Sunteți pe pagina 1din 17

"Um pai pode negligenciar seu filho, irmãos e irmãs podem se tornar inimigos inveterados;

maridos podem abandonar suas esposas, e esposas os seus maridos.


Mas o amor de uma mãe resiste a tudo." Washington Irving

D
urante o mês de maio, são, mundialmente, distante, quando a Mesa, em si, era tida como um lugar
comemorados os seguintes dias: do Trabalho (1º); sagrado. Montada sobre cavaletes, tinha função exclusiva
do Riso, do Sol, e da Liberdade de Imprensa (3); para refeições, e, depois, era desmontada, a fim de que não
do Enfermeiro (12); da Internet, das Telecomunicações fosse utilizada para outro fim, dada a importância de se
(17); do Desenvolvimento Cultural (21); dos Meios de reunir, em sua volta, a Família, sentando os pais na
Comunicações (27); Dia sem o Tabaco (31). Todos, dias cabeceira. Antes das refeições, agradecia-se o alimento, e,
importantes, que merecem ser celebrados. Mas então, todos comiam. No final, os mais velhos passavam suas
gostaríamos de destacar, ainda, mais dois, os quais experiências de vida aos mais novos, sob a forma de tertúlia.
julgamos importantíssimos, devendo pois, receber justas e Os tempos mudaram. Tudo isso foi abandonado e
merecidas homenagens de todos: o Dia das Mães e o Dia ignorado pela necessidade de sobrevivência de uns e,
Internacional das Famílias. lamentavelmente, pelo modismo de outros, criando
Aquela que recebeu de Deus o poder da geração e, conceitos modernistas e uma sociedade doente, carente e
em dado momento, concede-nos a oportunidade da vida infeliz, que busca, às cegas e a todo tempo, do lado de fora, o
merece por todos ser exaltada, através de manifestações que, sempre, esteve dentro de cada um.
de amor, carinho e respeito, todos os Por fim, comemoremos todas as
dias. Toda homenagem prestada às
Denodadamente, a exemplo do datas de maio, em especial, o Dia das
mães, expressão da Mãe-Divina na Arcano IX, sigo pela estreita Mães, mas pedimos uma profunda
face da Terra, ainda, é muito pouco, Vereda da Iniciação, em retorno à reflexão sobre a importância da
por sua nobre e altruística missão de Casa do Pai. A caminhada é manutenção da instituição família e,
criar, cuidar, educar e preparar-nos longa, as armadilhas diversas, consequentemente, dos valores éticos e
para a vida, sendo, sempre, não mas o destino é certo! morais, esses, há muito, ausentes de
importando o momento, nosso Revista Arte Real muitos lares.
verdadeiro porto seguro. No mês das mães, oportunamente,
Por consequência, exaltemos, também, o Dia apresentamos como Matéria de Capa, o texto “As Grandes
Internacional das Famílias (15). Embora poucos se deem Iniciadoras”. Destacamos a coluna Os Grandes Iniciados, com a
conta de que existe um dia para tal comemoração (na matéria “A Chegada da Era de Aquarius”, bem como, na coluna
verdade, para uma maioria, a instituição família, há muito, Trabalhos, a matéria “Templo Maçônico – Visão Esotérica”, e,
deixou de existir). A instituição família - célula “mater” da na coluna Destaques, a matéria “A Iniciação no Antigo Egito”.
sociedade - é de vital importância para os destinos das Já ouviram falar do Rito Eclético? Pois bem, a coluna
próximas gerações, preparando suas bases, estruturadas Ritos Maçônicos presenteia-os com um trabalho de pesquisa,
em valores morais e éticos. compilado em várias fontes, sobre esse rito, praticado na
O modelo social atual impõe às famílias uma Maçonaria lusitana.
condição em que os pais se tornam, cada vez mais Chamamos especial atenção para a coluna Informe
ausentes, ditando modismo, padrões e “status” que Cultural, que apresenta matérias sobre dois importantes
devem ser alcançados. Esse sistema capitalista voraz, que eventos culturais, a ser realizar em Alfenas-MG e Niterói-RJ,
nos induz à conjugação, mesmo sem a real necessidade, respectivamente: o II Encontro Maçônico no Sul de Minas e o
dos verbos “ter”, “consumir”, “almejar”, etc., leva a I Simpósio Maçônico da Academia Niteroiense Maçônica de
sociedade a abandonar condutas, que são os verdadeiros Letras, História, Ciência e Artes, na qual, orgulhosamente,
alicerces da estrutura familiar. ocupamos a titularidade da Cadeira nº 21.
Os filhos, atualmente, são criados à sorte dos maus Desejamos a todos boa leitura e agradecemos as
exemplos que adentram nossos “lares”, através da inúmeras mensagens de carinho e reconhecimento por este
televisão e da Internet. Os pais, em sua maioria, sem altruístico trabalho, recebidas de nossos diletos leitores de
tempo para educá-los, preocupados em aumentar seu todo o Brasil e do exterior, que, a cada edição, acolhem-nos,
efêmero patrimônio, compensam suas ausências com carinhosamente. Tais manifestações aumentam, em muito,
mesadas e presentes. Pobres filhos órfãos de pais vivos! nossas responsabilidades para as futuras edições.
O termo “Pôr a Mesa” vem de um passado Nosso fraternal abraço! ?
a b
Capa – As Grandes Iniciadoras.......................................Capa Ritos Maçônicos – O Rito Eclético Lusitano.........................11
Editorial.....................................................................................2 Trabalhos
Matéria da Capa – As Grandes Iniciadoras.........................3 - Justiça e Maçonaria ..................................................................12
Destaques - De Pé e à Ordem.....................................................................13
- Iniciação no Antigo Egito......................................................................5 - Templo Maçônico – Visão Esotérica.....................................14
- Paixão Transformada em Comenda...................................6 Reflexões - A Morte a Cada Dia............................................15
Informe Cultural Lançamentos
- II Encontro Maçônico Sul-Mineiro.......................................8 - Da Perícia ao Perito/Crônicas de Uma Cidade Chamada Universo...16
- I Simpósio Maçônico............................................................8 Boas Dicas - Livro / Site /Rádio / Edições Anteriores...........16
Os Grandes Iniciados - A Chegada da Era de Aquarius...9 Novidades – Blog da Revista Arte Real..................................17

As Grandes Iniciadoras
Fernando Pereira Costa

N
as narrações sobre as lendas das origens dos Dilúvio. Há, também, as narrativas dos personagens tidos como
grandes Avataras, os mais diversos autores, precursores das iniciações contemporâneas.
quase que em consenso, primaram pela Em ligeiras pinceladas, tentaremos expor fragmentos
observância da referência e imputação de méritos à de tais testemunhos, que bem serviram de Odes à exemplar
participação da mulher no Processo Iniciático dos atitude feminina no que tange à preparação, ou melhor, na
mesmos. Sempre que possível, há a exaltação à forma recondução da tese da exigente operacionalidade de que
audaciosa ou espirituosa como colocavam em ação a cabe à mulher a formação do Ser “sadio” aos portais das
disposição ao preparo do Grande Iniciado. Segundo as grandes iniciações.
crenças antigas, mais antigas do que se possa imaginar, Na alegoria primordial da religiosidade formadora
nunca se questionava sobre quem era o pai de quem. do Cristianismo, do Islamismo e do Judaísmo, deparamo-nos
Criam que, sendo a alma oriunda da deidade - princípio e com a personagem Eva, sabedora, então, antes do homem,
particípio do Verbo Divino – o que se usando dos atributos intuitivos, que
observava era o mérito de quem a induziram a Adão a penetrar na
gerasse. Importava-se que o Prometido obscuridade para ali ser iniciado na ciência
viesse de um mundo Divino. Portanto, do bem e do mal. Simbolicamente, aí
muitos daqueles que vieram ao mundo reside uma mensagem meditativa sobre a
como enviados Divinos foram filhos de responsabilidade adquirida pelo iniciado
iniciados, e suas mães haviam entre o bom ou o mal uso de seu livre
frequentado os Templos, a fim da arbítrio.
concepção, existindo, na maioria das Evocando a sombra de um Grande
vezes, certa ignorância com respeito à Ancestral, fato esse acontecido, ainda, no
pessoa do pai. começo da formação do processo social e
Não vamos arguir que, “por político dentro dos Clãs, uma mulher
trás de todo grande Iniciado”, houve a conseguiu apartar certa contenda entre
participação inconteste da mulher na membros tribais. Em meio aos povos
preparação de seu processo iniciático, mas, sim, que, bárbaros, foi a mulher que, com sua sensibilidade marcante,
“antes de todo grande Iniciado”, havia um Ser feminino pressentiu a interação do ser físico e do oculto, estabelecendo
devidamente preparado para esse fim. a afirmação com o invisível.
A cada continente, cabe uma lenda sobre a formação Na Ásia (Irã e Índia), onde os Arianos fundaram a
etnológica e cor predominante. Nossa afirmação está base da moderna civilização, miscigenando povos diversos,
embasada nas inscrições contidas na tumba do Faraó SETI – os homens tomaram para si os brios e eclipsaram a liderança
I, em Tebas, na qual há referência às diversas raças oriundas de religiosidade, até então, devida às mulheres, mas não
da primordial, a “vermelha”, que, segundo a ciência conseguiram conviver sem o auxilio da profecia das mesmas
antropológica, habitava o Continente Austral, engolido pelo nos fundos dos quintais.
Em sua iniciação mística, Ram (Rama) deparou-se será a mãe de todos nós, pois dela nascerá o espírito que há de
com uma guerreira descabelada, pronta para executar um nos regenerar”. Assim, nasceu de Devaki o filho Divino,
valente guerreiro, que se achava amarrado diante dela. Ram chamado Krishna.
clamou em nome dos ancestrais, e, quando a mulher voltou-se Os livros sagrados do Irã, da Índia e do Egito asseguram
para ele, um raio surgiu na escuridão da noite, fazendo-a que, à mãe, é devida toda a constituição da doutrina oculta e
deitar-se sobre a laje do Ara. A Druidesa jazia inerte sobre a iniciática. Todos os poderosos iniciados perceberam, em um
lápide. Ram, então, observou que se encontrava em um momento de suas vidas, a importante participação da mulher na
Templo a céu aberto, ostentando largas colunas. No local da preparação iniciática deles, segundo o Espírito de cada missão.
pedra do sacrifício, elevou-se, então, um altar. O gênio celeste Assim, atravessamos a iniciação ariana com Rama, a bramânica,
trouxe, em uma das mãos, uma Taça e, na outra, uma Tocha. com Krishna, a de Ísis e Osíris, com os sacerdotes de Tebas. Da
─ Vê esta Tocha, Ram? É o fogo Sagrado e Divino. mesma forma, vislumbramos a participação audaciosa e um
─ Vê esta Taça, Ram? Ela é da vida e do amor. exemplo de abnegação do amor materno na pessoa de Joquebete,
Foi dada a Tocha ao homem, e a Taça, à mulher. Mal a mãe de Menethon (primeiro nome de Moisés, segundo Philos,
Tocha tocou a mão do homem, acendeu-se, e os dois pois, na realidade, o nome Moisés é mais um adjetivo do que
irradiaram Luz. E o Gênio fez-se entender como “Deva nome próprio, em vista das várias explicações a respeito). Se não
Nahusha”, a inteligência Divina. Ram estabelecera, dessa fosse pelo sacrifício materno e doloroso da perda do filho em
forma, a singularidade interativa entre o visível e o invisível. iminente perseguição, Joquebete não teria proporcionado a
Adquiriu um poder de autoridade, até então, não visto entre importância atual à iniciação de Moisés como Sumo Sacerdote de
aquele povo. Conseguiu fazer sobressair os instintos Osíris (segundo Estrabão).
superiores de sua raça. Portanto, a raça branca, estabelecida Em época mais recente, deparamo-nos com o relato
nas portas do Himalaia, ainda, não era senhora do mundo. sobre a preocupação da rainha Biltes. Ela reinava em uma terra
Rama fez com que seu povo se misturasse aos negros, que chamada Sabá, o Paraíso das Mil Essências, onde a paz e a
enfeitavam os seus Templos com aparatos representando harmonia era uma constante entre seu povo. A sabedoria lhe era
serpentes e pterodátilos, usados como deuses aterrificadores peculiar, mas temia não estar correspondendo a contento sobre
dos incultos as benesses de Deus. Preocupada com as notícias de que um Rei
Noutra alusão sobre as origens das manifestações inteligente e poderoso se fazia sobressair no reino de Canaã, ela
iniciáticas na Índia, existe uma passagem acontecida no para lá se dirigiu, a fim de conhecê-lo e alertá-lo sobre a constante
Templo da deusa Kali. O seu Templo estava encravado numa e fiel observação das Leis Divinas. A rainha Biltes teve um papel
encosta, protegido por densa floresta e guardado por importante na iniciação templária de Salomão. Os descendentes
esculturas cadavéricas. Kali era tida como a Deusa da morte e da estirpe salomônica entre os etíopes, ainda hoje, são motivo de
da sexualidade, representada como uma mulher de pele muito orgulho.
escura, exuberante, com um colar de cabeças em volta do Jesus e sua companheira Maria Madalena. Nesse
pescoço. Ao contrário das suposições, Kali não era uma deusa seguimento, em particular, há certas controvérsias a respeito da
do mal. Seu verdadeiro papel consistia na preparação dos pessoa da mulher no preparo iniciático desse Avatara. As mais
receptáculos dos Avataras. Assim, em certo dia, o Rei Varuna, recentes investigações levam a uma aceitação de que a principal
desgostoso por não ter um filho homem, elaborou um grande ativadora e preparadora, tanto da parte psicológica como
sacrifício nas portas da cidade evocando todos os Devas, a fim iniciática de Jesus, não tenha sido a Virgem Maria, mas, sim, a
de que lhes fosse proporcionado, por intermédio de Kali, a incansável batalhadora, sempre à frente das decisões junto ao
indicação de uma genitora do sonhado Avatara. Todas as Mestre, também, chamada de Maria, porém com apelido
mulheres acorreram ao festival e, em meio à multidão, oriundo do sítio onde vivia, talvez, a província de Magdala.
também, apresentou-se a irmã do Rei, que se chamava Devaki. Sobre as intimidades e afazeres diários, mesclados de colóquio
Ela era uma virgem de coração limpo que, durante sua vida, entre os dois (Jesus e Madalena), vamos deixar por conta dos
dedicara-se à tecelagem. Devaki rogava à deusa que desse um romancistas. O que nos interessa mais de perto é a associação que
filho a sua cunhada, esposa do Rei. Os oráculos recaíram sobre norteia nosso histórico. Madalena foi, sem dúvida, responsável
ela mesma. Então, os reis e rainhas se irritaram ante a pelo estado de calma e aceitação da “Via Crucis” de Jesus. A força
perspectiva de perda de poder e juraram matar Devaki, que da mulher, proporcionando a aplicação dos elementos
fugiu para um lugar distante, vivendo entre as ramas da alquímicos contidos na “Taça”, alegorizada na iniciação de Ram,
floresta. Num passe de mágica, a floresta se transformou no por séculos, tem sido o lenitivo restaurador das reações
mais belo recanto ornado de flores de lótus, e a paz alí reinou. imprevisíveis do homem. ?
Guiados por Vaschita, os rishis saíram de um eremitério e, por * O autor é membro da Academia Maçônica de Letras de Mato
ordem deste, inclinaram-se sobre Devaki e ordenaram: “essa Grosso do Sul.
a b
Iniciação no Antigo Egito*

N
a época da 20ª dinastia, o Egito era o espelho da aniquilamento”. Era, também, dito: “Ao procurar nossos
grandeza, da exuberância, do desenvolvimento. Augustos Mistérios, só os fortes conseguirão a imortalidade;
Os feitos, conquistas e construções estavam no os fracos, os movidos pela curiosidade perecerão. Pense,
apogeu, atraindo estrangeiros em busca do progresso. portanto, antes de ir em frente, necessitará de coragem
Muitos, porém, após ouvirem sacerdotes de seus países porque ninguém volverá vivo após essa se encerrar”.
falarem sobre o Livro dos Mortos e narrativas das Quando o estrangeiro se dispunha a prosseguir, era
iniciações egípcias, para lá se dirigiam, a fim de galgar conduzido por um corredor estreito para junto dos serviçais,
níveis mais elevados na evolução do Ser. Muito se falava com quem, durante uma semana, era obrigado a executar os
do que ocorria durante as iniciações nos Pequenos e trabalhos mais humilhantes, proibido de se comunicar,
Grandes Mistérios. Os Hierofantes e Sacerdotes o sabiam, escutar hinos e fazer abluções, ou seja, banhar-se
em especial, sobre Ísis e Osíris, quanto ao que se passava frequentemente.
no além-túmulo. Que deuses eram aqueles dos quais só se Chegada a noite das provas, dois assistentes
falava com um dedo sobre os lábios? reconduziam-no à porta do Santuário Oculto e penetravam
Entusiasmados, os num vestíbulo escuro, sem saída
estrangeiros queriam conhecer aparente. Era uma sala lúgubre e
os segredos e batiam à porta dos mal-iluminada em que se viam
templos de Tebas e Mênfis, estátuas e figuras escarnecedoras.
decididos a submeter-se às No fundo, bloqueando a passagem
iniciações. Ao adentrarem, eram de saída, havia um esqueleto,
conduzidos ao pórtico de uma também, na penumbra. Era-lhe
galeria interior, onde havia mostrada a passagem, onde só se
pilastras em formato de lótus, poderia passar de rastros, quando
simbolizando a força e a pureza, exclamavam: “a porta, ainda, não
cuja função era sustentar a Arca foi encerrada, pode voltar, será sua
Solar, o Templo de Osíris. Então, o última oportunidade de retorno”.
Hierofante acercava-se do neófito, Diante da perseverança, era-lhe
ao qual, invariavelmente, causava fornecida uma pequena lamparina
perturbações devido à sua acesa; mal iniciava a deslizar pelo
vibração elevada. Era impossível esconder qualquer estreito corredor, ouvia-se de forma grave, vindo do fundo,
sentimento ou fato importante a esses seres de postura por sete vezes: “Aqui perecem os loucos a quem apetecem as
majestosa, ao efetuarem o questionário, preliminar, que ciências e o poder”. Avançando, via o corredor, aos
funcionava como seleção inicial. Quando davam poucos, ir-se alargando, porém aumentando o declive, que
prosseguimento à cerimônia, atravessavam pórticos, galerias terminava num tipo de funil e dava num buraco, onde
interiores, chegando a uma espécie de avenida talhada na havia uma escada de ferro, na qual o neófito, apreensivo,
rocha com um teto bordado de estrelas e esfinges, e, por fim, se agarrava. Descia os degraus e, chegando ao último,
uma pequena capela que servia de entrada às criptas olhava para baixo, ficando terrificado face ao horroroso
subterrâneas. precipício, cujo fundo a lamparina não conseguia, de
Disfarçando a porta de entrada, havia a estátua de forma alguma, vislumbrar.
Ísis em uma atitude de meditação, tendo, nos joelhos um Angustiado, percebia, à sua esquerda, a existência
livro fechado e o rosto vendado. A seus pés, lia-se: duma pequena fenda que se abre e leva a uma escadaria na
“Nenhum mortal levantou o véu que me esconde”. Então, rocha, ascendente e em espiral. Apressava-se a subir
o Hierofante apresentava a porta e dizia: “este é o acercando-se de uma grade de bronze; esta dava para uma
santuário oculto, e essas duas colunas representam: a larga galeria, sustentada por enormes cariátides, formas
vermelha, a ascensão para o Espírito de Luz de Osíris; a humanas esculpidas na rocha, onze de cada lado, e
negra, a sujeição à matéria, que pode levar ao iluminadas por lâmpadas de cristal.
Explicava-lhe, então, o significado dos 22 símbolos, com essências raras e revestiram-no de linho fino. Ao
22 primeiros mistérios, e do alfabeto da ciência oculta, deixarem-no só, recomendaram: “repouse e aguarde o
princípios absolutos, chaves universais, que, aplicados Hierofante”. Relaxou, e todos os acontecimentos foram
pela vontade, transformam-se em sabedoria e poder. Cada passados pela sua mente, porém um fato, repetidamente,
letra tinha sua correspondência numérica, formando um teimava a surgir. Era o Arcano X, representado por uma
valor triplo, devido à significação nos mundos Divino, roda, suspensa no próprio eixo entre duas colunas. De um
Intelectual e Físico. lado, subia Hermanúbis, altivo gênio do bem, do outro,
O neófito já sentia alguma transformação no seu Tífon, gênio do mal, de cabeça baixa, precipitando-se no
íntimo, decorrente dos acontecimentos: as estátuas e seu abismo. Entre os dois, em cima da roda, uma esfinge
simbolismo, letras e números, as explicações do mestre caso segurava uma espada com as garras; do fundo da gruta,
por caso e o sentido dos Arcanos, ou seja, dos mistérios ocultos vinham sons metálicos, depois, musicais de flauta e harpa,
de Ísis Urânia, do Carro de Osíris, da Torre Derrubada à sensações de carícias, suspiros femininos arfantes e a
Estrela Flamejante e, por fim, à Coroa dos Magos. Esta, aproximação de sedutora mulher que usava todos os seus
simbolizando a vontade de união com o G∴A∴D∴U∴, para atributos para enredar o neófito.
a manifestação da Verdade e Luta árdua se passou nas
realização da justiça; da entranhas do postulante, entre
participação do Poder Divino ser escravo dos próprios
sobre os seres e coisas, sentidos, representando a
recompensa eterna dos Espíritos derrota, a morte, ao aceitar a
Libertos. taça dos prazeres que lhe era
Passados esses oferecida. Firme, recusou até o
momentos de relativa final, quando viu acercarem-se
quietude, o assistente abria os doze neócoros e conduziram-
uma porta, com acesso a uma no triunfalmente ao santuário de
sala abobadada, estreita e Ísis, onde os Magos, vestidos de
longa, em cujo fundo crepitava branco e postados em círculo, o
uma fornalha, para onde o esperavam em assembleia
neófito era levado, e plenária. No fundo do Templo,
exclamava: “Mas isso é a magnificamente iluminado,
morte!” Recebia do Mago a resposta: a morte só apavora a erguia-se a estátua de Ísis em metal fundido, com uma rosa
quem não está preparado... Eu, outrora, atravessei essas de ouro no colo, uma espécie de coroa na cabeça, formada
labaredas tal como um campo de rosas”. Uma grade atrás por sete raios, e seu filho Hórus nos braços.
se fechou impedindo o retorno, e, acercando-se do fogo, o Diante da Deusa Ísis, o Hierofante, vestido de
neófito percebe uma vereda aberta no meio das chamas, púrpura, aguardava o neófito. Convidou-o a prestar
pela qual, rapidamente, passou. juramento de silêncio e submissão, sob as mais terríveis
Terminando a prova do fogo, logo após apercebeu- ameaças, caso viesse a se tornar perjuro. Após, em nome de
se da água, no caso, negra e morta, pela qual passou, todos, saudou-o, recebendo-o como Irmão e Futuro Iniciado.
sendo, em seguida, conduzido pelos dois assistentes a Este, Junto aos Mestres, rejubilava-se, sentia uma
uma gruta escura, onde se divisava um leito tênuamente transformação interior, penetrara pela primeira vez no
iluminado por uma lamparina de bronze, suspensa do teto campo da Verdade Maior. ?
em abóboda. Enxugaram-no, friccionaram-lhe o corpo *Matéria enviada pelo Irmão Milo Bazaga. Desconheço a autoria.
a b
Paixão Transformada em Comenda
“Honny soit quit mal y pense”
Elmo Machado de Azevedo

A
Ordem da Jarreteira é a mais alta e a campanhas inglesas em território francês,
mais antiga comenda britânica, especialmente, durante a famosa Batalha de
instituída pelo rei inglês Eduardo III, Crécy, campanhas, que iniciaram o conflito
em 1348. Ao criar a Ordem, composta pela medieval entre Inglaterra e França, conhecidos,
pessoa do rei e por 25 cavaleiros, Eduardo III mais tarde, como a Guerra dos Cem Anos,
quis premiar e reconhecer os que se motivadas pela reivindicação de Eduardo ao
destacavam pela lealdade à Coroa e pelo trono da França. Todos os primeiros cavaleiros
mérito militar. Os primeiros, a serem agraciados tinham idades que variavam de 17 a
condecorados pelo rei com a Ordem da pouco mais de 30 anos.
Jarreteira, além do seu próprio filho, o Príncipe Conta a História sobre a origem romântica
de Gales (também, conhecido na história pela da Ordem, uma jarreteira (ou liga) azul. O rei
alcunha de Príncipe Negro, devido à cor da Eduardo III, coroado aos 14 anos, era filho de uma
sua armadura de batalha e ao seu valor princesa francesa de nome Isabelle, mais tarde,
militar), foram os cavaleiros que serviram nas rainha da Inglaterra, com o rei inglês Eduardo II.
Casou-se muito cedo, seguintes. o Ritual Emulation (Rito de York) confere-lhe
também, aos 14 anos, com seu relevância em determinado momento, com as seguintes
primeiro amor, a belga Phillippa palavras: “Ela é mais antiga que o Tosão de Ouro ou a Águia
de Hainault, a quem era muito Romana, mais honrosa que a Ordem da Jarreteira ou
devotado e com quem teve 13 qualquer outra Ordem existente...”.
filhos. Mas, após anos de O rei não conseguiu o coração de Joan, mas seu filho,
fidelidade no casamento, e já o Príncipe Negro, sim. Mulher de beleza notável, Joan era
com uma esposa não muito dona de uma história afetiva conturbada. Seu primeiro
atraente devido aos inúmeros casamento com o nobre Thomas Holland, realizado
partos, Eduardo III se apaixona secretamente, foi considerado nulo por sua própria família e
por uma bela mulher casada, pelo rei na ausência de Holland, que viajara para a Prússia
Joan, então, condessa de em busca de honras militares. Após a anulação, Joan é
Salisbury. Apesar de tentar, várias vezes, iniciar um obrigada a se casar com William Montague, futuro conde de
romance com ela, que já estava no segundo casamento, o Salisbury e um dos amigos mais próximos do rei. Mas seu
rei via-se frustrado em todas as suas tentativas, contudo primeiro marido, ao voltar da Prússia, pede a anulação desse
continuava obstinadamente apaixonado pela dama. segundo casamento ao Papa, e Joan apóia tal gesto, sendo,
Então, durante um banquete festivo em Calais, por isso, encarcerada num castelo pelo segundo marido, que
onde os ingleses celebravam sua conquista sobre a cidade só a liberta ao receber uma ordem papal. Thomas Holland,
francesa, o rei Eduardo III pede que a condessa o agora, duque de Kent, e Joan voltam, então, a serem casados.
acompanhe numa dança. A contragosto, Joan aceita o Com a morte do duque e já com a fama de maior dama da
pedido irrecusável do rei, e começam a dançar na frente Cavalaria medieval, devido ao episódio da liga azul, Joan se
de toda a Corte e da rainha Phillippa, que estava presente. casa com o Príncipe Negro, apaixonado por ela desde muitos
No meio da dança, uma das ligas, que seguravam as meias anos e, também, envolto, devido às suas ações em batalha,
de Joan, desata-se e cai ao chão. Imediatamente, e para em uma aura de herói da cavalaria. Joan torna-se, mais tarde,
espanto de todos, o rei recolhe a liga azul do chão e a com a morte do príncipe de Gales – que morre antes de seu
amarra abaixo do seu joelho esquerdo. Ante os murmúrios pai, o rei Eduardo III – mãe do rei Ricardo II.
baixos de damas e cavaleiros presentes, Eduardo III Segundo a tradição, cada cavaleiro tem um lugar na
percebeu o ocorrido e, gentilmente, em voz alta, em capela de São Jorge, no castelo de Windsor, sobre o qual é
francês, declarou: “Honny soit quit mal y pense” (maldito colocado pendão (banner), elmo, timbre, espada e respectivo
seja quem pensar mal). brasão de armas. À morte dos cavaleiros, o elmo e o pendão
“A comenda da Ordem da Jarreteira é formada são removidos, mas permanece a placa com as armas. Entre
atualmente (durante séculos foram feitas modificações no os cavaleiros da Ordem, incluem-se antigos primeiros-
“design” inicial) por uma fita de veludo azul-escuro, decorada ministros, chefes das Forças Armadas, reitores das
com diamantes em lapidação brilhante (onde se pode ler o lema Universidades, diplomatas e exploradores.
da Ordem) e por um broche em forma de estrela, feito em ouro, Em 1522, Henrique VIII reformou os estatutos e
que deve ser usado no lado esquerdo do peito, e decorado com codificou o uso do colar, instituído por seu pai Henrique VII.
diamantes, rubis e esmalte azul.” O Colar tem pendente São Jorge esmagando o dragão.
A partir desse momento, o rei Eduardo III criou a Recentemente, foi divulgado, na Folha On-line
Ordem da Jarreteira; o número de agraciados é pequeno, (23/04/2005), que o ex-primeiro-ministro britânico John
26; a Comenda é presa na altura do joelho esquerdo dos Major recebeu o título de cavaleiro, sendo integrado à
seus membros. Ordem da Jarreteira, criada no século XIV pelo rei Eduardo
A importância da Ordem cresceu nos séculos III, escolhido pela rainha da Inglaterra Elisabeth II. ?
a b
II Encontro Maçônico Sul-Mineiro
As Influências na Maçonaria
Francisco Feitosa

A
cidade de Alfenas, nos dias 29 e 30 de maio, “Persa e Egípcia”; José Airton de
transformar-se-á em um grande palco para a Carvalho, 33º, Belo Horizonte-
realização do II Encontro Maçônico Sul-Mineiro, MG – “Judaica”; Darly Halfed
evento cultural, que, assim como o anterior, vem alimentado Alves - 33º, de Juiz de Fora-MG –
as expectativas dos Irmãos do estado de MG, devido à “Greco-Romana”; João Geraldo
envergadura de sua organização e à presença de renomados de Freitas Camanho, 33º, São
Irmãos palestrantes, abrilhantando e contribuindo com a Lourenço-MG – “Templária”;
cultura maçônica, com brilhantes enfoques sobre as Francisco Feitosa da Fonseca, 33º,
influências que a Maçonaria sofreu, ao longo de sua próspera São Lourenço-MG – “Rosa-
história de glórias e realizações, por meio de diversas Cruz”; Vagner Roberto Alves de
Ordens. Souza, São Paulo-SP – “Religiosa”; Denizart Silveira de
A Comissão Organizadora, sob o comando do Oliveira Filho, 33º - Rio de Janeiro-RJ – “Inglesa”; Benecdito
Presidente do Evento, o ilustre Irmão Hudson Almeida, Caturelli, Ribeirão Preto-SP – “Francesa”; Renato Gabriel, Juiz
M∴M∴da A∴R∴L∴S∴ Fraternidade Cleuton Cândido de Fora-MG – “Americana”. E, ainda, as palestras sobre o
Landre nº 298, do Oriente de Alfenas, MG, jurisdicionada à “R∴E∴A∴A∴ no Brasil”, e sobre “A Importância da Mulher
G∴L∴M∴M∴G∴, não tem medido esforços para que o na Maçonaria”, proferidas, respectivamente, pelos Irmãos Fuad
Encontro seja, mais uma vez, um grande sucesso. Haddad, de Alfenas-MG e Vagner Roberto Alves de Souza, de
O tema do Encontro, “As Influências na São Paulo-SP.
Maçonaria”, foi, sabiamente, escolhido para que os presentes O II Encontro Maçônico Sul-Mineiro tem o apoio
possam viajar pela história maçônica e vislumbrar a origem cultural da Revista Arte Real, que, comprometida em tratar a
de vários ritos e de certos procedimentos ritualísticos, cultura maçônica com a seriedade que merece, lançará uma
podendo, com isso, melhor entender a Maçonaria praticada edição especial cobrindo o evento. A edição publicará, além da
nos dias de hoje. cobertura, os textos das palestras proferidas. Será uma edição
Aberto a todos os Graus, o evento, de fato, promete. bilíngue, português/inglês, aproveitando a enorme abrangência
Além da série de palestras, estará acontecendo, da distribuição da Revista Arte Real, que, atualmente, está
paralelamente, uma programação social, com Gincana sendo enviada para 15.000 leitores de todo o Brasil e de vários
Cultural e Esportiva, envolvendo Irmãos, Cunhadas, outros países.
Sobrinhos e Sobrinhas. As Ordens DeMolay e a das Filhas de Maiores informações poderão ser obtidas através dos
Jó, também, participarão, assim como nossas Cunhadas, que, contatos do Irmão Edvaldo Cardoso: telefones – residência (35)
terão uma programação especial, envolvendo palestras e 3291-1466 / comercial (35) 3292-3706 / celulares (35) 9974-2002 e
atividades sociais. (16) 8152- 9369 e pelo e-mail edvaldofreemason@gmail.com
Caberá aos seguintes Irmãos Palestrantes falar sobre Encontrar-nos-emos em Alfenas! ?
as influências: Sérgio Quirino, 33º, de Belo Horizonte, MG –
a b
I Simpósio Maçônico
A Maçonaria, Ontem, Hoje, Amanhã
Francisco Feitosa

A
Academia Niteroiense Maçônica de Letras, Operativa e Especulativa”, por Ítalo
História, Ciências e Artes realizará, no próximo Barroso Aslan – Grão-Mestre Adjunto
dia 29 de maio, das 14h às 19h, no Clube de do GOIRJ; “A Maçonaria no Brasil”
Advogados do Brasil, localizado na Avenida Amaral por Francisco Paulino Campelo –
Peixoto, 507, 5º andar, Centro, Niterói-RJ, o I Seminário Grande Orador da GLMERJ;
Maçônico, cujo o tema será: “A Maçonaria, Ontem, Hoje, “Maçonaria Hoje no Brasil e no
Amanhã”. Mundo”, por Elmo Machado Azevedo; “A
A Academia Niteroiense é composta por Maçonaria Amanhã e Perspectivas Para o
renomados escritores maçônicos, que ocupam a Futuro”, por Ubirajara de Souza Filho – membro da Grande
titularidade de suas vinte e uma Cadeiras, comprometidos Comissão Permanente de Liturgia da GLMERJ.
com a exaltação da cultura maçônica. Temos a grande A Comissão Organizadora solicita aos interessados a
honra de pertencer às fileiras dessa egrégia Casa dedicada participarem desse memorável Simpósio, que confirmem
à Cultura. suas presenças até o dia 20 de maio, próximo, pelos
Na oportunidade, serão expostos alguns painéis telefones: (21) 9875-6565 / 9834-9956 / 8316-7468. ?
defendidos pelos seguintes acadêmicos: “A Maçonaria
a b
A Chegada da Era de Aquarius*

S
erá que somos realmente conscientes de que abandonar antigos dogmas, tabus, conceitos e valores
vivemos um momento mágico, aguardado por arraigados, introduzidos em nossas mentes como verdades
nossos ancestrais, que só se repetirá daqui a mil sagradas, quando tínhamos pouco discernimento, durante
anos? Afinal, adentramos o século XXI, ao mesmo tempo em nossa infância. Nesse período de nossas vidas, algumas
que entramos num novo milênio, objeto do sonho de várias supostas verdades absolutas nos foram sendo passadas, num
gerações. Mas o que, realmente, temos diante de nós, o que processo de adestramento dissimulado como sistema
nos trará o sec. XXI, quais as maravilhas e os horrores que ele educacional, que acabou fazendo de nós seguidores de
nos reserva? Será que nele veremos a realização de nossas opinião, e não formadores de opinião.
maiores aspirações, ou a materialização dos nossos piores Assim como a cobra deixa suas velhas cascas para
pesadelos? Enfim, o que podemos aguardar dessa Nova Era poder crescer, a humanidade, também, deverá,
que temos diante de nós? Esse é o momento, o futuro inquestionavelmente, abandonar certos conceitos limitados,
chegou! Mas será que nós, pessoas comuns, podemos fazer para poder expandir-se sob a influência vigorosa do signo do
mais do que continuar a sonhar, ou nos angustiarmos? Será ar. Porém, para que sejamos capazes de abandonar os
que podemos agir? Agir, tomar parte nos acontecimentos modelos atávicos incrustados em nós, após várias
que nos cercam e, dessa forma, participar da "Criação do encarnações nos séculos que fizeram parte do ciclo de
Futuro", do futuro que queremos para “Piscis”, é necessário entendermos, pelo
nós e para as futuras gerações? menos, algumas das características da
Porém, só seremos capazes de civilização que deixamos para trás.
participar conscientemente dessa As irradiações da constelação de
obra de criação, se abandonarmos “Piscis”, que estão diminuindo suas
nossas fantasias e acordarmos de vibrações sobre a Terra, influenciaram a
nossas visões e pesadelos. E, uma vez humanidade na criação de sociedades
despertos, passarmos a agir onde predominaram características tais
reflexivamente, não mais vivendo, como: autovalorização, preconceito,
apenas, de maneira instintiva e egocentrismo, hiperatividade,
reativa. Somente seremos capazes de tribalismo, geolatria, fanatismo,
perceber que estamos vivendo um sectarismo, belicismo, etnocentrismo,
período de transição, quando repressão sexual, uso de drogas, dentre
cruzarmos, corajosamente, a ponte elas, o álcool. E, também, por ideologias
entre o velho e o novo, nos partidaristas e por grandes religiões
conscientizando de que assistimos ao fim de uma era e ao institucionalizadas. Porém, as poderosas irradiações da
início de um novo ciclo. constelação de “Aquarius", que já estão vibrando sobre o
Hoje, como no final da civilização Greco-Romana, planeta, promovem a mudança do estado de consciência dos
assistimos ao fim da civilização Judaico-Cristã, ao fim da humanos seres. O que se reflete na destruição e no abandono
era de “Piscis” e ao início da Era de “Aquarius”, onde de todas as instituições, religiosas ou seculares, relacionadas
presenciamos o nascimento de uma nova civilização ao antigo ciclo, que em seu conjunto, são os restos kármicos
mundial, como reflexo de um estado de consciência de um ciclo moribundo, que agoniza com guerras, fome,
planetário. Esse novo ciclo, no qual a humanidade doenças, morte e cataclismos.
penetra, nos põe diante de um mundo integrado, O Universo evolui, pulsando através de movimentos
interdependente. Um novo mundo, como nunca se viu cíclicos, que os antigos alquimistas chamavam de
antes, com uma nova sociedade, com sua própria "Construens et Destruens". Assim, a civilização Aquariana,
civilização. que nasce, afirma-se cada vez mais sobre os escombros da
Porém, uma nova civilização não se improvisa; ela civilização judaico-cristã. E, arrastado pela estagnação e
é fruto do esforço e do gênio humano. Mas, para que tal falência de seus valores, o ciclo de “Piscis” agoniza no caos
civilização planetária possa vir à luz, teremos que que presenciamos em torno de nós.
Como o estado de consciência da humanidade mais, como fizeram nossos ancestrais no passado, há dois
continua evoluindo, faz-se necessário, de tempos em mil anos, a agricultores e pescadores, a selvagens das
tempos, uma nova revelação adequada à nova capacidade savanas, ou, mesmo, a nômades do deserto. Dirigimo-nos a
de entendimento da mesma. Assim sendo, a "religião" homens e mulheres que integram uma civilização global,
(religare) aquariana será essa nova revelação de valores interconectada dia e noite.
arquetipais da humanidade, sistematizados através das Mesmo assim, muitos ficarão para trás, por
eras, o que os iniciados chamam de Doutrina Secreta, ou pieguismo psíquico e por medo do novo... Por isso mesmo,
Sabedoria Iniciática das idades. Mas tal revelação, se não nos dirigimos ao velho mundo e aos que se identificam
comparada aos padrões religiosos vigentes na era de com seus valores, mas à humanidade nascente. No nosso
“Piscis”, será algo como uma "antirreligião", pois, apesar entendimento, esse é o modelo do “religare” aquariano.
de ser essencialmente a mesma, Mesmo porque, não só mais para o
essa nova revelação será corpo, para a alma, ou para o que é
apresentada através de novos transcendente no homem, deve
símbolos e conceitos. Eles dirigir-se tal sistema, mas ao
comporão o conjunto de valores conjunto todo, ao Homem em sua
fundamentais da civilização totalidade.
nascente e estarão, de uma forma O Homem (“man” ou
ou de outra, sempre associados às “manas”) possui necessidades
esfingéticas perguntas, "Donde fisiológicas, psicológicas e, também,
vim, o que sou e para onde vou? espirituais. Assim como nosso
Enfim, qual o sentido da vida?". corpo precisa de alimento, nossa
No ciclo de “Piscis”, psique, também, necessita de
algumas das respostas dadas a integração, de relacionamento
essas perguntas apresentaram-se social, de pesquisas e realizações.
através de modelos religiosos e Outrossim, possuímos necessidades
filosóficos, compatíveis com o espirituais, relacionadas ao
nível de consciência das pessoas desenvolvimento dos nossos
que habitaram o mundo nesse princípios mais sutis, representados
período. Mas, não serão as pela capacidade de abstração e
mesmas respostas nem os intuição.
mesmos modelos, que satisfarão Através dos ciclos e das
uma humanidade mais amadurecida; as respostas, assim eras, o alimento espiritual "desceu dos céus", ou dos planos
como a maneira de buscá-las, serão diferentes. mais sutis. Entre os povos semítico-atlantes, dentre eles, os
Independente disso, o homem não poderá prescindir de hebreus bíblicos, cujo ápice evolutivo era o desenvolvimento
suas necessidades espirituais. do quarto princípio humano, que chamamos de “Manas” ou
Porém, num mundo, onde haja democracia, onde Veículo Mental-Concreto, esse alimento espiritual, foi
as pessoas sejam instruídas, com acesso às informações, chamado de maná.
com suas necessidades essenciais garantidas, religiões Porém, a atual humanidade, dotada de Mental-
piscianas, baseadas na ignorância, em milagres, em Concreto, já integra, nas espirilas de seus átomos primordiais, a
mistérios inexplicáveis e no medo, não encontrarão mais capacidade de captar e interagir com as vibrações mais sutis do
seu lugar, pois não serão capazes de satisfazer a sede de Plano Mental e do Plano Intuitivo. Integrando, assim, na sua
saber da humanidade nascente. constituição, o quinto e o sexto princípios da constituição oculta
Porém, sabemos que, ainda, haverá restos do homem, conhecidos como Manas-Arrupa (Mental-Abstrato)
kármicos, cascões dos antigos sistemas religiosos, e e Budhi (Veículo Intuitivo). Consequentemente, o alimento
existirão, certamente, saudosistas que, por medo, espiritual, de que essa mesma humanidade necessita, é de
continuarão repisando velhos dogmas e tabus. natureza mais sutil. ?
Independente disso, hoje, já não nos dirigimos *Matéria postada no site www.papiros.bravehost.com
a b
O Rito Eclético Lusitano
Francisco Feitosa

S
egundo Joaquim Gervásio, o Rito Eclético foi criado criando dois superiores, especificamente, portugueses, o 6º e o
na Alemanha, em 1783, por maçons ilustrados e 7º. Os Graus 4º, 5º e 6º seriam atribuídos por uma Comissão
independentes, para eliminar as perturbações Mística ou de Ritos, composta pelo Grão-Mestre e por seis
oriundas do Sistema Jesuítico-Templário da Estrita representantes das Lojas. A atribuição do grau 7º caberia,
Observância, outorgando às Lojas absoluta liberdade para apenas, ao Grão-Mestre ou a um Delegado seu.
estudar todos os ritos maçônicos e escolher e professar o que Para além da sua curiosidade nacionalista, esse rito não
melhor lhe conviesse. Com essa base, o rito, apenas, tinha quaisquer condições de se impor, nem em nível nacional,
conservava a unidade dos três Graus Primitivos do nem, muito menos, em nível internacional. Não admira, pois,
Simbolismo. Vivas controvérsias suscitou o estabelecimento que tenha desaparecido sem deixar rasto, poucos anos após a
das Lojas Ecléticas. No começo, foi pouco o êxito obtido, mas sua efêmera vigência em algumas Lojas, devido à vontade de
acabou logrando o fim proposto pelos seus promotores, pois um maçom prestigiado.
contribuiu para escoimar a Maçonaria de muitos enxertos De 1820 a 1869, praticaram-se, na Maçonaria
arbitrários. portuguesa, seis ritos diferentes: o Rito Francês, o Rito
Em Portugal, surge com elementos comuns, Simbólico Regular, o Rito Escocês Antigo e Aceito, o Rito de
sintetizados do Rito Francês e do Rito Escocês Antigo e Heredom, o Rito Eclético Lusitano e o Rito de Adoção. Diga-se,
Aceito, baseados nos valores simbólicos do Cristianismo desde já, que o primeiro e o terceiro predominaram, à grande
hermético e no liberalismo social – representado na cruel distância, sobre os quatro outros.
execução do General Gomes Freire de Andrade, Grão-Mestre A Constituição Maçônica de 1806 adotara o Rito
do Grande Oriente Lusitano, em 1817. Francês como oficial e único no seio do Grande Oriente
Em 1843, ante a divisão da Maçonaria Portuguesa, Lusitano. Enquanto, nessa Obediência, esgotaram-se os
Miguel Antônio Dias concebeu o audacioso projeto da sua trabalhos maçônicos portugueses, o Rito Francês manteve a sua
reforma total, "reduzindo todos os ritos e todos os Orientes a exclusividade. E, mesmo depois, quando já os maçons
um só rito e a um só Oriente". Criou, assim, o Rito Eclético portugueses se achavam divididos em facções numerosas, o
Lusitano, ou, simplesmente, o Rito Lusitano, articulando em Rito Francês continuou a prevalecer.
três classes e sete graus: 1ª classe - Maçonaria Primária e Miguel Antônio Dias redigiu as "Bases Gerais", em seis
Simbólica, com os graus 1º (Aprendiz Consagrado), 2º capítulos e 34 artigos, que publicou na sua “Architectura
(Companheiro) e 3º (Mestre), cujas alegorias eram, Mystica do Rito Francez ou Moderno” (1843), e, depois,
respectivamente, Deus, Trabalho, e Gênio; 2ª classe - novamente (1853), nos Annaes e Código dos Pedreiros Livres,
Maçonaria Mística e Templária, com os graus 4º (Cavaleiro em Portugal, agora, como lei orgânica e regulamento apensos.
Rosa-Cruz) e 5º (Cavaleiros Kadosch) e alegorias ligadas à Nesse mesmo ano, ele conseguiu controlar uma série de
Igualdade, e à Fraternidade; 3ª classe - Maçonaria Lusitana, Oficinas, levando-as a aceitar o novo rito e a sua presidência de
com os graus 6º (Eleito Português) e 7º (Grande Eleito um governo provisório coordenador. Para elas, instalou-se,
Português) e as alegorias da Liberdade e da União. formalmente, o Grande Oriente da Maçonaria Eclética Lusitana,
As bases, sobre as quais assentava o novo rito, eram: com cinco Lojas, sendo três em Lisboa (Regeneração 20 de
quanto aos Graus Simbólicos, "A Teogonia, Artes e Ciências Abril, Firmeza, e Fraternidade), uma em Setúbal (Firmeza) e
dos Povos Primitivos": quanto aos Graus Místicos, "A Doutrina uma em Torres Novas (Torre Queimada).
e História do Cristianismo" (Grau 4º) e "A Doutrina e História A nova Obediência conseguiu, ainda, elaborar a sua
Dos Cavaleiros Templários" (Grau 5º); quanto aos Graus Constituição, em 28 de Setembro de 1860, mas não parece ter
Lusitanos, "O Processo de Gomes Freire de Andrade" (Grau 6º) durado muito para além dessa data. Algumas das Oficinas
e o "Sinédrio de Manuel Fernandes Tomás" (Grau 7º). abateram colunas, e outras se integraram no Grande Oriente de
Assim, o Rito Lusitano, sem inovações no que Portugal e na Confederação Maçônica Portuguesa, não sabemos
respeitava aos Graus Simbólicos, fundia os Ritos Francês e se mantendo o Rito Eclético Lusitano, se voltando ao Rito
Escocês nos Graus 4º e 5º, equiparando o primeiro ao Grau Francês, o que seria o mais provável. ?
de Rosa-Cruz e o segundo ao de Cavaleiros Kadosch, e * Trabalho de compilação extraído de vários sites maçônico
a b
Justiça e Maçonaria
Raimundo Rodrigues

O
símbolo da Justiça é uma balança, portada por não é, também, um mistério?
uma mulher de olhos vendados. A balança tem Normalmente, quando se estuda um termo na busca
dois pratos em perfeito equilíbrio. Esse de maior entendimento de sua significação, podemos
nivelamento dos pratos indica-nos, com clareza, que a esbarrar com dificuldades para alcançar o seu verdadeiro
justiça é uma relação de causa e efeito. O desequilíbrio dos sentido semântico.
pratos só ocorre quando alguém, dominado pela Nesse sentido, as palavras, que causam maiores
ignorância, pelo ódio ou pela ambição, pratica ações que dificuldades, não nos permitindo fazer uma definição clara e
ferem princípios da verdade ou da ética. objetiva, são os abstratos. A maioria é realmente indefinível.
A mulher de olhos vendados exprime uma Não somos nós que o afirmamos.
simbologia perfeita, pois indica que a justiça é cega e deve Se buscarmos a opinião de Kant na “Crítica da Razão
ser aplicada com correção: “a Deus o que é de Deus e a Pura”, encontraremos o seguinte:
César o que é de César”. Aí está – o “cuique suum” dos “Como indica a própria palavra, definir só deve,
romanos (a cada um o que é seu). propriamente, significar tudo quanto apresentar
Para que se possa ter uma ideia exata do que originariamente, dentro de seus limites, o conceito minucioso
seja justiça, nada melhor que nos aprofundarmos nos de uma coisa; segundo tal exigência, um conceito empírico de
ensinamentos de Aristóteles. modo algum pode ser definido, mas, unicamente,
Ao apontar as virtudes éticas – sinceridade, explicitado”.
amabilidade, brandura, pudor, urbanidade – O certo é que a palavra justiça engloba algo
Aristóteles se refere à justiça nesses de tão extraordinária contextura, que, a
termos: “Mas incomparavelmente mais nosso ver, não admite definição. A ideia
importante é a justiça, cujo significado de justiça, por mais que queiramos, não se
primário e mais geral é de apresenta com clareza à nossa
obediência às leis; e, pois, inteligência.
que as leis ordenam o bem Talvez, por causa
da comunidade civil e as dessa dificuldade, já entre os
virtudes que tal bem filósofos da Hélade, a palavra
promove, e proíbem as más justiça merecia uma atenção toda
ações; assim, no seu mais amplo especial. O primeiro filósofo que
sentido, pode-se dizer que a procurou engrandecer não só o
justiça abarca todas as virtudes e sentido da palavra justiça, como
que ela é a virtude ótima e perfeita: também da própria justiça em si, foi
perfeita porque, quem a possui, pode usá-la não Sócrates. Haja vista que uma das características
só nas coisas próprias, senão também com respeito essenciais de sua pregação filosófica era não admitir
aos outros todos.” que as leis fossem desobedecidas. E provou que não
Sempre que se levanta a questão que envolva a falava por falar, pois, quando foi injustamente condenado
justiça, encontramo-nos diante de um duplo aspecto: à morte e lhe ofereceram uma oportunidade para fugir de
mistério e problema. Mistério, porque a justiça envolve Atenas, negou-se a fazê-lo, afirmando que, se assim o fizesse,
uma série de sutilezas, pendendo o sentido da coisa em si estaria desmentindo tudo o que pregara na vida.
ou da realidade exata. Problema, porque se há de Platão, na sua “Teoria das Ideias”, chegou a vaticinar
preservar a verdade, aplicando-se ou não a justiça. que a justiça só se realizaria de maneira completa, quando a
Não podemos deixar de lado o mistério, uma vez humanidade tivesse alcançado aquele estágio
que a aplicação da justiça, em grande parte das vezes, traz consubstanciado na ideia do “Bem”.
consequências nem sempre de acordo com os princípios O certo é que justiça é algo imaterial, portanto não
que devem reger a aplicabilidade dessa virtude. comporta partes, não comporta divisões. Ela se reduz a si
Por ventura, perguntamos nós, a má aplicação da mesma, mas é movida no que diz respeito aos meios, à
justiça por aqueles que têm obrigação de bem aplicá-la, medida que é aplicada.
Entremos agora em nosso ambiente maçônico, onde Companheiros sem que eles mereçam. É direito deles receber
se poderia supor que a justiça fosse de caráter permanente. instruções claras e bem ministradas, a fim de que possam
Contudo, muitas e muitas vezes, isso não ocorre. crescer cultural e espiritualmente.
Nada existe que se possa comparar à justiça, daí, A triste verdade é que a injustiça campeia nos meios
podermos concluir que nada existe pior que a injustiça. maçônicos. Irmãos que nada fazem e só sabem criticar o que
A Maçonaria quer que seus afiliados cresçam em os outros fazem, estão sendo duplamente injustos tanto com
virtude e em sabedoria. Portanto, o maçom que não busca seus Irmãos, como com a Maçonaria Universal.
sua melhoria, deixando de desbastar a “pedra bruta”, Ao invés de querer conceituar a justiça, o melhor que
jogando fora os defeitos e aprimorando as virtudes que faríamos seria buscar os meios e os modos de praticá-la sempre,
traz consigo, está cometendo uma tremenda injustiça não só com os outros, mas também com nós mesmos.
contra si próprio. Aquele que não estuda, que é A Maçonaria tem os olhos voltados de maneira
infrequente aos trabalhos de sua Oficina, também, é constante para a problemática da justiça. Principalmente,
injusto consigo mesmo, uma vez que não desfrutará dos porque, entre os problemas que afligem a humanidade, o
benefícios que o estudo e a participação lhe pior de todos, a guerra, espalha a injustiça, estraçalha os
proporcionariam, e, sobretudo, porque não está direitos comezinhos do homem. Que nos respondam os
cumprindo o que, de livre e espontânea vontade, criminosos responsáveis por milhares e milhares de mortes
prometeu quando de sua iniciação . em Hiroshima e Nagasaki e, ainda, nos dias em que estamos
A Loja é injusta, queiramos ou não, quando vivendo, na Palestina, no Iraque e várias outras regiões do
proporciona “aumento de salário” a Aprendizes ou mundo. ?
a b
De Pé e à Ordem
Osvaldo Pereira Rocha*

A
Maçonaria é uma Instituição admirável, pelos boquirrotos, que conseguiram ludibriar nossa vigilância e
seus princípios, pela sua história e pela sua razão iniciaram na sublime Instituição, é a forma de comunicação
de ser. Dentre os princípios, que lhe asseguram a entre os Maçons.
existência, destacam-se como fundamentais o culto De igual modo, apesar da devassa da Internet, o
permanente à virtude e o combate sem trégua a toda sorte ritual e o desenrolar das sessões, ainda, estão, de algum
de vícios. modo, preservados.
Do ponto de vista de sua história, pode-se afirmar A Maçonaria, segundo palavras do saudoso Irmão
que nenhuma nação do planeta se pode jactar de não lhe Octacílio Schuller Sobrinho, é uma Escola de Conhecimento.
dever a consolidação de suas conquistas, sobretudo no Os conhecimentos adquiridos conduzem o Maçom à
que respeita à defesa de seus direitos fundamentais, senda da Perfeição, da Justiça, da Moral e dos Bons
sobremaneira a liberdade. Costumes. Se praticados dentro de um Templo Interior, que
A luta permanente em defesa da fraternidade denominamos de Cátedra Maçônica (em nossa interpretação,
universal, o combate sem trégua a todas as ideologias e o Templo Sagrado), o Irmão eleva-se espiritualmente, em
ações, que atentem contra a dignidade do homem, e a presença do Ser Onisciente e Onipotente. E isso é o que tal
ética nas relações de convivência, dentre outras, Templo de uma cátedra não-maçônica.
justificam, cabalmente, sua razão de ser. O que significa estar o Maçom “de pé e à ordem”?
É dever fundamental de todos aqueles que, por Qual a definição da expressão “de pé e à ordem”?
meio da Iniciação, penetram, ainda que superficialmente, Que ao proferir tal expressão para outro Irmão, seu
nos mistérios da Maçonaria, conhecer e interpretar seus Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto, Venerável Mestre, 1º
símbolos e alegorias. Não se pode entender que o Maçom Vigilante, 2º Vigilante, etc., ele está pronto para receber e
não saiba o significado da ritualística, que pratica, e da cumprir ordens e, principalmente, cônscio de suas
liturgia dos diversos atos maçônicos. obrigações para com a Sublime Ordem, a Família, a Pátria e a
Se o Maçom não sabe o significado real de sua Humanidade.
Iniciação e dos símbolos que ornamentam o interior de uma De pé e à ordem, sem embargo de melhor
Loja Maçônica, jamais, poderá fazer progresso na Sublime entendimento, para mim, significa que estamos aguardando
Ordem. E o que é pior, por não saber o que está fazendo na ordem, à disposição, tanto individual quanto coletivamente.
Maçonaria, seu desinteresse e sua inércia só aumentarão e Pronto para receber e procurar cumprir as ordens emanadas
concorrerão para a fragilização da Instituição. de quem pode dar.
A Maçonaria - já se prega com frequência - não é Pode, ainda, expressar um gesto de humildade, dado
mais aquela sociedade secreta que, pelos segredos de suas que a humildade é uma das muitas virtudes cultuadas pelos
ações, despertou intrigas, inveja, perseguição dos déspotas Maçons e pela Maçonaria.
e até a condenação da Igreja Católica Apostólica Romana. *O autor é Grão-Mestre do Grande Oriente Autônomo do
O que, ainda, se consegue, de algum modo, Maranhão – GOAM – escritor e acadêmico. ?
preservar, a despeito das atitudes estúpidas dos rocha.osvaldo@uol.com.br / http://www.osvaldopereirarocha.com.br
a b
Templo Maçônico – Visão Esotérica
“A Maçonaria não impõe limites à livre investigação da Verdade, e, para
garantir essa liberdade, exige de todos a maior tolerância”.
Alfredo Roberto Netto

Q
uando estudamos o Ritual do Apr∴, assim que retransmiti-la.
ultrapassamos os Princípios Fundamentais que Todos os elementos, que compõem uma estrutura
definem, em síntese, a base de toda a sua filosofia, física, seja uma igreja, uma prisão, ou mesmo um T∴
encontramos a descrição física e simbólica do T∴ Maçônico, além das próprias vibrações naturais, são capazes
Maçônico. Repleto de detalhes, esmiúça cada item de de absorver as vibrações de seus frequentadores e, depois,
forma objetiva e simples, mas, apenas, no seu contexto retransmiti-las. É fácil deduzir, portanto, que, ao entrarmos
aparentemente material. em uma catedral centenária, onde, por séculos, ali, homens
Há, no entanto, todo um Conhecimento oculto, se reuniram para realizar culto e orações, o sentimento de
revestido de profunda significação, que envolve cada religiosidade e devoção será marcante e envolvente. Da
detalhe, cada símbolo, cada paramento ou ritual praticado. mesma forma, sentimentos negativos de medo e rancor, ódio
Cabe, portanto, ao Apr∴, ao Comp∴ e mesmo ao e vingança, vividos, intensamente, por aqueles que
M∴M∴conhecê-lo, de acordo com seu grau, para alcançar permaneceram em determinado ambiente, podem ser
uma prática justa e perfeita, concretizando suas registrados em edifícios, utilizados por muitos anos como
finalidades transcendentais. presídio ou similares.
Vamos restringir nosso estudo ao T∴ como um Portanto, fica evidente que as vibrações de uma
todo, em sua função coletividade, intensa e
esotérica social e sobre seus repetidamente vividas, criam
membros, não nos uma atmosfera vibratória
prendendo aos detalhes de psíquica específica, que
cada símbolo. impregna todos os elementos
Todos nós materiais que a circundam, e
admitimos que, até certo estes devolvem ao ambiente
ponto, um ambiente não- aquilo que absorveram.
usual pode dar causa a Acrescem-se a esse
diferentes sentimentos. Ao campo energético, os símbolos,
cruzarmos paisagens ou instrumentos ou objetos
determinados edifícios, com representativos de correntes
características próprias de vibratórias poderosas, que
suas funções, aflora-nos sensações diversas, sombrias, funcionam como conectores ou geradores de pensamentos
alegres, e devocionais. Diferente é o sentimento propositadamente direcionados.
espontâneo, que surge ao observador atento, ao cruzar um A união dos pensamentos com um único objetivo, a
cemitério, um templo religioso, uma prisão, ou mesmo um força oculta dos símbolos e o ritual, praticado com respeito e
parque florido. periodicidade, criam um campo vibratório psíquico,
Afirmarão os mais céticos que se trata, apenas, de denominado por algumas escolas espiritualistas de “aura do
uma associação de ideias, o que não deixa de ser uma ambiente”. Nós, maçons, a denominamos de Egrégora.
verdade parcial. Mas, se nos detivermos na análise dos fatos, Os maçons se reúnem para reverenciar o
veremos que não é só isso. Um estudo sobre as forças sutis da G∴A∴D∴U∴, trabalhar na sua reforma íntima, ou Vitriol,
natureza mostrar-nos-á que não somente um ser vivo irradia em uma convivência respeitosa de ajuda recíproca, ou
um complexo de influências definidas sobre tudo que o fraternidade. Vivem, por algumas horas em um ambiente,
rodeia, como também o fazem as coisas inanimadas, ainda onde cada toque de pincel no colorido de sua abóbada, cada
que em menor escala e de modo mais simples. instrumento de seus OObr∴, cada coluna ou ação é uma
É sabido, por exemplo, que a madeira, o ferro e a homenagem ao Criador. Assim, o T∴ Maçônico, em si, está
pedra emitem suas irradiações próprias, porém nos impregnado por uma atmosfera de veneração e de amor,
ensinam os tratados esotéricos que esses elementos são que, com certeza, verte essas qualidades sobre seus
capazes de absorver a influência humana e, depois, frequentadores.
A letra hebraica Iod no triângulo, o Sol e a Lua, O reverenciado com um sentimento de profunda religiosidade.
“Olho que tudo vê”, a régua, o compasso, enfim, todos os Trabalhamos com energias cósmicas, movimentando-as em
símbolos trazem consigo um esplendor vibratório, que nosso favor e da coletividade, realidade, que não deve nem pode
não pertence totalmente ao mundo físico, pois hábeis ser vivenciada com descaso e puerilidade.
ocultistas os transmitiram aos seus adeptos como Quando os IIr∴ se concentram na abertura dos
verdadeiros “talismãs”, a inspirar a conexão com Deus. trabalhos, no momento mágico da invocação ao
Não nos esqueçamos de que o poder, comunicado por G∴A∴D∴U∴, unem-se todos a uma força metafísica,
cada objeto ou símbolo, tem sido, perpetuamente, superior, que, pelo somatório de suas forças, humanas e
revigorado pelo culto de sucessivas gerações de iniciados. espirituais, transcende suas paredes e se irradia a grandes
Nosso ritual tem um lado objetivo: atua não distâncias, transformando-se em um grande estímulo
somente no interior de seus frequentadores, com o intuicional de renovação e melhoria a todos os seres, que
despertar da mente e do coração, senão, também, no recebem sua influência indistintamente.
exterior etéreo, cuidando que as influências elevadas e Pela lógica da dedução, quando centenas de Templos
purificadoras lhes cheguem constantemente aos diferentes em atividade, no mesmo horário e com os mesmos objetivos,
corpos (físico, astral e mental). qual não deverá ser a potência vibratória positiva e benéfica
O T∴ não significa, apenas, um lugar de reunião desse Egrégora, a se irradiar sobre a sociedade em que
ou de realização de um ritual, mas representa um centro vivemos?
de magnetismo, através do qual forças espirituais passam Cabe ao Maçom a reconstrução de uma sociedade
a se difundir pelas áreas circunvizinhas, renovando e melhor, mais fraterna e espiritualizada, mas, se buscar,
arejando ambientes psíquicos perniciosos e danosos à apenas, a atividade intelectual, desvinculada da
coletividade. Poucos IIr∴ têm noção desse benefício que a espiritualidade, seu esforço será estéril.
Maçonaria oferece, ou esquecem-se do verdadeiro lado O T∴, mais do que um ponto de reunião e
espiritual que a Ordem possui. confraternização, representa um local sagrado, onde
Por essa razão, entendemos que o T∴Maçônico e seus devemos nos reunir com reverência e respeito, porque é
rituais, não devem ser utilizados com finalidades outras que onde buscamos nosso colóquio íntimo com o G∴A∴D∴U∴
não o da religiosidade e do respeito. A Maçonaria não é e onde Ele nos permite, ainda que por alguns momentos,
religião, porém, o objeto de seu culto - o Criador – deve ser participarmos da Obra Universal do Bem. ?
a b

A Morte a Cada Dia


"Somos, apenas, uma gota d'água no oceano, mas, sem nós o oceano ficaria menor."
Madre Teresa de Calcutá
Autor ignorado

E
m um artigo muito interessante, Paulo Angelim, arquiteto,
pós-graduado em Marketing, dizia, mais ou menos, o
seguinte: "Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte,
apenas, à ausência de vida, e isso é um erro. Existem outros tipos de morte, e
precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma
transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião
sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da
lagarta, isso é óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o
início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro".
Se você quer ser um bom universitário, mate, dentro de
você o secundarista aéreo que acha que, ainda, tem muito tempo pela
frente. Quer ser um bom profissional? Então, mate, dentro de você, o Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao
universitário descomprometido que acha que a vida se resume a que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem
estudar só o suficiente para fazer as provas. Quer ter um bom a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam.
relacionamento, então, mate, dentro de você, o jovem inseguro ou Acabam transformando-se em projetos acabados, híbridos, adultos
ciumento, ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinho, "infantilizados".
sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém. Precisamos manter as virtudes de uma criança, que, também,
Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade,
nosso "eu" passado, inferior. E, qual o risco de não agirmos assim? O criatividade, etc.
risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, para que
perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por nasça o ser que você tanto deseja ser? Pense nisso e morra! Mas, não se
fim, prejudicando nosso sucesso.
esqueça de nascer melhor ainda! ?
a b
O autor é Desembargador Titular da Quarta Câmara Cível do TJRJ,
Professor de Direito e Conferencista em cursos especializados em Perícias
Judiciais, Presidente da Banca de Monografia na Escola de Magistratura – RJ e
Membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Ana Amélia – ALCAN-RJ.
“A Obra, como esclarece o próprio autor, está dividida em quatro partes, de
forma a permitir abordagem abrangente, sistêmica, prática e detalhada sobre o tema. Por
sua praticidade, clareza e objetividade, conjugadas ao seu ilustre valor didático e jurídico,
a obra não poderia ser mais oportuna. Com ela o seu ilustre autor preenche uma lacuna
que existia no tema enfrentado, coloca nas mãos dos operadores do Direito um valioso
instrumento profissional e presta mais um relevante serviço à Justiça”. ?
Sérgio Cavalieri Filho
Desembargador do TJ/RJ

Esta obra visa mostrar ao leitor, através de belas crônicas, a


história pitoresca de Cosmópolis, cidade de uma vila dependente,
assim como a maioria das cidades brasileiras. Ostentando futuro
promissor, intensa vida econômica social e estratégica posição
geográfica, essa “cidade-universal” vizinha e antigo Distrito de
Campinas, SP, guarda relatos memoráveis, que recebem tons de
lindo matiz, contados com a mestria de nosso querido Irmão José
Honorato Fozzati.
Vale a pena conferir! ?
a b

a Livro b
Recebemos o livro do escritor e acadêmico Raimundo Silva Pereira, MI, 33º, membro da Academia Maçônica de
Letras, Ciências, Artes do Estado do Rio de Janeiro, com o título “Compêndio de Formalidades Maçônicas para Mestres”.
Recomendo como livro de cabeceira para os Mestres Maçons! O livro autografado poderá ser adquirido, diretamente, com
o autor, através do e-mail rpereira1289@terra.com.br e pelo tel. (21) 9510-6641.

a Site b
Acessem http://livralivro.com.br e conheçam o site de troca de livros na internet. É gratuito e qualquer pessoa pode
utilizá-lo. A troca dos livros é feita, diretamente, entre os usuários, o site, apenas, controla o processo de troca.

a Rádio b
Neste ano a Ordem DeMolay completa 30 anos de sua chegada em território brasileiro. A Revista Arte Real premiará, em
edição futura, seus leitores com uma singela homenagem sobre essa nobre Ordem e seu altruístico trabalho.
Gostaríamos de indicar para aqueles que, ainda, não conhecem, a Rádio DeMolay Brasil, a Rádio Oficial do Gabinete
Nacional Brasil (SCODRFB). Acessem o site http://www.radiodemolaybrasil.com
a Arte Real – Edições Anteriores b
As edições anteriores se encontram disponíveis para download em vários sites maçônicos e, também, no site www.entreirmaos.net
a b
Blog da Revista Arte Real

A
Revista Maçônica Virtual Arte Real, a partir do onde nossos leitores poderão divulgar suas empresas,
próximo mês, chegará a sua 40ª edição produtos e serviços para o universo maçônico, a custo
ininterrupta, marca que deverá ser comemorada bastante fraternais, até porque, o objetivo principal da
com muito orgulho e alegria. São mais de três anos de Revista, desde de sua criação, é cultural e não comercial.
dedicação e comprometimento com a cultura maçônica, A Revista Arte Real, também, está desenvolvendo
levando aos nossos diletos leitores informação, serviços de diagramação, produção de folders, newsletters,
conscientização, e, principalmente, tratando a cultura informativos e envio de Mala Direta, não somente para os
maçônica com a seriedade que merece! 15.000 e-mails de Irmãos Maçons, mas, também, com
Durante essa breve caminhada tivemos a adesão postagens direcionadas por regiões e segmentos
de mais de 1000% de leitores, chegando a marca de 15.000 profissionais. Faça contato para maiores informações!
leitores diretos, o que mostra que estamos no caminho Parabéns a todos que, comprometidos com o aspecto
certo, ao mesmo tempo, aumentando, em muito, nossas cultural de nossa Ordem, vem exaltando a importância do
responsabilidades doravante. Portanto, não é motivo para estudo e da pesquisa no seio de nossas Lojas.
nos acomodarmos, e sim, para continuarmos firmes com As transformações que queremos ver no mundo
esse altruístico trabalho que, direta ou indiretamente, é começam com nossa auto-transformação! Pensem nisso! ?
feito, também, por todos os nossos leitores, colaboradores,
patrocinadores e anunciantes, que viabilizam a produção
de cada edição.
Para comemorar esse feito, estamos produzindo
um Blog da Revista Arte Real onde, assim como em vários
sites, também, disponibilizaremos a Revista para
download, além de textos, e-books, palestras e material de
cunho cultural. Paulatinamente, criaremos enquetes,
abordando assuntos diversos para que nossos leitores
possam manifestar sua opinião e votar.
Aproveitando essa excelente vitrine que se tornou
nossa Revista, com distribuição para todo o Brasil e vários
países, o Blog, também, oferecerá espaço para publicidade,
a b

A
rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro
na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de
informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para 14.937 e-
mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites
maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito
positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos
repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar
esse altruístico trabalho.
Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33º
Revisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º
Colaboradores nesta edição:
Alfredo Roberto Netto – Elmo Machado Azevedo – Fernando Pereira Costa – Milo Bazaga – Osvaldo Pereira Rocha –
Raimundo Rodrigues.
Empresas dos Irmãos Patrocinadores:
Adalberto Domingues Advocacia - Arte Real Software – Bisotto Imóveis - CFC Objetiva Auto
Escola – CONCIV – Correa de Souza Advocacia - Decisão Gestão Empresarial - Dirija Rent a Car –
Gerson Muneron Advocacia - Gráfica Everesty – Honorato (livro) - Ideal Despachos Aduaneiros
Ltda – López y López Advogados – Olheiros.com – Perícias & Avaliações - Pousada Mantega -
Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Reinaldo Pinto (livro) - Saneartec - Santana Pneus – Studio
Allegro - Sysprodata.
Contatos: MSN - entre-irmaos@hotmail.com E-mail – revistaartereal@entreirmaos.net
Skype – francisco.feitosa.da.fonseca ( (35) 3331-1288 / 8806-7175
Temos um encontro marcado na próxima edição. Tenham todos uma boa leitura! ?

S-ar putea să vă placă și