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1.

Detalhe do claustro da Catedral Notre-


Dame du Puy, construída em estilo
românico durante os séculos XI eXII, em Le
Puy-en-Vélay, na França.

A arte românica
No período iniciado no século V e conhecido como Idade Média, a vida social e
econômica deslocou-se da cidade para o campo. Sem condições propícias
para o desenvolvimento das artes, a evolução cultural no campo manteve-se
praticamente nula. Os mosteiros eram muito pobres e neles também foi difícil
estabelecer uma atividade artística.
No século VII, as únicas fontes de preservação da cultura greco-romana eram
as escolas voltadas para a formação do clero. Somente a Igreja continuava a
contratar construtores, carpinteiros, marceneiros, vitralistas, decoradores,
escultores e pintores, pois as eram os únicos edifícios públicos que ainda se
construíam.
Em 800, quando Carlos Magno foi coroado imperador do Ocidente, teve inicio
um intenso desenvolvimento cultural. O poder real uniu-se ao poder papal e
Carlos tornou-se protetor da cristandade.
A arte no Império Carolíngio.

Na corte de Carlos Magno criou-se uma academia literária e desenvolveram-se


oficinas onde eram produzidos objetos de arte e manuscritos ilustrados
(imagem 2). Tanto as oficinas ligadas ao palácio como as ligadas aos
mosteiros desempenharam importante papel na evolução da arte após o
reinado de Carlos Magno.
Nessa época eram feitas ilustrações para manuscritos. Um exemplo do tipo de
arte produzida nas oficinas ligadas ao palácio.
No Império Carolíngio não foram criadas obras monumentais. O tamanho
reduzido era característico dos objetos produzidos nas oficinas de arte, fossem
elas pinturas, esculturas ou trabalhos em metal.
Após a morte de Carlos Magno, ocorrida
em 814, a corte deixou de ser o centro
cultural do Império e as atividades
intelectuais centralizaram-se nos
mosteiros. Das atividades artísticas aí
desenvolvidas, a ilustração de manuscritos
foi a mais importante. Foram também alvo
de interesse a arquitetura, a escultura, a
pintura, a ourivesaria, a cerâmica, a
fundição de sinos, a encadernação e a
fabricação de vidros.
O trabalho nas oficinas da corte de Carlos
Magno levou os artistas a redescobrir a
tradição cultural e artística do mundo
greco-romano. Na arquitetura isso foi
decisivo: levou, mais tarde, à criação de
um novo estilo, adotado principalmente na
arquitetura das igrejas, que foi chamado de
românico.
2. São Mateus Evangelista em miniatura da corte
carolíngia (c. 800).
O estilo românico na arquitetura.

O nome românico foi criado para designar as obras arquitetônicas dos séculos
XI e XII, na Europa, cuja estrutura se assemelhava à das construções dos
antigos romanos. Seus aspectos mais significativos são a utilização da
abóbada, dos pilares maciços que a sustentam e das paredes espessas com
aberturas estreitas usadas como janelas (imagem 3).
O primeiro aspecto que chama a atenção nas igrejas românicas é o tamanho:
elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas “fortalezas de Deus”.
As igrejas românicas podiam ser construídas com abóbadas de dois tipos: a
abóbada de berço (imagem 4) e a abóbada de arestas (imagem 5).
A abóbada de berço era simples: consistia num semicírculo – o arco pleno –
4. Abóbada de berço ou de túnel.

3. Fachada da abadia de Saint-Pierre, em Moissac, na França. 5. Abóbada de aresta.

ampliado lateralmente pelas paredes. Apresentava duas desvantagens: o


excesso de peso do teto de alvenaria, que podia provocar sérios
desabamentos, e a reduzida luminosidade interna, resultante das janelas
estreitas. A abertura de grandes vãos era impraticável, por enfraquecer as
paredes e aumentar o risco de desabamento.

Desenvolvida para superar as limitações da abóbada de berço, a abóbada de


arestas consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço
apoiadas sobre pilares. Com isso, obtinha-se certa leveza e maior iluminação
interna. Como esse tipo de abóbada exige um plano quadrado para se apoiar,
a nave central ficou dividida em setores quadrados, que correspondem às
respectivas abóbadas. Esse aspecto refletiu-se na forma compactada planta de
muitas igrejas românicas.
Embora diferentes, os dois tipos de abóbadas causam o mesmo efeito no
observador: uma sensação de solidez e repouso, dada pelas linhas
semicirculares e pelos grossos pilares.
As igrejas românicas na rota dos peregrinos.

Durante a Idade Média realizavam-se longas peregrinações a lugares


considerados santos. Muitas das aldeias que ficavam na rota desses lugares
construíram igrejas para acolher os peregrinos.
Entre os lugares santos mais procurados, estavam Jerusalém, onde Jesus
Cristo teria morrido; Roma, onde ficava a sede de Igreja; e Santiago de
Compostela, na atual Espanha, onde se acredita estar enterrado o apóstolo
Tiago.

A arte românica de Saint-Sernin.

A basílica de Saint-Sernin (imagem 6), na cidade de Toulouse, era uma das


paradas obrigatórias para os peregrinos que passavam pelo trecho francês
rumo a Santiago de Compostela.
Para que os moradores da cidade assistissem aos oficios religiosos sem ser
perturbados pelos peregrinos em visita às relíquias locais, essa igreja
apresenta importante solução arquitetônica; em torno da nave central, há um
corredor contínuo que também contorna, num segmento curvo, o altar-mor.
Esse corredor, chamado deambulatorio, dava acesso às capelas onde ficavam
expostos os objetos sagrados e as relíquias, enquanto a nave central era
ocupada por quem desejava assistir às cerimônias religiosas.

Plano arquitetônico da basílica de Saint-Sernin,


em Toulouse.

6. Entrada principal da basílica de Saint-Sernin, em Toulouse, na França.


A arte românica do estilo de Cluny.

Em 910 foi fundada na cidade de Cluny uma abadia de beneditinos. No fim do


século XII, a congregação dos beneditinos já contava com mais de mil
mosteiros espalhados por toda a Europa.
Em 1790, a abadia – que havia sido a maior igreja da Europa e era uma obra-
prima da arte românica – foi quase totalmente destruída, pouco sobrando de
seus edifícios e tesouros artísticos. Os religiosos de Cluny produziram muitas
obras de arte que ainda podem ser apreciadas em seus mosteiros.
O exemplo mais característico do estilo cluniacense é o mosteiro de Saint-
Pierre em Moissac, também no trecho francês do caminho para Santiago de
Compostela. A beleza de suas esculturas pode ser vista nos capitéis das
colunas que cercam o claustro (imagem 7).

7. Claustro da abadia de Saint-Pierre, em Moissac. No detelhe, capitéis das colunas do claustro.

Os capitéis das colunas em torno do claustro de Saint-Pierre apresentam um


rico trabalho em escultura, com representações de folhagens, animais e
personagens da Bíblia.
Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à
escultura para narrar histórias bíblicas e transmitir aos fiéis valores religiosos.
Um lugar muito usado para isso era o portal, na entrada do templo. No portal
das igrejas românicas, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano: a
parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão
superior da porta. Encontra-se ainda em Saint-Pierre um dos mais bonitos
portais românicos, com um belíssimo tímpano e uma pilastra central chamada
tremó (imagens 8, 9 e 10).
Com um diâmetro de 5,68 metros, o grande tímpano do portal de Saint-Pierre
exibe um conjunto de figuras que representa Cristo em Majestade, tal como
narrado por são João Evangelista no Apocalipse.
Devido ao grande tamanho do tímpano, os construtores fizeram um tremó:
pilastra central que divide a abertura da porta em duas partes iguais. Ele
também é ricamente decorado com esculturas nas quais se veem motivos
naturais e um homem descalço, identificado como o profeta Jeremias.

9. Tímpano do portal de entrada da


igreja.

8. Portal de entrada da igreja de Saint-


Pierre em Moissac.

10. Detalhe
do tremó.
A arquitetura românica na península Itálica.
Diferentemente do restante da Europa, a arte românica na península Itálica não
apresenta formas pesadas, duras e primitivas. Por estarem mais próximos dos
exemplos das arquiteturas grega e romana, os construtores da região deram a
suas igrejas um aspecto mais leve e delicado. Também sob a influência da arte
greco-romana, procuraram usar frontões e colunas. Um dos exemplos mais
conhecidos dessa expressão românica é o conjunto da catedral de Pisa
(imagem 11).
Na península Itálica, os construtores da Idade Média costumavam erguer a
igreja, o campanário1 e o batistério2 como edifícios separados. O prédio da
catedral de Pisa, cuja construção se iniciou em 1063, tem planta em forma de
cruz, com uma cúpula sobre o encontro dos braços. A fachada da frente sugere
a forma de um frontão, característico dos templos gregos.
O edifício mais conhecido do conjunto da catedral de Pisa é o campanário, a
famosa Torre de Pisa (imagem 12), cuja construção se iniciou em 1174. Com o
passar do tempo, ela foi sofrendo inclinação porque o terreno cedeu. Seu
elemento arquitetônico mais interessante é a superposição de delgadas
colunas de mármore, que formam sucessivas arcadas ao redor de todos os
andares.

11. Catedral e campanário em Pisa. 12. Campanário de Pisa, Itália.

O estilo românico na pintura.


Os pintores românicos caracterizaram-se como verdadeiros muralistas. A
pintura românica desenvolveu-se, sobretudo nas grandes decorações murais,
favorecidas pelas formas arquitetônicas: as abóbadas e as paredes laterais
com poucas aberturas criavam grandes superfícies. Na pintura mural era
utilizada a técnica do afresco.
Os murais tinham como modelo as ilustrações dos livros religiosos, pois

1
Campanário. Torre da igreja onde se encontram os sinos.
2
Batistério. Capela onde se encontra a pia batismal e onde se realizam as cerimônias de batismo.
naquela época era intensa, nos conventos, a produção de manuscritos
decorados à mão com cenas bíblicas.
Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. A pintura
românica praticamente não registrou assuntos profanos. Para as igrejas e os
mosteiros, geralmente eram escolhidos temas como a criação do mundo e do
ser humano, o pecado original, a arca de Noé, os símbolos dos evangelistas e
Cristo em majestade (imagem 13).

13. Afresco Cristo em Majestade (c.1123),


pintado na abside da Igreja de São Clemente de
Tahul, na Catalunha, Espanha.

O mural tem no centro a figura de Jesus


Cristo, cercado de anjos. Ele expressa
bem as duas características essenciais da
pintura românica: a deformação e o
colorismo. A deformação, na verdade,
traduzia os sentimentos religiosos e a
interpretação mística que o artista fazia
da realidade. A figura de Cristo, por
exemplo, era sempre maior que as
demais. Sua mão e seu braço, no gesto
de abençoar, tinham proporções
intencionalmente exageradas para que o
gesto fosse valorizado por quem contemplasse a pintura. Os olhos, muito
abertos e expressivos, evidenciavam sua intensa vida espiritual. O colorismo
traduziu-se no emprego de cores chapadas, uniformes, sem preocupação com
meios-tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de
imitar a natureza.

Pintura “a fresco”: uma técnica antiga e de difícil execução.

O termo afresco, hoje é sinônimo de pintura mural. Originalmente, porém, era


uma técnica de pintura sobre paredes úmidas. Vem daí o seu nome.
Nesse tipo de pintura, a preparação da parede é muito importante. Sobre sua
superfície é aplicada uma camada de cal que, por sua vez, é coberta com uma
camada de gesso fina e bem lisa. É sobre esta última camada que o pintor
executa sua obra. Ele deve trabalhar com a argamassa ainda úmida, pois com
a evaporação da água, a cor adere ao gesso e o gás carbônico do ar combina-
se com a cal, transformando-a em carbonato de cálcio e completando a adesão
do pigmento à parede.
O afresco se distingue das outras técnicas porque, uma vez seca a argamassa,
a pintura se incorpora ao reboco, tornando-se parte integrante dele. Nas
demais técnicas, a pintura permanece como uma película aplicada sobre o
fundo. Além disso, como a parede deve permanecer úmida para receber a
tinta, a camada de gesso tem de ser colocada aos poucos: se uma área já
pronta não receber pintura, precisará ser retirada e aplicada posteriormente.
Essa é a razão pela qual ao observar-se um afresco de perto, pode-se notar os
vários pedaços em que foi sucessivamente executado.

A arquitetura religiosa islâmica.

Córdoba é hoje uma cidade espanhola, mas em tempos remotos fez parte do
Império Romano. A partir de 711 passou para o domínio muçulmano e assim
permaneceu até 1235, quando foi conquistada pelo rei espanhol Fernando III
de Leão e Castela.
Durante o período muçulmano, desenvolveu-se na região uma arquitetura
religiosa de características muito especiais. Entre os anos 962 e 966 , sob o
reinado de al Hakkan II, foram realizadas ampliações na Gran Mesquita de
Córdoba que deram imponência a esse edifício dedicado à religião islâmica. Na
nave central, construíram-se colunas alternadas de mármore vermelho e preto,
com arcos duplos superpostos e arcos polilobulados3 (imagem 14).
Sobre a maqsura, área da mesquita reservada às orações do califa, ergueu-se
uma grande cúpula de complexa construção: vários arcos lobulados; arcos que
se cruzam formando uma estrela de oito pontas; mosaicos dourados,
decorados com motivos florais, criados por artistas conhecedores da tradição
bizantina (imagem 15). Essa cúpula central e as cúpulas das naves laterais, de
decoração mais sóbria, formam um conjunto de inegável beleza (imagem 16).

15. Cúpula central da Gran Mesquita


de Córdoba.

14. Nave central da Gran Mesquita de Córdoba,


na Espanha.
16. Cúpula da capela de Villaviciosa, na
Gran Mesquita de Córdoba.

3
Arco lobulado e polilobulado. Tipos de arco, característicos da arquitetura islâmica, que apresentam
recortes em forma de segmentos de curva, dispostos em sequência e unidos por seus pontos extremos.

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