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Infinita Highway: signos e representações mentais

O homem tem a capacidade de ir além do óbvio, do concreto e do real. A


imaginação faz o ser humano romper essas barreiras e alcançar um processo mental
superior. Vygotsky foi um autor que se dedicou ao estudo dessas funções psicológicas
complexas. Além desses processos intrapsíquicos, Vygotsky fala da relação do ser
humano e o mundo, e ainda como esta é mediada por sistemas simbólicos. Dessa
forma, a relação do homem com o mundo deixa de ser uma relação direta e literal, e
passa a ser mediada por elementos que facilita, orienta e dinamiza sua relação com
o real.

Esses elementos mediadores são divididos por Vygotsky em instrumentos e


signos. Os instrumentos são ferramentas que usamos para lidar com o mundo
concreto da melhor forma, portanto, os instrumentos carregam consigo funções que
são categorizadas pelo social, e possuem características de transmissão e
transformação. Os signos se voltam para o campo psicológico, ou seja, são orientadas
para o próprio sujeito. “São ferramentas que auxiliam nos processos psicológicos e
não nas ações concretas, como os instrumentos”. Pode-se afirmar que os signos são
utilizados como representação da realidade.

Uma música, por exemplo, mostra a relação do compositor com a obra. Na


canção “Infinita Highway” o compositor dialoga com a sua realidade. Ou seja, há uma
ressignificação da realidade/vida que se constrói através da letra. Em uma
interpretação rápida, podemos inferir que o autor constrói a ‘highway’ como sendo
uma metáfora para vida. De outra forma: a ‘highway’ surge como um signo para referir-
se a vida e seu trajeto. Essa imaginação e dinamicidade no pensamento é mencionada
por Vygotsky no processo de desenvolvimento, período em que o indivíduo passa a
utilizar signos internos, ou seja, há uma substituição dos objetos do mundo real por
representações mentais.

Outro ponto importante, é que por se tratar de uma música o significado ou sua
mensagem deve ser compartilhada, desse modo, seria inviável lançar uma canção
que não contenha elementos que serão identificados pelo público alvo. Os signos não
se mantêm como elemento isolado/particular de um indivíduo, eles gradativamente
passam a ser compartilhas no meio social, o que impulsiona comunicação e interação
entre grupos. A cultura é sempre carregada de significados para gestos, cores, formas
e afins, desse modo, ao escutar a música relaciono-a com a vida, mas possivelmente
alguém seja inserido em outra cultura perceba outros significados, até porque nós não
apenas absorvemos os elementos, significados e signos, nós trabalhamos,
transformamos e vamos além deles com a nossa subjetividade.

Em suma, a cultura direciona os sistemas de representação da realidade, se


procurarmos músicas que relacionam o conceito da passagem da vida com uma
estrada (highway) com certeza iremos encontrar alguns registros, pois esta é uma
analogia que faz parte da nossa cultura e é comumente falada e retratada em livros,
poemas e canções.

Ainda nessa discussão os estudos de Vygotsky, os significados das palavras


ocupavam papel importante no discursão sobre pensamento e linguagem. Os
significados seriam por si só um fenômeno do pensamento, pois eles permitem o
intercambio social e pensamento generalizante. O intercambio social é alavancado
pelo sistema de linguagem, que, ao longo do desenvolvimento, vai se inflando de
sentimentos, vontades, motivações e etc. O pensamento generalizante fornece uma
organização do pensamento a partir do real, sendo uma comunicação entre
pensamento e linguagem que facilita a interação do indivíduo com o mundo.

Vamos imaginar que alguém que não saiba que “highway” em português é
“estrada’, nessa situação a pessoa terá mais dificuldade em analisar e retirar alguma
ideia da música, dessa forma, não haverá a formação do significado e
consequentemente a construção do sentido será inviável, pois uma palavra sem
significado não transmite uma mensagem.

As músicas sempre têm algo a oferecer em suas letras, principalmente quando


o compositor não fala em termos literais ou usuais. “"Eu vejo um horizonte trêmulo/ Eu
tenho os olhos úmidos"/ "Eu posso estar completamente enganado/ Posso estar
correndo pro lado errado"/ Mas "A dúvida é o preço da pureza"/ E é inútil ter certeza/
Eu vejo as placas dizendo "Não corra"/ "Não morra", "Não fume"/ "Eu vejo as placas
cortando o horizonte/ Elas parecem facas de dois gumes"/ Minha vida é tão confusa
quanto a América Central “ Esse trecho da música é uma sequência de palavras que
juntas possuem diversos significados e irão receber inúmeros sentidos. E essa
construção será baseada na cultura, interação social e experiências do indivíduo. O
compositor usou signos próprios para se expressar, estes que estão baseados em
seu desenvolvimento, subjetividade, sentido e etc. Ao compor uma canção com
significados e sentidos tão abstratos, a música oferece diversos caminhos para a
interpretação, ninguém irá senti-la ou lê-la da mesma maneira. A música é concreta
mas a sua leitura é fluida. Essa síntese caracteriza como Vygotsky vê o processo de
desenvolvimento e aquisição de conhecimento.

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