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Congresso dos Estados Unidos

Washington DC 20515

Excelentíssimo Embaixador Amaral


Embaixada do Brasil
3006 Massachusetts Avenue NW
Washington, D.C. 20008

19 de janeiro de 2018

Prezado Embaixador Sergio Silva do Amaral:

Respeitosamente, clamamos às autoridades do Brasil a garantir que os direitos


básicos do ex-presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva - particularmente seu direito
a um tratamento livre, justo e imparcial perante a lei - sejam totalmente
protegidos de acordo com as obrigações dos tratados internacionais assinados
pelo Brasil. Estamos profundamente preocupados com a grande constatação de
flagrantes violações dos direitos de Lula ao devido processo legal, o que parece
ser uma campanha de perseguição judicial com motivação politica.

Em julho de 2017, Lula foi sentenciado a quase dez anos de prisão por um juiz
federal de primeira instância, chamado Sérgio Moro que, sob o quadro legal
atípico do Brasil, também desempenhou papel de procurador-chefe no caso de
Lula. A principal acusação se baseia em uma prova altamente questionável que
seria rejeitada em primeira mão pela maioria das cortes do mundo.

Alega-se que Lula recebeu propina na forma de reformas em uma propriedade


no litoral pagas por uma construtora brasileira, o Grupo OAS. Não há, no entanto,
provas de que Lula ou sua falecida esposa possuíssem a propriedade ou a
usassem de algum modo. A única “prova” produzida por Moro foi o depoimento
de um gerente da OAS já condenado que, em troca de seu testemunho contra
Lula, teve sua sentença drasticamente reduzida.
Antes dessa condenação, o juiz Moro engajou-se em ações antiéticas e, às vezes,
ilegais, dirigidas a Lula que claramente demonstraram que ele não era capaz de
desempenhar as tarefas de um juiz imparcial no caso de Lula. Em uma ocasião
Moro ordenou a detenção de Lula e ordenou que ele fosse transportado sob
guarda pesada para prestar depoimento apesar de Lula nunca ter demonstrado
má vontade para depor.

Moro, violando a lei brasileira, vazou interceptações telefônicas para a mídia, que
incluíam conversas particulares entre Lula, seus advogados e membros da
família como também uma gravação obtida de maneira ilegal de uma conversa
com a então presidente Dilma Roussef.

Essas e outras ações de Moro deixam claro que Lula não tinha nenhuma
esperança de ver seus direitos básicos ao devido processo legal - por exemplo, o
direito a um julgamento justo e equitativo e o direito à presunção de inocência -
respeitados pelo juiz.
Ainda que um resultado favorável a Lula seja muito pouco provável, a justiça e o
devido processo legal ainda podem prevalecer no caso de Lula. Na legislação
brasileira, uma condenação e sentença proferidas por um juiz de primeira
instância não é totalmente válida até que seja confirmada por uma tribunal de
segunda instância. Em 24 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
composto por três membros, realizará uma audiência para confirmar ou rejeitar
a condenação de Lula.

Infelizmente, já há sinais que questionam a imparcialidade do referido Tribunal.


Dentre outras coisas, o juiz que a preside afirmou publicamente que acredita que
o processo de Moro contra Lula seja “impecável” e sua chefe de gabinete
recentemente postou uma petição no facebook exigindo que Lula seja preso.

Diante dessas circunstâncias preocupantes, exortamos veementemente as


autoridades brasileiras a exercerem a máxima diligência para assegurar a
proteção dos direitos de Lula ao devido processo legal. A natureza claramente
politizada dos procedimentos jurídicos contra Lula tem colocado em risco as
instituições democráticas vitais e a confiança que os cidadãos nelas depositam. A
eleição presidencial que está por vir e a administração subsequente estarão
manchadas caso o sistema jurídico seja considerado falho por não ter agido
corretamente, com imparcialidade e respeito aos direitos fundamentais.

É nosso desejo e expectativa que as autoridades do judiciário, revendo a


condenação de Lula, não se deixem ser pressionadas pelos setores políticos e
pela mídia e sejam guiadas pelos princípios básicos que são o alicerce de
qualquer sociedade livre.

Atenciosamente,

Mark Pocan Keith Ellison


Membro do Congresso Membro do Congresso

Ro Khanna Frank Pallone, Jr.


Membro do Congresso Membro do Congresso

Steve Cohen Barbara Lee


Membro do Congresso Membro do Congresso

Raul M. Grijalva Henry C. “Hank” Johnson, Jr


Membro do Congresso Membro do Congresso
Pramila Jayapal Jan Schakowsky
Membro do Congresso Membro do Congresso

CC: Membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil

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