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XI SEMANA DE MATEMÁTICA E FÍSICA DO IFPI

A matemática e a ciência brasileira e suas contribuições

APLICAÇÃO DO MÉTODO DE VARIÁVEIS SEPARÁVEIS NA


RESOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA QUE
MODELA O MOVIMENTO DE QUEDA LIVRE DE UM OBJETO
DESPREZANDO A RESISTÊNCIA DO AR ATMOSFÉRICO

(1) Rubens Raimundo de Sousa OLIVEIRA


IFPI, Brasil. E-mail: rubenspioix91@hotmail.com
(2) Francisco José de Araújo FILHO
IFPI, Brasil. E-mail: franciscolealaraujofilho@hotmail.com
(3) Rui Marques CARVALHO
IFPI, Brasil. E-mail: rui.marques@ifpi.edu.br

RESUMO
Os objetivos desta pesquisa foi apresentar a equação diferencial que modela o movimento de queda livre de um
objeto desprezando a resistência do ar atmosférico, resolver a equação diferencial através do método de variáveis
separáveis e interpretar fisicamente a solução encontrada. O presente artigo constituiu-se de uma pesquisa
bibliográfica de natureza qualitativa. Para fazer a modelagem matemática do objeto, foi preciso seguir três
etapas: Primeiramente foram aplicadas as equações da segunda lei de Newton e da força peso no objeto, na
segunda etapa foi utilizado o método de variáveis separáveis na resolução da EDO, e por último, foi possível
atribui uma interpretação física a solução. A equação matemática que modela o movimento de queda de um
objeto é uma EDO linear de segunda ordem. Assim com o trabalho realizado, foi possível compreender que um
fenômeno físico “aparentemente” simples como um objeto em queda livre, esconde por trás uma equação
diferencial.

Descritores (palavras-chaves): Equação Diferencial Ordinária, método de variáveis separáveis, queda livre.
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A matemática e a ciência brasileira e suas contribuições

1. INTRODUÇÃO

No ensino da mecânica clássica, para construir um modelo matemático do movimento


de um objeto, isto é, descrever o comportamento cinemático de um objeto em termos
matemáticos, é preciso primeiramente identificar as variáveis que são responsáveis por fazer
mudanças do sistema mecânico e um conjunto de hipóteses plausíveis sobre o sistema. As
hipóteses podem ser leis empíricas que são aplicáveis ao sistema. A estrutura matemática de
todas essas hipóteses é muitas vezes uma equação diferencial (4).
No caso de um objeto em movimento em um campo de forças, essa modelagem em
geral inicia-se com a segunda Lei de Newton (ou Princípio Fundamental da Dinâmica). A
segunda Lei de Newton estabelece que quando a força resultante que atua sobre o objeto for
diferente de zero, essa força resultante será diretamente proporcional à sua aceleração
adquirida, mais precisamente, F = ma, onde m é a massa do objeto.
Um dos exemplos mais comuns utilizado na mecânica, de objetos que se movimentam
em um campo de forças, é o de queda livre no campo gravitacional. O conceito de queda livre
é definido como sendo “objetos que cai livremente sob a influência apenas da gravidade” (6).
Para descrever o movimento de qualquer objeto, precisa-se em primeiro lugar de um
referencial adotado, que no caso unidimensional, é simplesmente uma reta com uma
orientação espacial em que se escolhe a origem zero. A posição de um objeto em movimento
no instante t em relação ao referencial é descrito como s(t) (3).
No estudo da Matemática do ensino superior, uma equação diferencial (ED) é uma
equação constituída por derivadas ou diferenciais de uma ou mais variáveis dependentes, em
relação a uma ou mais variáveis independentes (5), isto é, equações que possuem derivadas ou
(1)
diferenciais são chamadas de equações diferenciais . Diferentemente das equações
algébricas, onde as incógnitas são números, nas equações diferenciais, as incógnitas são
funções (2).
As equações diferenciais são classificadas quanto ao tipo, a ordem e a linearidade.
Quanto ao tipo, existem duas a ser consideradas: a primeira a ser considerada é a equação
diferencial ordinária (EDO), onde contêm somente derivadas ordinárias de uma ou mais
variáveis dependentes em relação a uma única variável independente, têm-se como exemplos
as Equações (1) e (2), e a segunda, é a equação diferencial parcial (EDP), onde contêm
somente derivadas parciais de uma ou mais variáveis dependentes de duas ou mais variáveis
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independentes, têm-se como exemplos as Equações (3) e (4) (4-2,2):

(Equação 1)

(Equação 2)

(Equação 3)

(Equação 4)

Quanto à ordem de uma equação diferencial (EDO ou EDP), é a ordem da maior


(4-3,3)
derivada presente na equação . A Eq. (1) é classificada como uma EDO de primeira
ordem, a Eq. (2) como uma EDO de segunda ordem, a Eq. (3) como uma EDP de primeira
ordem e a Eq. (4) como uma EDP de segunda ordem.
E enquanto a linearidade, a ED pode ser linear ou não-linear. Ela é linear se satisfazer
duas propriedades que são: (1º) a variável dependente e todas as suas derivadas são do
primeiro grau, ou seja, a potência de cada termo envolvendo a variável dependente é igual a 1;
(2º) se cada coeficiente que multiplica a variável dependente depender somente da variável
(5-2,2)
independente . Se a ED não satisfizer as propriedades (1º) e (2º), são consideradas não
lineares. As Equações (1), (2), (3) e (4) são todas lineares.
Neste trabalho, foram estudadas somente as EDOS lineares de segunda ordem, Eq. (5),
pois são mais fáceis de serem compreendidas e resolvidas analiticamente do que as EDPs.

(Equação 5)

Na Eq. (5) a, b e c são constantes e g(x) é uma função da variável independente x, e


que pode ter a forma de uma função polinomial, função exponencial, função trigonométrica
(5-3,3)
ou a soma e produtos dessas funções . Se g(x) for zero na equação, a EDO é dita
homogênea, caso contrario é dita não homogênea.
Os principais métodos de resolução de uma EDO de primeira ordem são: variáveis
separáveis, fator de integração, mudança de variável e o método de Picard. Para as EDOS de
segunda ordem, têm-se: coeficientes indeterminados, variação de parâmetros e o método de
(5-4,4)
Frobenius . Para tanto, o presente artigo fundamentou-se somente no estudo de um dos
métodos de resolução de EDOs de primeira ordem, que foi o método de variáveis separáveis.
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A pesquisa foi concretizada com o apoio do IFPI - Campus Picos, e teve como
objetivos: apresentar a equação diferencial que modela o movimento de queda livre de um
objeto desprezando a resistência do ar atmosférico, resolver a equação diferencial através do
método de variáveis separáveis e interpretar fisicamente a solução encontrada.

2. MÉTODOS

O presente trabalho constituiu-se de uma pesquisa bibliográfica de natureza


qualitativa, pois foram feitos estudos de livros texto de ensino superior baseado na autoria de
ZILL e CULLEN (2001), BOYCE e DIPRIMA (2014), NUSSENZVEIG (2013), dentre
outros.
Para fazer a modelagem matemática do corpo em queda livre, isto é, formular á
equação diferencial ordinária que o modela, resolver a mesma e interpretar fisicamente a
solução, foi preciso seguir quatro etapas que foram:
Primeiramente, foram aplicadas as equações da segunda lei de Newton, Eq.(6), e da força
peso, Eq. (7), no objeto em queda livre desprezando a resistência do ar atmosférico (meio
ideal), e levando em consideração que o objeto seja jogado próximo à superfície da terra, onde
a aceleração da gravidade pode ser considerada constante.

(Equação 6 )

(Equação 7)

Na Eq.(6), F é o módulo da força resultante que atua no objeto e a é o módulo da


aceleração adquirida pelo mesmo. Na Eq. (7), P é o módulo da força de atração gravitacional
que atua no objeto e g é o módulo da aceleração da gravidade adquirida pelo mesmo. Tanto na
Eq.(6) como na Eq. (7), m é considerada a massa do objeto.
Na segunda etapa, foi aplicado o método de variáveis separáveis na resolução da EDO que
modela o movimento de queda livre do objeto. O método de variáveis separáveis é um
método que é aplicado na resolução de equações diferenciais ordinárias na forma (5-5,5),

(Equação 8)
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onde o objetivo do método é separar as duas funções no segundo membro da equação, ou seja,
deixar cada diferencial relacionada com a função de mesma variável. Para separar as variáveis
na Eq.(8), consiste a princípio, passar a função h(y) para o numerador, “multiplicando” a
diferencial dy, e passar a diferencial dx para o numerador, “multiplicando” a função g(x).
Feito isso, obtêm-se:

(Equação 9)

Para obter a solução da Eq. (9), bastam integrar ambos os lados, no qual é possível
obter (5-6,6),

+c (Equação 10)

onde c é uma constante totalmente arbitrária. Nota-se que não foi preciso usar duas constantes
na integração, pois “múltiplos de constantes ou combinações de constantes podem ser
trocados por uma única constante” (5-7,7).
Na terceira etapa, foi preciso obter o valor da(s) constante(s) que aparecem na resolução da
EDO que modela o movimento de queda do objeto, ou seja, aplicar os problemas de valor
inicial (PVI) a solução encontrada. Os problemas de valor inicial são dados pelas condições
iniciais impostas à solução, e para cada constante obtida, vai ter um problema de valor inicial
correspondente.
Por último, para interpretar fisicamente a solução foi feito uma análise nos livros texto de
Física e de EDOs utilizados no artigo presente, com o proposito de verificar quais autores
atribuíam uma interpretação física satisfatória e coerente à solução, e com isto, poder
selecionar as interpretações mais claras e compreensíveis.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A equação matemática que modela o movimento de queda livre de um objeto no qual


a força de resistência do ar atmosférico é desprezada, é uma equação diferencial ordinária
linear de segunda ordem, Eq. (11), onde a aceleração a está colocada na notação de derivada
de segunda ordem em relação ao tempo. Para obter a Eq. (11), foi preciso igualar a força
resultante com a força peso, já que a única força resultante que age no objeto é à força de
origem gravitacional.
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(Equação 11)

Pode-se ainda escrever a Eq. (11) na forma (4-3,4):

(Equação 12)

O sinal de menos que aparece na Eq. (12), foi utilizado porque o peso do objeto é uma
força com sentido para baixo, ou seja, oposta ao sentido positivo do referencial adotado (para
cima). Na fig. (1), ilustra o fenômeno físico estudado.

Figura 1. Posição da pedra medida


a partir do nível do chão.
FONTE: (ZILL, 2012)

Adotando-se a expressão alternativa da aceleração (3-2,2),

(Expressão 1)

e substituindo na Eq. (12), obtêm-se:

(Equação 13)

Passando a diferencial dt do denominador para o numerador, isto é, passar


“multiplicando” a aceleração da gravidade g, resultará:

(Equação 14)

Aplicando o método de variáveis separáveis na Eq. (14), obtêm-se,

(Equação 15)

ou:
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(Equação 16)

Repetindo novamente o processo que foi aplicado na Eq. (13) na Eq. (16), obtêm-se:

(Equação 17)

Aplicando novamente o método das variáveis separáveis, resultará,

(Equação 18)

ou:

(Equação 19)

Organizando os termos da Eq. (19) em ordem crescente do grau da variável t, obtêm-


se:

(Equação 20)

A forma da Eq. (20) é a forma geral de uma equação polinomial do segundo grau,
onde s(t) é a variável dependente e t é a variável independente. Nota-se que existem duas
constantes de integração a se determinar, a primeira é a constante α e a segunda é a constante
β. Para determinar as duas constantes de integração, deve-se utilizar o problema de valor
inicial (PVI), isto é, utilizar as condições iniciais impostas à solução s(t).
Primeiramente, para determinar a constante α, adota-se a condição de que o objeto seja
jogado no topo do prédio com o tempo inicial igual à zero (t = 0), e substituindo esse valor na
Eq. (20), obtêm-se,

(Expressão 2)

A Expressão (2) é considerada a posição inicial do qual o objeto é jogado (altura do


prédio), ou melhor:

β = so (Expressão 3)

Substituindo a Expressão (3) na Eq. (20), obtêm-se:

(Equação 21)
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Por último, para determinar a constante α da Eq. (21), considera-se a utilização da


derivada de s(t) em relação ao tempo t, onde resultará:

(Equação 22)

Aplicando novamente a condição de tempo inicial igual à zero (t = 0) no último


membro da Eq. (22), virá:

(Expressão 4)

A Expressão (4) é considerada a velocidade inicial do objeto no qual é jogada no topo


do prédio, isto é:

(Expressão 5)

Na Expressão (5), a velocidade inicial é considerada positiva porque o objeto é jogado


no sentido positivo do referencial adotado.
Substituindo a Expressão (5) na Eq. (21), resultará:

(Equação 23)

Do ponto de vista físico, a Eq. (23) fornece a posição de um objeto em relação ao chão
a cada instante de tempo t. Essa equação representa a lei horária do movimento retilíneo
uniformemente acelerado estudado na cinemática (3-3,3), e é considerada uma formula da Física
Elementar (4-4,5).

4. CONCLUSÃO

Assim com o trabalho realizado, foi possível compreender que um fenômeno físico
“aparentemente” simples como um objeto em queda livre próximo na superfície terrestre, uma
vez que foi desprezada a resistência do ar atmosférico, esconde por trás, uma equação
diferencial ordinária de segunda ordem, isto é, o seu movimento de queda é modelado
matematicamente através de uma EDO. As equações diferenciais são de total importância na
Física (tanto as EDOS como as EDPS), pois modelam muitos fenômenos físicos de diversas
áreas de estudo, visto que permite obter uma compreensão mais abrangente do fenômeno
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estudado. Em possíveis trabalhos futuros serão estudado a EDO que modela o movimento de
queda livre de um objeto considerando a resistência do ar atmosférico.

5. AGRADECIMENTOS

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - Campus Picos, ao


orientador: o professor mestre Rui Marques Carvalho, ao coautor: Francisco José de Araújo
Filho e a biblioteca do campus.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BOYCE, Willian E.; BRANNAN; James R. Equações Diferenciais: uma introdução a


métodos modernos e suas aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
2. DIACU, Florin. Introdução a Equações Diferenciais: teoria e aplicações. 2º ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2014.
3. NUSSENSVEIG; H. Moysés. Curso de Física Básica. 5º ed. São Paulo: Blucher, 2013.
4. ZILL, Dennis C. Equações Diferenciais com Aplicações em Modelagem. 2º ed. São
Paulo: Cengage Learning, 2012.
5. ZILL, Dennis C.; CULLEN, Michael R. Equações Diferenciais. 3º ed. São Paulo: Pearson
Makron Books, 2001. v. 1.
6. TIPLER; Paul A.; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. 6º ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2011. v. 1.

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