Evolução da Constituição Económica Angolana (tese de Mestrado) — Casa das Ideias –Luanda ─1◦ edição ─ Novembro de 2010 –
página 131.
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O cerne da questão é saber os níveis, âmbito e como tal intervenção deve ser
feita 77.
As falhas de mercado, as externalidades, o fornecimento de bens públicos, a
promoção de uma concorrência sã e leal, a preservação da equidade e o estí
mulo ao crescimento e a estabilidade macro – económica constituem, sem
sombra de dúvidas, uma das tarefas essenciais dos Estados modernos, para al
ém, das suas áreas incontornáveis e típicas de actuação, tais como: a defesa,
a segurança, construção de estradas, pontes, hospitais, escolas,
universidades, investigação cientí fica, formação de quadros e outras.
76
Athias, Jorge Alex — A ordem económica e a constituição Brasileira de 1988. Belém — Cejup, 1997 – páginas 46 e 47.
77
Ao referir-se as modalidades da intervenção do Estado na Economia — André Ramos Tavares — Direito Constitucional Económico - Editora — Editora –
Método – São Paulo — 2-ª edição – 2006 — páginas 279 e 280, escreveu: quanto «a intervenção directa, a constituição trata-a como exploração da actividade
económica pelo Estado e, ao referir a intervenção indirecta , toma o Estado como agente normativo e regulador da actividade económica”.
Ambas modalidades intervencionistas constituem fórmulas pelas quais o poder ordena, coordena e se faz presente na seara económica, tendo em vista a
manutenção de seus fundamentos, a realização de seus objectivos, o respeito e execução de seus demais princípios, especialmente o pleno desenvolvimento
nacional tendente a eliminar o desemprego».
78
Samuelson, Paul A; Nordhaus, D. William — Economia – 18-ª edição – página 35
79
Santos. António Carlos; Gonçalves, Marias Eduarda; Marques, Maria Manuela Leitão — Direito Económico – 5-ª edição – revista e actualizada —
reimpressão da edição de Novembro de 2004 — livraria — Almedina — Fevereiro de 2006 – página 207.
80
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes — ob. cit. Páginas 41 á 115 e 21.
39
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● Cooperativo
● Associativo (que se apresenta em forma de organizações não
governamentais); por isso, “grande parte dos recursos económicos é afectada
ou através do mercado ou através do sector público”. 82
40
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São defensores dessa teoria, entre vários autores, podemos citar Atkinson e
Stiglitz.
87
Sejam, Bernard H. — Regulation, economis and the law, 1979; Jones, K; Law and economis – 1982; Aglieta — Atheory of capitalist regulation: The us
experience; todos citados por Franco, António Luciano de Sousa — Noções de Direito da Economia — Ed.: AAFDL – 1-º volume – página 295 – reimpressão —
Lisboa – 1982 – 83.
88
Ferreira, Marco Capitão — A regulação económica como instrumento de (des) intervenção do Estado na Economia (Dissertação de Mestrado) – Faculdade
de Direito da Universidade de Lisboa — 2004 — página 25
89
Ferreira, Marco Capitão — ob. cit. Página 25.
90
- Cheung, Steven N.S.; Edward Elgar Publishing, Cheltenham, e.t.c.
91
Uma falha de mercado — “ocorre quando os mecanismos de mercado, não regulados pelo Estado e deixados livremente ao seu próprio funcionamento,
originam resultados económicos não eficientes ou indesejáveis do ponto de vista social. Tais falhas são geralmente provocadas pelas imperfeições do
mercado, nomeadamente, informação incompleta dos agentes económicos, custos de transacção elevados, existência de externalidades e ocorrência de
estruturas de mercado do tipo concorrência imperfeita” — Autor — Paulo Nunes — Fonte: http: //www.knoow.net
/cioenceconempr/economia/falhamercado.htm.
92
Para Mankw, N.Gregory — no seu livro — Principles of Economics — 2-ª reimpressão da 1-ª edição de 2005 – página 54: “quando os mercados falham, a
política pública pode, em alguns casos, solucionar o problema e aumentar a eficiência da economia”; contudo, prossegue “Apesar da possibilidade das falhas
de mercado a mão invisível do mercado é de importância extraordinária.”
41
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de informações.
● Ordenação económica
● Actuação económica
● Intervenção económica95
93
Vasco Rodrigues no seu livro — Analise Económica do Direito — Uma Introdução — livraria — Almedina – Maio de 2007 – página 41, definiu as e
xternalidades como “custos ou benefícios que as actividades de algum agente impõe a terceiros que não por via do sistema de preços: se a actividade impõe
custos, diz-se que produz externalidade negativa; se impõe benefícios, que uma externalidade positiva”.
94
- Entre as flutuações macro – económicas, podemos citar:
— os agregados de inflação, equilíbrio de balança de pagamentos, nível de emprego, e.t.c.
95
Ferreira, Eduardo Paz — Direito da Economia — reimpressão – AAFDL — Lisboa – 2004 – página 297 – citando Franco, António Luciano de Sousa — Noções
de Direito de Economia — Ed. AAFDL – 1-º volume – reimpressão – Lisboa – 1982/83 – páginas 295 se segts.
96
Despacho Presidencial n.º 17/05 de 31 de Outubro (Publicado no diário da República n.º 130 de 31/10/2005 – 1-ª série) que criou o grupo de coordenação
para a implementação da reestruturação do sistema de logística e de distribuição de produtos essenciais á população.
42
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97
Arcanjo, Fernando — Introdução á Economia — 3-ª edição – livraria Almedina — reimpressão da edição de Fevereiro de 2005 – Novembro de 2006 – página
612.
98
Pahula, Ovídio — Estudos sobre o sistema Jurídico – Económico Angolano — Principia Editora – 1-ª — Janeiro de 2008 — páginas 71 e 72.
99
A problemática da intervenção do Estado na Economia não é sóassunto do Direito da Economia (constituição económica); mas sim, encontra-se, também,
imbricada em teorias da escolha social (Kenneth, Arrow, Armatya e outros).
100
- Utilizei esta expressão com alguma liberdade
101
Sobre as falhas de intervenção, o ilustre Professor Fernando Araújo no seu livro: Introdução á Economia — 3-ª edição — reimpressão da edição de Fevereiro
de 2005 — livraria Almedina — Fevereiro de 2006; página 59, escreveu: “A actividade económica colectiva é dos fenómenos sociais complexos — ainda que
seja propósito da ciência económica demonstrar a fundamental simplicidade dos seus mecanismos elementos — e legalidade, sempre colocara e dúvida se é
possível pôr-se em prática uma planificação tão sofisticada que abarca e interaja eficientemente, com o mesmo nível total de custo, como o faz,
espontaneamente, o mecanismo dos preços — ou há um sucedâneo razoável para os incentivos que o mercado transmite (a todos os participantes — já para
não falarmos dos efeitos individuais e sociais conexos com a perda de liberdade política que acompanha as formas mais ambiciosas e radicais de
intervenção”
102
Pahula, Ovídio — Estudos sobre o sistema Jurídico – Económico Angolano — Principia — Editora — 1-ª edição — Janeiro de 2008 — página 92.
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● Afectação
● Redistribuição
● Estabilização
Esta função económica tem como missão a eliminação das falhas de mercado
em relação ao abastecimento de bens públicos, correcção das externalidades,
aumento e uso racional dos recursos.
Para isso, é necessário conhecer os traços essenciais dos bens públicos, cuja
natureza não é possível o seu fornecimento pelo mercado:
103
Punição dos transgressores, respeito dos acordos, direito á informação e ao livre acesso do mercado, concorrência sã estabilidade social e segurança .
104
Cruz, José Neves – Economia e Política — uma abordagem dialéctica da escolha Pública — Coimbra – Editora – 2008 – página 23.
44
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
105
Para melhor desenvolvimento deste tema, ver: — Pahula, Ovídio – Estudos sobre o sistema Jurídico – Económico Angolano — Principia — 1-ª edição –
Janeiro de 2008 – páginas 73 e seguintes.
— Alves, André Azevedo; Moreira, José Manuel – o que é a Escolha Pública? Para uma análise económica da Política — Principia – Janeiro de 2004 — 1-ª
edição — páginas 54 e seguintes.
106
Cruz, José Neves — ob. cit. Página 28
45
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107
Cruz, José Neves — ob. cit. Página 31.
46
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CAPÍTULO III
3. ORÇAMENTO DO ESTADO
Para que ele (Estado) cumpra, com êxito, o seu papel tem de dispor de
instrumentos afins, devidamente estruturados e harmonizados.
47
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110
Franco, António Luciano de Sousa — ob. cit. Páginas 314 e seguintes.
Para mais desenvolvimento, ver: Pahula, Ovídio – ob. cit. Páginas 169 e seguintes.
48
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111
- Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes — ob. cit. Página 318.
Ainda sobre o conceito de orçamento ver:
— Franco, António Luciano de Sousa — Finanças Públicas e Direito Financeiro – vol. I e II – 4-ª edição — 11-ª reimpressão — Almedina — Coimbra — páginas
335 e seguintes.
— Ribeiro, José Joaquim Teixeira Ribeiro — lições de Finanças Públicas — 5-ª edição refundada e actualizada (reimpressão) — Coimbra – Editora – 1997 —
páginas 48 e seguintes.
— De Sousa, Domingos Pereira — Finanças Públicas — ISCSP — Lisboa – 1992 – páginas 85 e seguintes.
— Nunes, Elisa Rangel — lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro — Anístia Edições — 2007 páginas 101 e seguintes.
— Rocha, Manuel José Alves — Finanças Públicas — UCA — Luanda – Julho de 2006 – páginas 131 e seguintes.
112
Duverger, Maurice — Finances Publiques — Presses Universitaires de France, — 11-ª ed. 1998, páginas 245 à 246.
113
Nunes, Elisa Rangel — ob. cit. Página 102.
49
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O orçamento do Estado não deve ser confundido com as suas figuras afins,
tais como:
114
Franco, António Luciano de Sousa — ob. cit. Página 337.
115
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes — ob. cit. Página 381.
- Ainda sobre os elementos do orçamento geral do Estado ver:
— Pahula, Ovídio – ob. cit. Página 170.
50
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51
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● Constitucional
● Lei orgânica orçamental e Legislação conexa
● Lei anual do orçamento e decreto-lei de execução orçamental.
116
O orçamento geral do Estado, em Angola, a nível constitucional é previsto pelo artigo 104-º da constituição de Angola
117
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. Página 382.
118
Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, Lei do orçamento geral do Estado (Publicada no Diário da República n.º 131 - 1-ª série).
52
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119
Em Angola o Processo de execução orçamental, bem como a previsão do regulamento do Processo de preparação, elaboração, execução e
acompanhamento e avaliação do programa de investimentos Públicos é regulado pelos Decretos Presidenciais nºs 30∕10 de 9 de Abril e 31∕10 de 12 de
Abril.
53
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• FUNÇÃO ECONÓMICA
• FUNÇÃO POLÍTICA
• FUNÇÃO JURÍDICA
a) — Racionalidade económica
54
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c) — Poder de Planificar
122
Franco, António Luciano de Sousa — ob. cit. Página 339
123
Em Angola, o princípio da garantia do equilíbrio e separação dos poderes é salvaguardado a luz da al. b) do artigo 162-º da constituição.
124
Como exemplo dos instrumentos jurídicos de limitação de execução financeira podemos citar o regime de contabilidade pública (leis sobre a execução
orçamental).
55
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56
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O orçamento geral do Estado é, geralmente, anual coincidindo com o ano civil 125
em muitos Países, incluindo, Angola.
3.6.1. ANUALIDADE
125
Nos países anglo – saxónicos o cenário é diferente dos países do modelo continental europeu, visto que naqueles (anglo – saxónicos) o ano económico,
geralmente, começa em Abril.
126
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuel; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. pág. 385.
127
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuel; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. Pagina 387.
128
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Publicas e Direito Financeiro – volume I e II- 4-ª edição 11-ª Reimpressão Março de 2007- pagina 346.
129
Artigo 104 da constituição Angolana
130
Lei do orçamento geral do Estado (Lei n.º 15/10 de 14 de Julho), Decreto presidencial que estabelece as regras (durante o exercício de cada ano
económico) de execução de orçamento geral do Estado (por, exemplo,no Decreto Presidencial nº 320/11 de 30 de Dezembro).
57
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Esta regra traduz o sentido de que o orçamento geral do Estado deve ser anual,
o que nos leva a inferir que o mesmo (orçamento) deve ser aprovado e
executado em cada ano e num horizonte temporal de um ano.131
Com efeito, não obstante que a regra básica da vigência dos orçamentos dos
Estados contemple a anualidade, tem havido programações orçamentais
plurianuais.132
A regra da anualidade tem sido defendida por parte dos tratadistas na matéria
como modelo padrão da vigência do orçamento geral do Estado tendo em
atenção os fundamentos e condicionalismos políticos e economicos.133
Também, já ficou sublinhado atrás que há países134 onde a regra da anualidade
não implica, necessariamente, a coincidência entre o ano económico e o ano
civil.
58
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136
- no mesmo sentido, ver:
— Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. pagina 347.
— Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo Manuela; Santos, José Carlos Gomes ob. cit. 388 e 389.
— Nunes, Elisa Rangel – ob. cit. Pagina 121.
137
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José CarlosGomes – ob. cit. Pagina 388.
59
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3.6.4. ESPECIFICAÇÃO
• Maior transparência.
• Maior e melhor controlo por parte do parlamento (função política).
• Eficácia e melhor controlo na execução orçamental.
• Agilidade e melhor definição de prioridades, por parte do executivo, no plano
político e na sua implementação.
• Afastamento da possibilidade da existência de verbas ocultas ou secretas.
138
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. Pagina 390 à 391.
Para mais desenvolvimento deste assunto, ver:
— Duverger, Maurice – Finances Publiques, 8-ª edição – Themis, Paris, 1975 – paginas 256 e seguintes.
— Laufenburger – Traité d´Économieet de Législation financiere, tomo 3-ª (Budget et Trésor), 3-ª ed. Paris, 1948.
— Martins, Guilherme D´oliveira – constituição financeira, vol. 2-º AAFDL, 1984 – paginas 277 e seguintes.
139
Artigo 104-º da constituição Angolana; Lei do orçamento geral do Estado (lei n.º 15/10 de 14 de Julho), Decretos Presidenciais nºs 30/10 de 9 de Abril e
31/10 de 12 de Abril.
60
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3.6.6. EQUILÍBRIO
3.6.7. PUBLICIDADE
Esta regra assenta na base de que o orçamento geral do Estado deve ser
publicado, de forma a merecer uma credibilidade política por parte dos
cidadãos, bem assim constitui a “causa eficiente da eficácia da autorização
prévia das receitas e despesas”. 143
140
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes; ob. cit. Pá gina 392.
141
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes; - ob. cit. 392.
142
N.º 2 do artigo 104-º da constituição Angolana.
143
- Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. pagina 355
61
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A. ORÇAMENTO TRADICIONAL
— Com pessoal.
— Com material de consumo.
— Publicidade.
144
Nos dias que correm fala-se do orçamento Programa versus métodos tradicionais de orçamento.
145
Nunes, Elisa Rangel – Lições de Finanças Publicas e de Direito Financeiro – Anistia Edições – 2007 – paginas 188 à 189
62
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B. ORÇAMENTO-PROGRAMA
• Tomada de decisão por parte dos órgãos políticos (fase polí tica).
• Previsões das receitas e despesas (fase económica).
• Técnico – administrativa - que compreende a preparação prática e a
elaboração do projecto de lei do orçamento.
146
- Giacomoni, James – orçamento Publico, 3-ª edição, Atlas, pagina 137.
63
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64
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65
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A etapa seguinte, isto é, após a entrega das unidades gestoras dos seus
projectos orçamentais, a direcção nacional do orçamento; esta por sua vez
efectua a análise das propostas, do ponto de vista técnico, com a devida
competência de as corrigir, quando necessário; e, em seguida, submete-a à
direcção do ministério das finanças.
66
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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155
Para mais desenvolvimento deste assunto, ver: regimento da Assembleia Nacional.
Ver também:
Pereira, Paulo Trigo; Afonso António, Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. paginas 412 à 414.
156
No mesmo sentido, ver:
— Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuel; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. Páginas 414 à 416.
157
- Sobre a Escolha pública, entre vários autores, ver:
— Pahula, Ovídio – Estudos sobre o sistema jurídico – Económico Angolano – Principia – Portugal – 1-ª edição – Janeiro de 2008 – paginas 72 à 92.
158
Pahula, Ovídio – Estudos sobre o sistema jurídico – Económico Angolano – Principia – Portugal – 1-ª edição – Janeiro de 2008 - Pagina 82.
159
Pahula, Ovídio – Estudos sobre o sistema jurídico – Económico Angolano – Principia – Portugal – 1-ª edição – Janeiro de 2008 - Pagina 82.
67
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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Para que isto aconteça, é necessário reter que o orçamento é uma previsão;
por isso, implica que a sua execução pode sofrer alterações devido a factores
exógenos (perturbações na estabilidade da economia internacional) o que leva
os Estados a gizar caminhos que visam suprir tais desequilíbrios numa
perspectiva macroeconómica, reajustando, assim, o orçamento inicial.
.
A execução orçamental, em homenagem ao princípio universal, é sempre
incumbida aos executivos (governos).
68
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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Quanto a legalidade – significa que nenhuma receita pode ser cobrada se não
163
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. pagina 418.
164
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. Pagina 419.
69
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165
Franco, Sousa - «o controlo da administração Publica em Portugal», em Revista dos quadros técnicos do Estado, ano I, serie, 9 Nov. – Dez. – 1987 –
paginas 16 à 23.
166
Franco, António, Luciano de Sousa – Finanças Publicas e Direito Financeiro – Volume I e II – 4-ª edição – 11-ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007
– pagina 453.
70
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71
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173
N.º 6 do artigo 63 da lei n.º 15/10 de 14 Julho.
72
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174
Montesquieu, Charles de – De L´Espirit dês Lois – 1748.
175
Este sistema predomina na Inglaterra e nos Estados Unidos da América.
176
Franco, António L. de Sousa – ob. cit. Pagina 458.
177
N.º 3 do artigo 104-º e alínea a) e b) do artigo 162-º da constituição Angolana.
178
Decreto presidencial n.º 24/10 de 24 de Março.
179
Que tem como Lei orgânica e do processo do tribunal de contas – a Lei n.º 13/10 de 9 de Julho.
73
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180
Tavares, José F.F – O tribunal de contas e o controlo do sector empresarial – AAV V- organização de Eduardo Paz Ferreira – Estudos sobre o novo regime
do sector empresarial do Estado – Almedina – 2000 – pagina 184.
181
Por exemplo, em Angola, os Ministérios têm os seus órgãos de Inspecção e fiscalização dotados de independência técnica.
182
Por exemplo – A Assembleia Nacional em Angola
183
Nas palavras de Alfredo José de Sousa – Tribunal de contas – “Quisto da democracia”, in revista do tribunal de contas, números 21/22, Janeiro de 1994,
pàgina91, “ (….) pode dizer-se que o Estado é uma grande sociedade anónima de que é o governo, ao qual cumpre tomar as decisões indispensáveis ao seu
funcionamento com vista a obtenção de “lucros”, ou seja, do bem-estar de todos e de cada um dos cidadãos. Para isso, cobra as necessárias receitas e
sobretudo realiza as adequadas despesas com o dinheiro dos accionistas (cidadãos – contribuintes). De igual modo, o Estado tem uma Assembleia-geral da
Republica (AR) que traça as linhas gerais porque há-de pautar quanto aos objectivos a alcançar (Plano) quer quanto aos meios a empregar (orçamento). Para
fiscalizar a actividade deste conselho de administração (……) também o Estado tem um conselho fiscal que é o tribunal de contas”.
184
Sobre este assunto, ver:
— II Encontro dos Tribunais de contas da “comunidade dos Países de Língua Portuguesa” – realizado na cidade da Praia, Cabo Verde, nos dias 28 á 31 de
Outubro de 1996.
185
Vale a pena recordar alguns congressos de INTOSAI:
- I congresso – Havana – 1953.
- II congresso – Bruxelas – 1956.
- IX congresso – Lima – 1977
186
O tribunal de contas em Angola é previsto nos termos do n.º 1 do artigo 176-º da constituição Angolana.
74
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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187
Alíneas a),b),c),d),e),f),g),h).i) do nº2 do artigo2º e nº1 do artigo 3º da lei nº 13∕ 10 de 9 de Julho.
188
artigo 4º da lei nº13∕ 10 de 9 de Julho.
75
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b) – COMPETÊNCIA
• Emitir parecer sobre a conta geral do Estado, sempre que solicitado pela
Assembleia Nacional;
• Julgar as contas dos serviços e das entidades sujeitas à sua jurisdição;
• Fiscalizar, preventivamente, a legalidade dos actos e dos contratos
geradores de despesas ou que representem responsabilidade financeira
das entidades que se encontram sob a sua jurisdição;
• Assegurar a fiscalização da aplicação de recursos financeiros doados
ao Estado, por entidades nacionais e internacionais;
• Aprovar os regulamentos internos que se revelem necessários ao seu
funcionamento;
• Decidir sobre a criação de secções regionais e provinciais;
• Emitir as instruções, sob a forma de resolução das respectivas
câmaras, relativas ao modo como as contas devem ser prestadas e os
processos submetidos à sua apreciação;
• Decidir sobre a responsabilidade financeira em que os infractores
incorrem, revelando-a ou graduando-a, nos termos da lei;
• Propor as medidas legislativas julgadas necessárias ao desempenho
das suas atribuições e competências;
• Exercer outras funções determinadas por lei 191
76
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
192
N.º 1 do artigo 8-º da lei n.º13/10 de 9 de Julho.
193
Números 3 e 4 do artigo 8-º da lei n.º 13/10 de 9 de Julho.
194
N.º 2 do artigo 8-º da lei n.º 13/10 de 9 de Julho.
195
N.º 1 do artigo 9-º da lei 13/10 de 9 de Julho.
196
Números 3 e 4 do artigo 9-º da lei 13/10 de 9 de Julho.
197
Números 3 e 4 do artigo 9-º da lei 13/10 de 9 de Julho
198
Numero 5 do artigo 9-º da lei 13/10 de 9 de Julho.
77
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CAPITULO IV
4. DESPESAS PÚBLICAS
O conceito de despesa, lato sensu, envolve situações diferentes tais como, por
exemplo:
• Gastos com a construção de um Hospital.
• Amortização de um empréstimo.
• Subsídios para uma formação académica.
• Aquisição de uma aeronave para a companhia aérea nacional (TAAG).
Quanto à produção dos seus efeitos bem como a sua natureza económica, as
despesas públicas podem ser:
Todavia, há que sublinhar que existem, ainda, “despesas de capital que não
correspondem a despesas de investimento. Está neste caso o reembolso de
um empréstimo”. 201
199
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – I.S.C.S.P. – U.T.L – Outubro – 1996 – pagina 131
200
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Pagina 131.
201
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Pagina 132.
78
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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Por exemplo:
— Concessão de empréstimos.
— Subvenções a agricultores.
— Subsídios de desemprego.
Por exemplo:
— Construção de pontes.
202
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Pagina 132.
203
No mesmo sentido:
— Ribeiro, José Joaquim Teixeira – Lições de Finanças Publicas – 5-ª edição, Refundida e Actualizada (Reimpressão) – Coimbra – Editora – 1997 – paginas
133 e seguintes.
79
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204
Pahula, Ovídio – Estudos sobre o sistema jurídico-económico Angolano – principia – Portugal – 1-ª edição – Janeiro de 2008 – pagina 75.
205
Araújo, Fernando – Introdução à Economia, 3-ª ediç ão, Coimbra, Almedina, 2004 – pá gina 89.
206
Economistas, matemáticos, cientistas, políticos.
207
Sobre a teoria da escolha social, entre outros autores, ver:
— Kenneth, Arrow (1951)
— Amartya, Sen.
208
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. Pagina 85 .
209
Sobre a teoria da escolha publica, entre autores Angolanos, ver:
— Pahula, Ovídio – Estudos sobre o sistema jurídico-económico Angolano – principia – Janeiro – de 2008 – paginas 69 á 92.
210
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela; Santos, José Carlos Gomes – ob. cit. Pagina 85
80
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81
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Foi no declinar do séc. XIX que surgiu a lei do aumento de despesas216 (lei de
Wagner)217, que embora se formulara na base de métodos empíricos 218, os seus
postulados foram feitos tendo em conta as sociedades que experimentaram as
revoluções industriais no contexto do liberalismo p olítico – económico.
82
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• Desvalorização monetária
• Aumento da população
Aqui, só justifica o aumento real das despesas públicas se, de facto, ocorreu o
crescimento da capitação das mesmas.
Para que haja aumento real das despesas públicas é necessário que a
participação no produto e/ou no rendimento nacional seja significativa;
porque, por vezes, o índice de aumento das despesas públicas pode, apenas,
acompanhar o produto nacional bruto representando, assim, um crescimento
meramente aparente das despesas públicas.
220
Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Pagina 9.
83
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Por exemplo: juros, rendas, salários, lucros efectuados pelo Estado “implica
uma atribuição de rendimentos aos vários factores produtivos utilizados” .224
Foi dito atrás que “por definição, o multiplicador (K) é um coeficiente estável,
que multiplicado pelo aumento do Investimento (I), determina o aumento do
rendimento (R) resultante.” 225
Ou K=
R=C + I
Teremos que K=
K=
221
Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Pagina 21.
222
Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Pagina 21.
223
A teoria do multiplicador de investimento foi descoberta pelo economista Keynes.
224
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Pagina 136.
225
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Página 137.
84
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K=
Ou K=
Concluindo:
“O multiplicador varia na razão directa da propensão marginal para o consumo
e na razão inversa da propensão marginal para a poupança.” 226
226
De Sousa, Domingos, Pereira – ob. cit. Página 138.
227
No mesmo sentido, ver:
— Samuelson – Economia (tradução Portuguesa) I – 1989.
— Pitta e Cunha – Introdução às politicas financeiras – 1972.
228
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Pagina 139.
85
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investimento; visto que a ausência de, pelo menos, um deles não haverá
aumento de investimento; mas, tão sómente, provavelmente “um crescimento
de emprego ou uma melhor utilização dos equipamentos”. 229
229
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Pagina 139.
230
Para mais desenvolvimento deste assunto, ver:
- De Sousa, domingos Pereira – ob. cit. Pagina 139.
- Franco, António L. de Sousa – ob. cit. Pagina 39.
231
Para mais desenvolvimento deste assunto, ver:
— Nunes, Elisa Rangel – ob. cit. Paginas 229 a 230.
— Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Paginas 39 a 40.
232
Paiva, Fernando de Castro – lições de Direito Financeiro e de Finanças Publicas Angolanas – colecçãoda F.D.U.A. N – 1-ª edição – Luanda, 1998 – página
122.
86
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CAPITULO V
5. RECEITAS PÚBLICAS
87
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Por exemplo:
— O pagamento dos direitos afandegários.
— O pagamento do imposto automóvel.
— O pagamento sobre o consumo de tabaco.
Exemplos:
—“as contribuições sociais para a segurança social pagas pelo trabalhador e
respectiva entidade patronal em percentagem do salário recebido/pago, mas
deles se diferenciando na medida em que têm como contrapartida uma
prestação social futura em favor do respectivo beneficiário, nomeadamente os
235
Juiz Oliver wendell Homes citado por:
— Samuelson, Paul A. Nordhaus, William – Economia – 18-ª ediçao – MCGraw – Hill – Julho de 2005 – pagina 327
236
Já que não permitem uma “contrapartida imediata e directa para quem a paga ou suporta”.
88
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● TAXAS
Por exemplo:
— Prestação concreta de um serviço público.
— Remoção de limite jurí dico a actividade dos particulares.
— Emissão de um passaporte.
— Emissão de um diploma comprovativo de um grau académico.
Por exemplo:
— Multa por infracções ao código de estrada.
— Atraso no pagamento de uma obrigação.
São aquelas que são provenientes das dívidas contraídas pelo Estado e/ou
outros entes públicos junto dos privados ou outras entidades financeiras (quer
nacionais e/ou estrangeiras).
237
Pereira, Paulo Trigo; Afonso, Antonio; Arcanjo, Munuela; Santos, Jose Carlos Gomes – ob. cit. Pagina 204.
89
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Por exemplo:
— Títulos do tesouro.
Devido ao seu “ius imperii — o Estado e/ou outro ente público, mesmo se
encontrando numa posição passiva em relação ao crédito público, o seu
regime jurídico especial pode determinar a sua capacidade de introduzir
alterações originárias ou supervenientes ao regime normal do nascimento,
vida e cumprimento das obrigações (o que seria impensável nas normais
operações de crédito) ” 238, já que os prestamistas privados beneficiam de uma
garantia especial inerente as transacções creditícias de índole público.
238
Franco, Antonio L. Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – 4-ª ediçao (11-ª reimpressao) – volume II – Almedina – pagina 81.
90
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
Por outro lado, o Estado pode chamar junto de si, de modo suplementar,
dívidas de outros entes públicos, comprometendo-se, amiúde, a restitui-las
com o fito de beneficiar de um reembolso; 241 ou ainda assumindo o ress
arcimento da mesma nas circunstâncias em que o devedor principal não honre
o pagamento da dívida242
239
Para António Luciano de Sousa Franco – ob. cit. Página 83 – As responsabilidades “tanto podem ser vistas do ponto de vista da fonte (operações de
crédito) como do ponto de vista da situação creditícia (dívida) ”.
240
Crédito e dívidas principais .
241
Empréstimo com reembolso de encargos.
242
Aval do Estado – que é regime-regra.
243
Também entendido como dívida pública financeira de todo sector público ou, tão sómente, do Estado.
244
Franco, Antonio L. Sousa – ob. cit. Página 87 .
91
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Ovídio Pahula
No século XVIII surgiu o Vix pervenit (doutrina católica) que veio legitimar o
pagamento de juros em determinadas circunstâncias, devidamente,
fundamentadas.
92
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Ovídio Pahula
93
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252
São aquelas prestações que não são forçosamente cumulativas.
94
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253
A redacção completa da alínea d) do artigo 162-º da constituição de Angola é a seguinte: “autorizar o executivo a contrair e a conceder empréstimos, bem
como a realizar outras operações de crédito que não sejam de dívida flutuante, definindo as respectivas condições gerais, e fixar o limite máximo dos avales
a conceder em cada ano ao executivo, no quadro da aprovação do orçamento geral do Estado.”
254
Deputados à Assembleia Nacional.
95
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• Subscrição
96
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obrigações.
259
Franco, António L. de Sousa – ob. cit. Página 106.
260
Franco, António L. de Sousa – ob. cit. Página 106
261
Só que oferecem menos segurança que os normativos
262
Também chamados títulos de cupão
97
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263
Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Página 107
264
Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Página 107.
265
Tais como a existência de um mutuário público e um mutuante privado ou público
266
Contêm direitos iguais erigidos na base de reciprocidade de deveres
267
Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Página 109.
Habitualmente são contratos de adesão.
98
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99
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Ovídio Pahula
O tributo é criado nos termos da lei ou outro acto de uma autoridade pública
(Estado e/ou autarquia) cuja caracteristica princípal é fundada na obrigação
(coacção) e no património onde a função primária e princípal se distina a
absorção de meios financeiros para fazer face aos encargos públicos.275
5.3.2. OS IMPOSTOS
273
Os tributos estão tipificados no ordenamento juridico Angolano do seguinte modo:
— Artigos 88-º, n.º 1 do artigo 102-º, 103-º e alinea o) do n.º 1 do artigo 165-º da constituiçao Angolana.
— n.º 2 do artigo 8-º da lei n.º 15/10 de 14 de Julho.
Para o legislador Angolano – O tributo – é a receita instituida pelo Estado ou pela autarquia, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos
termos legais em materia financeira, destinando o seu custeio de acções gerais ou especificas exercidas pelo Estado ou pela autarquia (n.º 2 do artigo 8-º da
lei n-º 15/10 de 14 de Julho).
274
Paiva, Fernando Castro – Lições de Direito financeiro e de finanças Públicas Angolanas – Colecção da F.D.U.A.N. – Luanda – 1998 – página 136
275
Sobre este assunto entre vários autores, ver:
— Xavier, Alberto – Manual de Direito Fiscal, I – Lisboa – 1981; Franco, Sousa - «Tributo», em Enciclopédia Verbo, S. V.; Baleeiro, Aliomar – Direito Tributário
Brasileiro – 7-ª edição – páginas 33 e seguintes.
100
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
276
Em Angola o imposto mais importante para as receitas do Estado,até a presente data é, sem sombra de dúvidas, o imposto sobre o rendimento do Petróleo .
277
O imposto é, amiúde, uma prestaçao pecuniária.
278
Martinez, Soares – Manual de Direito Fiscal – Coimbra 1983 – páginas 26 e seguintes
279
O n.º 1 do artigo 102-º da constituição Angolana diz: «os impostos só podem ser criados por lei, que determina a sua incidência, a taxa, os benefícios fiscais
e as garantias dos contribuintes».
280
Ou receitas tributárias.
281
Sobre este assunto, ver:
— Franco, António Luciano de Sousa – ob. cit. Página 60.
282
Esta modalidade de tributo não encontrou ainda na doutrina um contributo eficaz, mormente, nos regimes jurídicos dos diversos Países, o que tem levado
os tratadistas do assunto a caracterizar a sua autonomia na base de critérios financeiros.
101
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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5.3.3. TAXAS
A partir desta definição podemos inferir que quem se beneficia das taxas é,
sem sombra de dúvidas, uma pessoa colectiva pública (Estado e/ou autarquia l
ocal), neste caso – credor, que possui bens públicos e que a lei lhe confere
poderes para “remover os limites legais à actividade dos particulares”. 284
Por outro lado, está o privado (particular, cidadão) – sujeito passivo da relação
que utiliza os bens públicos285 (devedor).
Não há uma uniformidade no que tange ao regime jurídico das taxas; por isso,
recorre-se, amiúde, por analogia ao regime jurídico dos impostos, aos
conceitos da doutrina financeira atinente as taxas;286 ou, ainda, aos princípios
gerais do direito. 287
TRIBUTÁRIA E A TAXA
102
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Ovídio Pahula
• Prevalência da lei
• Precedência da lei
• Reserva de lei
289
Os problemas podem ser: o tratamento fiscal a dispensar aos rendimentos empresariais e do trabalho dependente, a atribuição de mais valias ou a
determinação das taxas sobre rendimentos de procedência nacional e estrangeira.
290
Machado, Jónatas e. M. da Costa, Paulo Nogueira – ob. cit. Páginas 49 e 50.
291
Por exemplo: a aprovação do orçamento geral do Estado.
292
Alínea e) do artigo 161-º da constituição Angolana.
103
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CAPITULO VI
6. OS SISTEMAS FISCAIS
6.1. Generalidades
293
Tais como: político – ideológicos, estrutura da máquina administrativa, condicionalismos socio-culturais, etc.
294
Franco, António L. de Sousa – ob. cit. Página 201
295
- Pamplona, Corte-Real – curso de Direito Fiscal – cadernos de ciências e técnica fical, 124, Lisboa, 1981 – páginas 239 á 240.
- António L. de Sousa Franco – Finanças Públicas e Direito Financeiro – 4-ª edição (11-ª reimpressão) – volume II – Almedina – páginas 167 á 168 –
entende por sistema fiscal – apenas o conjunto de impostos e a forma como entre si eles se relacionam globalmente, na sua articulação lógica e na coerência
social.
- José Casalta Nabais – Direito Fiscal – 4-ª edição - Almedina – Setembro de 2006 – página 33 define o sistema fiscal – como o sistema dos impostos (ou
dos tributos que sejam de considerar impostos de um ponto de vista jurídico-constitucional), ou seja, os impostos vistos como um conjunto dotado duma
dada articulação ou estrutura interna.
296
Faveiro, Victor – Noções fundamentais de Direito Fiscal Português – Coimbra – Editora – Lda – 1984 – página 93.
297
Sobre o Estado inteligente, entre vários autores, ver: — Pereira, Matias José – finanças Publicas – A Política orçamentaria no Brasil – 4-ª edição Revista e
actualizada – atlas – são Paulo – Brasil – 2009 – páginas 29 á 31.
298
Beltrame, Pierre – Os sistemas fiscais – Almedina – 1976 – página 18.
104
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— alto rendimento.
— diversificados e equilibrados.
— sofisticados, detêm uma complexidade fiscal que corresponde ao
aperfeiçoamento do seu sistema com o objectivo de adaptá-lo às
exigências económicas, financeiras ou político – administrativas de c
ada momento”. 300
299
Beltrame, Pierre – Os sistemas fiscais – Almedina – 1976 – página 23.
300
Nunes, Elisa Ranges – ob. cit. Página 289.
301
Nunes, Elisa Rangel – ob. cit. Página 289.
302
Nunes, Elisa Rangel – ob. cit. Página 289.
Em Angola, por exemplo, os direitos alfandegários abarcam uma excessiva carga fiscal.
105
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
Por outro lado, podemos encontrar outros factores que contribuem para o
fraco desempenho dos sistemas fiscais subdesenvolvidos tais como:
106
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
É consabido que o sistema fiscal angolano tem como génese o sistema fiscal
colonial português, mormente, aquele que vigorou até 1948-50.
Direitos de importação.
107
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305
- Cruz, A. Rui; Santos, A. Carlos – A Fiscalidade Angolana, Revista Fisco, n.º 61, Janeiro/94, página 25.
306
- Nunes, Elisa Rangel – ob. cit. Página 293.
108
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• Tributação indirecta:
— reorganização do imposto de consumo das mercadorias importadas e
de produção nacional.
— Extinção do imposto do selo de reconstrução nacional.
307
Cruz, A. Rui; Santos, A. Carlos – ob. cit. Página 28.
308
- Cruz, A. Rui; Santos, A. Carlos – ob. cit. Página 32.
109
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Ovídio Pahula
O sitema fiscal Angolano (1992 – 05/02/2010) 310 ficou caracterizado por uma
natureza cedular311, cujo conjunto de tributação de rendimentos são os
seguintes:
— Imposto indústrial.
— Imposto sobre o rendimento do trabalho.
— Imposto predial urbano.
— Imposto sobre a aplicação de capitais.
309
Com a entrada em vigor das leis constitucionais:
— Lei n.º 12/91, de 6 de Maio.
— Lei n.º 23/92, de 16 de Setembro.
310
Altura em que entrou em vigor a nova constituição Angolana.
311
Embora, nos nossos dias, os sistemas fiscais modernos utilizem uma tributação unitária.
110
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— Imposto sisa;
— Imposto sobre sucessões e doações;
No periódo actual, o sistema fiscal Angolano vive uma época ímpar, pelos
seguintes motivos:
O País está a viver uma reforma radical do sistema tributário com vista a
adequá-lo ao desenvolvimento vertiginoso e a integração económica no
âmbito de normas jurídico- fiscais modernas por força do novo quadro
jurídico-constitucional.
312
Nunes, Elisa Rangel – ob. cit. Páginas 294 à 295
313
Sanches, J. L. Saldanha; ds Gama, Joao Taborda – Manual de Direito Fiscal Angolano – Coimbra Editora – wolters kluwer – Portugal – 1-ª edição – Julho
de 2010 – página 5.
111
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CAPITULO VII
7. POLÍTICAS FINANCEIRAS
112
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Ovídio Pahula
315
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Página 207.
316
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Página 207
317
Pereira, José - Matias – ob. cit. Página 232.
318
Dyke, Vernon Van – Political science: a philosophical analysis; Stanford: university press, 1960, página 113.
319
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. página 207.
320
Franco, António L. Sousa – ob. cit. página 218.
321
Bastos, Celso Ribeiro – curso de direito financeiro e de Direito Tributário – 9ºedição – São Paulo – Saraiva – 2002.
113
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
327
Para mais desenvolvimento deste tema, ver:
— Franco, António L. Sousa – ob. cit. páginas 226 á 228.
328
Decisores – policy – makers.
114
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
Chegados até aqui, podemos definir a política financeira como uma acção
económico-social do Estado que assenta no uso e/ou utilização discricionária
dos meios financeiros com o fito de atingir determinadas metas numa dada
sociedade.330
329
Também chamdos objectivos.
330
No mesmo sentido, ver:
— Xavier, Alberto - «Finanças» in verbo Enciclopédia Luso – Brasileira de cultura, 8-º vol.
— Franco, António Luciano de Sousa - «Políticas financeiras» in Pólis – Enciclopédia verbo da sociedade e o Estado, IV, 1986.
115
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social”. 331
331
- Franco, António Luciano Sousa – ob. cit. páginas 228 e 229.
332
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. Página211.
333
AAVV – Introdução à macroeconomia – 2-ª edição – Escolar Editora – 2007 – página 206.
116
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Ovídio Pahula
334
Ribeiro, José Joaquim Teixeira – 5-ª edição, Refundida e Actualizada (Reimpressão) – Coimbra – Editora – 1997 – página 16
335
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. página 221.
117
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Ovídio Pahula
• Do rendimento
• Da despesa
Concluindo, o rendimento nacional
Equivale:
RN= C + I + G + X + M + R ex
Em que:
RN= Rendimento Nacional.
C= Consumo.
I= Investimento.
A análise dos efeitos económicos são os que vão determinar a eficácia das
despesas. Dito de outra maneira: o rendimento nacional nominal só aumenta
com o aumento das despesas; ou seja, surge mais emprego quando a
capacidade de oferta é abundante.
Noutro prisma, a inflação é o resultado do nível geral do aumento dos preços.336
a) – EMPREGO E DESEMPREGO
336
Assim defende Keynes e os seus discíplos
118
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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Cíclico – é considerado o mais grave pelo facto das suas flutuações cíclicas,
no domínio industrial, provocarem desempregos do tipo conjuntural cuja
origem repousa “na insuficiência da procura global de uma economia”. 340
Friccional – é caracterizada pelo horizonte temporal que medeia entre a
obtenção ou mudança de emprego; ou seja, que consiste na força de
ultrapassar a ociosidade e atingir a ocupação.341
337
As condições estruturais podem ser:
— estrutura da produção.
— sobrepovoamento.
— escassez de capital
338
Franco, António L. de Sousa – ob. cit. página 244
339
Franco, António L. de Sousa – ob. cit. páginas 244 e 245.
Os factores ocasionais ou de curto prazo são: quebras da procura, falências e empresas, redução das exportações.
340
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. página 224.
341
Ribeiro, José Joaquim Teixeira – lições de Finanças Públicas – 5-ª edição, Refundida e actualizada (Reimpressão) – Coimbra Editora – 1997 – página 418
342
Sousa Franco– “emprego” in VERBO – enciclopédia Luso – Brasileira de cultura, vol. 7-º.
119
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
• “Sem emprego;
• Disponível para trabalhar;
• À procura de emprego, isto é efectuou diligências para encontrar (ida a
343
De Sousa, domingos Pereira – ob. cit página 224
344
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit página 225.
No mesmo sentido:
- João Moura – economia do Trabalho – Ensaio Analítico – Fundaçao oliveira Martins – 1986.
120
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
345
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. página 225.
População activa é aquela que é composta por cidadãos com idade igual ou superior a 16 anos que trabalham ou que procuram emprego.
346
Ktz, Lawrence F. Wage – subsidies for disavantaged. NBER working paper series, N.5679, 1994 – página 260.
347
Zylbertajn, Hélio; Neto, Giacomo Balbinotto:
- Teórias de Desemprego e as políticas de Emprego – fonte: htt://wwwwppgeufrgs.br/giacomo/arquivos/eco02237/zylbertajn – balbinottoneto-1999.pdf
348
As políticas passivas podem ser:
-seguro-desemprego;
- indenminização por demissão;
- redução da jornada de trabalho
no mesmo sentido, ver:
- Rangel, Elisa Nunes – ob. cit. página 390.
- Franco, António L. de Sousa – ob. cit. página 249.
- De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. páginas 225 á 226.
121
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
349
KTZ, LawrenceF. Wage – subsidies for disadvantaged. NBER working paper series, N. 5679, 1994 – página 260.
350
Com vista a sua eliminação.
351
Que podem ser planos que visam eliminar situações depressivas.
352
Os estabilizadores automáticos podem ser:
- O imposto progressivo sobre o rendimento.
- Os subsídios a preços.
- Os subsídios e compensações de desemprego.
122
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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Nos dias que correm são aplicadas, com frequência, as políticas de despesas
compensadoras355 devido ao seu método moderado e regular.
353
As políticas de fomento – são aquelas que “pretendem modificar as tendências depressivas da conjuntura e as mãs prerspectivas dos empresários, por
meio de uma injecção monetária. Assentam na realização de um montante elevadíssimo de despesas públicas, num periodo relactivamente curto e em
sectores – chaves da economia, capazes de reactivarem a procura global e a produção. Depois deste choque repentino, a conjuntura evoluirá por si”. (Franco,
António L. de Sousa – ob. cit. página 256). Contudo, prossegue – Franco António L. de Sousa – ob. cit. página 257 – “essas políticas têm diversas
limitações:
- é difícil realizar despesas que asseguram necessariamente a mudança de expectativas dos empresários;
- é provável que, aplicada a uma depressão não tão forte como a dos anos 30, esta política desse origem a tensões inflacionistas, e o mesmo se diga das
recessões brandas;
- tal política esquece que a alteração das expectativas dos empresários não depende só do volume de despesas do sector público, mas também da confiança
na política das previsões feitas˝.
354
As políticas de défice sistemático – consistem na desenvoltura de uma acção assente numa perspectiva contínua e mais branda que na política de fomento.
Dito de outro modo, consiste na injecção de uma massa monetária dilatada no tempo, existindo aquí a diferença substancial da política anterior, ou seja, de
fomento monetário.
Com efeito, as duas políticas ( fomento monetário e défice sistemático) não fazem face, com eficàcia, a grande conjuntura pelo facto da injecção monetária
depender, amiúde, de uma preparação psicológica com o fito de se estimular os investidores (empresários).
355
As políticas de despesas compensadoras “assentam basicamente na ideia de que em situação depressiva o fenómeno mais característico é a insuficiência
de procura efectiva global em confronto com a capacidade de oferta nacional”. (Franco, António L. de Sousa –ob. cit. página 253).
356
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. páginas 231 a 232.
123
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
).
357
Para António Luciano de Sousa Franco – ob. cit. página 259: “…. Isto significa que a depressão deve ser combatida com base num tratamento de choque, ao
passo que a recessão não exige nem suporta qualquer tratamento de choque, que poderia agravar muitas das doenças conjunturais que andam paredes
meias com o abrandamento da actividade económica (com destaque para o desemprego)”.
358
De Sousa, Domingos Pereira – ob. cit. página 232
124
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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7.5.4.1 – A inflação
359
Samuelson, Paul A. ; Nordhaus, William D.
- Mcgraw – Hill – Portugal – Julho de 2005 – página 668.
360
que têm como génese a actividade da própria economia.
361
que podem ser o resultado de causas psicológicas, expectativas dos empresários, e.t.c.
125
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
362
Franco , António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
página 269.
363
Neste sentido, há vários defensores das políticas de controlo directo (Galbraith), monetaristas (Friedman), Kenesianos ortodoxos (Samuelson e Hansen) que
também comungam as políticas financeiras assentes nas ferramentas de tesouraria e do orçamento.
364
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – U.T.L. Lisboa – reimpressão de 2006 – pág 237.
– No mesmo sentido:
- Nunes, Elisa Rangel – Lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro – Anístia Edições, Lda – 2007 – página 404.
126
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
Pelo facto das subidas dos valores dos preços e salários serem efémeros – as
políticas de controlo directo – embora tenham limites, se devem aplicar de
forma global no que diz respeito aos bens e rendimentos.
365
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – U.T.L. – reimpressão – 2006 – página 238.
127
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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367
AAVV – Introdução a Macro-economia – 2ª edição – Editora Escolar – 2007 – página 224.
368
Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão– Almedina – Coimbra – 2007- página
278
128
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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• Compressão de despesas.
369
Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página
278.
370
Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II- 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página
279.
371
Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página
279.
129
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
372
que os anglo-saxónicos chamam de inflationary gap
373
Para mais desenvolvimento deste assunto ver:
- De Sousa, Domingos Pereira – Finanaças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – U.T.L – Lisbao – reimpressão de 2006 –
páginas 240 à 241.
- Franco, António L. de Sousa – Finanaçs Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Combra – 2007 –
páginas 280 à 281.
374
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
página 281.
130
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
A “lógica de ajustamento dos preços relativos dos bens que são objecto de
transacção com o exterior ou do respectivo referencial monetário
(manipulação das taxas de câmbio)” 377explica-se através dos postulados da
teoria clássica.
375
Para mais desenvolvimento deste assunto, ver:
- Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
páginas 281 à 291.
376
Neste domínio “as finanças públicas serão alheias ao domínio do comércio externo” (António L. de Sousa Franco – Finanças Públicas e Direito Financeiro –
volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página 290)
377
Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página
290.
378
Aquí destacam-se determinados instrumentos peculiares que suportam tais políticas tais como: “impostos sobretudo aduaneiros, que tenham efeito
proteccionista; subvenções, directas ou indirectas à exportação – incidentes nos preços, no investimento ou no equilíbrio financeiro das empresas
exportadoras” (António L. de Sousa Franco – Finanças Públicas e Direito Financeiro - volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra –
2007 – página 290.
– para mais desenvolvimento deste tema:
- Cunha, e P.Pitta – A moeda e a política Monetária nos domínios internos e internacional – Esquema de um curso de Economia monetária – 1970 – páginas
51 à 55.
379
– Neste sentido:
- Lopes, J. da Silva – Ajustamento e crescimento na actual conjuntura económica mundial – ed. do F.M.I. – 1985; O.C.D.E. – polítiques d'ajustement
positives – 1983.
131
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
380
Num sentido global – políticas de estabilização:
- Cunha, e P.Pitta – Expansão e estabilidade – os dilemas da política macro-económica-1972.
132
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133
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Ovídio Pahula
Pelo facto dos níveis de vida e dos rendimentos reais médios estarem ligados
381
Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página
294.
382
Franco, António L. de Sousa – Finanaças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página
294.
383
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – página 294.
134
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
Todavia, “uma vez assegurado o equilíbrio de pleno emprego sem inflação (ou
apenas com a inflação produtiva), há pressões da procura (despesas de
bem-estar, despesas públicas de consumo) que já não têm resposta na
capacidade de oferta do aparelho produtivo. A única maneira de manter o
equilíbrio de pleno emprego sem inflação consistirá, então, em aumentar a
capacidade de oferta”. 385
384
Samuelson, Paul A. ; Nordhaus, William D. – Economia – 18ª edição – Mcgrawhill – Julho de 2005 – páginas 556 à 557.
385
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
páginas 296 à 297.
135
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386
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Lisboa – Outubro de 1996 – página 24.
387
Também chamados factores de crescimento.
388
Samuelson, Paul A. ; Nordhaus, William D. – Mcgraw – Hill – Portugal – Julho de 2005 – páginas 557 à 558.
389
Franco, António Luciano de Sousa – Finanças Públicas e Direito Fifanceiro – volume I e II – 4ª edição 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – pág
298.
136
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
dessas técnicas;
• Inexistência do desejo de inovação económica e criação de riqueza,
típico dos países subdesenvolvidos.”390
390
– No mesmo sentido, ver:
- Nunes, Elisa Rangel – Lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro – Anistia Edições – Lda – 2007 – página 414.
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – U.T.L. – Lisboa – reimpressão de 2006 página 245.
391
Entende-se por rendimento nacional “o valor monetário dos bens e serviços que resultam das actividades económicas dos residentes de um país durante
um determinado periodo de tempo geralmente refere-se a um quarto ou a um ano inteiro”. (Rutherford, Donald – Dicionário de Economia – DIFEL – Difusão
Editorial, S.A. – tradução de Ana Maria Rabaça e Maria Zaira Miranda – Maio – 1998 – página 477).
392
O produto nacional bruto pode ser definido como ˝o valor total da actividade económica de um país num dado periodo de tempo, incluindo o investimento
de substituição, avaliado ao fctor custo ou preços do mercado. (Rutherford, Donald – Dicionário de Economia – Difel – difusão editorial – tradução de Ana
Maria Rabaça e Maria Zaira Miranda – Maio de 1998 - página 449).
393
Para mais desenvolvimento deste assunto, ver:
- De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Lisboa – Outubro de 1996 – página 245.
394
Riqueza Nacional – representa “a soma dos activos/bens possuidos pelos residentes de um país num determinado dia. (Rutherford, Donald – Dicionário de
Economia – Difel – difusão Editorial, S.A. – tradução de Ana Maria Rabaça e Maria Zaira Miranda – Maio – 1998 – página 487).
137
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
395
Tais como: “criação de novas mentalidades, novos hábitos, instituições e processos sociais, melhoria do nível cultural, ampliação e intensificação da
educação e políticas sociais, técnicas evoluidas e quadros dirigentes de certo nível, hábitos de participação na vida económica˝ (De Sousa, Domingos Pereira
– Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Lisboa – Outubro de 1996 – página 246).
396
Para mais desenvolvimento deste assunto, ver:
- De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – U.T.L. – reimpressão de 2006 – página 246.
- Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 –
páginas 298 à 302
397
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas e Direito Financeiro – Volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – Página
247.
– No mesmo sentido:
- Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – Volume I e II – 4ª edição – 11ª reimpressão – Almedina – Coimbra – 2007 – página
303.
- Nunes, Elisa Rangel – Lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro – Anistia Edições – Lda – 2007 – página 418.
398
De Sousa, Domingos Pereira – Finanças Públicas – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Lisboa – Outubro de 1996 – página 247
138
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Ovídio Pahula
399
Martínez, Soares – Economia Política – 11ª edição, revista e actualizada – Almedina – Janeiro de 2010 – página 763.
400
Araujo, Fernando – Introdução à Economia – 3ª edição – Novembro – de 2006 – Almedina – página 443.
401
Economia de Mercado – é uma economia “que possui a propriedade privada de capital extensa e em que a repartição de bens e serviços se rege pelo
mecanismo de preços na ausência da intervenção governamental”. (Rutherford, Donald – Dicionário de Economia – Difel – difusão editorial – tradução de
Ana Maria Rabaça e Maria Zaira Miranda – Maio de 1998 – páginas 174 e 175).
139
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
Por seu turno, a segunda fase pode ainda ter duas formas:
b) – Redistribuição real
402
No mesmo sentido ver: - José Joaquim Teixeira Ribeiro – Lições de Finanças Públicas – 5ª edição, Refundida e Actualizada (Reimpressão) – Coimbra
Editora – 1997- página 399, defende: « …. Mas pode suceder que os titulares dos rendimentos distribuidos os cedam voluntária ou coersivamente a outrém
sem qualquer contrapartida igual. Nessa altura temos a redistribuição» (sublinhado nosso).
403
Com ou sem contrapartidas
404
Que podem ser: juros bonificados, pensões, subsídios, e.t.c.
405
Como, por exemplo, a educação gratuita destinada, estritamente, aos mais desfavorecidos.
140
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CAPÍTULO VIII
406
– Cabral, Nazaré da Costa – A Redistribuição Económica (Breve estudo sobre o seu significado à luz das principais teorias económicas) – AAFDL – Lisboa
– 2002 – página 9.
– No sentido da preferência da distribuição monetária como mecanismo da distribuição da riqueza (mais, estritamente, do rendimento) entre vários autores
Portugueses, ver:
- Santos, Jorge Costa – Bem-estar social e decisão financeira – Almedina – Coimbra -1993 – páginas 286 à 291.
407
Este imposto consiste na redução da pobreza que passa pela concessão de subsídios aos mais desfavorecidos o que lhes da à mínima garantia de obtenção
de bens imprescindíveis para a sua sobrevivência. Portanto, o subsídio é pago pelo Estado na base da discriminação positiva, isto é, o Estado paga subsídios
aos menos abastados para garantir a segurança de subsistência.
Todavia, nos Países em via de desenvolvimento – o imposto em causa tem encontrado sérias dificuldades para a sua implementação, cujos principais
estorvos têm sido os seguintes:
• “ – o volume de encargos financeiros exigido é incompatível, por ser escasso o número de contribuintes de elevados rendimentos;
• - dificuldades na realização do rendimento das famílias pobres, em virtude de a máquina fiscal ser pouco eficiente e os rendimentos de grande
parte da população serem em espécie;
• - outra medida a considerar é o imposto anual sobre o património individual. Incide sobre a avaliação global do património dos sujeitos
abstraindo dos rendimentos”. (Nunes, Elisa Rangel – Lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro – Anistia Edições, Lda – 2007 –
página 421).
para uma investigação profunda sobre a distribuição da riqueza (mais, concretamente, do rendimento), entre vários autores Portugueses, ver:
- Franco, António L. de Sousa – Políticas Financeiras e Formação de Capital – 1972.
- Cabral, Nazaré da Costa – A Redistribuição Económica (Breve Estudo sobre o seu significado à luz das principais teorias económicas) – AAFDL – Lisboa –
2002.
- Araujo, Fernando – Introdução à Economia – 3ª edição – Novembro de 2006 – Almedina – páginas 443 à 478.
141
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(PERSPECTIVAS FUTURAS)
8.1. Enquadramento teórico da questão
408
No mesmo sentido:
- Franco, A. L. de Sousa – Finanças do sector público – Introdução aos subsectores Institucionais (Aditamento de actualizações) – AAFDL – Reimpressão de
2003 – página 364.
409
Que alguns preferem chamar de minimização de custos.
410
tais como: execução, controlo e planeamento.
142
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e desvantagens.
a) – Vantagens:
b) – Desvantagens:
a) – Vantagens:
411
Sobre as vantagens dos modelos centralizados e descentralizados de decisão financeira, entre vários autores, ver:
- Deryche, Pierre – Hanri; Gilbert, Duy – Economie Publique Locale, Económica, 1988 – páginas 32 e seguintes.
143
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b) – Desvantagens:
412
Geralmente com o propósito de arrecadar receitas, efectuar despesas de investimento e realizar transferências.
– Para melhor estudo deste assunto:
- Franco, A. L. Sousa – Finanças do sector Público – Introdução aos subsectores Institucionais (Aditamento de actualização) – AAFDL
–Reimpressão de 2003 – páginas 368 à 374.
144
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413
Nº2 do artigo 213º da constituição Angolana.
– Sobre o poder local em Angola, ver:
- Pereira, Virgílio Fontes – O poder local: da imprecisão conceptual à certeza da sua evolução – Dissertação de Mestrado na Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa – Lisboa – 1997 (inédito)
- Feijó, Carlos – Problemas actuais de Direito Público Angolano – contributos para a sua compreenssão – pricipia – cascais – 1ª edição – Outubro de 2001 –
páginas 131 à 148.
- Paulson, Lazarino – As Autarquias Locais e As Autoridades Tradicionais no Direito Angolano – Esboço de uma teoria subjectiva do poder local – casa das
ideias – Luanda – 1ª edição – Janeiro de 2009.
- Alexandrino, José Melo – o poder local na constituição da República de Angola:
Os Princípios Fundamentais – Revista da F.D.U.L.– separata – vol. LI – Nºs 1 e 2 – Coimbra Editora – 2010 - páginas 62 à 92.
– O poder local em Angola, quanto ao seu âmbito, se apresenta numa perspectiva “sui generis”, no contexto universal, visto que tem três formas de
organização (autarquias locais, instituições do poder tradicional e outras modalidades específicas de participação dos cidadãos – nº2 do artigo 213º da
constituição Angolana) – ver no mesmo sentido:
- Alexandrino, José Melo – o poder local na constituiçãoda República de Angola:
Os Princípios Fundamentais – Revista da F.D.U.L. – separata – vol. LI – Nºs 1 e 2 – Coimbra Editora - 201O - – páginas 66..
414
Nº1 do artigo 217º da Constituição Angolana
145
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415
Os seis elementos do conceito de autarquia local, são:
- Personalidade jurídica, comunidade de residentes, território, interesses próprios, carácter electivo dos orgãos e os poderes lacais.
– Para um estudo mais desenvolvido do assunto, ver:
- Alexandrino, José de Melo –Direito das Autarquias Locais – in, Paulo Otero / Pedro Gonsalves (coord), tratado de Direito Administrativo Especial, vol. IV,
Coimbra, 2010 – páginas 11 à 300.
416
O conselho da República de Angola reunido no dia 19 de Dezembro de 2011 – persuadiu o chefe de Estado, a convocar as eleições autárquicas para 2014.
417
Número 1 do artigo 3º e artigo 8º da constituição Angolana.
418
– No mesmo sentido:
- Canotilho, J.J. Gomes; Moreira, Vital – constituição da República Portuguesa Anotada – volume I – artigos 1º à 107º, 4ª edição, Coimbra Editora, Coimbra
2007, anotação ao artigo 6º, páginas 232 e seguintes.
- Miranda, Jorge – Manuel de Direito constitucional, tomo III, Coimbra Editora, Coimbra, 2004 – páginas 279.
- Nabais, José Casalta – A Autonomia Financeira das Autarquias Locais, Almedina, Coimbra, 2007 – página 15.
- Rocha, Joaquim Freitas da – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – Estudos Regionais e Locais – Editor – CEJUR – distribuidora – Coimbra Editora –
2009 – página 12.
- Feijó, Carlos – Problemas Actuais de Direito Público Angolano – contributos para a sua compreesão – principia – 1ª edição – Outubro de 2001 – página
146.
- Paulson, Lazarino – As Autarquias Locais E As Autarquias Autoridades Tradicionais No Direito Angolano – Esboço de uma teoria subjectiva do poder local –
casa das ideias – 1ª edição – Janeiro de 2009 – página 24.
419
Artigo 213º e seguintes da constituição Angolana.
146
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
420
artigo 201º da constituição Agolana.
– Neste sentido:
- Paulson, Lazarino – As Autarquias Locais E As Autarquias Tradicionais no Direito Angolano – Esboço de uma teoria subjectiva do poder local – casa das
ideias – 1ª edição – Janeiro de 2009 – páginas 76, 81, 91.
- Alexandrino, José Melo – O poder local na constituição da República de Angola: Os princípios fundamentais – separata – Revista da Faculadade de Direito
da Universidade de Lisboa – vol. LI – Nºs 1 e 2 – Coimbra Editora – 2010 – página 67.
421
No mesmo sentido:
- Alexandrino, José Melo – O poder local – na constituição da República de Angola: Os princípios Fundamentais – separata – Revista da Faculadade de
Direito da Universidade de Lisboa – vol. LI – Nºs 1 e 2 – Coimbra –Editora – 2010 – página 63.
422
Este propósito encontra acolhimento constitucional na alínea f) do artigo 161º da constituição Angolana.
423
Neste sentido:
- André Azevedo Alves e José Manuel Moreira – o que é a Escolha Pública – para uma análise económica da política – principia – Janeiro – 1ª edição – 2004
– páginas 105 defendem: «…uma forma possível de reduzir os problemas associados à votações por maioria e ao processo político (sem, no entanto, os
eliminar) consiste em descentralizar todas as compentências que possam ser exercidas a nível local».
- Ovídio Pahula – Estudos sobre o Sistema Jurídico-Económico Angolano – principia – 1ª edição – Janeiro de 2008 – página 83 defende: «A ecolha pública
admite a transferência de funções eminentemente locais para os municípios, comunas e povoações, por exemplo, em Angola, em vez do centro, constituindo
tal pensamento a pedra angular do princípio de descentralização e do poder local».
424
Conforme recomendou o conselho da República na sua sessão do dia 19 de Dezembro de 2011.
147
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425
Para um curso aprofundado sobre o direito das autarquias locais:
- AAVV – Oliveira, António Cândido de (coord) – 30 anos de poder na constituição da República Portuguesa, Braga, Governo civil do Distrito de Braga/Cejur,
2007.
- AAVV, Direito Administrativo das Autarquias Locais – Estudos, Coimbra, 2010.
- Folque, André – A tutela Administrativa nas relações entre o Estado e os Municípios (condicionalismos constitucionais), Coimbra, Coimbra Editora, 2004.
- Pereira, André Gonçalves – contribuição para uma teoria geral do Direito Municipal, Dissertação (Inédita) – F.D.L. – Lisboa – 1959.
- Oliveira, António Cândido de – Direito das Autarquias Locais, Coimbra, Coimbra Editora – 1993.
- Nabais, José Casalta – A autonomia financeira das autarquias locais – Coimbra – Almedina – 2007.
- Moreira, Vital – A Administração Autónoma e Associações Públicas, Coimbra Editora, 1997.
- Alexandrino, José de Melo – Direito das Autarquias Locais, in Paulo Otero / Pedro Gonçalves (cood), tratado de Direito Administrativo Especial, vol. IV,
Coimbra, 2010 – páginas 11 á 300.
- Feijó, Carlos – A tutela Administrativa sobre as Autarquias Locais em Angola (Perspectivas Futuras).
- Conferência realizada na Universidade Catòlica de Angola a convite da Fundação alemã Friedrich Ebrt Stiftung – Luanda, Abril de 2001.
426
Portal, Eric – La modernisation de la gestion des collectivites territoriales et l'evolution du droit financier local – in RFFP,81, Março de 2003 – página 234.
148
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
427
Que é, sem sombra de dúvidas, a democracia
428
Nº1 do artigo 213º da constituição Angolana.
Sobre este assunto, ver:
- Oliveira, António Cândido de – A democracia local (aspectos jurídicos), Coimbra Editora, Coimbra, 2005 .
429
Número 1 do artigo 213º da constituição Angolana.
430
Número 1 do artigo 213º da constituição Angolana.
431
Rocha, Joaquim Freitas da – Direito Financeiro local (Finanças Locais) – Minho Portugal – CEJUR – Janeiro de 2009 – página 15.
432
Artigos 8º e 213º da constituição Angolana.
149
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
433
Tais como Escolas, Hospitais, Policias, Bibliotécas, Museus, Estradas, e.t.c.
434
Franco, António L. de Sousa – Finanças Públicas e Direito Financeiro – volumes I e II – 4ª edição – 11ª Reimpressão – Almedina Coimbra – Março, 2007 –
página 13.
– As necessidades das comunidades podem ser o ensino, segurança, cultura, e.t.c.
435
Carvalho, Joaquim – o processo orçamental das autarquias locais – Almedina – Coimbra – 1996 – páginas 38 e seguintes.
– Os interesses específicos de determinadas populações podem ser: construção de um Pavilhão Gimnodesportivo, organização de uma feira local sobre o
artesanato, atribuição de casas económicas para as viúvas de guerra, a asfaltagem de uma estrada terciária; e.t.c
436
Rocha, Joaquim Freitas da – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – página 19
150
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
437
Como, por exemplo: A lei do Orçamento Geral do Estado, Regime Financeiro Local (Decreto Presidencial nº 30/10 de 9 de Abril)
438
Códigos fiscais (por exemplo).
–Regulamentos para criar taxas municipais (por exemplo).
439
Como, por exemplo, a carta Européia da Autonomia Local.
440
O poder local em Angola é composto pelas autarquias locais, às instituições do poder tradicional e outras modalidades específicas de participação dos
cidadãos (nº2 do artigo 213º, várias vezes citado, da constituição Angolana).
151
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
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Quanto aos princípios – estes contêm uma profunda abstração; por isso,
necessitam, frequentemente, de um suporte legislativo para a sua aplicação. 443
Os princípios que vamos analisar não são os únicos que intervêm na complexa
actividade administrativa autónoma;445 mas sim, porque são aquelas que têm a
ver com a gestão directa dos dinheiros públicos.
441
Ou ainda o autarca (Presidente da autarquia, Secretários das autarquias) e, eventualmente, os seus assessóres e colaboradores directos .
442
Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais)- CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – página 20.
443
Coexistem com situações conflituantes e podem ser harmonizados (mandados de optimização).
444
«…. No sentido em que seria impossível a sua coexistência em casos de conflitos, estando subordinadas a uma lógica de afastamento ou de “tudo ou nada”»
(Rocha, Joaquim de Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – página 20).
445
Como, por exemplo,:
- O princípio da constitucionalidade.
- O princípio da legalidade.
- O princípio da democraticidade.
- O princípio da proporcionalidade.
- O princípio do respeito pelas futuras gerações.
152
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A autonomia é a “ratio essendi” do poder local, “isto é, que tem a sua raíz na
comunidade local ou que tem uma relação específica com a comunidade local
e que por esta comunidade podem ser tratados de modo autónomo e com
responsabilidade própria”.447
446
Miranda, Jorge – Teoria do Estado e da constituição – Coimbra Editora – 2002 – páginas 331.
– O artigo 213º da constituição Angolana prevé a descentralização político – administrativa.
447
Acordão do Tribunal Constitucional de Portugal nº288/2004 .
153
Manual de Finanças Públicas e de Direito Financeiro Angolano
Ovídio Pahula
448
Sobre a forte valorização da administração autónoma em Angola, ver:
- Alexandrino, José Melo – o Poder Local na constituição da República de Angola: os princípios fundamentais – separata – Revista da F.D.U.L – vol. LI-NºS 1
e 2 – Coimbra Editora – 2010 – páginas 68 à 70.
449
artigos 215º e 216º da constituição Angolana.
450
artigos 216º, 217 e 219º da constituição Angolana.
451
artigo 214º da constituição Angolana
452
artigo 219º da constituição Angolana.
453
nº4 do artigo 217º da constituição Angolana.
454
A autonomia representa um auténtico distintivo das autarquias locais.
455
Matias, Vasco – Contributo para o Estudo das Finanças Municipais em Portugal, comissão e coordenação da Região Centro, Coimbra, 1987 – página 18.
- Para mais desenvolvimento da questão atinente a autonomia autárquica em geral, entre vários autores, ver:
- Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – páginas 21 à 24.
154
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456
Os interesses dos residentes dum determinado território podem ser, por exemplo,:
- autocarros para formar a rede de transportes para os municípios.
- Instalações para reter cães, gatos e macacos, abandonados na vida pública, com vista o seu abate.
- Técnicos competentes para a demoliação de construções que ameaçam a cidade com ruínas.
457
artigo 215º e nº 3 do artigo 217º da constituição Angolana.
– Em Estudos comparado no mesmo sentido:
- Acordãos do tribunal constitucional de Portugal - Números 452/87, 361/91, 358/92, 631/99 e 288/2004;
- Parecer da P.G.R. de Portugal nº 138/2001 – fonte: http://www.dgsi.pt
458
– Já que as administrações municipais e comunais angolanas não possuem:
• Personalidade jurídica distinta do Estado.
• Uma comunidade de residentes politicamente organizada.
• Um território de finido para fins autárquicos.
• Uma missão com vista a prossecussão dos interesses própios e específicos das comunidades.
• Orgãos democraticamente eleitos pelas comunidades.
• Poderes locais autónomos
155
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459
Neste sentido.
- Alexandrino, José Melo – o poder local na constutuição da República de Angola:
Os princípios Fundamentais – separata – Revista da F.D.U.L. – vol LI NºS 1 e 2 – Coimbra Editora - 2010 – página 67.
– Desiderato previsto no artigo 213º e seguintes da constituição Angolana.
460
Decreto nº 8/08 de 24 de Abril (nº 1 do artigo 1º).
461
Numa primeira fase, o fundo de apoio à gestão municipal (FUGEM) só se estendeu às administrações municipais que haviam sido, previamente,
seleccionadas (nº1 e 2 do artigo 2º do Decreto nº 8/08 de 24 de Abril).
– O montante do fundo inicial concedido a cada administração municipal foi de trezentos e setenta e cinco milhões de Kwanzas (kz 375.000.000,00).
462
Lei nº 15/10 de 14 de Julho (Lei quadro do Orçamento Geral do Estado) – números 1 e 2 do artigo 63º, artigos 66º e 67º.
– Decreto Presidencial nº 30/10 de 9 de Abril (Regime Financeiro Local).
463
Artigo 2º da lei quadro do Orçamento Geral do Estado (Lei nº 15/10/ de 14 de Julho).
464
Franco, A. L. Sousa – Finanças do Sector Público – Introdução Aos Subsectores Institucionais (Aditamento de Actualização) – AAFDL – Reimpressão de
2003 – página 18.
156
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a) – Quanto à matéria:
O orçamento das autarquias locais pode ser aprovado por uma entidade
autónoma, por exemplo, uma assembleia da autarquia com poderes
deliberativos 465 e pelo executivo central ou pelo parlamento. 466
b) – Quanto ao grau:
465
Tendo em linha de conta o disposto no nº1 do artigo 220º da constituição Angolana
466
Quando o orçamento é aprovado pela assembleia da autarquia fica dotado de um grau de autonomia maior e mais consistente do que se for aprovado pelo
executivo central ou pelo parlamento.
467
Embora o gestor, na prática, é mais propenso a práticas irregulares numa gestão financeira mais liberal do que quando executa o orçamento sob vigilância
de um orgão tutelar.
468
Num estudo comparado sobre o recurso ao crêdito nas Autarquias Locais Portuguesas, entre vários autores, ver:
- Cabral, Nazaré da Costa – O Recurso Ao crédito nas Autarquias Locais Portuguesas – AAFDL – Lisboa – 2003.
157
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Ovídio Pahula
469
Nabais, José Casalta – Autonomia Financeira das Autarquias Locais – Almedina – Outubro de 2007 – página 33.
470
Nabais, José Casalta – A Autonomia Financeira das Autarquias Locais – Almedina – Outubro de 2007 – página 33.
158
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471
Neste sentido:
- Nabais, José Casalta – A Autonomia Financeira das Autarquias Locais – Almedina – Outubro de 2007 – página 29.
472
Nº 3 do artigo 217º da constituição Angolana.
473
Nº 3 do artigo 217º da constituição Angolana.
474
Desiderato que deve estar plasmado na lei.
475
Na base do chamado princípio da coerência.
476
Como por exemplo nas áreas da Saúde, Educação, e.t.c.
159
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477
Nº 2 do artigo 213º da constituição Angolana
478
Para Carlos Feijó – A Tutela Administrativa sobre as autarquias locais em Angola (perespectivas futuras) – conferência realizada na Universidade Catòlica
de Angola a convite da fundação alemã Friedrich Ebert Stiftung – Luanda – 2001, «A ausência de tutela administrativa do Estado no âmbito de um estudo
unitário,
Sobre poder local autónomo é um meio-caminho para a federalização do País. Por, isso, apesar da tutela administrativa não constituir um elemento
constitutivo do poder local autónomo não deixa ser no plano das relações inter-subjectivas um elemento axiológico-valorativo do Estado unitário».
– No mesmo sentido:
- Amaral, Diogo Freitas do – curso de Dirteito Administrativo- 2ª edição – vol. I. – Almedina (8ª Reimpressão da 2ª edição de 1994) – Janeiro de 2004 –
páginas 698 á 699.
479
– Amaral, Diogo Freitas do – curso de Direito Administrativo – 2ª edição – vol. I. – Almedina (8ª reimpressão da 2ª edição de 1994) – Janeiro de 2004 –
página 699.
160
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A) – Quanto ao fim:
• De legalidade
• De mérito
B) – Quanto ao contéudo:
●Integrativa
●Inspectiva
● Sancionatória
●Substitutiva 480
480
Sobre a tutela administrativa, ver:
- Amaral, Diogo Freitas do – curso de Direito Administrativo – 2ª edição – vol. I. Almedina (8ª reimpressão da 2ª edição de 1994) – Janeiro de 2004 –
páginas 699 à 712.
481
artigo 242º da constituição Angolana.
161
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Na terceira e última fase a tutela deverá ser exercida pelo poder judicial. 484
482
Sobre os recursos humanos que prestam serviços na administração local do Estado, o Presidente da República de Angola, o Engº José Eduardo dos Santos,
na sua intervenção do dia 30/08/de 2004, no primeiro encontro Nacional sobre a administração local em Angola, disse:«….. os dados estatísticos disponíveis
dão-nos conta que 87% dos recursos humanos ao serviço da Administração Pública prestam serviço a nível das Províncias, designadamente Luanda,
Benguela e Huíla. Desse total, 79% prestam serviço nos Governos Provinciais, 19% nas administrações municipais e apenas 1% nas administrações
comunais. Para além desse aspecto quantitativo, os dados dizem que no plano qualitativo apenas 3% dos efectivos da administração local do Estado são
técnicos superiores e, desses 97% prestam serviços nos Governos Provinciais. Estes dados revelam uma grave carência de pessoal para provisão dos
serviços essenciais ao desenvolvimento económico e produtivo»
483
nº3 do artigo 221º da constituição Angolana.
484
nº4 do artigo 221º da constituição Angolana.
162
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- Tribunal de contas.
485
alínea 0) do nº1 do artgo 165º da Constituição Angolana.
486
Pessoal e real.
163
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- responsabilidade administrativa.
- responsabilidade criminal.
487
Franco, A. L. Sousa – “o controlo da administração pública em Portugal”, in Revista do Tribunal de Contas (RTC) C- 19-20, Tomo I, 1993, páginas 131 à 132.
488
artigo 23º da Constituição Angolana.
– o princípio da igualdade representa a essência do Estado democrático de Direito e “vincula de modo directo os poderes públicos – particularmente o
legislador – obrigando a que se dê tratamento igual em situações de facto iguais. Dito pela negativa: Proibe-se o tratamento desigual de situações iguais e o
tratamento igual das situações desiguais˝ (Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local ( finanças locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de
2009 – página 33).
489
Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – pá gina 33.
490
As condições díspares podem ser:
- económicas, geográ ficas, sociais, demográficas, e.t.c.
491
Perante tais circunstâncias recorre-se ao princípio do “equilíbrio financeiro horizontal˝ com objectivo de “promover a correcção de desigualdades entre a
utarquias do mesmo grau resultantes, designamente, de diferentes capacidades na arrecadação de receitas ou de diferentes necessidades de despesas”. (Em
estudo comparado socorremo-nos da lei nº 2/2007 de 15 de Janeiro – Lei das finanças locais de Portugal).
164
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492
Na esteira do direito comparado, ver o fundo social municipal (FSM) da República Portuguesa criado na base do artigo 24º da lei nº 2/2007 de 15 de Janeiro
(Lei das Finanças Locais da República Portuguesa).
493
No raciocínio do estudo comparado (artigo 23º das finanças locais da República Portuguesa – Lei nº 2/2007 de 15 de Janeiro).
165
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494
– Neste sentido: - Moncada, Luís S. Cabral de – Direito Económico – 4ª edição revista e actualizada – Coimbra Editora – 2003 – página 203 e seguintes.
- Clark, Giovani – o município em face do Direito Económico – Del Rey, Belo Horizonte, Brasil, 2001 – páginas 241 e seguintes.
495
– Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – página 40.
– As prestações de serviços podem ser feitas “no domínio das despesas e das escolhas públicas e em áreas como o fornecimento de água ou electricidade,
de transporte de pessoas ou de mercadorias, do ensino ou da saúde, a par da dimensão política (eleitoralista) que por vezes é a mais visível, Não pode ser
negligenciada a dimensão económica, encarando-se a autarquia como um agente que, a par de outros, actua no mercado, comprando, vendendo, prestando. (
Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – página 41).
166
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496
– Sobre este tema, ver:
- Tivão, Luis Bourgon – Manual de serviços públicos locais, Ministério para las administraciones públicas, Madrid, 1991.
– A actividade económica directa da autarquia local pode ser:
- serviços próprios de abastecimento de água ou recolha de lixo;
497
Lei nº 1/04 de 13 de Fevereiro (lei das sociedades comerciais da República de Angola).
498
Para um estudo aturado e profundo das empresas municipais e os serviços municipalizados Portugueses, entre vários autores Portugueses, ver:
Neves, Maria José L. Castanheira – Governo E Administração Local – Coimbra Editora – Julho de 2004 – Páginas 295 à 320.
499
Para um estudo aturado e profundo sobre as parcerias público-privadas em geral, entre vários autores Portugueses, ver:
- Cabral, Nazaré da Costa – As parcerias Público-Privadas – IDEFF-FDL – Almedina – Janeiro de 2009.
– Sobre as parcerias público-privadas, em Angola, ver:
- Poulson, Lazarino – As Parcerias Público-Privadas Na Arte de governar – casa das ideias – Luanda – Abril de 2011
167
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500
Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009-42.
501
Sobre este assunto o jurista e professor da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, Gilberto Luther, ao prefaciar a obra do colega Lazarino
Poulson (Docente Universitário e consultor jurídico) – As parcerias público-privadas na arte de governar – casa das ideias – Luanda – Abril de 2011 – página
11, escreveu: «… o facto (referindo-se as PPP'S) de estarem amplamente disseminadas nos dias de hoje não impede, no entanto, que sobre elas paire ainda
um acentuado manto de desconfiança, de novidade, ou tão-só de sofisticação face aos esquemas tradicionais de relacionamento – sobretudo os de índole
contratual – entre a Administração e os entes privados».
502
Lei nº 2/11, de 14 de Janeiro (Lei sobre as parcerias público-privadas).
503
549 – Bouvier, Michel; Esclassan, M. – Christine; Lassale, J. – Pierre – Finances Publiques, 8ª edição, LGDJ, Paris, 2006 – página 713.
168
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Com efeito, o Estado Angolano é unitário 505 onde existe uma única constituição,
nacionalidade e um único sistema de orgãos constitucionais.
169
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507
As condições concretas de cada autarquia podem ser:- diferentes oportunidades económicas, características climatéricas, cultura das populações, extensão
territorial, demogra fia, e.t.c.
508
Rocha, Joaquim Freitas de – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho –Portugal – Janeiro de 2009 – página 36.
509
Muzelec, Raymond – Finances Publiques – 14ª edição – Dalloz – Paris, 2006 – páginas 146 e seguintes.
510
Na esteira do Direito comparado ver:
- Fundo de Coesão Municipal, Fundo Social Municipal e o Fundo Geral Municipal (artigo 19º da lei nº 2/2007 de 15 de Janeiro – lei das finanças locais
Portuguesas).
170
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511
nº 4 do artigo 104º da constituição Angolana e artigo 74º da lei nº 15/10 de 14 de Julho )lei do orçamento geral do Estado)
512
Sector empresarial local, Associações do Município, parcerias público-privadas
513
artigo 2º, 3º, 5º, 8º e 74º da lei nº 1 5/10/ de 14 de Julho (Lei do Orçamento Geral do Estado).
171
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514
Tavares, José F.F – Estudos de Administração e Finanças Públicas – Almedina – Outubro de 2004 página 382.
172
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515
Aquele controlo que é efectuado por um orgão próprio do organismo do ente controlado.
– Para um estudo aprofundo sobre as relações entre orgãos de controlo interno e externo, ver:
- Tavares, José F.F. – Estudos de Administração e Finanças Públicas – Almedina – Outubro de 2004 – páginas 225 á 443.
- Bernia, Vicente Arrnau – El control interno en las Haciendas locales – in Revista de Hacienda local, vol. Xxx, nº 90, Setembro à Dezembro de 2000 – páginas
714 e seguintes.
- Especi ficamente sobre a execução e controlo sobre o orçamento geral do Estado em Angola, ver:
- Pahula, Ovídio – A execução e controlo do orçamento geral do Estado (O.G.E) – artigo publicado no jornal Angolano de Economia e Finanças do dia 27 de
Março de 2012.
516
É o controlo exercido por tribunais de contas ou orgãos congeneres (Tavares, J.FF. – Estudos de Administração e Finanças Públicas – Almedina – Outubro
de 2004 – página 429).
517
O conjunto dos documentos podem ser:
- Balanço;
- Demostração de resultados;
- Mapas de execução orçamental;
- Anexos às demostrações financeiras;
- Relatório de gestão; (Em estudo comparado tivemos como base o Decreto-Lei nº 54-A/99, de 22 de Fevereiro que aprovou o plano oficial de contabilidade
das Autarquias locais de Portugal (POCAL) – Fonte: http://www.cm-mirandela.pt/index.php? oid= 4956) .
518
Neste sentido:
- Ferré, Francesc Bosch – la función de control financiero en la administración local: Del control de legalidad y contable al control de gestión económica – in
Revista de Hacienda local, vol. XXX, nº 90, Setembro à Dezembro de 2000 – páginas 666 e seguintes .
173
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519
A intervenção do executivo (Governo), no âmbito da actuação local pode ser:
- superintendência (quanto aos fins);
-tutela (quanto aos meios);
- inquéritos.
– Sobre a intervenção do executivo Angolano no âmbito da actuação local, em relação as futuras autarquias locais, ver:
- artigo 221º da constituição Angolana.
520
Número 1 do artigo 2º da lei nº 13/10 de 9 de Julho (Lei orgânica e do pocesso do tribunal de contas).
521
Nº 1 do artigo 5º da lei nº 13/10 de 9 de Julho (Lei orgânica e do processo do tribunal de contas).
174
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522
Para um estudo concreto das obrigações declarativas dos Entes Locais em Portugal, ver:
- Brochuras editadas pela DGAL contidas nos endereços que se seguem: http://www.dgaa.pt/pdf/prestação contas continente.pdf
e htt://www.dgaa.pt/pdf/Folheto prestação contas – continente – RS.PdF.
- Sobre os passos a seguir e os documentos necessários para a prestação de contas de uma autarquia em Portugal, ver:
- http://www.cm-mirandela.pt/index.php?oid=4956.
Com vista a conferior maiores responsabilidades e obrigações bem como assegurar a moralidade, imparcialidade e probidade públicas aqueles cidadãos que
exercem funções na administração do Estado e nas futuras autarquias locais (alínea J) do nº 2 da lei nº 3/10 de 29 de Março – Lei da probidade Pública) o
Estado Angolano criou a lei nº 3/10/ de 29 de Março (Lei da probidade pública).
175
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Tais actos são, por vezes, favoráveis aos anseios dos munícipes tendo em
atenção a concretização dos seus intentos; 524 e, não raras vezes, prejudicam os
cidadãos, indeferindo, por exemplo, requerimentos, restringindo direitos, e.t.c.
523
Para um Estudo comparado sobre o assunto, ver:
- Calvo, Mercedes Pedras – La administración local y la via económico-administrativa – in haciendas locales: situación actual y lineas de reforma, Fundación
Democracia e Gobierno Local, Barcelona, 2005, páginas 301 e seguintes.
- Anton, Fernando Serrano (org.) – El Estado actual de los derechos y de las garantias de los contribuyentes en las Haciendas locales, Thomson – civitas,
Navarra, 2007.
524
Como, por exemplo, requerimentos, recursos, atestados, pedidos, e.t.c.
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Neste ponto, fica bem claro que seguiremos, de acordo com a nossa linha de
trabalho, os cânones do direito financeiro, ou concretamente, do direito
tributário.
525
O número 3 do artigo 176º da constituição Angolana prevê a criação de jurisdições (administrativa, fiscal e aduaneira autónomas).
177
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• Administrativa (graciosa)
526
Em estudo comparado, ver:
- artigo 56º da lei nº2/2007 de 15 de Janeiro (Lei das Finanças Locais Portuguesas).
527
Em Portugal, por exemplo, a reclamação administrativa é feita diante do orgão que fez a liquidação da taxa no prazo de 30 dias a contar da noti ficação da
liquidação.
528
No regime geral do contecioso tributário Português, por exemplo, a reclamação graciosa é facultativa.
529
Em estudo comparado, ver:
- artigo 70º, nº1 e 75º do CPPT e 16º, nº2 do RGTAL (República Portuguesa).
– Para aprofunamento do tema em estudo comparado, ver:
- Rocha, Joaquim Freitas da – Direito Financeiro Local (Finanças Locais) – CEJUR – Minho – Portugal – Janeiro de 2009 – páginas 195 à 197 .
178
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(PROPOSTA)
A. GENERALIDADES
A futura lei das finanças locais, em Angola, deverá prever, no nosso entender,
entre outros princípios, os seguintes:
179
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C. ORÇAMENTO
a) – Princípios gerais
O município deve:
180
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• Dívida pública
• Impostos estaduais
• Impostos sobre:
181
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- património.
- doações e sucessões.
- álcool.
- hidrocarbonetos.
D) – Despesas Públicas
182
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F. TUTELA
As futuras autarquias locais, em Angola, deverão estar sujeitas a tutela nos
seguintes termos:
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pág 61.
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1984.
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INDICE
Dedicatória
Nota Introdutória
Prefácio
I PARTE
CAPITULO I
1. Noção de Financas Públicas
1.1. Origem da expressão "finanças públicas"
1.2. Acepções da palavra "finanças públicas"
1.3. Finanças Públicas e Finanças Privadas
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CAPITULO II
2. Introdução à economia pública
2.1. Noção de economia pública
2.2. A intervenção do estado na economia
2.2.1. As razões da intervenção do estado na economia segundo Musgrave
2.2.1.1. A função da afectação
2.2.1.2. A função de distribuição
2.2.1.3. A função de estabilização económica
CAPITULO III
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3. Orçamento do estado
3.1. Conceito do orçamento
3.2. Elementos do orçamento e figuras afins
3.3. Contexto legal do orçamento do estado
3.3.1. Nivel constitucional
3.3.2. Lei orgânica orçamental e legislação conexa
3.3.3. Lei anual do orçamento e decreto-lei de execução orçamental
3.4. Funções do orçamento geral do estado
3.4.1. Função económica
3.4.2. Função politica
3.4.3. Função jurídica
3.5. O círculo orçamental - fases e competência
3.6. As regras de organização do orçamento
3.6.1. Anualidade
3.6.2. Unidade e universalidade
3.6.3. Não consignação
3.6.4. Especi ficação
3.6.5. Equilibrio
3.6.6. Publicidade
3.7. Estrutura do orçamento
3.7.1. A apresentação das despesas e receitas do orçamento
3.7.2. Classi ficação das receitas e despesas
3.7.2.1. Classi ficação das receitas
3.8. Elaboração, discussão e votação do orçamento
3.8.1. O processo de preparação do orçamento
3.8.2. Discussão e votação do orçamento
3.8.3. As escolhas orçamentais
3.9. A execução e o controlo do orçamento
3.9.1. Controle da execução orçamental
3.9.2. A conta geral do estado
3.9.3. Fiscalização orçamental em Angola
3.9.4. O Tribunal de Contas em Angola
CAPITULO IV
4. Despesas Públicas
4.1. Conceito de despesa pública
4.2. Espécie de despesas públicas
4.3. Os problemas das escolhas colectivas
4.4. A despesa pública e a despesa nacional
4.5. Aumento das despesas públicas
4.6. Efeitos económicos das despesas públicas
4.7. O multiplicador e o princípio da aceleração
4.8. Propulsor ou oscilador
CAPITULO V
5. Receitas públicas
5.1. Conceito e modalidades das receitas públicas
5.2. Receitas de crédito público
5.2.2. A dí vida pública
5.2.3. Recurso ao crédito público
5.2.4. Empréstimos públicos
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5.3.2. Os impostos
5.3.3. Taxas
CAPITULO VI
6. Os sistemas fiscais
6.1. Generalidades
CAPITULO VII
7. Políticas financeiras
7.5.4.1. A inflação
191
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CAPITULO VIII
8. Finanças locais em Angola
192
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8.3.2.4. Princípio da solidariedade
8.6. Bases legislativas para a eleboração da futura lei das finanças locais em Angola
Bibliografia
Indice
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