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OAB 1ª FASE
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO MATERIAL
Lembre-se que tributo não constitui sanção de ato ilícito, ou seja, ninguém o
paga por ter desrespeitado a lei, pois ele não é castigo. Ao contrário, paga-se
tributo por incorrer em uma situação prevista em lei como hipótese de incidência
tributária.
A incidência sempre ocorrerá por fatos constituídos como lícitos. Agora não
confunda: os frutos da atividade ilegal poderão ser objeto de tributação. Como
por exemplo: o lucro auferido pela venda de cocaína ou com o jogo do bicho.
Sobre isto leciona com magnitude Ricardo Alexandre1:
1ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 72.
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Ademais o tributo será pago em moeda ($) ou valor que nela possa se
exprimir. Lembre-se da exceção: poderemos ter, mediante lei específica, o
pagamento de tributo por meio de dação em pagamento de bem imóvel.
Inclusive tal hipótese recomenda uma forma de extinção do crédito tributário.
2001)
2) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
2ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 106.
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3ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 237.
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3) REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA
Os entes federativos irão criar os tributos e majorar = via de regra, por lei
ordinária. Portanto é correto afirmar que, de regra, todo o tributo será criado via
Lei Ordinária.
Entretanto serão 4 (quatro) os tributos que somente poderão ser criados por
meio de Lei Complementar:
Contribuição Social Residual.
Empréstimo Compulsório.
Imposto sobre Grandes Fortunas.
Imposto Residual.
Quando eu falo que o tributo pode ser criado por meio de lei ordinária. Quer
dizer que ele também pode ser criado por meio de Lei Complementar. Mas
quando fala em Lei Complementar, é só complementar mesmo. Vale ressaltar
aquela velha máxima: “quem pode mais, pode menos”.
Já no que tange a Medida Provisória, será que a mesma poderá criar tributo?
Reza o Art. 62, §2º, da CF, poderá instituir ou majorar impostos. Mas desde que
obedeçam dois requisitos:
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Mas será que por meio de decreto posso reduzir ou excluir um tributo? Não
em razão do paralelismo de formas. Através deste princípio, se a matéria for
tratada por determinado ato normativo, ela só pode ser tratada por ato normativo
de igual hierarquia ou de superior.
Afirma o artigo 97 do CTN que Fato Gerador, Sujeito Passivo, Base de Cálculo
e Alíquotas, Penalidades, Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário
também só podem ser alterados por meio de lei.
Imposto Importação.
Imposto Exportação.
IPI.
IOF.
4ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 263.
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Aqui se faz presente a famosa regra: de quando eu pago o tributo que fora
instituído ou majorado.
Este princípio é típico e velado para a União. Assim é vedado a mesma emitir
tratamento diferenciado entre os entes federativos. A União não pode, portanto,
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Logo, por exemplo, por meio de lei federal, foi criado ITR a uma alíquota de
5% para os imóveis rurais localizados no Rio de Janeiro. E fixou 7% nos demais
Estados da Federação. Esta lei, fere quais princípios? Fere o Princípio da
Uniformidade Geográfica.
Mas pedágio é tributo? STF disse que tributo. Quando eu tenho a via mantida
pela poder público (tenho tributo, da espécie da taxa). Mas quando faço
concessionárias (de direito privado), elas ao cobrarem pedágio, não cobram
tributo, mas sim cobram pedágio na condição de preço público (tarifa).
Esta imunidade visa tutelar a liberdade religiosa, e por essa razão tudo,
exatamente tudo, que estiver em nome da instituição religiosa e cumprir sua
finalidade essencial terá imunidade, quer dizer, não terá de pagar impostos.
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Por fim, lembre-se, que em decisão de 2013, o STF compreendeu que loja
maçônica não goza desta imunidade, porque não se trata de religião, mas sim
uma ideologia (filosofia) de vida.
O artigo 14 do CTN prevê três requisitos que devem ser cumpridos pelas
quatro pessoas jurídicas acima mencionadas poderem gozar da imunidade. São
eles:
Por fim, atenção: Entidades de Assistência Social sem Fins Lucrativos, também
gozam de imunidade das contribuições sociais. Até por isto, no título, coloquei em
regra que seria somente imposto.
5ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 509.
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Art. 195, § 7.º - Entidades beneficentes de assistência social que atendam às Contribuições para
exigências estabelecidas em lei financiamento da
seguridade social
Art. 226, § 1.º - Celebração do casamento civil Taxas em geral
Art. 85 do ADCT - Contas-correntes de depósito especialmente abertas e CPMF
exclusivamente utilizadas para operações de:
a) câmaras e prestadoras de serviços de compensação e de
liquidação de que trata o parágrafo único do art. 2.º da Lei
10.214, de 27 de março de 2001;
b) companhias securitizadoras de que trata a Lei 9.514, de 20 de
novembro de 1997;
c) sociedades anônimas que tenham por objeto exclusivo a
aquisição de créditos oriundos de operações praticadas no
mercado financeiro;
- Contas-correntes de depósito, relativos a:
a) operações de compra e venda de ações, realizadas em
recintos ou sistemas de negociação de bolsas de valores e no
mercado de balcão organizado;
b) contratos referenciados em ações ou índices de ações, em
suas diversas modalidades, negociados em bolsas de valores, de
mercadorias e de futuros;
- Contas de investidores estrangeiros, relativos a entradas no
País e a remessas para o exterior de recursos financeiros
empregados, exclusivamente, em operações e contratos
referidos nas letras “a” e “b” do item anterior.
7) LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
7.5) Decreto
Ademais, nos que tange ao artigo 112 do CTN, afirma o mesmo que a lei
tributária que define infrações, ou que comina penalidades, será interpretada da
maneira mais favorável ao réu.
Por fim, tenha cuidado: ninguém poderá se valer da analogia para cobrar
tributo e nem tampouco utilizar a equidade para ser dispensado do pagamento
do tributo.
9) OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
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Por obrigações de fazer, tem-se o dever de emitir nota fiscal, escriturar livros,
declarar impostos. Quanto às obrigações de não fazer, cita-se o dever de não
receber mercadorias desacompanhadas da devida documentação fiscal.
O fato de o sujeito passivo não ter uma obrigação principal, por gozar de
imunidade ou isenção tributária, por exemplo, não afasta a sua obrigação
acessória, uma vez que esta é autônoma em relação àquela. Por fim, para finalizar
tal item, coloca-se à disposição importante esquema traduzido da obra do
professor Ricardo Alexandre6:
6ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 713.
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Os sujeitos passivos podem ser solidários, desde que haja interesse comum na
situação que constitua o fato gerador do tributo, ou sempre que a lei assim
determinar.
Moratória.
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7ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 1005.
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11.1) Moratória
Via de regra, a moratória somente poderá ser concedida (art. 152, I, do CNT)
pelo Ente Federativo competente para instituir o tributo.
Entretanto, existe uma exceção (art. 152, II, do CTN), que prevê que a União
poderá criar moratória para tributos municipais e estaduais, desde que crie
moratória simultaneamente para um tributo de sua competência. É a chamada
moratória heterônoma.
8ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 1037.
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Caso esta primeira decisão seja desfavorável, caberá agora sim RECURSO,
para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Aqui teríamos o
julgamento como segunda instância.
Atenção: aqui não existe previsão legal para exigência de depósito, fiança
ou caução. Basta que sejam atendidos os requisitos acima trabalhados.
11.6) Parcelamento
Tem previsão legal no artigo 155-A do CTN. Consiste na dilatação (aumento)
do prazo legal para pagamento, sendo lhe possibilitado o pagamento fracionado
(em parcelas).
O parcelamento deve ser concedido por lei específica edita pelo Ente
Federativo competente para instituir o tributo.
O rol é taxativo, portanto não pode lei ordinária criar nova forma de
extinção. Lembre-se sempre que: caberá a lei complementar a edição de normais
gerais de direito tributário.
12.1) Pagamento
9ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 1067.
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12.2) Compensação
Lembre-se que será necessária lei específica, não sendo suficiente a simples
existência de reciprocidade de dívidas para que a compensação se imponha.
12.3) Transação
Exemplo clássico que costuma aparecer no Exame de OAB: lei que concede
desconto de multas moratórias de 80% aplicadas contra os contribuintes que
desistissem das ações ajuizadas no tocante a legalidade de determinado tributo.
12.4) Remissão
12.5) Decadência
Mais importante ainda dizer que: o termo inicial do prazo decadencial não
é exatamente a data da ocorrência do fato gerador, mas uma data em torno
deste momento (via de regra, o primeiro exercício financeiro subsequente). Mas no
caso do lançamento por homologação, contudo, o termo inicial pode coincidir
com precisão com data do fato gerador.
Mas atenção nos casos de lançamento por homologação onde não houver
pagamento ou ele for realizado com dolo, fraude ou simulação, o prazo
decadencial passará para a regra geral, ou seja, 1º dia do exercício subsequente.
12.6) Prescrição
Mas cuidado que não será com a notificação que o crédito estará
definitivamente constituído. Mas sim, não havendo pagamento ou impugnação
(ou após o processo administrativo), e ultrapassado o prazo para pagamento do
crédito tributário sem pagamento, é que começará a fluir o prazo prescricional.
13.1) Isenção
13.2) Anistia
As garantias são prerrogativas que a Fazenda Pública dispõe, para fazer que
o sujeito passivo efetue o pagamento do tributo. Este direito está amparado pelo
princípio da supremacia do interesse público.
Mas atenção que na Lei 8.009 de 1990 nós temos uma exceção fiscal:
permite-se a penhora deste quando a dívida tributária se referir aos tributos
relacionados ao próprio bem familiar, como no caso de IPTU, ITR, Contribuições de
Melhoria e Taxas destes imóveis.
Regra: o artigo 186 do CTN deixa claro que o crédito tributário tem
preferência a qualquer outro, independente de sua natureza, com exceção dos
créditos de natureza trabalhista e de acidentes de trabalho.
Lembre-se que multa não entra nos privilégios em caso de falência. Ademais
a dívida tributária não precisa entrar na concorrência com os credores, ou ser
habilitada em falência, inventário ou arrolamento.
Uma vez não realizada a inscrição conforme o artigo 202 do CTN poderá ser
gerada a nulidade da Certidão.
10
MINARDI, Josiane. Direito Tributário. OAB 1ª e 2ª Fases. 2. ed. rev., atual. e ampl. – Salvador, Bahia: Juspodivm,
2015. Página 49.
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a. Relativos à Impostos.
b. Bens Imóveis
c. Taxas de Serviço (não de polícia) e Contribuição de Melhoria.
d. Adquirente = PAGA.
e. Salvo se Houver Comprovante de Quitação no Título.
Exemplo: Responsabilidade por Sucessão Imobiliária.
c. Responsável é o Remitente.
d. É o Resgaste do Bem (Exonerando de Dívida).
b. Inciso II e III:
a. Responsável é o Espólio.
3 - MINARDI, Josiane. Direito Tributário. OAB 1ª e 2ª Fases. 2. ed. rev., atual. e ampl.
– Salvador, Bahia: Juspodivm, 2015.