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GESTÃO DA PRODUÇÃO E
MATERIAIS
DIRETOR DE
DIRETOR DE DIRETOR DIRETOR DIRETOR DE
RECURSOS
MATERIAIS INDUSTRIAL FINANCEIRO MARKETING
HUMANOS
GERENTE DE GERENTE DE
GERENTE DE GERENTE DE GERENTE DE
ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO E
SUPRIMENTOS PLANEJAMENTO E PATRIMÔNIO
ESTOQUES TRAFEGO
CONTROLE DA
PRDUÇÃO
Temos por objetivo aqui focar a área de Materiais, principalmente no que tange
ao controle dos estoques, esses recursos materiais que suprem as necessidades da
organização e que faz parte da estrutura principal na administração de uma empresa.
Devemos lembrar que tradicionalmente a área de materiais acaba englobando os
recursos ditos patrimoniais de uma empresa, como por exemplo, máquinas e
equipamentos, veículos, prédios e instalações, que são utilizados na manutenção das
atividades da empresa. A administração dos recursos patrimoniais não será abordada
neste capítulo, ficando este assunto para ser tratado em outra oportunidade.
CLIENTES
SINAL DE
TRASPORTE DEMANDA
IDENTIFICAR
EXPEDIÇÃO
FORNECEDOR
ARMAZENAGEM
COMPRAR
DO PRODUTO
MATERIAIS
ACABADO
MOVIMENTAÇÃO
TRANSPORTAR
INTERNA
RECEBIMENTO E
ARMAZENAGEM
A importância destes objetivos irá variar de acordo com cada empresa e seus
respectivos ramos de atuação. Após definir a importância relativa dos objetivos dentro
da organização, a administração de material pode confeccionar manuais, com as
políticas e procedimentos que os funcionários deverão seguir em suas atividades,
buscando assim uma uniformidade nos atos de seus funcionários e, consequentemente,
na atuação do setor como um todo. Os manuais ajudam a explicitar relações
interdepartamentais, facilitam a supervisão, melhoram os procedimentos e ajudam no
treinamento dos funcionários.
Durante as últimas duas décadas, a função Compras tem sido vista de forma
diferente nas empresas. Segundo Humphreys (2001), a função tem deixado de ser
considerada uma atividade meramente tática e operacional, para ser vista como uma
fonte de grande contribuição estratégica para a empresa.
A mudança do papel de Compras tem ocorrido em resposta a uma série de
exigências do mercado. A ênfase na redução de custo e no aumento da qualidade
representa algumas destas exigências. Graças às pressões competitivas, as empresas
vêm aumentando a proporção de componentes e peças adquiridas de fornecedores e,
consequentemente, segundo Mendez e Pearson (1994), Compras tem exercido maior
influência sobre o custo e a qualidade dos produtos oferecidos aos clientes.
Em razão da necessidade de reduzir o tempo de ciclo de novos produtos, tem
crescido a participação de Compras em projetos de desenvolvimento de novos produtos.
No intuito de desenvolver produtos de melhor qualidade, com menores custos
totais e em menor tempo, a função Compras tem desempenhado importante papel em
equipes, formadas também por membros de outras áreas, nas quais a expertise de
Compras contribui para o alcance dos objetivos do processo, conforme Mendez e
Pearson (1994). Outra razão para a mudança é a introdução de novas filosofias
gerenciais, que enfatizam o relacionamento mais próximo com fornecedores e com as
demais áreas da empresa. O sucesso de práticas just-in-time, por exemplo, é resultado,
principalmente, do relacionamento entre a empresa e seus fornecedores.
Esta perspectiva é corroborada por Cavinato (1991), para quem as mudanças
realizadas pelas empresas em resposta às novas exigências mercadológicas têm
provocado alterações nos papéis de Compras. Para as empresas, as tradicionais decisões
de Compras referentes à qual fornecedor selecionar e a que preço comprar,
praticamente eram as questões a serem tratadas antigamente, têm sido expandidas para
outras questões de maior complexidade e importância. Conforme Cavinato (1991),
como exemplos, tem-se a integração de Compras com outros departamentos da empresa
e o estabelecimento de relacionamentos de longo prazo com fornecedores, cujos
resultados podem gerar grandes vantagens competitivas para a empresa. O
estabelecimento de alianças estratégicas com fornecedores permite melhorias no serviço
prestado por eles, maior qualidade dos produtos e Redução de Custos, proporcionando
uma elevação da competitividade da empresa.
Segundo Ellram (1991), as alianças com fornecedores permitem às empresas
aproveitarem seus ativos de forma mais eficiente e responderem às exigências do
mercado com maior rapidez.
“A arte de comprar está se tornando cada vez mais uma profissão e cada vez
menos um jogo de sorte”. Henry Ford
A função compras é um segmento essencial da administração de material, que
tem por finalidade suprir as necessidades de materiais e serviços, planejá-las
quantitativamente, satisfazê-las no momento certo, na qualidade correta e providenciar
seu armazenamento.
Comprar é, portanto, uma operação de administração de materiais, mas essencial
entre os que compõem o processo de suprimento de uma empresa.
Antes que uma simples engrenagem possa começar a girar no processo
produtivo, os materiais devem estar disponíveis e deve haver certeza de que o
suprimento será contínuo, para satisfazer as necessidades e os programas de produção.
Mudança de Foco
1. Pesquisa de fornecedores;
2. Avaliação dos fornecedores;
3. Indicação de fornecedores habilitados para o processo compras;
4. Desempenho dos fornecedores;
5. Acompanhamento dos preços.
Entrega pontualmente;
Fornece qualidade consistente;
Oferece bom preço;
Tem antecedentes estáveis;
Fornece bom serviço;
É receptivo às necessidades do Cliente;
Cumpre o prometido;
Dá apoio técnico;
Mantém o comprador informado sobre o andamento do pedido.
1.2.9.3. Diligenciamento
Acompanhamento de fornecimento
Cancelamento de pedidos
a) Por função:
b) Por produto:
c) Por força de trabalho:
Finanças / Orçamento:
1. Com base nos orçamentos financeiros, avaliar os compromissos a serem
efetuados pela área de compras;
2. Pagamento das despesas de aquisição.
Relacionamento com Vendas: Informações com as quotas de vendas e quanto
às expectativas das mesmas que servem como índice das prováveis necessidades
de materiais.
Contabilidade - contabilizar todos os materiais adquiridos.
Sistema de Classificação de Material - definir as características dos materiais
necessários de forma que os compradores obtenham o material adequado. A
descrição deve ser padronizada.
Planejamento e Controle de Estoque:
1. Com base em informações de provável demanda;
2. Desenvolver programas de necessidades quantitativas de materiais,
informando a área de compras.
Auxilia na negociação com fornecedores no tocante a quantidade e prazos.
Controle de Qualidade:
1. Verificar se os materiais recebidos correspondem aos comprados;
2. Informar ao órgão de compras e estoque fornecedor quais os métodos de
testes que serão aplicados e qual serão os critérios para sua aceitabilidade;
3. Auxiliar nas avaliações industriais dos fornecedores e ao Diligenciamento.
Armazenagem:
1. Informação de recebimento dos materiais comprados;
2. Dados sobre embalagem de material.
Transporte - envolve a seleção de transportadoras.
1.2.9.6. Frete
1.3. Fornecedores
Podemos dizer que fornecedores são todas as empresas interessadas em suprir as
necessidades de outra empresa em termos de matéria-prima, serviços e mão-de-obra. A
eficiência da área de compras está ligada ao grau de atendimento e ao relacionamento
entre comprador e fornecedor, que deve ser o mais adequado e conveniente.
b) Capacidade técnica
Composição do corpo técnico em relação às necessidades da empresa
Capacidade de produção
Recursos técnicos disponíveis e utilizados
Disponibilidade de operadores, máquinas e ferramentas adequadas às exigências
técnicas.
b) Consulta a fornecedores
O código de conduta ética deve ser válido tanto para compras quanto para
vendas.
O problema ético de compras não se restringe aos compradores, mas também ao
pessoal da área técnica que normalmente especifica o bem a ser comprado.
O que fazer com os “presentes”, “lembranças”, “brindes” como agendas,
canetas, malas e convites que normalmente são distribuídos ao pessoal de compras, do
controle de qualidade e da área técnica?
O manuseio de informações, como o repasse dos critérios de julgamento e de
dados contido nas propostas já entregue a outro fornecedor que ainda está elaborando a
sua.
2.2. Conceitos
Podemos conceituar estoque como sendo a quantidade de material disponível
para uso e venda, ou seja, é quando esse material está devidamente registrado no
sistema da organização e está à disposição do cliente. Seja ele o interno ou externo.
Outra definição: materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização
posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para
a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado pela impossibilidade
de se prever a demanda com exatidão.
Ou, ainda, de uma maneira mais simples. É a reserva para ser utilizada em tempo
oportuno.
A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores
de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material,
numa organização.
RFID tem sido usado em plantas de produção já há mais de uma década. É usado
para rastrear peças e trabalhos em processo. Isto reduz o tempo de finalização do
processo e ajuda também a reduzir a quantidade de peças com defeitos. Também é
possível gerir a produção de diferentes versões do mesmo produto.
Não é nenhuma surpresa que o rastreamento de ativos deve ser um dos usos mais
comuns da tecnologia RFID. As empresas podem colocar tags RFID em ativos que
podem ser perdidos ou roubados, ou então, que são subutilizados ou que apenas são
apenas difíceis de localizar no momento em que são necessários.
Empresas que possuem um grande volume de produtos armazenados estão
utilizando tags RFID para a gestão destes ativos e também para localiza-los. Uma
empresa de logística dos USA que armazena um grande número de produtos em
contêineres utiliza RFID para localizar o conteiner que necessita e também para
localizar o produto correto dentro do conteiner, no momento da necessidade.
Programa:
• Tema de Aula
Conceitos e Estrutura da APO - Administração da Produção e Operações
• Objetivos
Definir o que é APO;
Apresentar a evolução da APO;
Conceitos e estruturas organizacionais básicas;
Entender os Sistemas de Produção;
Compreender o Sistema de Planejamento, Programação e controle da Produção.
• Justificativa
Administrar os recursos escassos que as organizações possuem e extrair deles o
maior retorno possível, caracteriza-se como essencial para a manutenção da
empresa e obtenção de competitividade.
• Programa de Aula
1 – O que é APO.
2 – Evolução da APO.
3 – Conceitos e estruturas organizacionais básicas.
4 – Sistemas de Produção
5 – Planejamento, programação e Controle da produção
• Metodologia de Aula
Aula expositiva, uso do retroprojetor, apostila e bibliografia para pesquisas e
aprofundamento.
3.0 Conceito e Estrutura da Administração da Produção e
Operações - APO
Você viajaria num avião se soubesse que iria decolar com parafusos a menos?
Você confiaria numa equipe médica que desse pela falta de um instrumento só na hora
de começar a cirurgia? Em geral, temos a expectativa de que “alguém” esteja
cuidando para que essas falhas não aconteçam, não é mesmo? De fato, dificilmente
essas situações ocorrem quando há profissionais fazendo o controle da produção e o
controle de materiais.
Conclusão Todos os critérios que servem como base para as classificações acima
apresentadas se relacionam com os elementos do sistema (entradas, processo de
transformação e saídas), de maneira que resulta mais fácil compreendê-las. É verdade
que algumas classificações são mais importantes do que outras quando o objetivo é
escolher a ferramenta teórica ou técnica que pode ser aplicada em determinado sistema
de produção.
Porém, a compreensão global das diversas classificações não deixa de ser uma
fonte de reflexão que pode levar-nos a assimilar outros conhecimentos com maior
facilidade.
O horizonte de planejamento;
As perguntas a serem respondidas;
Os ambientes de manufatura;
A operação do sistema de PPCP.
“Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.” (Lavoisier, 1789)
Conforme disse Lavoisier em relação à natureza, em uma Organização acontece
o mesmo: tudo se transforma.
Quando se produzem bens e serviços, há diversos processos de trabalho,
atividades fundamentais, que contribuem para que a organização realize suas tarefas e
atinja suas metas.
Linha de montagem (Assembly line): Processo dominado pelo produto. O poder das
máquinas e o do pessoal são coordenados numa sequência fixa, ordenada, que se move
continua e uniformemente. O trabalho, não especializado, é dividido em tarefas
repetitivas. O fluxo de produção é fluido, lógico e eficiente, mas não flexível. A
capacidade de uma linha de montagem é determinada pelo engarrafamento: o ponto em
que a linha vai abrandar ou parar.
Fluxo em lote (Batch flow): Configuração mista em que um só produto é fabricado. Por
razões económicas, é montado um lote (batch) em vez de um só item. Os lotes tendem a
resultar em níveis mais elevados de inventário pois a produção não se baseia em
requisitos reais. 0 fluxo em lote é um compromisso entre a produção em massa, na linha
de montagem, e o artesanato ou trabalho manual.
Jobshop: Uma configuração dominada pelo processo, sem padrão de fluxo sequencial,
em que se reúnem varias especializações. Teoricamente, o mesmo produto nunca é
fabricado duas vezes; cada produto atravessa a área da sua própria forma num "fluxo
caótico". Equipamento especializado e trabalhadores altamente especializados estão no
mesmo local, permitindo maior utilização do equipamento, maior controlo sobre o
trabalho e a formação. A gestão, o planeamento e o controlo de inventários são mais
difíceis, mas existe mais flexibilidade.
Célula produtiva (Manufacturing cell): Um job shop agrupado, em que cada célula
fabrica certo componente, que se move através da célula numa única direção. Todo o
equipamento necessário para fabricar a componente é mantido na célula. Com uma
análise precisa do processo, a célula produtiva reduz o manuseamento de material e
tempos de montagem; desta forma, reduz ciclos temporais e níveis de stocks. Os
trabalhadores em célula devem ter competências variadas para lidar com máquinas
diferentes, mas também têm tarefas repetitivas. Manter a integridade da célula ao longo
do tempo requer uma análise contínua.
3.3.2. Controle do Processo Produtivo
Perdas de capacidade planejadas: são aquelas perdas que se sabe de antemão que irão
acontecer, por exemplo:
Necessidade de setups para alterações no mix de produtos;
Manutenções preventivas periódicas;
Tempos perdidos em trocas de turnos;
Amostragens da qualidade etc.
Perdas de capacidade não planejadas: são perdas que não se consegue antever, como
por exemplo:
Falta de matéria-prima;
Falta de energia elétrica;
Falta de funcionários;
Paradas para manutenção corretiva;
Investigações de problemas da qualidade etc.
Ocorre quando as máquinas dão problema. Por isso, é menos indicada, uma vez
que está focada em verificar o funcionamento das máquinas só quando dão problemas.
É arriscada, uma vez que não se pode prever quando vai acontecer um problema, e leva
à interrupção no fluxo de produção.
4.0. Introdução a Qualidade na Industria
Qualidade, um conceito para o qual se encontram diversas definições. Por
exemplo, segundo Crosby (1990) qualidade significa conformidade com os requisitos,
já para Deming, citado pela ABCQ (1996), qualidade é controle estatístico do processo
(redução de variabilidade) e finalmente para Juran (2000) qualidade é a adaptabilidade
ao uso.
Uma forma de tratar o conceito de qualidade de maneira mais ampla seria
definindo-a como a capacidade de atender às expectativas das partes interessadas.
Quando se trata de um produto ou serviço às expectativas normalmente são em relação à
conformidade com requisitos e a adaptabilidade ao uso, onde as principais partes
interessadas são normalmente os clientes. Assim, neste contexto qualidade está
diretamente relacionada a atender aos requisitos dos clientes. Quando se trata de um
processo, por exemplo, um processo produtivo, as expectativas são normalmente em
relação ao atendimento às metas e objetivos específicos do processo, por exemplo,
baixos níveis de rejeitos, retrabalhos e reaproveitamentos, neste caso as principais partes
interessados são os responsáveis pelo processo. Neste outro contexto qualidade está
diretamente relacionada a atender às metas e objetivos especificados pelos responsáveis
pelo processo. O conceito de qualidade como capacidade de atender às expectativas das
partes interessadas pode ainda ser estendido às diversas outras situações.
Qualidade é um conceito atemporal, sempre esteve presente na civilização,
porém, as abordagens em relação à qualidade mudaram muito ao longo do tempo.
Algumas das mais significativas mudanças em relação à qualidade iniciaram a partir da
revolução industrial.
Conforme descrito por Juran (2000), a revolução industrial trouxe a mudança do
sistema de produção artesanal, na qual cada artesão experiente executava todas as
tarefas e entregava o produto pronto, para a produção industrial, na qual as tarefas foram
divididas e cada operário executava com alta produtividade uma tarefa específica. Na
revolução industrial o foco era produção em massa a baixo custo, com isto os operários
já não tinham mais contato com o cliente final e produziam com base em padrões
definidos, assim a qualidade ficava sob a responsabilidade de um supervisor.
Produtos com montagens de peças necessitavam que estas fossem
intercambiáveis, aumentando assim a necessidade de qualidade nos mesmos. Além
disto, os responsáveis pela produção ainda não dominavam o conceito de variabilidade
do processo e não tinham habilidade de lidar com dados do mesmo, surgindo assim a
necessidade de inspetores para avaliar a qualidade nas linhas produtivas através de
inspeções 100%.
O próximo passo em relação à qualidade foi em 1940 quando surgiu o controle
estatístico da qualidade, com o qual foi possível substituir muitas das inspeções 100%
por planos de amostragem. Em 1951 Feigenbaum propõe o conceito de Controle da
Qualidade Total (Total Quality Control - TQC), estendendo assim o conceito da
qualidade além da área produtiva. Segundo Fasser e Brettner (2002) no TQC a
qualidade não é mais função do departamento da qualidade, mas sim de várias áreas
envolvidas em todas as atividades que envolvem a qualidade.
Desde 1961 Crosby já defendia o conceito de zero defeito, porém somente em
1979, após a publicação do livro “Quality is Free” é que o mesmo foi realmente
entendido como um objetivo possível e não somente uma forma de motivar os
empregados em relação à qualidade, redirecionando assim o foco das atividades da
qualidade.
Os primeiros conceitos do controle estatístico do processo, conforme citado por
Juran (2000), foram desenvolvidos por Shewhart em 1924, porém, o controle estatístico
do processo somente foi popularizado no final da década de 70. Neste mesmo período
os japoneses, influenciados por estatísticos americanos como Deming e Juran,
desenvolveram diversas iniciativas em relação à qualidade.
Como uma evolução do TQC, no início da década de 80, surgiu o conceito de
Gestão da Qualidade Total (TQM - Total Quality Management). Segundo Fasser e
Brettner (2002) TQM é uma forma sistemática de atingir e manter a qualidade total. O
TQM requer uma mudança de cultura em relação à qualidade em todos os níveis
enfatizando o papel das pessoas no sistema. Desde seu início o conceito passou por
diversas melhorias e hoje ainda é considerado uma das melhores iniciativas da
qualidade.
Na Figura 1.1 pode-se observar a evolução da Gestão da Qualidade graficamente
representada por Fasser e Brettner (2002).
Para os pesquisadores na área da qualidade uma questão pertinente é qual
deveria ser a próxima iniciativa em relação à qualidade que atenda as demandas do
mercado e das organizações.
PROBLEMA?
Adaptado de FALCONI 1992; MATTOS 1998; ROTH 2004 e ROSSATO 1996.
Problema é o resultado indesejável de um trabalho.
A solução de um problema é possível através das análises das relações entre
características e causas de um problema, executando ações corretivas apropriadas.
Entretanto, esse processo de estratégica de soluções de problema pode ser
abordado sob diversos ângulos. Consequentemente, quando se usa uma metodologia
mal aplicada, não se chega a ações de melhoria. Sendo assim, é importante entender as
relações entre as causas atuais e as características do problema ou efeito.
O MASP na verdade é um procedimento utilizado para a resolução de
problemas. Os procedimentos padronizados são úteis no desenvolvimento deste
entendimento. Para solucionar problemas em qualquer área, existem procedimentos e
regras.
Se estes não forem usados adequadamente, não se pode vencer os obstáculos e obter o
sucesso. O mesmo é verdade na solução para obter resultados positivos. É necessário
conhecer as verdadeiras causas para implementar melhorias e alcançar as metas.
Priorização do problema.
Divisão do problema em partes que possam ser analisáveis.
Verificações das situações que necessitam de atenção.
ATENÇÃO!
Como as etapas apresentadas são colocadas de modo sequencial, é importante
que sejam obedecidas cada tarefa citada. Fazendo isso, existe uma maior probabilidade
de que o problema tenha sua causa corretamente identificada, bloqueada e corrigida.
Porém, a aplicação do MASP não assegura a solução definitiva dos problemas:
Escolher o problema.
É a tarefa mais importante, pois 50% do problema se resolvem com a correta
identificação do mesmo;
Levantar o histórico do problema, identificando a frequência e como o mesmo
ocorre;
Mostrar as perdas atuais e ganhos viáveis, utilizando-se um histograma, por
exemplo;
Fazer a análise de Pareto, priorizando temas e estabelecendo metas numéricas
viáveis.
Obs. Nessa tarefa, devem-se buscar somente os resultados indesejáveis. A causa faz
parte da Etapa 3;
Nomear a pessoa responsável ou nomear o grupo responsável e o líder,
propondo uma data limite para ter o problema solucionado.
Etapa 2 - OBSERVAÇÃO
Objetivo: Investigar as características específicas do problema com uma visão ampla e
sob vários pontos de vista.
Tarefas:
Descobrir as características através da coleta de dados. O problema deve ser
observado sobe vários pontos de vista: Tempo, local, tipo, sintoma e indivíduo.
Coletar opiniões e utilizar o gráfico de Pareto com as perguntas do "5W1H" (O
que, quem, quando, onde, porque e como) para coletar os dados;
Descobrir as características do problema através da observação no local;
Estimar um cronograma para referência, atualizado em cada processo;
Estimar um orçamento e definir uma meta a ser atingida.
Etapa 3 - ANÁLISE
Etapa 5 - AÇÃO
Objetivo: Bloquear as causas fundamentais.
Tarefas:
Divulgar o plano a todos os envolvidos;
Apresentar claramente as tarefas e a razão delas;
Certificar-se de que todos entenderam e concordaram com as medidas propostas;
Executar a ação, registrando todos os resultados bons ou ruins e a data em que
foram tomados.
Etapa 6 - VERIFICAÇÃO
Objetivo: Verificar se o bloqueio foi efetivo.
Tarefas:
Comparar os resultados, utilizando os dados coletados antes e após a ação de
bloqueio para verificar a efetividade da ação e o grau de redução dos resultados
indesejáveis;
Fazer uma listagem dos efeitos secundários;
Verificar a continuidade ou não do problema. Se os efeitos continuarem a
ocorrer, significa que a solução apresentada foi falha;
Verificar se o bloqueio foi efetivo. Se a solução foi falha, retornar a Etapa 2
(Observação).
Etapa 7 - PADRONIZAÇÃO
Objetivo: Prevenir contra o reaparecimento do problema.
Tarefas:
Etapa 8 - CONCLUSÃO
Objetivo: Recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho futuro.
Tarefas:
GEORGE, Michel L. Lean Seis Sigma – Combining Seis Sigma Quality with Lean
Speed. McGraw-Hill, 2002.
SLACK, Nigel et. al., Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1997.
F
FACTORING - Prática de algumas empresas que consiste em comprar cheques pré-
datados de lojistas cobrando comissão;
FEEDBACK - Informação transmitidas pelos gerentes aos empregados no início, meio
e fim de uma atividade. Proporciona ao empregado uma forma de medir seu próprio
desempenho. É uma forma de retorno do que foi transmitido;
FINE TUNING - Sintonia fina, calibragem;
FLOW-CHART - (Ver Fluxograma);
FLUXOGRAMA (FLOW-CHART) - Representação gráfica que apresenta a seqüência
de um trabalho;
FMEA - Análise do modo de falha e efeito (IMAM);
FOB (FREE ON BOARD) - Livre a bordo. Denominação da cláusula de contrato
segundo a qual o frete não está incluído no custo da mercadoria. (Dicionário de
Economia – Sandroni);
FOLLOW-UP - Dar prosseguimento a uma discussão ou debate, retomando temas para
atingir soluções. Também pode significar revisão das tarefas que foram geradas após
uma reunião ou auditoria, quando os prazos para realização se esgotaram.;
FORECAST - Previsão.
INCOME - Renda;
INTERNET - É a maior rede mundial de computadores, aberta a todos;
INTRANET - São as páginas acessíveis apenas dentro de uma empresa;
INTRAPRENEUR - (Não confundir com ENTREPRENEUR). Empreendedor interno,
pessoa que dirige uma unidade do negócio como se ela fosse uma empresa
independente;
INMETRO (INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA) - Normalização e
qualidade Industrial;
ISHIKAWA - (Ver Diagrama de Causa e Efeito).
ISO (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTION) – Organização
Internacional de Normatização. Fundada em Genebra, Suíça. É responsável pela
auditoria e publicação da ISO 9000;
ISO 9000 - Normas de gestão da qualidade, diretrizes de seleção e uso. Certifica
sistemas de qualidade.
ISO 14000, 14001, 14004, 14010, 14011, 14012 - Certifica sistemas de Gestão
Ambiental. Os “Selos Verdes” ou “Rótulos Ecológicos” são uma certificação de
produtos com qualidade ambiental. No Brasil é o INMETRO quem entrega os
certificados do cumprimento das exigências das normas;
JOB ROTATION - Rodízio de funções promovido pela empresa. Rev. Exame set/2005;
JOINT VENTURE - Associação de empresas, não definitiva, para explorar determinado
negócio, sem que nenhuma delas perca sua personalidade jurídica. (Qualidade n° 65);
JUST-IN-TIME (JIT-KANBAN) - 1. Filosofia de produção voltada par eliminação de
desperdícios no processo total de fabricação. Sistema baseado no mercado japonês,
destinado a minimizar os custos de controle de estoque. 2. É atender ao cliente interno
ou externo no momento exato de sua necessidade, com as quantidades necessárias para
a operação/produção. 3. Metodologia com base nas pessoas, cuja filosofia é eliminar
tudo aquilo que não adiciona valor ao produto. O objetivo é fornecer exatamente as
peças necessárias, nas quantidades necessárias, no tempo necessário. (GBRH96).
X
Y
3- Cultura Organizacional - As empresas, tal como os países, têm uma cultura única.
É, por isso, crucial que as empresas divulguem de forma explícita quais são os valores
que valorizam. Quando o fazem por escrito, o documento chama-se declaração de
missão. Para James Collins e Jeremy Porras, autores do livro Built to Last, a razão por
que algumas empresas têm sucesso a longo prazo, enquanto outras acabam por
desaparecer está na cultura organizacional. Nesta era de incerteza tudo deve ser posto
em causa, à excepção dos valores. Esses têm de ser imutáveis.
7- Gestão por Objetivos - Criada por Peter Drucker nos anos 50, a gestão por objetivos
(management by objectives - MBO) descreve um sistema de gestão em que os
trabalhadores e os gestores de topo definem em conjunto qual é o objetivo final do seu
trabalho, como o realizar, de que forma será avaliado e qual o tempo necessário à
concretização. É uma técnica popular em todo o mundo. Há, no entanto, três críticas
clássicas à sua aplicação: os gestores tendem a definir metas pouco ambiciosas ou
irrealistas; os objetivos raramente resultam de um processo participativo e
descentralizado; e não promove o trabalho de equipe.
10- Learning Organization - Criado por Chris Argyris, professor em Harvard, designa
por learning organizations (organização em constante aprendizagem) as empresas que
aprendem à medida que os seus trabalhadores vão ganhando novos conhecimentos. O
conceito é baseado na idéia de Argyris, chamada double-loop learning (quando os erros
são corrigidos através da alteração das normas empresariais que o causaram). Em 1990,
Peter Senge, professor do MIT, popularizou o conceito através do best-seller The Fifht
Discipline - The Art and Pratice of a Learning Organization.
12- Outsourcing - Trata-se de contratar uma entidade exterior à empresa para executar
serviços não estratégicos (que não produzem valor acrescentado para os clientes), em
vez de os produzir internamente. A grande vantagem reside na redução de custos que tal
opção implica. Talvez ainda seja mais importante o fato de o outsourcing libertar mais
tempo os executivos para se dedicarem mais às core competence (competências
estratégicas) da empresa. O conceito nasceu na área das tecnologias de informação. Tem
maior potencial de aplicação em indústrias dinâmicas, em que as pressões para cortes
nos custos são mais intensas, nomeadamente nos grupos empresariais que pretendem
seguir uma estratégia de integração vertical das suas atividades.
15- Sinergia - Refere-se à convicção de que dois mais dois podem ser cinco. Esta é uma
não evidência que serviu para justificar as injustificáveis operações de fusão e aquisição
que caracterizaram o mundo dos negócios nos anos 80. O conceito de sinergia,
introduzido por Igor Ansoff no livro Corporate Startegy, procura provar que duas
empresas juntas valem mais do que a soma das duas separadas. Se não existir sinergia
(ou se for negativa) não valerá a pena concretizar-se uma fusão ou aquisição. O conceito
pode ser aplicado em outras áreas, como alianças estratégicas, joint-ventures, acordos de
cooperação, relações das empresas com fornecedores ou clientes e equipes de trabalho
pluridisciplinares.