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Sumário
GESTÃO FINANCEIRA ..................................................................................................................... 3
PLANEJAMENTO FINANCEIRO ................................................................................................... 3
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA? ....................................... 3
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .................... 3
RISCO E RETORNO ................................................................................................................. 3
PLANEJAMENTO FINANCEIRO ............................................................................................... 3
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............................................................................................. 4
BALANÇO PATRIMONIAL - LEI nº 6.404/1976 ....................................................................... 4
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DE EXERCÍCIO ................................................................. 7
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................ 9
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES ................................................................................ 10
ÍNDICES DE LIQUIDEZ .......................................................................................................... 10
ÍNDICES DE ATIVIDADE ........................................................................................................ 12
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ............................................................................................. 13
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE ............................................................................................... 14
MÉTODO DUPONT................................................................................................................... 15
DEPRECIAÇÃO.......................................................................................................................... 17
FLUXO DE CAIXA ...................................................................................................................... 19
CAPITAL DE GIRO ..................................................................................................................... 22
Administração do Caixa ....................................................................................................... 23
Ciclo Operacional ................................................................................................................ 24
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ................................................................................................. 27
BREAK EVEN POINT (PONTO DE EQUILIBRIO) ......................................................................... 29
Ponto de Equilíbrio Contábil ............................................................................................... 29
Ponto de Equilíbrio Financeiro ............................................................................................ 29
Ponto de Equilíbrio Econômico ........................................................................................... 30
Exemplo de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil, Financeiro e Econômico ................. 30
GESTÃO DE ESTOQUES ............................................................................................................ 31
Estoque................................................................................................................................ 31
Estoque de Segurança ......................................................................................................... 31
Estoque mínimo .................................................................................................................. 31
Curva ABC ............................................................................................................................ 32
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS .................................................................................................. 36
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
PAYBACK .............................................................................................................................. 38
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) ...................................................................................... 38
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) ........................................................................................ 39
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 40
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
GESTÃO FINANCEIRA
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
RISCO E RETORNO
Todo negócio é criado para dar retorno. Da mesma forma, todo negócio
inerentemente possui riscos.
Definição de risco: Para Groppelli o risco é uma medida de volatilidade ou incerteza
dos retornos. Já para Lawerence J. Gitman, o risco é a chance de perda financeira. Qual
o risco associado a uma decisão? Certamente a resposta seria o quanto se pode perder
caso o negócio não dê certo. Então, se tem como clara a compreensão de risco.
Definição de Retorno: o total de ganho ou perda ocorrido por meio de um dado
período de tempo (Gitman, 2006). Para Groppelli retorno são receitas esperadas ou
fluxos de caixa antecipados de qualquer investimento. Note-se que agora podemos fazer
uma melhor interpretação das metas do administrador financeiro. Se ele considerar
apenas a maximização do lucro, despreza o risco e este risco pode representar a grande
ameaça ao lucro
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BALANÇO PATRIMONIAL - LEI nº 6.404/1976
Ativo
Ativo Circulante
Composta pelas disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Ativo Realizável em Longo Prazo
Composta pelos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim
como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas
ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia:
Ativo Permanente
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo
diferido.
* Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos
de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia ou da empresa; IV - no ativo imobilizado: os
direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades
da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
* Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens.
* Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido
Passivo
Passivo Circulante
Composta pelas contas que representam as obrigações da empresa vencíveis até o
final do exercício seguinte.
Patrimônio Líquido
Análise da série-temporal
Análise combinada
Esta talvez seja a melhor maneira de utilizar análise com índices financeiros, pois
permite uma visão combinada possível de avaliar a tendência do comportamento do
índice em relação à tendência para o setor.
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Esse índice mede a capacidade que a empresa tem para pagar suas obrigações no
curto prazo. Faz uma relação dos valores a receber com os valores a pagar, no curto
prazo. Mostra quantos reais ela tem para cada real de dívidas. A fórmula utilizada é a
seguinte:
Índice de liquidez de curto prazo = ativo circulante/passivo circulante
Um índice de curto prazo aceitável comumente citado é 2,0. Mas deve-se atentar
aos componentes patrimoniais que originam este índice. O analista financeiro não deve
se ater simplesmente ao índice, mas deve investigar a qualidade dos componentes. Veja
o exemplo abaixo:
Isto quer dizer que a empresa tem R$ 2,00 para receber para cada R$ 1,00 de
dívidas a pagar. Certamente apresenta uma situação de liquidez confortável.
Ao analisar a qualidade dos componentes do ativo circulante esse índice pode
não ser tão bom assim. Suponha que metade das duplicatas a receber sejam
incobráveis e outra metade dos estoques seja de produtos não vendáveis, estoque
obsoleto. Teríamos, então, um novo valor real para o ativo circulante.
AC = 22.500,00/20.000,00 = 1,12, ou seja, situação muito diferente da anterior,
cujo índice representa risco de inadimplência.
Desta forma, deve-se analisar, além do índice, a composição dos componentes
patrimoniais.
Este índice retrata a saúde financeira, incluindo o longo prazo. Por isso é
chamada de liquidez geral.
Este índice é determinado pela seguinte expressão:
ÍNDICES DE ATIVIDADE
Giro do Estoque
Calcula a idade média das contas a pagar e pode ser calculado da seguinte
forma:
Mede a idade média das contas a receber. É útil para comprar com a política
de crédito praticada pela empresa. Por exemplo: a empresa concede, em média,
45 dias para seus clientes. Se o prazo médio de recebimento apontar para 50 dias,
significa que a empresa recebe, em média, suas contas com atraso de 5 dias.
Pode ser calculado da seguinte forma:
Esse índice indica a eficiência com que a empresa utiliza seus ativos para gerar
vendas. Quanto maior o índice melhor a utilização dos ativos.
Pode ser calculado utilizando a fórmula:
Giro do ativo total = Vendas/ativos totais.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Groppelli diz que uma empresa pode tomar dinheiro emprestado em curto
prazo, principalmente para financiar seu capital de giro, ou em longo prazo,
sobretudo para comprar instalações ou equipamentos. Quando a empresa se
endivida em longo prazo, compromete-se a efetuar pagamentos periódicos de juros
– e liquidar o principal na data do vencimento. Para fazer isso, deve gerar lucro
suficiente para cobrir os pagamentos das dívidas. Uma forma para descobrir o grau
de endividamento de uma empresa é analisar vários índices de endividamento.
Esse índice indica o percentual de ativos totais que é financiado por capital de
terceiros.
Pode ser calculado por meio da fórmula:
Índice de endividamento geral = exigível total/ativos totais.
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
São índices que avaliam os lucros da empresa com relação a um dado nível de
vendas ou ao investimento dos proprietários.
Margem bruta de lucro
A margem bruta mede a porcentagem de ganho da empresa na pura compra
e venda. Pode ser calculada utilizando-se da fórmula a seguir:
MÉTODO DUPONT
Margem
Líquida – Lucro
Líquido/
Receita
ROE – Lucro
Líquido /
Patrimônio
Líquido
Giro do Ativo Alavancagem
– Receita – Ativo total /
Líquida / Patrimônio
Ativo Total Total
Margem Giro do
Líquida Ativo
Alavancagem
Financeira
DEPRECIAÇÃO
Método Linear
Valor Residual
Conta Percentual
Edificações e Construções 4%
Máquinas e Equipamentos 10%
Móveis e Utensílios 10%
Veículos 20%
Ferramentas 20%
Equipamentos de Informática 20%
Bens depreciáveis
FLUXO DE CAIXA
caixa com 200, temos que ao fim do mês nossa caixa estava nulo. Quando partimos
para a análise do segundo mês, percebemos que a entrada foi de 1500, a saída de
1600, gerando um caixa negativo de – 100. Esse caixa negativo, significa que parte
do financeiro teve que ser financiado por capital de terceiro (exemplo, cheque
especial, empréstimo de curto prazo, etc...).
Fluxo de Caixa
2500
0 0
1 2
-100 3 4 5
-100 6 7
-500 -300 -200
Por não apresentar nenhum retorno operacional explícito, o saldo de caixa ideal
deveria ser nulo;
Vital para conhecimento de saúde financeira da empresa e também para
otimizar rentabilidade do negócio.
CAPITAL DE GIRO
Ativo Circulante
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
O valor dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo
operacional;
Recurso de rápida renovação;
O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa;
Ciclo: desde aquisição de matérias-primas até a venda e o recebimento
dos produtos elaborados.
Administração do Caixa
Caixa
Clientes Fornecedores
Estoques
Ciclo Operacional
Prazo Médio
Prazo Médio
Pagamento
Cobrança
PMP PMC
CICLO OPERACIONAL
O Ciclo operacional é o ciclo mais amplo, pois engloba literalmente todo o
processo, desde o recebimento da matéria-prima até o recebimento da venda.
Temos, em paralelo mais dois ciclos, que são o ciclo financeiro e o ciclo econômico.
O ciclo financeiro refere-se a todas as etapas diretamente ligadas ao fluxo
financeiro, ou seja, inicia-se quando se dá o desembolso referente ao pagamento
da matéria-prima e finaliza-se quando do recebimento da venda.
O ciclo econômico de uma empresa tem início no momento da aquisição da
matéria-prima e finaliza quando a empresa vende os produtos acabados, sem levar
em consideração o recebimento.
Na figura abaixo temos a visualização dos três ciclos:
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
PMP PMC
Recebimento
Compra de Inicio de Prazo Médio de Fim de
Venda da Venda
Matéria- Fabricação Pagamento Fabricação
prima
CICLO OPERACIONAL
CICLO FINANCEIRO
CICLO ECONÔMICO
Os prazos variam de indústria para indústria e irá demandar investimento de
recursos, próprios ou de terceiros, em grau mais elevado ou não e isto irá configurar
a necessidade de capital de giro de uma empresa e, também, a necessidade média
de um determinado setor econômico. O ciclo operacional, portanto, vai desde o
momento da aquisição da matéria prima até o recebimento das vendas.
Tipicamente, a maior parte das empresas tem um ciclo operacional com prazo
menor do que um ano de maneira que, dentro de um ano, o ciclo repete-se várias
vezes. Entretanto, algumas empresas, como construtoras e empresas que exercem
atividade agrícola demandam mais do que um ano para completar o seu ciclo
operacional.
Podemos avaliar que o investimento necessário para garantir o ciclo
operacional aumenta até o momento do recebimento. Isto varia de empresa para
empresa e de setor econômico para setor econômico. Entretanto, há espaço para
a gestão produzir economias seja pela diminuição de tempos, pelo barateamento
da estocagem, pela substituição de fontes onerosas (como os empréstimos
bancários) pela extensão dos prazos de financiamentos de fornecedores, pela
diminuição dos estoques de produto acabado, aumentando a produção Just in time.
O investimento em capital de giro acompanha o princípio do conflito histórico
entre risco e retorno. Uma empresa que tenha um maior nível de CCL (capital
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Ela representa uma margem dos produtos vendidos que contribuirá para a
empresa cobrir todos os seus custos e despesas fixas, chamados de custo de
estrutura/suporte.
MC = Margem de contribuição;
PV = Preço de Venda ou Receita Op. Bruta Total; (Lembrando que Preço de Venda aqui
refere-se a Receita e não preço de venda de uma unidade);
CV = Custo variável ou Custo das Mercadorias Vendidas(CMV);
DV = Despesa variável
Receita = (Preço de venda (da Unidade)) x quantidade vendida
Índice de Margem de Contribuição (IMC) é a relação entre a Margem de
Contribuição e o preço de venda:
IMC = MC / PV
Antes de entrarmos nas diferenças de cada um, vale a pena lembrar o conceito
de margem de contribuição, essencial para o cálculo dessas 3 variações do break
even point, que é o preço de venda unitário menos os custos diretos para a
produção de um produto ou prestação de um serviço.
Lucro = Zero
Vantagem: O cálculo não leva em consideração gastos que não vão sair do seu caixa,
mostrando exatamente quanto você precisa vender para ficar com o lucro zerado. O
único problema dessa abordagem é que ela não prepara para momentos de troca de
máquinas ou equipamentos que precisarão ser trocados no futuro.
GESTÃO DE ESTOQUES
Estoque
Representa a quantidade de bens físicos que são mantidos à espera da venda
(ou da produção), por um determinado tempo. São considerados como bens em
estoques, as matérias-primas, os produtos semiacabados, os produtos acabados e
as mercadorias compradas de terceiros. Os estoques são os materiais que não são
utilizados em determinado momento, mas que existe em função de futuras
necessidades. Logo, estocar é reservar os produtos/mercadorias para utilização
futura.
Estoque de Segurança
Estoque mínimo
Curva ABC
Consumo anual
Material Valor Unitário
Em unidades Valor
X1 R$ 25,00 200 R$ 5.000,00
X2 R$ 16,00 5000 R$ 80.000,00
X3 R$ 50,00 10 R$ 500,00
X4 R$ 100,00 100 R$ 10.000,00
X5 R$ 0,15 200000 R$ 30.000,00
X6 R$ 0,01 100000 R$ 1.000,00
X7 R$ 8,00 1000 R$ 8.000,00
X8 R$ 2,00 20000 R$ 40.000,00
X9 R$ 70,00 10 R$ 700,00
X10 R$ 5,00 60 R$ 300,00
Na tabela anterior observa-se que os materiais estão ordenados por código. Vamos aos
seguintes passos:
a) Ordenar o total do consumo por ordem decrescente de valor;
b) Obter o total do consumo acumulado;
c) Determinar as percentagens com relação ao valor total do consumo acumulado.
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
Consumo anual
Material
Em unidades Valor
X2 5000 R$ 80.000,00
X8 20000 R$ 40.000,00
X5 200000 R$ 30.000,00
X4 100 R$ 10.000,00
X7 1000 R$ 8.000,00
X1 200 R$ 5.000,00
X6 100000 R$ 1.000,00
X9 10 R$ 700,00
X3 10 R$ 500,00
X10 60 R$ 300,00
Em seguida, criamos mais duas colunas, onde calculamos o total de consumo acumulado e
também as percentagens em relação ao valor total do consumo acumulado.
Consumo anual
Material % sobre o valor
Em unidades Valor Valor Acumulado
acumulado total
X2 5000 R$ 80.000,00 R$ 80.000,00 45,58%
X8 20000 R$ 40.000,00 R$ 120.000,00 68,38%
X5 200000 R$ 30.000,00 R$ 150.000,00 85,47%
X4 100 R$ 10.000,00 R$ 160.000,00 91,17%
X7 1000 R$ 8.000,00 R$ 168.000,00 95,73%
X1 200 R$ 5.000,00 R$ 173.000,00 98,58%
X6 100000 R$ 1.000,00 R$ 174.000,00 99,15%
X9 10 R$ 700,00 R$ 174.700,00 99,54%
X3 10 R$ 500,00 R$ 175.200,00 99,83%
X10 60 R$ 300,00 R$ 175.500,00 100,00%
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
A construção do gráfico
R$ 200.000,00 120,00%
R$ 180.000,00
100,00%
R$ 160.000,00
R$ 140.000,00
C 80,00%
B
R$ 120.000,00
R$ 100.000,00 60,00%
R$ 80.000,00
A
40,00%
R$ 60.000,00
R$ 40.000,00
20,00%
R$ 20.000,00
R$ 0,00 0,00%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Orçamento de Capital
Orçamento de capital é uma ferramenta gerencial necessária. Uma das
responsabilidades de um gerente financeiro é escolher investimentos com fluxos
de caixa e taxas de retornos satisfatórios. Portanto, um gerente financeiro deve ser
capaz de decidir se um investimento é um empreendimento valioso ou não, e de
escolher, de maneira inteligente, entre duas ou mais alternativas. Para conseguir
isso, é necessário um sólido conjunto de procedimentos para avaliar, comparar e
selecionar projetos. Esse conjunto de procedimentos é chamado de orçamento de
capital.
Os principais tipos de despesas de capital são:
- Novas máquinas e equipamentos adquiridos para novos propósitos.
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PAYBACK
Payback é uma ferramenta para fazer avaliação de investimentos, medindo o
tempo necessário para que uma empresa possa recuperar os investimentos iniciais.
Existem os prós e contras nesse método de avaliação de investimentos iniciais.
Prós: o payback só considera os fluxos de caixa e não os lucros contábeis,
fazendo uma distribuição dos fluxos de caixa, considerando o que a empresa tem
em dinheiro em caixa.
Contra: só com avaliação do fluxo de caixa descontado não se pode determinar
se o projeto acrescenta valor à empresa, precisa de outros métodos como do valor
presente líquido e da taxa interna de retorno.
O número de anos necessários para recuperar o investimento inicial é
chamado de tempo de retorno do investimento (payback). Se o período de payback
encontrado representa um período de tempo aceitável para a empresa, o projeto
poderá ser selecionado.
Exemplo:
Ano FC
-----------------------
1 10.000,00
2 15.000,00
3 20.000,00
4 25.000,00
5 30.000,00
Investimento inicial 45.000,00.
A TIR é uma taxa de desconto que torna o VPL igual a zero. A taxa abaixo da
qual os projetos são rejeitados.
Para calcular a TIR deve-se, primeiro, determinar a TMA – Taxa mínima de
atratividade. Caso o VPL resulte em zero, então podemos dizer que a própria TMA
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
é a TIR. Mas, se o VPL for positivo, então se deve tentar com taxas maiores até o
VPL ficar igual a zero. Se aplicada a TMA e o VPL for negativo, deve-se tentar com
uma taxa de desconto menor, até o VPL ficar igual a zero. Esse método descrito
acima é denominado de tentativa e erro. Pode ser muito trabalhoso encontrar a
taxa que iguala o VPL a zero por este método. Para facilitar o processo sugere-se a
utilização de uma calculadora financeira.
Projetos que apresentam a TIR acima da TMA podem ser aceitos. Claro, se a
TMA significa a taxa mínima exigida, então qualquer taxa acima dela pode
selecionar projetos. Se a TIR estiver abaixo da TMA o projeto deve ser rejeitado.
Pois, não satisfaz o retorno mínimo exigido.
Ano 1:
VP= 5.000,00 / (1 + 0,1)1 -> VP = 5.000,00/ 1,10
VP = 4.545,45
Ano 2:
VP = 10.000,00/ (1 + 0,10)2 -> VP = 10.000,00/ 1,21
VP = 8.264,46
Ano 3:
VP= 15.000,00 / (1 + 0,10)3 VP = 15.000,00 / 1,331
VP = 11.269,72
Gestão Financeira – MBA Gestão Empresarial
Agora que os três fluxos de caixa estão no valor presente, podem ser somados:
VP = 24.079,63
VPL = VP – I
VP = Valor presente
I = Investimento inicial
Com este resultado pode-se afirmar que temos um bom projeto, pois com VPL
positivo os projetos podem ser aceitos. Significa que cobre o investimento inicial e
ainda proporciona ganho líquido.
BIBLIOGRAFIA
1. GITMAN, Lawrence Jeffrey. Administração financeira: Uma Abordagem Gerencial. São Paulo:
Pearson, 2006.
2. GROPPELLI, A.A. e NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. São Paulo: Saraiva, 2006.
3. NETO, Alexandre Assaf. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.
4. Assaf Neto, Alexandre e Silva, César Augusto Tibúrcio, Administração do Capital de Giro,
Editora Atlas, Segunda edição, 1997;
5. Assaf Neto, Alexandre, Estrutura e Análise de Balanços, Editora Atlas, quinta edição, 2.000;
6. Ross, A. Stephen e outros, Administração Financeira, Editora Atlas, 1995;