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RECIFE
2017
BERNADETE BIANCA DE LIRA MENDES
CLAYON MARTINS DOS SANTOS SILVA JUNIOR
DENILSON ALUIZIO DA SILVA
MARIA EDUARDA SOARES DE ALMEIDA PARENTE
RECIFE
2017
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................. 02
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 03
A ESTRUTURA ESCOLAR RESTRINGE A DIVERSIDADE NO
PROCESSO AVALIATIVO. ................................................................................................... 05
RESULTADOS ........................................................................................................................ 08
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 09
APÊNDICE .............................................................................................................................. 11
ANEXOS .................................................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 17
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RESUMO
O presente relatório tem como objetivo levar o leitor a uma análise e reflexão dos
aspectos educacionais, no âmbito estrutural escolar, e como isso implica na prática avaliativa
dos alunos sob a perspectiva apresentada pelo professor entrevistado. O objetivo da pesquisa é
investigar como o professor problematiza as relações entre os diferentes métodos e estratégias
de avaliação no âmbito educacional; e as perspectivas da estrutura escolar. O relatório foi
elaborado mediante pesquisa, entrevista e coleta de dados. Em seguida, estruturado da
seguinte forma: introdução, desenvolvimento das hipóteses e categorias, resultados,
considerações finais e anexos. Todos estes devidamente relacionados, sob as perspectivas de
cada participante da pesquisa e estudantes de Licenciatura em Ciências Sociais pela
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), bem como, contribuintes para futura prática
docente condizente e contextualizada com o cotidiano e aspecto social dos alunos. Deste
modo, temos um papel importante no que diz respeito ao pensamento coletivo, práticas/ações
disciplinares envolvidas no processo avaliativo. Tendo em vista estes aspectos necessários,
discorreremos, a seguir, as etapas da pesquisa, a qual nos trouxe uma reflexão sobre a
educação de modo holístico, com a livre contribuição da visão do docente em seu exercício, e
da nossa visão como graduandos, visto que, desejamos progresso e melhoria em todo âmbito
educacional no presente e futuro.
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INTRODUÇÃO
Educar, nem de longe é uma tarefa simples e rápida, além de ser complexa, ela pode
ser até mesmo longa, a depender de quem está sendo educado. O que dirá avaliar um
indivíduo e organizar todo o conteúdo a ser dado em sala de aula, desde o planejamento à
ação, exige não somente tempo e saber especializado, mas principalmente preparo, pois isso
garantirá a eficácia na hora de se atingir os objetivos estabelecidos.
O processo de ensino é direcionado por diversos fatores que integram o contexto no
qual está inserido. Tais fatores delimitam a maneira de ensinar e consequentemente de avaliar.
Perceber a dinâmica que permeia a escola é perceber o que é a escola, no sentido de
compreendê-la, não como uma instituição fora de seu contexto, mas sim imersa em uma teia
social ampla e complexa. É necessário, portanto, despir-se da concepção ingênua que a escola
é somente aquilo que está na legislação ou nos documentos que a norteiam.
Um bom exemplo dessa situação aparece na controvérsia que há do modo como a
LBD orienta o processo avaliativo e como ele acontece a partir da experiência, vejamos,
portanto o que a LDB (1996) diz no artigo 24 sobre avaliação:
Apesar de termos, nessa lei, avanços significativos os quais partem de estudos acerca
da prática pedagógica, observamos que, ainda hoje, tem-se reproduzido, no âmbito
educacional, padrões avaliativos de séculos passados. Isso é reafirmado a partir da coleta de
dados (ver apêndice A) feita para a presente análise que expõe o quanto os métodos
qualitativos ainda são marcantes no contexto escolar.
Dessa maneira, fugindo de uma conceitualização limitada, percebemos a estrutura
escolar abarcando aspectos formais e não formais que delimitam e organizam o processo de
ensino aprendizagem.
É importante, salientar como todo esse contexto constitui a forma pela qual são
conduzidos os métodos de ensino e avaliação que dizem respeito às práticas utilizadas pelos
educadores para propiciar o processo de desenvolvimento de conhecimento dos educandos.
Dessa forma, perceber a compilação desses fatores, juntamente com a relação que é
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1) Estrutura escolar: a estrutura escolar abrange aspectos formais e não formais que
delimitam e organizam o processo de ensino-aprendizagem. Os processos formais
incorporam as legislações educacionais nos âmbitos nacional, estadual e
municipal; a concepção filosófica da escola; a infraestrutura disponível para
subsidiar esse processo; e as competências da equipe pedagógica. Já os processos
que caracterizamos como não formais compreendem: situação socioeconômica do
discente; nível de escolaridade dos responsáveis; acesso ao capital cultural
hegemônico pelo educando; perspectiva pedagógica adotada pelo professor, assim
como um possível déficit na formação do docente enquanto licenciando. Todos
estes aspectos irão dizer muito sobre as limitações e também sobre os pontos fortes
da escola, consequentemente refletindo no corpo escolar de forma direta.
possuir uma: “uma visão bastante arcaica”. Tal afirmação faz emergir a problemática do papel
do professor como mediado do conhecimento que precisa entender os diversos contextos que
permeiam a sala de aula e os diversos padrões culturais que os alunos apresentam. Dessa
formar valorar a diversidade do pensamento em sala pode ser perigoso na medida que essa
relação professor-aluno também delimita o processo ensino-aprendizagem, salientando que tal
prerrogativa relacional é apontada pelo professor como importante na questão 18.6.
O professor conclui a entrevista levantando um ponto muito importante, já
mencionado. A avaliação é um momento fundamental da escola, e não somente dela, está em
toda parte e delimita como essa avaliação se desdobra no âmbito escolar. Dessa forma é
verídico que a estrutura escolar com toda sua abrangência e influência, que os métodos, e as
relações estabelecidas norteiam a avaliação. E para elém disso o contexto social, visto que os
métodos de classificação no contexto de ingresso acadêmico, no mercado de trabalho e na
própria universidade tem caráter classificatório.
Pensando no contexto social e na função docente, é preciso desdobrasse para tornar a
aprendizagem e a avaliação justa e significativa de modo que abarque tanto a uma perspectiva
pedagógica valida e uma função prática no contexto social. Seria esse então o desafio do
docente contemporâneo no que tane o processo avaliativo na educação básica, conseguir
desenvolver uma avaliação holística, ao mesmo tempo em que possibilite os alunos que
desejarem o ingresso na universidade, tudo isso dentro dessa estrutura escolar e seus diversos
desdobramentos.
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RESULTADOS
Nota-se que a pesquisa pôde gerar benefícios aos participantes (graduandos e docente),
direta e indiretamente, ao propiciar reflexões sobre elementos relacionados à influência da 1)
estrutura escolar (formal e não formal); 2) dos métodos de ensino e; 3) das relações
estabelecidas em sala de aula na prática avaliativa do professor no processo de ensino-
aprendizagem. Confirma-se a hipótese então que a estrutura escolar restringe os processos
avaliativos de modo que o professor precisa adotar uma postura alternativa para conseguir
desenvolver uma avaliação de forma justa e holística.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
nas escolas e aos alunos. É necessário saber encaixar as práticas avaliativas e de novos
saberes aos contextos e situações diferentes, tais como sua metodologia, pois vai determinar
de certa forma a visão acerca do que é transmitido, formando ideias, opiniões e propagação do
conhecimento, objetivo da educação.
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APÊNDICE A – ENTREVISTA
05. Qual a carga horária total semanal das aulas de sociologia? Segundo a perspectiva
pedagógica do docente, o tempo disponível para a realização das aulas é suficiente e gera
melhor rendimento para os alunos?
Resposta: Uma aula semanal. Essa carga horária não atende às necessidades para atendimento
do conteúdo programático e compromete até o andamento do conteúdo.
11. Existe alguma diferença na forma de relacionamento dos alunos bolsistas com outros
alunos, por ambos os lados, bem como no desempenho dos mesmos?
Resposta: Não.
15. Durante sua formação teve contato com disciplinas, ou mesmo buscou estudar as
diversas formas de estratégias de ensino, bem como, de avaliação?
Resposta: Sim.
18. Em uma escala de 0 a 10, onde 10 significa total aproveitamento e/ou concordância e
0 o oposto.
18.4 - Você acredita que as legislações vigentes para a educação brasileira, no nível e
modalidade que você desempenha o papel docente, contribuem para um melhor
aproveitamento?
Resposta: 08
18.5 - Você acredita que de acordo com o nível socioeconômico há uma mudança no
modo como o professor adota as estratégias e ensino e procede no método avaliativo?
Resposta: 08
19. Comente sobre os métodos de ensino que desenvolve em sala de aula e os métodos
avaliativos justificando o motivo da escolha.
Resposta: O conteúdo e trabalhado em cima de músicas e filmes, em algumas vezes, em
outros momentos os debates são bem salutares na hora de aplicar o conteúdo.
20. Comente o que julga relevante sobre o processo de avaliação do nível e modalidade
que desempenha a função docente.
Resposta: A avaliação é necessária, mas precisa ser reformulada também, deixar de ser
mecânica e ser mais dinâmica. Para isso, a estrutura de seleção para entrada nas universidades
deveria mudar, mas isso é uma mudança que levará muito tempo, quem sabe nós nem
tenhamos esse privilégio.
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Caso este termo de consentimento contenha informações que não lhe sejam
compreensíveis, as dúvidas podem ser tiradas com a pessoa que está lhe entrevistando e
apenas ao final, quando todos os esclarecimentos forem dados, caso concorde com a
realização do estudo, pedimos que assine ao final deste documento, que está em duas vias,
uma via lhe será entregue e a outra ficará com o(a) pesquisador(a) responsável.
Caso não concorde, não haverá penalização, bem como será possível retirar o
consentimento a qualquer momento, também sem nenhuma penalidade.
Nota-se que a pesquisa pode gerar benefícios aos participantes, direta e indiretamente,
ao propiciar reflexões sobre elementos relacionados à influência da estrutura escolar na
prática avaliativa do professor no processo de ensino-aprendizagem.
OBS:
Todas as informações desta pesquisa serão confidenciais e serão divulgadas apenas em
eventos ou publicações científicas, não havendo identificação do voluntário, a não ser entre os
responsáveis pelo estudo, sendo assegurado o sigilo sobre a sua participação. Os dados
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Assinatura do pesquisador responsável
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. LDB: Lei das Diretrizes e Bases da
Educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf> Acesso em 15 de set. 2017.