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FUNCIONALISMO

Alexandre Teitelbaum, Ingrid Fraga,


Isabella Azambuja, Márcia Bastilho

Dentre as correntes linguísticas, o funcionalismo se caracteriza por, em oposição ao


estruturalismo e ao gerativismo, se preocupar em estudar a relação entre o sistema gramatical das
línguas e as diferentes situações comunicativas em que ele é empregado. Pode ser tido como uma
maneira de expansão dos desígnios dos estudos linguísticos de forma dinâmica para além dos
fenômenos naturais Desse modo, segundo Celso Cunha:
“A abordagem funcionalista apresenta não apenas propostas teóricas
distintas acerca da natureza geral da linguagem, mas diferentes
concepções no que diz respeito aos objetivos da análise linguística, aos
métodos nela utilizados e ao topo dos dados utilizados como evidência
empírica” (CUNHA, 2008)

A linguagem é concebida pelos funcionalistas como um instrumento de interação social


que promove a comunicação, tangenciando, assim, as tendências que analisam a relação entre
linguagem e sociedade, tal como a sociolinguística. Descarta o pensamento saussuriano que
considera a língua uma forma estruturalizada, mas coloca a apreensão da linguagem como
submetida ao processo de interação verbal; toma a língua baseada em seu uso real como objeto
de estudo

Com leves diferenças entre si, o funcionalismo foi desenvolvido em diversos lugares, tais
como os Estados Unidos e a Europa. No que tange a Europa, vale referenciar e Escola Linguística
de Praga, que foi a precursora do funcionalismo ao enfatizar o caráter multifuncional da
linguagem. O movimento, então, destaca a função das unidades linguísticas: na fonologia, o papel
dos fonemas na distinção e demarcação das palavras; na sintaxe, o papel do contexto na estrutura
da frase. Há, do mesmo modo, a escola francesa, encabeçada por André Martinet, que propõe o
funcionamento da língua por meio de duas articulações (palavra e fonema); abraça ainda a relação
entre mudança social e linguística, o que possibilita o surgimento de novas funções para velhas
formas. O funcionalismo norte-americano, da mesma maneira, considera como objeto de análise
o texto a partir dos fenômenos linguísticos efetivados pelos falantes na interação, assim como a
questão cognitiva na construção dos significados.

A linguística cognitivo-funcional, portanto, procura essencialmente “trabalhar com dados


reais de fala ou escrita, retirados de contextos efetivos de comunicação, evitando lidar com frases
inventadas, dissociadas de sua função no ato da comunicação” (CUNHA, 2012, pg. 31). “A ideia
central é que a língua é usada, sobretudo, para satisfazer necessidades comunicativas (...) [e sua]
forma deve refletir, em alguma medida, a função que exerce” (CUNHA 2007, p.17). Pelo
dinamismo da língua, a análise está sujeita à mudança, relacionando noções de desempenho e
competência, ou seja, é a partir da criação de afinidade e comparação entre gramática e discurso,
a partir de aspectos comunicativos, que se obtém uma abordagem dinâmica da verdadeira natureza
da linguagem humana, que é maleável e instavelmente equilibrada- enquanto uma abordagem
estruturalista e formal não daria conta de todos os níveis e construções linguísticas possíveis,
tornando-se uma abordagem artificial e inadequada. Então, a situação comunicativa motiva a
formação gramatical.

Ao levar em consideração em sua análise a situação inteira de comunicação (o propósito


do evento da fala, seus participantes, seu contexto discursivo), o funcionalismo mantém uma
relação de simbiose entre discurso e gramática (MARTELOTTA (org), 2010): o discurso precisa
da gramática para se processar, e a gramática se alimenta do discurso para renovar-se e adaptar-
se a novas situações de interação- exemplificando mais uma vez a visão dinâmica da língua já
citada anteriormente. É considerada, então, “a atuação de mecanismos expressivos associados a
subjetividade dos falantes, que recriam padrões gramaticais a fim de conferir força informativa
ao discurso” (MARTELOTTA (org), 2010).

Defende-se, portanto, “forte vinculação entre gramática e discurso, numa tentativa de


explicar a forma da língua a partir das funções que ela desempenha na comunicação (...) uma
gramatica funcional é, por isso, não um conjunto de regras, mas uma série de recursos para
descrever, interpretar e fazer significados” (CUNHA, 2007, pg. 18-20). O funcionalismo se
caracteriza, finalmente, pelo objetivo de investigar a relação entre forma e função no uso da
língua. A partir disso, há a integração da sintaxe, da semântica e da pragmática, havendo
prevalência do elemento pragmático.

Para fins explicativos, apresenta-se a frase “João fez um bolo”. A análise sintática se daria
da seguinte maneira:

João (sujeito) /fez um bolo (predicado)

Já a semântica, seria:

João (agente) /fez (verbo de ação) / um bolo (resultado)

A análise pragmática, revelando sua prevalência sobre as duas anteriores através deste
exemplo, mostra a dinamicidade possível da língua, se tornando aliada do contexto comunicativo:

João (tema, informação dada) / fez um bolo (informação nova)

O dinamismo e a relação entre forma e função pressupostos pelo funcionalismo podem


ser explanados, entre outros, pelas diversas maneiras de se saudar alguém: “oi”, “olá”, “bom dia”,
“e aí? ”. A função, portanto, é a saudação. As formas seriam as diferentes manifestações
produzidas pelos indivíduos em suas diversas situações comunicativas.

Para a análise funcionalista, a palavra “aí” pode ter mais funções do que se imagina. Para
a gramática tradicional, ela é apenas advérbio de lugar, como na frase “Mamãe te pediu para não
sentar aí”. Porém, se nos depararmos com a frase “Ah, foi em uma festinha aí, não sei qual”, o
“aí” adquire senso de adjetivo e modifica o substantivo “festinha” ao indicar indefinição. Já na
frase “Saímos do hotel às onze horas da noite. Procuramos, procuramos e procuramos um
restaurante aberto, mas nada. Aí, quando dobramos uma esquina, demos de cara com um Mc
Donald”, a palavra “aí” toma função de advérbio de tempo. Portanto, é retomada a questão de
que uma análise simplesmente estruturalista e formal não abarcaria todas as nuances da língua.

Atualmente existem duas grandes tendências em linguística: a gerativista, com sua visão
biológica da linguagem cuja abordagem privilegia os aspectos formais das línguas, e a cognitivo-
funcional, que considera o uso da língua importante para a compreensão das línguas, propondo
uma relação entre biologia e cultura.

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