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Eventos adversos e outros incidentes na


unidade de terapia intensiva neonatal

Article in Ciência & Saúde Coletiva · March 2015


DOI: 10.1590/1413-81232015203.16912013

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Walter Mendes
Fundação Oswaldo Cruz
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DOI: 10.1590/1413-81232015203.16912013 937

Eventos adversos e outros incidentes

revisão review
na unidade de terapia intensiva neonatal

Adverse events and other incidents in neonatal intensive care units

Luciana da Silva Lanzillotti 1


Marismary Horsth De Seta 2
Carla Lourenço Tavares de Andrade 2
Walter Vieira Mendes Junior 2

Abstract The occurrence of avoidable adverse Resumo A ocorrência de eventos adversos (EA)
events (AEs) represents a problem of quality of evitáveis representa um problema de qualidade na
care that is responsible for the increase in mon- assistência, responsável pelo aumento dos custos
etary and social costs, causing suffering to the monetários e sociais, geradores de sofrimento ao
patient, their family members and the profession- paciente, seus familiares e ao profissional envol-
al involved. This situation is aggravated when vido. Essa situação é agravada quando se trata de
it involves newborns (NBs) with very low birth recém-nascidos (Rn) de muito baixo peso e de me-
weights and shorter gestational ages, admitted to nor idade gestacional, internados em unidades de
neonatal intensive care units (NICU). The scope terapia intensiva neonatal (UTIN). O objeto é co-
of this study is to understand more about these in- nhecer os incidentes e eventos adversos das UTIN.
cidents and adverse events in NICUs. The article O objetivo do artigo é identificar a ocorrência dos
aims to identify the occurrence of incidents, with incidentes com e sem lesão ocorridos em UTIN
and without injury that have occurred in NICUs descritos na literatura, correlacionando-os com o
in the literature and correlate this with the gesta- grupo de idade gestacional dos Rns mais afetados.
tional age group of the NBs most affected. This is a Trata-se de uma revisão sistemática da literatura
systematic review of the available literature on in- sobre incidentes, particularmente dos EA eviden-
cidents, particularly AEs as witnessed in NICUs. ciados em UTIN. O estudo desvela que os tipos de
This study reveals that the types of incidents that incidentes que ocorrem nas UTIN, com ou sem
occur in NICUs, with or without injury to the pa- lesão no paciente, estão relacionados a erros ou
tient, are related to errors or failures in medica- falhas no uso medicamentoso, infecções associa-
tion use, healthcare-associated infections (HAIs), das ao cuidado em saúde (IACS), lesão cutânea,
1
Escola Nacional de Saúde skin injuries, mechanical ventilation and intra- ventilação mecânica e cateteres intravasculares. As
Pública Sérgio Arouca,
Fundação Oswaldo Cruz.
vascular catheters. The cause of incidents and ad- causas dos incidentes e eventos adversos nas UTIN
R. Leopoldo Bulhões 1480, verse events in NICUs are associated with human estão associadas a fatores humanos e os desfechos
Manguinhos. 21041-210 factors and the outcomes that are most damaging que causam mais danos são provenientes de IACS.
Rio de Janeiro RJ Brasil.
lucianasl@iff.fiocruz.br.
are due to HAIs. Furthermore, the study points Ademais, o estudo aponta caminhos para ameni-
2
Departamento de out ways to mitigate these occurrences. zar estas ocorrências.
Administração e Key words Incidents, Adverse events, Neonatal Palavras-chave Incidentes, Eventos adversos,
Planejamento em Saúde,
Escola Nacional de Saúde
intensive care unit Unidade de terapia intensiva neonatal
Pública Sérgio Arouca,
Fundação Oswaldo Cruz.
938
Lanzillotti LS et al.

Introdução Um estudo realizado em uma UTIN nos Esta-


dos Unidos da América (EUA) apontou inciden-
O processo de cuidar não é isento de riscos. Mui- tes em 74% dos pacientes internados. Os inciden-
tas vezes ocorrem danos de diferentes graus de tes mais frequentes foram: infiltrações de cateter
gravidade, mesmo que a intenção tenha sido intravenoso, infecções associadas ao cuidado em
fornecer benefícios ao paciente. Os pacientes saúde (IACS), extubações acidentais, hemorragias
em condições clínicas mais graves, submetidos a intraventriculares e ruptura da pele8. Situações
múltiplas intervenções, e que permanecem mais que estão associadas ao aumento da permanência
tempo no hospital são mais propensos a sofrer hospitalar e a danos, muitas vezes permanentes.
efeitos indesejados do cuidado ofertado1,2. Esses No Brasil, em um estudo similar realizado em
efeitos indesejados são denominados de inciden- Recife, 84% dos recém-nascidos internados na
tes e são definidos como eventos ou circunstân- UTIN tiveram EA. Os distúrbios de termorregu-
cia que poderiam ter resultado, ou resultaram em lação e de glicemia foram os mais frequentes10.
dano desnecessário ao paciente, advindos de atos A escassez de pesquisas voltadas para a ocor-
não intencionais ou intencionais3. rência de incidentes e, em particular, os EA em
Os incidentes podem ser com danos ao pa- UTIN e a relevância desses para a qualidade do
ciente, definidos como eventos adversos (EA), e cuidado torna necessário desvelar esta realidade.
resultam da intervenção da equipe de saúde, em Este artigo tem por objetivo identificar a ocor-
vez de decorrer da própria condição subjacente rência dos incidentes com e sem lesão ocorridos
do paciente3-5. Alguns EA são resultantes de erros. em UTIN descritos na literatura, correlacionan-
Erros são compreendidos como a não realização do-a com o grupo de idade gestacional dos re-
de uma ação planejada (erro de execução) ou a cém-nascidos mais afetados.
aplicação de um plano errado (erro de planeja-
mento), e consistem em eventos adversos evitá-
veis3,4,6. Outros EA, não provenientes de erros, Metodologia
não são evitáveis, como exemplo, danos em pa-
cientes provocados por medicações corretamente Trata-se de uma revisão sistemática da literatura
prescritas e administradas. sobre incidentes, particularmente dos EA eviden-
A ocorrência de EA evitáveis representa um ciados em UTIN. A questão que norteia o estudo
problema de qualidade na assistência, respon- vislumbra identificar quais os eventos adversos
sável pelo aumento dos custos monetários e so- descritos na literatura evidenciados nas UTIN.
ciais, geradores de sofrimento ao paciente, seus Os critérios de inclusão abrangeram: estudos
familiares e ao profissional envolvido. Os EA sobre EA em UTIN, publicados entre 1°de Janei-
representam uma preocupação internacional e ro de 2001 a 31 de Dezembro de 2011, sem limi-
a Organização Mundial da Saúde (OMS) busca tação de idioma. Os critérios de exclusão abran-
desenvolver metodologias para a sua detecção. geram estudos com resumo indisponível, edi-
Acredita-se que a incidência de EA varie de 2,9 toriais, cartas, comentários, artigos de opinião,
a 16,6 a cada 100 pacientes admitidos nos hos- revisões não sistemáticas, estudos avaliativos de
pitais6. intervenção para estratégias de redução de EA e
Essa situação parece mais grave quando se estudos relacionados a EA decorrentes de terapia
trata de recém-nascidos de muito baixo peso e medicamentosa específica.
de menor idade gestacional7,8, em condições crí- Utilizaram-se as seguintes bases bibliográfi-
ticas, internados em unidades de terapia intensi- cas internacionais: PubMed, Scopus, Lilacs. Para
va neonatal (UTIN)9. Nessas unidades um úni- detectar a produção acadêmica brasileira recente,
co paciente, por vezes um prematuro extremo, ainda não publicada em periódicos indexados,
é manipulado por diversos profissionais, o que foi consultado o Banco de Teses e Dissertações
predispõe a um aumento da chance de sofrer as da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pes-
consequências de um erro. Submetido a diversas soal de Nível Superior (CAPES). As referências
intervenções para diagnóstico e tratamento, ele dos artigos selecionados também serviram como
costuma permanecer mais tempo no hospital, o fonte de dados adicionais da pesquisa. A estra-
que também concorre para maior exposição a tégia de busca utilizada nas bases de referências
potenciais riscos e perigos para esse paciente, até bibliográficas, salvo as adaptações às especificida-
um pequeno lapso cometido por um profissional des de cada uma, foi a seguinte:
pode ter consequências devastadoras, a curto e (adverse event OR medical errors OR adverse
longo prazos. effects OR malpractice OR negligence OR profes-
939

Ciência & Saúde Coletiva, 20(3):937-946, 2015


sional misconduct OR patient safety OR treatment Scopus, três de teses e dissertações da CAPES e
failures OR diagnostic errors OR iatrogenic disease nenhum da base Lilacs.
OR safety management OR equipment failure OR Dos 19 estudos selecionados, 15 foram pu-
complications OR hazard management) AND (in- blicados recentemente (de 2007 a 2011), o que
tensive care units, neonatal) parece indicar que o interesse nessa temática vem
O software EndNote Web 3.4® foi utilizado crescendo. O método utilizado no estudo foi o
como gerenciador das referências bibliográficas, prospectivo (52,6%) e o retrospectivo (47,4%).
auxiliando na eliminação de duplicatas e na or- A fonte de dados utilizada foram: prontuários
ganização daqueles que seriam avaliados poste- (42,1%) e notificação voluntária de incidentes
riormente. (36,8%) e um mix de metodologias (21%). O pe-
O processo de busca e seleção dos estudos foi ríodo de tempo, em que essas investigações foram
realizado por dois revisores, utilizando o consen- desenvolvidas variou de: até um ano (64,7%) e
so nos artigos discordantes. Em uma primeira entre um a seis anos (35,3%). Os estudos foram
etapa, as buscas resultaram em 578 textos. Pos- de incidentes, erros de medicação, eventos iatro-
teriormente, removeram-se 116 estudos duplica- gênicos e EA. Todas as definições consideraram o
dos, restando 462 textos para leitura dos títulos e EA como lesão causada pelo cuidado em saúde.
dos resumos e aplicação dos critérios de inclusão No Quadro 1 encontram-se as características
e exclusão. Selecionaram-se 16 artigos, duas dis- detalhadas dos estudos. A população estudada foi
sertações de mestrado e uma tese de doutorado. A de neonatos internados em UTIN (13 estudos)
qualidade dos artigos foi aferida com a iniciativa e neonatos internados em outros setores, como
STROBE (Strengthening the Reporting of Observa- emergência, enfermaria de cirurgia pediátrica,
tional Studies in Epidemiology)11, sobretudo a utili- unidade intermediária e alojamento conjunto (6
zação do instrumento com tradução autorizada12. estudos). Muitos estudos utilizaram como fonte
Após esta etapa, procedeu-se à leitura de cada de dados a notificação de incidentes, totalizando:
estudo contido nas referências bibliográficas dos 12.471 relatórios, sendo 4.380 de EA e 547 descri-
19 estudos selecionados, no intuito de não deixar tos apenas como erros.
de incluir qualquer publicação de interesse para Nos estudos, a média de leitos de UTIN era de
a investigação. No entanto, não houve novas in- 15 unidades. A idade média dos recém-nascidos
clusões. Para cálculos estatísticos de frequências (Rn) era de 33 semanas (± 2,5 semanas, mínimo
dos incidentes e EA fez-se uso do Programa Esta- de 28 semanas e máximo de 35 semanas e 5 dias)
tístico SPSS (Statistical Package for Social Science) de idade gestacional e a média de peso dos mes-
versão 17.0. mos era de 1786 g de peso (± 444g, mínimo de
1080g e máximo de 2411g).
Os estudos, além de informar os tipos de er-
Resultados ros e incidentes na UTIN, também apresentaram
o percentual da sua ocorrência. Com isso, foi
O idioma predominante dos estudos foi o in- possível analisar, aqueles que mais incidem, com
glês (13) seguido pelo idioma português (4) e que frequência e em quantos estudos foram obti-
espanhol (2). O continente Europeu foi o mais das tais evidências.
expressivo em número de publicações (7). Em De acordo com a Tabela 1, os incidentes mais
seguida, tem-se a América do Sul (5), América frequentes na UTIN estão vinculados a proble-
do Norte (4) e Ásia e Oceania (2 e 1). Os EUA e mas no uso medicamentoso, principalmente no
o Brasil foram os países com maior número de que concerne a dosagem incorreta ou inadequa-
estudos (4 cada). da (média de 38%), seguido da omissão, (ato de
Os estudos foram classificados em três ti- não administrar o medicamento prescrito ou
pos: estudos que abordam somente incidentes ausência de prescrição de medicamentos neces-
relacionados ao uso de medicamentos (n = 9), sários), falha na técnica de administração e via
estudos que abordam incidentes relacionados ao de administração errada. Outros incidentes fo-
uso de medicamentos e outro cuidado não rela- ram: infecção associada aos cuidados em saúde
cionado a medicamentos (n = 5) e incidentes não (IACS), lesão cutânea, problemas na ventilação
relacionados a medicamentos (n = 5). mecânica (falha na extubação e extubação aci-
É válido ressaltar que treze estudos incluídos dental) e perda de cateter vascular.
são advindos da base de dados PubMed, três do
940
Lanzillotti LS et al.

Quadro 1. Características detalhadas dos estudos analisados.


Autor Tipo de erro Causas do erro Desfecho no Fatores de risco Sugestões
paciente após erro para erros e EA

Snijders, Configurações e Erro humano/ Dano pequeno _ Treinamento/


201113 conexões incorretos/ técnico/ educação continuada
remoção não planejada/ organizacional/
falha mecânica/ oclusão/ relacionado ao
uso prolongado paciente

Stavroudis, Dose, hora, prescrição, Fatores Maior Medicamentos _


201014 preparo, via e técnica de humanos/ hospitalização/ de elevado alerta/
administração e rótulos dispositivos / mudança prescrição/ transcrição/
errados da droga/ rótulo/ confusão de terapia/ dispositivos de
omissão/ produtos na dosagem aumento de teste administração e
vencidos ou no nome/ diagnóstico/ dispensação de
escassez de reanimação. medicamentos/
medicamentos. monitoramento.

Barrionuevo, Manejo de cateteres, _ Metade das Internação e seu tempo


201015 extubações, retinopatia mortes muito em UTIN, menor idade _
da prematuridade, provavelmente gestacional e menor
hemorragias e preveníveis. peso.
transfusões.

Schuman, Lesão laringoesofágica _ Amplo espectro Prematuridade e baixo _


201016 de antibióticos/ peso ao nascer.
cirurgia pediátrica/
atraso na
alimentação oral.

Jain, 200917 Dose, hora, taxa _ 89% foram leves _ Minimizar os erros do
de infusão, técnica e não causaram ambiente de trabalho.
de preparo e de danos.
administração erradas/
omissão/ outros.

Kunac, _ _ Morte/ Maior taxa de EA na Sistema


200918 incapacidade no UTIN e a menor na computadorizado/
período neonatal/ enfermaria pós-natal. incorporação de
risco de vida/ farmacêuticos/
hospitalização protocolos para
medicamentos.

Pedrosa, EA não-infeccioso/ _ _ Rns com ≤ 1500g/ _


200919 relacionado a VM* maior ocorrência
e ao CVC** / Não de sepse primária
relacionado ou outros laboratorial.
procedimentos
invasivos.
continua

Discussão neonatal, com ou sem lesão no paciente, estão re-


lacionados a erros ou falhas no uso medicamen-
O estudo evidencia que os tipos de incidentes toso, IACS, lesão cutânea, ventilação mecânica e
que ocorrem nas unidades de terapia intensiva cateteres intravasculares. Este fato difere do perfil
941

Ciência & Saúde Coletiva, 20(3):937-946, 2015


Quadro 1. continuação
Autor Tipo de erro Causas do Desfecho no Fatores de risco Sugestões
erro paciente após erro para erros e EA

Snijders, Uso e conexões erradas/ _ O uso de VM*, _


200920 remoção não planejada/ _ hemoderivados,
materiais danosos e linhas intravasculares
indisponíveis/ oclusão/ tempo parenterais, erros de
prolongado de uso/ Dose, taxa dosagem de nutrição
de infusão, hora, paciente e e de medicamentos.
via de administração errada/
vencidos/ exame não realizado
ou desnecessário, resultados
tardios/ material não recebido.

Ventura, Distúrbio de termorregulação _ Danos Rns de muito baixo _


200910 e glicemia, infecção hospitalar temporários/ peso.
e extubação não programada. aumento do tempo
de internação

Lerner, Erro medicamentoso, omissão _ _ Incidência maior Educação dos


200821 e comissão. durante o dia, nos profissionais de
mais prematuros, saúde e inserção da
com menor peso de cultura de prevenção
nascimento e maior de erros.
tempo de internação
na UTIN.

Kulgeman, Infecção nosocomial/ Erro _ Potencialmente Rns mais prematuros Mapear e intervir
200822 medicamentoso, no sistema fatal, significativo e e menor peso e em cada categoria
respiratório, na cateterização, nocivo. maior tempo de de erro.
eletrólitos e no sistema internação.
gastrointestinal.

Ligi, 200823 Cutâneo, infecção nosocomial, Erro de _ Rns mais Criar um ambiente
vascular, respiratório, digestivo programação prematuros, menor seguro e análise de
e medicamentoso. de bomba peso ao nascer, uso eventos.
infusora (mais de CVC** e VM*.
frequente)

Hicks, 200724 Dose, técnica de administração, Uso indevido _ Fase de Execução de um


tempo, paciente, droga e via da bomba administração. plano para o uso dos
errados/ omissão/ dados não infusora, Mudança de turno/ medicamentos
fornecidos/ produto vencido. déficit na Distrações/aumento
execução, da carga de trabalho.
protocolo não
utilizado, erro
de cálculo e
comunicação.
continua

de incidentes encontrados na assistência a pa- A justificativa pode estar na própria especi-


cientes adultos, com descrição de maior frequên- ficidade do tratamento intensivo neonatal, per-
cia de EA vinculados a procedimentos cirúrgicos, meando o manuseio excessivo pela equipe mul-
seguido de procedimentos médicos25 ou seguido tiprofissional e, principalmente, no que concerne
de EA associado à medicamentos26. ao uso medicamentoso. A preparação do medica-
942
Lanzillotti LS et al.

Quadro 1. continuação
Autor Tipo de erro Causas do erro Desfecho no Fatores de risco Sugestões
paciente após erro para erros e EA

Chedoe, Erro na dosagem (mais Dosagem, _ Medicações Pedidos


200727 comum) unidades e intravenosas informatizados/
cálculos errados/ propiciam a erros inserção dos
anotação errada em Rns. farmacêuticos
do peso. clínicos.

Ferreira, Perda acidental de CVC/ _ Hemorragia Rns mais prematuros Educação


200728 septicemia laboratorial intracraniana, troca e menor peso ao permanente.
e clínica/ hemorragia de tubo traqueal nascer. Uso de métodos
intracraniana/ retinopatia da e Septicemia avaliativos.
prematuridade/ extubação laboratorial
acidental e outros.

Sharek, Infecção nosocomial/ Evitáveis e _ Baixo peso ao nascer Controlar as taxas


20068 imagem craniana anormal/ outros sem e idades gestacionais de eventos adversos
extubação não planejada associação. menores. e usar ferramentas
exigindo reintubação/ automatizadas.
hipotensão/ enterocolite
necrotizante/ convulsões/
morte/ insuficiência renal
aguda/parada respiratória/
hiperglicemia e outros.

Campino Dose, prescrição, via _ _ Ocorrência de mais Considerar os erros


Villegas, de administração de erros na UTIN do dos sistemas e não
200629 medicamentos com erros/ que na UI (Unidade dos indivíduos.
Transcrições com falhas. Intermediária)

Simpson, Mais frequente em Prescrição ruim Mais frequente _ Inserir farmacêutico


200430 medicamentos por via e problemas de desfecho de menor clínico, monitorar o
endovenosa. administração gravidade. uso medicamentoso
de e educação da
medicamentos equipe.

Frey, 200231 Dose, via e medicamentos Cálculo, Mais frequente Uso de dopamina, Mudanças com
errados. unidade, desfecho de menor midazolam, fentanil envolvimento de
rótulos e dose/ gravidade. pancurônio, toda a equipe da
ordem ilegível/ heparina, ketamine, UTIN.
nenhuma dose glicose à 50% e
ordenada. outros.
*
VM - Ventilação Mecânica e ** CVC- Cateter Venoso Central
Fonte: Elaborado pelos próprios autores.

mento para ser administrado ao paciente exige a diluições e fracionamentos. Assim como, pecu-
realização de diversos cálculos para se obter a do- liaridades na própria administração do medica-
sagem certa, ajustada diariamente com o ganho mento, como a necessidade de bombas infusoras,
ou a perda de peso, diferenças de acordo com a para que os próprios medicamentos não causem
maturidade metabólica e função excretora de lesão vascular, entre outras.
cada paciente5, intervalos rigorosos de medica- O uso medicamentoso na UTIN possui tan-
mentos e estreita margem terapêutica32. A com- tos processos, que pode ser uma das justificativas
plexidade da dosagem32 influencia diretamente desta revisão apontar a associação ao incidente
na necessidade de execução de uma maior quan- mais frequente, presente em 14 dos 19 estudos.
tidade de processos em sua manipulação, como De acordo com a Tabela 1 apresenta ênfase na do-
943

Ciência & Saúde Coletiva, 20(3):937-946, 2015


Tabela 1. Frequência do tipo de incidentes por estudo.
% de frequência
Tipo de incidentes n° de Média Desvio Padrão Mínimo Máximo
estudos (%)
Medicação
Dosagem incorreta/inadequada 8 (42,0%) 38,3 28,5 11,8 89,9
Omissão 6 (31,6%) 11,1 7,4 2,5 21,7
Falha na técnica de administração 4 (21,0%) 9,5 6,3 2,5 14,8
Via de administração errada 4 (21,0%) 7,1 7,0 0,4 13,4
IACS 6 (31,5%) 20,2 9,2 8,7 32,8
Lesão Cutânea 4 (21,0%) 21,0 17,1 0,4 35,2
Ventilação Mecânica
Falha na extubação 6 (31,5%) 12,9 9,7 3,5 29,1
Extubação acidental 2 (10,5%) 8,5 8,9 2,2 14,9
Cateter Intravascular
Perda acidental 3 (15,8%) 24,9 20,7 10,3 39,6

Fonte: Elaborada pelos próprios autores.

sagem incorreta ou inadequada (média de 38% tribui para o aumento da perda de água e calor,
de frequência nos estudos), seguido de omissão, favorecendo o desequilíbrio hidroeletrolítico e
principalmente no momento da administração, térmico, aumenta o consumo calórico para re-
falhas na técnica de administração e via de ad- parar o tecido lesionado e sobretudo aumenta o
ministração errada. Outros estudos33-35 compar- risco de infecções40.
tilham dos mesmos resultados, apontando o erro Os problemas na ventilação mecânica, como
medicamentoso como o EA mais frequente nas a falha na extubação, a extubação acidental e a
UTIN. E quando comparado com a frequência de perda de cateter vascular também favorecem não
sua ocorrência em internações de adultos, cons- somente o risco de infecções40, como outras com-
tata-se que este evento chega a incidir cerca de plicações13.
oito vezes mais na UTIN36. O grupo de Rn mais acometidos são os mais
Fatores ambientais também podem influen- prematuros (em média 33 semanas) e de peso
ciar os incidentes no uso medicamentoso, na de nascimento mais baixo (em média 1786g). O
medida em se utiliza de iluminação inapropriada grupo que é acometido por mais incidentes, tam-
no local da preparação dos medicamentos, dis- bém é o mais vulnerável a sequelas dos eventos
trações e interrupções no processo do prepraro37. adversos, com limitada capacidade de reagir aos
Alguns estudos já relatam diminuição de erros erros5. O baixo peso ao nascer decorre de prema-
quando se melhora a iluminação no local do pre- turidade e/ou retardo no crescimento intrauteri-
paro, e estes sugerem mais pesquisas nestes “pe- no e está associado à cerca de 4 milhões de mor-
quenos” detalhes38. tes neonatais anuais no mundo, a maioria delas
Os outros incidentes identificados na UTIN em países em desenvolvimento41.
evidenciam as IACS, que nos Rn prematuros e de As causas dos incidentes no uso de medica-
muito baixo peso pode predispor a sepse, devido mentos, ventilação mecânica e em cateteres in-
à sua imaturidade e vulnerabilidade conferida travenosos foram majoritariamente, provenien-
principalmente pela relativa deficiência imune tes de fatores humanos. E os estudos que versam
(como a pobre fagocitose)39. A infecção no pe- sobre as lesões cutâneas e IACS não exploraram
ríodo neonatal é responsável por 15 a 45% da as causas do seu ocorrido. Isso pode advir de que-
mortalidade e morbidade na maioria dos países, bra de protocolos, falta de apoio, incompetência
associada não somente à deficiência do sistema e fraco trabalho em equipe42. Resultados de um
imunológico, como na execução dos procedi- estudo sugerem que enfermeiros que trabalham
mentos invasivos40. mais de 40 horas por semana têm uma probabi-
Os incidentes com lesões cutâneas também é lidade maior de observar ou vivenciar um evento
fonte de preocupação nestes pacientes, pois con- adverso de forma ocasional ou frequente, parti-
944
Lanzillotti LS et al.

cularmente na administração de doses de medi- farmacêutico clínico (em um estudo essa inicia-
camentos42. tiva preveniu 58% de todos os erros)50, protoco-
A maior parte dos incidentes relacionados los especializados e mudança da cultura da culpa
ao uso de medicamentos atinge o paciente, mas nas pessoas. O trabalho em equipe deve operar
não causam dano ou são ditos como de menor na “cultura de segurança” fornecendo garantias
gravidade. Aqueles relacionados à ventilação me- contra a falibilidade humana5, parte dos erros
cânica e cateteres intravenosos provocam danos está relacionada a processos complexos, disposi-
pequenos ou sequelas transitórias sem risco de tivos, fragmentação do atendimento, desafios de
morte. Entretanto, os advindos de IACS favore- comunicação e falta de padronização37.
cem a ocorrência do dano temporário e/ou pro- A base de dados PubMed foi responsável pela
longamento do tempo de internação hospitalar. seleção de 68,4% dos estudos dessa revisão, con-
A infecção é reconhecida como um evento firmando outros sobre segurança do paciente6.
adverso evitável resultante de falhas em vários
níveis do cuidado. É fundamental proporcionar
à equipe o sentido de responsabilidade para mo- Conclusão
tivar a mudança43.
Ferramentas automatizadas podem ser uti- Este estudo evidencia os incidentes no uso de me-
lizadas na identificação de eventos adversos em dicamentos como os mais frequentes na UTIN,
tempo real (ex.: resultado de exames laborato- sendo o grupo mais atingido justamente o mais
riais). O uso da prescrição eletrônica em um estu- vulnerável: os prematuros e os Rn de baixo peso.
do chegou a diminuir os erros e eventos adversos Desvela também outras questões de relevân-
com medicamentos em até 80%44. O código de cia significativa como as causas dos incidentes
barras nos medicamentos representa uma possi- e eventos adversos estarem associadas a fatores
bilidade de garantir que o medicamento ofereci- humanos e os desfechos que causam mais danos
do é aquele que está prescrito ao paciente certo45. nos Rn serem provenientes de IACS. Além disso,
Um estudo utilizando sistema médico com- aponta caminhos para amenizar estas ocorrên-
putadorizado revelou que houve menos medica- cias, por exemplo: o treinamento da equipe de
mentos sendo administrados no horário errado, saúde e implementação de sistema informatizado
além de eliminar o erro de serem administrados no processo de prescrição e diagnóstico.
sem uma via específica46. Outro fator de importância similar é o apren-
Mediante os incidentes e os eventos adversos dizado que se deve ter com as falhas ocorridas. A
relatados, grande parte dos estudos recomendam análise das falhas deve fazer parte das rotinas dos
o uso de treinamentos e educação continuada “rounds” (reuniões multidisciplinares), como
para as equipes envolvidas no cuidado ao RN e um dos alicerces para a implementação de um
sistema médico informatizado (como uma estra- sistema de segurança.
tégia de prevenção)36. Uma iniciativa para começar a entender estas
Para promover a segurança no uso de medi- ocorrências pode ser a estratégia utilizada neste
camentos e todo o processo do cuidado, se deve estudo, avaliando os incidentes através de sua ti-
refletir e buscar a compreensão dos fatores hu- pologia de acordo com a sua origem; os fatores
manos no uso de tecnologias e controle das con- que podem ter contribuído para a sua ocorrên-
dições ambientais. Um modo de contribuir para cia; o desfecho ocorrido no paciente e as suges-
a segurança do paciente no uso dos medicamen- tões de como preveni-lo.
tos seria o uso dos “cinco certos”; paciente certo, Dentre os incidentes e eventos adversos na
medicamento certo, dose certa, hora certa e via UTIN destaca-se a problemática do uso medi-
certa37. Podendo ainda, ser incorporado a orien- camentoso, pela sua maior frequência, e as IACS
tação e a informação correta ao paciente sobre pelo maior dano que pode causar. Neste enten-
o tratamento (6° certo)47, o direito do paciente dimento, é válido compreender e rever todo o
recusar o medicamento (7° certo)48 e a anotação processo que pode tê-los ocasionado para a pre-
correta (8° certo)49. Outro modo é a inserção do venção e aprimoramento da assistência aos Rn.
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Ciência & Saúde Coletiva, 20(3):937-946, 2015


Colaboradores

LS Lanzillotti trabalhou na concepção do artigo,


metodologia, busca e seleção dos estudos, análise
dos resultados, discussão, conclusão e confecção
dos quadros e tabela. MH de Seta trabalhou na
metodologia, busca e seleção dos estudos, análise
dos resultados e revisão do texto. CLT Andrade
trabalhou na busca e seleção dos estudos e revi-
são do texto. WV Mendes Júnior trabalhou na
análise dos resultados, discussão, conclusão e re-
visão do texto.

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