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ECLESIOLOGIA – A Doutrina da Igreja

Discussão em Aula
O Credo Niceno, no 3º artigo confere alguns adjetivos à Igreja: "E a igreja, uma santa,
católica e apostólica".

1 - A Igreja é UNA
O apóstolo Paulo, na epístola de Romanos, diz que embora sejamos muitos e
diferentes uns dos outros, “somos um e o mesmo corpo em Cristo1” e também ligados uns
com os outros por meio de um só corpo (Rm 12.5). Que corpo é esse do qual fazemos parte?
Este corpo é a igreja (Cl 1.24). Nos tornamos parte deste corpo quando no batismo fomos
purificados por meio da lavagem de água pela palavra (Ef 5.26). É por meio do batismo, ou
melhor, é por meio da fé instaurada em nós pelo Espírito do Santo que nos tornamos parte
desta igreja. Esta fé verdadeira, que se apega a Cristo e o seu sacrifício por nossos pecados,
nos une com todos os crentes neste sw/ma tou/ Cristou/ (corpo de Cristo).
Este caráter “una” é atemporal (Hb 11; desde o Éden a fé em Cristo tem sido o elo de
união na cristandade), supra-racial (Gl 3.28) e não está ligado a costumes (Apologia da
Confissão, VII e VIII, 183.31). Como podemos identificá-la? Podemos fazê-lo Com base em
Efésios 4. O texto diz que há um só corpo – a Igreja , um só Senhor – Jesus Cristo que é “o
cabeça” da Igreja, uma só fé – que nos conduz a Cristo, e um só batismo - onde somos
santificados pelo Espírito Santo. Müller argumenta que a igreja é “una” por estarem todos
unidos na única fé salvadora, a saber, a fé na obra expiatória de Cristo, concedida por graça.
Todos, pois, que confessarem esta fé estão inseridos na Igreja2.

2 – A Igreja é SANTA
Em Ef 5.25-27 o apóstolo Paulo faz uma analogia entre a relação marido/esposa para
demonstrar o amor e o sacrifício de Cristo em favor da Igreja, para que ela pudesse se
apresentar igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem
defeito. O que significa dizer que a igreja é santa? Significa que todos os que compõem esta
igreja são santos e que “os ímpios” não pertencem a Igreja de Cristo3. Os santos que fazem
parte da Igreja são aqueles que, por causa do sacrifício vicário de Jesus Cristo, foram
purificados por meio do batismo. Esta justificação não vem de suas próprias mãos, mas lhes é
imputada da parte de Cristo (Fp 3.9).

1
Rm 12.5: ou[twj oi` polloi. e]n sw/ma, evsmen evn Cristw/|( to. de. kaqV ei-j avllh,lwn me,lha
2
Müller, John Theodore; Dogmática Cristã, vol II, p. 227
3
Apologia da Confissão, VII e VIII, p. 177.8.
Por essa razão, somos santos e sem defeito perante Deus, como que “vistos através de
uma lente” - Cristo. Müller argumenta: todos os crentes possuem, pela fé, justiça plena em
Cristo. Esta justiça imputada os torna perfeitos à vista de Deus4. No entanto, ainda não
vivemos uma santidade plena. Müller complementa: segundo a sua iustitia vitae (justiça
própria do ser humano), continuam imperfeitos durante toda a vida5. Paulo fecha esse
assunto de uma forma magnífica em Fp 3.12-16:
“Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos,
quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das
coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo
para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos,
pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro
modo, também isto Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já
alcançamos”.

3 – A Igreja é CATÓLICA ou UNIVERSAL


Em 1 Co 1.2 o apóstolo Paulo faz a sua saudação à comunidade de Corinto.
Interessante que Paulo usa as palavras “igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados
em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. Entendemos por estas palavras
de Paulo que a evkklhsi,a| to/u qeo/u, UNA e SANTA , não se limita ao tempo ou espaço físico,
ou seja, não há como limitá-la a uma congregação física (Corinto) ou denominação religiosa
(IELB; ICAR). Na verdade, ela é CATÓLICA ou UNIVERSAL, ou seja, está presente em
todo lugar e em qualquer tempo, entre todos os que invocam o nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, e o confessam como Senhor sobre suas vidas. Um debate em aula sobre este atributo
da Igreja definiu que a “a Igreja é universal porque une a um só corpo todos os chamados pelo
Espírito Santo e que confessam a sua fé em Jesus Cristo e no seu sacrifício”. As Confissões
entendem o caráter universal da Igreja como pessoas dispersas por todo o mundo, unânimes
no evangelho, com o mesmo Cristo, o mesmo Espírito Santo e Sacramentos, embora não
tenham as mesma tradições6. Por isso não é de direito a nenhuma instituição religiosa,
requerer para si o título “Católica” ou “Universal” como detentoras da evkklhsi,a| tou/ qeo/u.
No período da reforma, o termo “católica” foi substituído por “cristã”. A Igreja é
“Universal” e atemporal devido ao seu fator integrante – a fé na promessa de salvação por
meio de Jesus Cristo. Nesta fé Abraão e tantos outros foram justificados (Gn 15.6; Rm 3.22).

4
Müller, John Theodore; Dogmática Cristã, vol II, p. 227
5
idem.
6
Apologia da Confissão, VII e VIII, p. 177.10.
Müller argumenta que o caráter universal da igreja compreende todos os crentes em Cristo de
todos os tempos e lugares, também no Antigo Testamento7.

4 – A Igreja é APOSTÓLICA
Um outro atributo da Igreja é o seu caráter apostólico. Em At 2.42 o autor do texto diz dos
cristãos: “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações”. Também em Ef 2.20 Paulo escreve: “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e
profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. No primeiro texto, a frase de
destaque é didach/| tw/n avposto,lwn. O que é esse “ensino dos apóstolos” senão o próprio
evangelho de Cristo. Antes de subir aos céus Jesus incumbiu seus apóstolos para proclamarem
tudo o que tinham visto e ouvido a respeito da salvação (Mt 28.18-20), e os pôs como
ministros da sua Palavra (Jo 20.21). No segundo texto o destaque é qemeli,w| tw/n avposto,lwn
kai. profhtw/n. O fundamento é a base para qualquer construção. A sua segurança depende de
um fundamento firme e bem estruturado. Cristo não é apenas o fundamento, mas a pedra
principal que o compõe (At 4.11; 1Co 3.11; 2Tm 2.19). Este fundamento estava presente não
apenas pelo ensino dos apóstolos, mas já fazia parte das profecias no Antigo Testamento.
Logo, o ensino dos apóstolos é o ensino do próprio Cristo. Portanto, a afirmação como Igreja
Apostólica se deve ao seu início temporal através da pregação doutrinária exposta pelos
apóstolos ou como Müller aponta: é a reunião dos que crêem em Cristo por meio da pregação
vinda dos apóstolos8.

Professor: Gerson Linden


Aluno: Érisson Lima Ferreira
Apresentado em maio de 2004

7
Müller, John Theodore; Dogmática Cristã, vol II, p. 228.
8
Idem.

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