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Endodontia II
Helinaldo
Helinaldo Corrêa da Conceição Universidade do Estado do Amazonas
helinaldouea@gmail.com
04/03/2015
Helinaldo Correa nasceu em Manicoré Amazonas em 19-11-1985
Curriculum Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4462273Y5
Blogger: http://correamani.blogspot.com.br/
Wordpress: http://helinaldouea.wordpress.com
Twitter: https://twitter.com/Aldohelinaldo
Endodontia II
1. Medicação intracanal
2. Tratamento endodôntico em dentes vivos e necrosados
3. Doenças da polpa dental
4. Doenças do Periápice
5. Traumatismo Dental
6. Tratamento endodôntico em dentes com rizogênese incompleta
7. Instrumentação de Molares
8. Urgências e Emergências em Endodontia
9. Técnicas anestésicas mais utilizadas em Endodontia
1º pré-molar inferior
Objetivos da endodontia:
• Instrumentação manual
• Instrumentação mecanizada (instrumentação usada: lima de níquel titânio
movidos a motor)
• Soluções irrigadoras ( hipoclorito de sódio, clorexidina, EDTA 17%)
• EDTA por 3 minutos, e então, eram irrigados, novamente, com 3 ml de
hipoclorito de sódio. Quanto à utilização do EDTA, na endodontia, ele tem o seu
uso consagrado na eliminação da lama dentinária (smear-layer) após o preparo
químico-mecânico dos canais radiculares (Moraes et al, 2000)
Limite CDC (canal dentina-cemento 0,5mm) trabalhamos até o canal dentinário, por
isso instrumentamos a até 0,5 mm do final do canal.
Biopulpectomia ou Pulpectomia
É indicada para dentes com vitalidade. Pulpectomia é a remoção da polpa sã, porém o
dente tá hígido, sem doença nenhuma, o dente tá vivo, ou em dentes que está doendo a
carie já atingiu a polpa.
Indicações
Técnica
1. Raio-x inicial ( pra ver a raiz, se tem curvatura, se ela está totalmente formada)
Encontrar o CTP, que é o tamanho do dente - 4mm de segurança.
2. Cirurgia de acesso (objetivo da cirurgia de acesso é o acesso direto aos sistemas
de canais radiculares, pra melhorar a limpeza a desinfecção e a obturação do
canal).
3. Isolamento absoluto
4. Descolar a polpa (descolar os prolongamentos odontoblástico da parede do
canal, usando uma lima 10 ou 15, coloco um stop no CTP entro e saiu com a
lima, contra as paredes do canal)
5. Uso da extirpa polpa (porém não se usa mais)
Obs: dente bio o ideal é que seja feita em sessão única, pois não tem infecção.
• Terço cervical
• Terço médio
• Terço apical
Técnica
1. Raio-x inicial
Calculo r o CTP, que é o tamanho do dente - 4mm de segurança.
2. Cirurgia de acesso
3. Isolamento absoluto
4. Selecionar um instrumento que trave na embocadura do canal
#70---14mm
#60---16mm
Obs: Dentes BIO você pode deixar até 2 mm do ápice, mais na clinica deixar sempre
com 0,5 assim como pra necro também.
As doenças da polpa se dão por alguns motivos. O principal é o microbiano. Ex.: cárie.
É cheia de microrganismos, toxinas que agridem a polpa e aí começa a desenvolver a
doença pulpar.
fatores fatores
fatores físicos
microbianos quimicos
•Cárie dental; •Materiais •Traumas;
•Infecção retrógada; forradores e •Térmicos;
•Infecção via restauradores •Mudanças
hematogênica; definitivos; barométricas;
•Fratura dental; •Condicionamento
•Procedimentos •Radiação
ácido da
operatórios polpa/dentina
iatrogênicos
Estímulo químico; cavidade muito profunda tirou o tecido cariado, não atingiu a polpa,
mas fez o ataque ácido agrediu a polpa de maneira irreversível.
Vou precisar dessas informações pra fechar o diagnóstico. Claro que preciso fazer os
testes. Só de olhar numa radiografia, por exemplo, eu não tenho como afirmar. Se for
uma cavidade muito profunda... será que expôs a polpa? Será que não expôs? Será que
não é só uma sobreposição de imagem? Por isso preciso fazer os testes.
Endoice: faz o isolamento relativo, seca o dente, faz a bolinha de algodão, aperta o
spray e coloca a bolinha no dente (o mais cervical possível, se tiver cárie, põe lá). A
técnica usada é dizer por paciente pra levantar o braço se sentir desconforto (nunca dizer
“dor” pro paciente) e conforme esse desconforto for diminuindo, ele vai abaixar o
braço. Se não sentir nada, é porque o dente já está necrosado. É bom fazer em outro
dente, sadio, pra ver o limiar de dor. Se tiver vivo, TEM que doer.
Comentário do Romilton:
Na aguda, temos:
• - Pulpite reversível.
• - Fase de transição
• - Pulpite irreversível sintomática
Obs.: A fase de transição é só a nível didático. O que vai existir mesmo, na
nomenclatura atual, é pulpite reversível e irreversível.
Na crônica:
• - Pulpite irreversível assintomática (agravamento da aguda)
Então vamos nos deparar com algumas questões, casos que precisa fazer endo
e casos que não precisa fazer endo.
PULPITE REVERSÍVEL
Vou precisar fazer endo? Não, porque como o próprio nome diz, ela é reversível, ainda
dá pra reverter o caso. O que é pulpite reversível? Basicamente é a cárie e como a cárie
dói, vamos ter aquela dor aguda, localizada.
Como vou saber se vou fazer a endo ou não? Geralmente não tem exposição pulpar,
então ela vai ser uma dor curta, que quando você põe o estímulo, ele sente que doeu e
parou rápido, já é um quadro diferente. Então você olha e como não tem exposição
pulpar e a dor é provocada (geralmente com gelo, e é uma dor curta) e localizada. Já
vamos saber que é uma pulpite reversível.
Helinaldo Corrêa da Conceição
helinaldouea@gmail.com
O tratamento aqui é a remoção da cárie, fazer um tratamento expectante se tiver muito
profunda. Aqui o dente tá vivo, dor de curta duração, sem dor a palpação e percussão e
finaliza com uma radiografia pra fechar o diagnóstico.
Prognósticos da polpa e do dente são favoráveis.
A pulpite reversível tem outro nome histológico, que é HIPEREMIA PULPAR, onde
tem só uma dilatação e aumento de vasos dentro da polpa.
Se não tratada a causa, evolui pra uma pulpite irreversível (pulpite serosa ou pulpite
em fase de transição). Trata-se da fase inicial da pulpite aguda (irreversível). Dentro da
polpa, além dos fenômenos vasculares, vai ter exsudato seroso, por isso o nome de
pulpite serosa ( a nível histológico). Posso observar uma congestão, edema, infiltração
moderada de neutrófilo e hemorragia, tudo isso dentro da polpa. O nome dessa
pulpite na clínica vai ser pulpite irreversível sintomática e, a nível histológico, pulpite
serosa. Ela é o inicio da pulpite irreversível e aqui a dor já é com um declínio lento. O
uso de analgésico pelo paciente resolve no início, depois já não resolve. Tem que
atuar na causa pra resolver o problema.
LOCALIZADA: Fácil de estabelecer o dente envolvido, paciente sabe qual dente
que está causando a dor;
FREQUÊNCIA:
PROGNÓSTICO:
o Desfavorável para a polpa. Dependendo do caso, pode ser favorável ou não para
o dente, porque já é endodontia, não tem outro jeito.
Nesse caso ainda continua sendo pulpite irreversível, a nível histológico já representa
pulpite purulenta. Em alguns livros iremos ver pulpite purulenta, pulpite irreversível
assintomática.
Por que aqui é ao contrário? Porque logo no início é um fenômeno vascular, ocorre um
aumento de vasos lá. Quando se coloca gelo, acontece a vasoconstrição e assim, a
sensação de alívio. Paciente diz que o dente dói muito, mas quando toma água gelada
passa, por isso que ele costuma fazer compressa de gelo. Por isso
que é o contrario, quando ele toma alguma coisa quente piora, pois já tem pus, e quando
você coloca ocorre a vasodilatação.
As três pulpites são uma evolução uma da outra, a pulpite reversível começa só com a
hiperemia pulpar por conta da cárie, tem um agente agressor, logo terá um sistema de
defesa, ou seja, é só um fenômeno vascular, por isso que é hiperemia, mas o nome
clínico é pulpite reversível.
Pulpite reversível evolui para pulpite irreversível, isso clinicamente. Então, das pulpites
agudas, na clinica só teremos pulpite reversível ou pulpite irreversível.
Pulpite reversível não é feito canal, só remove a carie, restaura, faz-se tratamento
expectante. Quando eu vou fazer endodontia numa pulpite reversível? Porque às vezes,
a cárie está muito profunda, e quando ela vai sendo removida, falta muito pouco para
expor a polpa, e coloca-se Dycal®, forramento e sela. Esperam-se alguns dias para
saber se vai ter reação dolorosa ou não. Caso tenha relato de dor, é porque já foram
usadas brocas, o que já afetou a polpa, passando-a de reversível para irreversível.
Não é necessário que haja exposição pulpar para que se torne pulpite irreversível. Os
prolongamentos odontoblásticos dos túbulos dentinários dentinários estão sendo
afetados, o que vai afetar a polpa também. A cárie, mesmo na superfície, libera
endotoxinas que vão afetar os túbulos dentinários, que às vezes irá afetar de forma
irreversível o local.
A pulpite irreversível possui início e fim. No inicio, ela é localizada, é uma dor que é
longa, mas ainda é mais suportável, apesar de doer muito. Costuma doer e parar e
Helinaldo Corrêa da Conceição
helinaldouea@gmail.com
também cessa com analgésico e histologicamente é pulpite serosa, pois tem exsudato
seroso, tem células de defesa. Já expôs a polpa, vai ter que realizar o canal. Alguém
pergunta: Radiograficamente vai ter alguma lesão periapical? Não, pois para ter lesão
periapical o dente tem que estar necrosado. Em todos esses aqui o dente está vivo, pois
ele está respondendo. Se colocar o Endo-ice®, o dente vai doer. Deitado, aumenta a
pressão intracraniana, o que pode fazer doer mais.
DURAÇÃO DA DOR: prolongada, às vezes pode cessar com o gelo. Aqui, às vezes, dói
tanto que o paciente não sabe dizer onde dói;
Quando é que eu vou ter dor à percussão? Quando começa a envolver o periápice..
Então, DIFUSA, DIFÍCIL LOCALIZAÇÃO, A FREQUENCIA AQUI É
CONTÍNUA, VAI DOER E NÃO VAI MAIS PARAR. O prognóstico para a polpa
também não é favorável.
Ele fica mostrando no slide “aqui é polpa, polpa, polpa”. Acontece com individuo
jovem, mais com criança 12-13 anos, tem a pulpite hiperplásica, a polpa cresceu, tecido
de granulação, fibroso, número de vasos sanguíneos elevados. Quando vai doer?
Quando ela morder alguma coisa em cima, ou cutucar com uma sonda, mas geralmente
não dói, ausência de dor espontânea, apenas dor provocada. No momento que ela for
pressionada, terá presença de dor.
Uma inflamação crônica tem exposição pulpar ulcerada, também não dói e qualquer
obstrução da cavidade impedindo a drenagem natural da polpa afetada, pode agudizar o
processo. Nesse caso a polpa tem uma aparência de ulcerada, parece que ela está ferida,
“quando a gente faz a pulpotomia quando é tirada apenas a polpa coronária e fica o
vermelho na luz do canal, ela é desse mesmo jeito”, e ela não dói, o dente está aberto,
ela tá com o aspecto de ferida, mas não dói. Quando ela vai doer? Dá o exemplo do
cara no sitio que comeu a goiaba e a semente no dente, obstruindo o canal. Quando não
tem nada obstruindo ela está fazendo a drenagem natural, obstruiu e começa a gerar
pressão, gerando a dor.
Normal ela não dói, mas pode agudizar, quando ela é obstruída “qualquer obstrução da
cavidade impedindo a drenagem natural da polpa afetada, pode agudizar o processo”, no
caso que era crônica com a obstrução pode agudizar.
Nódulos de Calcificação
Uma doença na polpa, esses nódulos aparecem na polpa, está relacionado com a idade,
as pessoas mais velhas tem nódulos mais frequente. A etiologia não é conhecida, mais
fator de idade, trauma, muita força mastigatória em determinado elemento onde a polpa
acaba fibrosando, e calcifica, tendo os nódulos pulpares. Radiograficamente aparece
dentro da polpa umas imagens radiopacas, a polpa tem que ser radiolúcida, mas aparece
algumas imagens radiopacas. “Dói? Não! O que eu tenho com isso?” Se for preciso
fazer o canal, e no momento de abrir o dente “tem uma pedra”, e não é fácil fazer o
acesso, e com mais calculo pulpar fica mais difícil fazer a endo. Ela começa aqui, mas
pode formar em todo o canal, vai da câmara pulpar para a raiz.
Reabsorção Interna
Acho que é feito uma pergunta sobre a mancha rosa se é extravasamento, ele diz
que não, mas sim a localização, no caso em questão ela está bem no meio, ela pode ser
em algumas posições, e quando ela tá na região cervical, perto do colo do dente, da
coroa, da a impressão de mancha rosa, porque a polpa aumenta e como o esmalte é
translucido vai mostrar a cor da polpa. E no caso em questão não tem como a coroa
estar rosa, pois a reabsorção está lá embaixo.
Se for uma lesão muito cervical e eu colocar a guta-percha na coroa, ela vai ficar
escura? Pode ser que fique escuro, mas eu primeiro trato depois a parte estética, só não
vai perder o dente. Mas pode fazer uma faceta de porcelana, uma coroa, faceta direta,
desgasta e coloca uma lâmina de porcelana.
Etiologia
Helinaldo Corrêa da Conceição
helinaldouea@gmail.com
Físico = instrumentação, trauma, sob obturação (cone de guta percha
passando 1mm)
Químico = Medicação intracanal
Bacteriano = bactéria (baixa intensidade)
Progressão das inflamações pulpares
Sequela de um abscesso apical agudo
Tratamento inadequado do canal
Quadro Clínico
Geralmente assintomático
Detectado pelo exame radiográfico
Pode estar associado a uma fístula
Tipos de Patologia
Pericementite crônica
Abscesso apical crônico
Granuloma apical
Cisto apical
Pericementite crônica
Processo de evolução lenta e sintomatologia leve ( dor surda ).
Excetuando as originadas a partir de condição traumática
Fase de transição – Granuloma apical.
Abscesso apical crônico
Assintomático
Reabsorção óssea circunscrita
Podem chegar até 10 mm
Percussão - Negativa
Mobilidade - Negativa
Palpação - Negativa
Teste de vitalidade - Negativa
Cisto apical
Cisto baia
Simon denomina de cisto baia uma lesão inflamatória apical com epitélio tapizando uma
cavidade interrompida pelo ápice, que se acha protruso no interior da cavidade.
Cisto verdadeiro
Uma lesão inflamatória com epitélio recobrindo completamente uma cavidade sem a
abertura ou a conexão do forame apical e canal radicular.
4 a 30 % da população em geral
Etiologia
Anatomia
Convulsões
Maloclusões
Quedas/Colisões
Espancamento
Aspectos radiográficos
Ápice aberto
Aspectos histológicos
Lima Hedströem
Chamadas de limas H, são torneadas a partir de uma haste circular com uma canaleta.
São muito eficazes de seu bordo cortante sobre a dentina. Não deve ser giradas, pois são
ineficazes e podem fraturar. Estão indicadas na instrumentação de canais retos e na
preparação do terço cervical antecedendo o uso de limas de Gates-Glidden ou do uso do
Orifice Shapers.
(Lima Hedströem)
Nós iremos levar o Ca(OH)2 ao canal em veículos aquosos (água destilada, soro
fisiológico, solução anestésica) ou oleosos(glicerina, paramono, azeite de oliva).
Professor fala da Pasta Calen, que foi desenvolvida pelo professor Mário Leonardo.
Ela é composta por Ca(OH)2, Paramonoclorofenol canforado e Polietilenoglicol, você
compra na dental. Como usa? Tem um tubete de glicerina e a seringa ML (Mario
Leonardo), aí você tira o embolo, coloca a agulha e enche com glicerina pra lubrificar
a saída da agulha. Depois tira o tubete de glicerina, coloca a pasta e preenche todo o
canal.
O cone de guta não vai travar no ápice, então temos que ter a barreira com Ca(OH)2 ou
fazer um tampão de MTA pra fazer o limite.
MTA
Molar inferior
Então a grande dificuldade desse dente é a sua complexa anatomia. Ele tem um sistema
de canais dentro de si que dificulta bastante à limpeza. Se você for fazer um dente molar
hoje, tem que ter níquel-titânio. Se for fazer um dente molar com a lima manual não dá.
Além de ser cientificamente errado você está fazendo um procedimento atrasado. Por
quê? Por causa das curvaturas fisiológicas da raiz dele. E isso dificulta a ação do
instrumento manual. A partir da lima 25 atuando no molar, você já tem desvio nas
raízes mesiais dos molares inferiores e nos canais vestibulares dos molares
superiores, o palatino é um incisivo central e o canal distal quando se encontra
apenas um também é um incisivo. Ou seja, a lima 25 é a última que pode atuar no
molar. A 30 já desvia porque o aço dela é muito resistente. Não tem flexibilidade.
Mas aqui vamos aprender a técnica com a protaper manual. Chamamos isso de técnica
híbrida. Uma técnica que a gente mesmo desenvolveu. Então a técnica é a seguinte:
primeira coisa, bom e velho CTP, se você sabe o comprimento médio do dente, esse
Então vamos acessar, o quê que é importante na hora de acessar? Raio-x inicial pra você
ter uma documentação, você vai realizar a abertura coronária visualizando primeiro o
ponto de eleição. O ponto de eleição do molar é bem no centro do dente, com a broca
esférica até cair no vazio. Depois vamos lembrar a direção de trepanação, qual que é
essa direção? Paralelo ao longo eixo do dente. Diferente dos incisivos e caninos que
você entra perpendicular ao longo eixo do dente num ângulo de 45 graus ou 90 graus.
No molar SEMPRE É PARALELO. Pra quem está começando é bom sempre medir na
radiografia pra verificar quanto deve entrar com a broca. Quando eu caio no vazio, o
que proporciona? TETO. Teto são áreas que podem conter contaminação ou polpa
necrosada, então eu tenho que remover isso. Eu começo removendo com a própria broca
esférica, jogo ela um pouquinho para o lado e vou removendo de dentro pra fora. Então
faço isso em todas as paredes. Pego o explorador para verificar se ainda tem teto, se
travar ainda tem teto. Então continuo removendo. Depois disso uso uma broca tronco-
cônica pra dar divergências às paredes , deixando elas todas lisas sem irregularidades.
Podemos optar pelo endo-Z (endo-zecria) a desvantagem dessa broca é o preço. Então
podemos usar uma 2082 que é diamantada, e ela não tem corte na ponta. Mas com o
tempo você vai precisar do corte na ponta. No molar, ainda tem uma característica
anatômica que vai dificultar nossa instrumentação, que é uma área que seria a cópia da
região do ligamento para dentro da raiz (da junção cemento-esmalte pra dentro da raiz)
essa área é determinada constrição cervical. E isso dificulta a entrada da lima, essa
“barriguinha” vai jogar minha lima para o outro lado. Eu entro no canal mesial e a
minha lima esta para a distal, entenderam? Então eu tenho que tirar essa constrição com
o meu preparador cervical: uma gattes ou um largo, pra que a minha lima entre reto no
canal. Outra situação é que as outras paredes vão sendo prejudicadas em relação à
A forma final do molar inferior é trapezoidal, com a base maior para mesial. Então
tenho 2 canais na mesial e 1 na distal, posso ter dois na distal também.
Então vamos lá, acesso do molar inferior, temos o canal disto vestibular, canal mesio
vestibular temos: o rostrum canalis que é uma linha que leva você ao canal. E temos
também o canal distal. O molar inferior pode ter 4 canais também, mesio vestibular
,mesio lingual, disto vestibular e distolingual.
E o molar superior? Como que ele é? A mesma coisa. Ponto de eleição no mesmo local.
Tem autor que manda você preservar a ponte de esmalte, mas você tem que fazer o
canal, se a ponte de esmalte não ficar beleza...DANE-SE. Você tem que acessar, a lima
deve entrar reta no canal independente de ponte de esmalte. Broca esférica paralela ao
longo eixo dos dentes. Cair no vazio, dar forma de conveniência e fazer desgaste
compensatório, remoção da constrição cervical. Alguns autores mandam você fazer uma
leve inclinação pra palatina, por quê? Porque o canal palatino é o maior. Uso meu
explorador pra ver se eu retirei todo teto, ele deve passar liso. E no final passo uma
tronco-conica ou uma endo Z pra deixar lisa a parede. O primeiro molar superior que é
o bixo, por que ? 4 canais. O quarto canal esta na raiz mesial que é mais grossa. Vou
cair no vazio,inclino um pouquinho pra palatina e acho o canal palatino,o outro canal
que eu tenho que localizar é o mesiovestibular, então eu vou desgastando a mesio
(cúspide). Numa linha reta entre o mesio e o palatino eu tenho o quarto canal ou
mesiopalatino. Ai depois eu faço um semicírculo entre o mesial e o palatino, o canal
distovestibular pode estar em qualquer lugar neste semicírculo, então eu vou cutucando
ate achar.eles estão bem pertinho um do outro. Nunca estão longe um do outro. No
máximo 2 ou 3 mm de distância. A forma final é triangular com base maior pra
vestibular, que é onde estão os dois canais (mesio e o disto).
Vou fazer agora o cateterismo, com uma lima fina pra conhecer o canal, oscilando e
forçando pra baixo. Isso é super importante, porque vai mostrar pra você as dificuldades
que você vai ter no tratamento do molar. Verificar se ta entrando reto. Entrar com a #10
até o CTP. Fazer a mesma coisa com a #15. (antes disso você já fez isolamento) a #15
Helinaldo Corrêa da Conceição
helinaldouea@gmail.com
também deve chegar legal no CTP. Faz a mesma coisa com a #20, mas essa não tem a
obrigação de chegar no CTP, porque dependendo do tamanho da região apical onde ela
chegou , ela pode levar bactéria pra região periapical. A #10 e a #15 entram no meio da
bactéria , sem leva-las para o periápice. A #20 como já é mais gordinha pode levar. Por
isso ela não tem a obrigação de chegar onde a #10 e a #15 chegaram anteriormente. Isso
para canal atresico. Então coloquei aqui didaticamente, CTP-2, só pra vocês terem uma
medida. Pra facilitar o aprendizado. Então a 10 e a 15 podem entrar legal, e a 20 na
medida menos 2. Se ela entrar todo não tem problema. E por fim cateterismo com a #25.
A 25 tem menos obrigação ainda de entrar ate onde as outras chegaram. A 25 entra só
pra delimitar a embocadura do canal , pra gattes entrar sem forçar muito, sem desviar o
canal. Então didaticamente a #25 entra em ctp-3mm. Agora você vai fazer o preparo
cervical com a broca largo 1 e 2 de 28mm. Como ela é pequenininha, você pode entrar
com ela inteira, então na hora que o contra-ângulo tocar na cúspide você já sabe que ta
bom, sem precisar medir (se o dente tiver coroa). No canal distal do inferior ou no
palatino do superior você pode usar a 3 pra definir a região cervical. A largo também
faz desinfecção e favorece a irrigação. Depois de usar a gattes ou a largo, você vai fazer
a odontometria, você vai colocar as limas no canal até o CTP e radiografar. Confirmou a
odontometria, vai preparar o terço apical. Com as mesmas limas...15,20,25. Por quê?
Porque a 25 é a ultima a ter elasticidade aceitável para atuar no molar. Então você vai
instrumentar o terço apical com essas limas no CTR. A partir da 30 pode ter desvio.
Usamos o aço porque é mais resistente que o níquel-titânio, a parte mais fragio do
níquel – titânio é a ponta. No distal inferior ou palatino dos superiores, por ele serem
retos e volumosos eu tenho que continuar. Então uso a 30,35 e 40. Por quê? Porque eles
são retos e amplos. As raízes curvas dos molares são? A mesial do inferior, e as
vestibular do superior. Então como elas são retas posso usar aço-inox (distal do inferior
e palatina do superior). Na raiz mesial eu vou utilizar o sistema protaper, então eu vou
usar a branca que é a S2 e a ponta 19, a ponta dela parece uma lima 19. Porém esse
sistema tem uma característica especial, ele tem conicidade variada. Não que nem a
nossa lima manual que tem uma conicidade fixa de taper 2. Sobe de dois em dois até o
cabo. Essa não, no começo é taper 2 , depois taper 5 , isso tudo pra você usar menos
lima na instrumentação. É o único instrumento do mercado que tem conicidade variada,
todos os outros têm conicidade fixa. Então pra finalizar a instrumentação eu uso a s2
Helinaldo Corrêa da Conceição
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que é o branquinho e a F1 que são limas de preparo apical. S=shaper (limas pra preparo
cervical) e F=finish (limas pra preparo apical). Então terminamos com a F1. Essa é a
técnica hibrida que a gente preconiza aqui na universidade. SÓ A GENTE NO MUNDO
FAZ ASSIM! NINGUÉM MAIS.
O sistema protaper são 8 instrumentos. Ele faz a modelagem com limas especiais, eles
têm cone de papel especial com o mesmo diâmetro da lima e cones de guta-percha
especial com o mesmo diâmetro da lima. Você usa só 1 então. Poe o cone lá e está
obturado o canal. Corta e condensa. Você não precisa ficar enchendo de acessório.
Lembrar sempre da manobra de patência. O quê que é a potência? Passar um
pouquinho do CTR pra desobstruir a área que pode não ter sido instrumentada.
As limas de potência universais são 10 e 15. Dente com lesão apical é obrigatório.
E por fim, obturação. A técnica que utilizamos pra obturar é a técnica da compressão
hidráulica que esta descrita do hélio pereira Lopes. Vocês devem dar uma lida nisso.
Essa compressão é você pegar um cone M , se você terminou na F1. No canal distal o
palatino você vai colar um cone M + 2 ou 3 acessórios. E na raiz mesial técnica hibrida.
Emergência é quando há risco de morte. Dificilmente nós vamos pegar um paciente com
risco de morte, eu nunca ouvir dizer que um cara morreu por estar com dor de dente. A
pessoa sente muita dor, porque já está interferindo na vida do cara, então temos que
intervir. Claro que infecções cruzadas, generalizadas podem levar a óbito mas não uma
dor dente.
Na urgência, não tem aquela questão de atender a pessoa naquele momento. Você pode
marcar outra consulta, quando a pessoa quebrou a restauração por exemplo, claro que
está incomodando, machucando a gengiva e a língua, entrando alimento, dando mau
cheiro, porém é algo que dar pra esperar. Mas quando o cara chega desesperado de dor,
e não conseguiu dormir, nem comer, nem dirigir, nesse caso já é uma situação que eu
tenho que intervir o mais rápido possível.
Torabinejad dá uma dica de fazer algumas perguntas pra você saber diferenciar quando
vai ser uma urgência ou emergência:
Então, após isso, você vai fechar o diagnóstico. Se for uma emergência, ele vai ter que
fazer um tratamento imediato, quando o paciente está com muita dor . Se for urgência,
eu vou marcar uma consulta( conveniência), em pacientes que precisam de atendimento
mas podem esperar para serem atendidos em outra consulta, está incomodando mas
pode esperar.
Limite de tempo:
Dor intensa;
Test positivo de percussão e as vezes palpação;
Dor ao toque, o paciente sente o dente crescido;
Radiograficamente pode haver ou não o espessamento do lig.
periodontal
OBS: Deve-se tomar cuidado com pré-molar, na hora de usar o cotosol, pois ele toma
presa por expansão e quando ele entra em contato com a umidade ele vai começar a
tomar presa, aí ele expande. Se o pré-molar estiver só com a parede vest. e ling. e vc põe
o cotosol, na outra consulta o paciente volta sem a coroa. Então deve-se usar CIV.
Complicações do AAA
Sinusite Maxilar.
LENZi, Henrique et al. Ação do EDTA sobre a camada residual nos terços cervical,
médio e apical do canal radícula. R. Ci. méd. biol., Salvador, v. 2, n. 2, p. 208-218,
jul./dez. 2003