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Washington DC 20515
19 de janeiro de 2018
Em julho de 2017, Lula foi sentenciado a quase dez anos de prisão por um juiz
federal de primeira instância, chamado Sérgio Moro que, sob o quadro legal
atípico do Brasil, também desempenhou papel de procurador-chefe no caso de
Lula. A principal acusação se baseia em uma prova altamente questionável que
seria rejeitada em primeira mão pela maioria das cortes do mundo.
Moro, violando a lei brasileira, vazou interceptações telefônicas para a mídia, que
incluíam conversas particulares entre Lula, seus advogados e membros da
família como também uma gravação obtida de maneira ilegal de uma conversa
com a então presidente Dilma Roussef.
Essas e outras ações de Moro deixam claro que Lula não tinha nenhuma
esperança de ver seus direitos básicos ao devido processo legal - por exemplo, o
direito a um julgamento justo e equitativo e o direito à presunção de inocência -
respeitados pelo juiz.
Ainda que um resultado favorável a Lula seja muito pouco provável, a justiça e o
devido processo legal ainda podem prevalecer no caso de Lula. Na legislação
brasileira, uma condenação e sentença proferidas por um juiz de primeira
instância não é totalmente válida até que seja confirmada por uma tribunal de
segunda instância. Em 24 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
composto por três membros, realizará uma audiência para confirmar ou rejeitar
a condenação de Lula.
Atenciosamente,