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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
1. Conceito de Constituição e Supremacia Constitucional ............................................. 2
1.3 Sentido Jurídico – Hans Kelsen ............................................................................. 2
1.4 Sentido Culturalista – Michele Ainis (Italiano) ...................................................... 4
1.5 Sentido Aberto – Gomes Canotilho (Português) e Peter Häberle (Alemão) ........ 4
2. Poder Constituinte ..................................................................................................... 4
2.1 Ideia ou teoria clássica .......................................................................................... 4
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Direito Constitucional
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Constituição
Leis
Atos
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Nota do monitor: a numeração segue a sequência da aula anterior.
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Constituição
Leis
Sentença
Dessa forma, a lógica da Teoria Pura do Direito consiste no fato que uma norma deve
retirar o seu fundamento de validade de outra norma que lhe é hierarquicamente superior.
Ou seja, norma inferior deve estar de acordo com norma superior. A norma superior é o
paradigma de validade da norma inferior. A Constituição é o paradigma máximo de validade
do ordenamento jurídico. Ela é, portanto, a norma mais importante e a que deve ser
respeitada por todas as demais normas que compõem o ordenamento jurídico.
Em sentido jurídico a Constituição seria a norma hipotética fundamental.
Ocorre que chegará um momento em que não haverá uma norma superior. Há quem
diga que a Constituição retira o seu fundamento de validade de valores sociais. Para suprir a
ausência de norma superior, Kelsen cria uma verdade pressuposta, a Constituição é a norma
mais importante, que não precisa buscar validade acima dela. Logo, a norma maior é a mais
fundamental por uma hipótese. Isso é um dogma, é uma verdade, é um pressuposto da
teoria, é inquestionável.
É a partir dessa lógica que se estrutura o controle de constitucionalidade, a
Constituição como norma hipotética fundamental.
Atenção! Essa ideia é muito abordada, tanto em provas objetivas quanto em
subjetivas, principalmente nas provas de estudo de caso. O abandono do estudo dessa
temática prejudica o estudo de todo o ordenamento jurídico, porque para as provas em
questão, não se deve questionar a teoria, deve-se apenas buscar aquilo que procura explicar
o direito brasileiro como ele é, e A Teoria Pura do Direito faz isso muito bem.
A Teoria Pura do Direito entende que a Constituição, em sentido jurídico, é uma
norma hipotética fundamental, é a norma que está acima de todas, é o paradigma máximo
de validade.
A pirâmide de Kelsen irá ajudar o aluno a lembrar da relação de compatibilidade
vertical, do escalonamento, da hierarquia, do plano de validade.
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2. Poder Constituinte
A expressão “Poder Constituinte” pode ser definida como uma energia, uma força,
um poder de fato responsável pela criação e modificação de uma Constituição.
2.1 Ideia ou teoria clássica
A ideia ou teoria clássica possui como propulsor Emmanuel Joseph Sieyès, pensador
que desenvolveu a sua teoria durante a Revolução Francesa. Nesse período, Sieyès distribuiu
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panfletos dizendo o que é o Terceiro Estado. Nesse panfleto, ele discutia as relações sociais
na França e criticava o modo como a sociedade estava organizada.
Nessa época, na França e em vários lugares da Europa, existiam poderes absolutistas,
bem como, monarcas que exerciam o poder de forma quase que inquestionável, e ao lado
dos monarcas estavam as classes privilegiadas e favorecidas (clero e nobreza). Abaixo dessas
classes, estavam as classes das pessoas exploradas, as quais sustentavam o Estado por meio
do pagamento de impostos (artesãos, trabalhadores assalariados, burguesia).
Quando Sieyès falava em Terceiro Estado referia-se às classes desfavorecidas, ou
seja, era o Estado das classes exploradas. Para ele, eram essas as classes que deveriam
exercer o poder, pois eram elas que sustentavam o Estado. Assim, esse Terceiro Estado é
quem tinha o poder de determinar como o Estado deveria ser organizado. Visto isso, esse
poder legitimaria a elaboração de um documento, de uma norma para fazer a regência da
sociedade, documento esse que hoje é entendido como “Constituição”. Ou seja, é o povo
que sustenta o Estado, é quem detém o poder no mesmo. Dessa forma, o poder constituinte
só se legitima pela vontade do povo de se criar uma Constituição.
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