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MEIO.
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
ARTIGO 184.
Elaborado por:
Elias Pereira
O conteúdo desta apostila é de inteira Setembro 2006
responsabilidade do autor (a).
CRC SP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional.
1 - Introdução
2 - Reavaliação – Fontes de Consultas
2.1 - Contabilização da Re-avaliação
3 - Diferimento da Tributação
3.1 - Reavaliação de Bens na Coligada ou Controlada
4 - Tributação e Realização da Reserva de Reavaliação
1 – Introdução
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A Lei 6.404/76 (também chamada Lei das S/A), em seu artigo 8º, admite a
possibilidade de se avaliarem os ativos de uma companhia pelo seu valor de
mercado, chamando isto de reavaliação.
O LAUDO DE AVALIAÇÃO
O laudo, para se proceder à reavaliação, deve ser elaborado por três peritos, ou
então por uma empresa especializada, nomeados em Assembléia, devendo
conter, no mínimo as seguintes informações:
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CONTABILIZAÇÃO DA REAVALIAÇÃO
O ativo, com novo valor contábil, não precisa estar subdividido. É recomendável
para fins de controle contábil, o controle do valor reavaliado será efetuado na
conta de reserva, do patrimônio líquido
Exemplo:
DATA DA CONTABILIZAÇÃO
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Exemplo:
Exemplo:
Lançamento contábil:
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Exemplo:
Exemplo:
Valor
Reavaliação
Item Avaliação R$ Contábil
R$
R$
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Contabilização:
a) Registro como receita não operacional, até o limite do ajuste devedor do bem:
Exemplo:
Contabilização:
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REAVALIAÇÕES SUBSEQUENTES
Exemplo:
Cálculo da redução:
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O passivo dos tributos incidentes sobre a reserva de reavaliação não deve ser
constituído para ativos que não se realizam por depreciação, amortização ou
exaustão, como é o caso de terrenos, e para os quais não haja qualquer
perspectiva de realização por alienação.
DIVULGAÇÃO
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DIFERIMENTO DA TRIBUTAÇÃO
Esta regra vigorou, para os bens reavaliados, até 31.12.1999, pois a partir de
01.01.2000, a Lei 9.959/2000, em seu artigo 4, dispôs que a contrapartida da
reavaliação de quaisquer bens somente será computada no lucro real ou em
conta de resultados quando ocorrer a efetiva realização do bem reavaliado.
Exemplo:
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Exemplo:
Imóvel 1 R$ 200.000,00
Imóvel 2 R$ 100.000,00
Lançamento contábil:
D – Ativo Permanente
C – Reserva de Reavaliação R$ 80.000,00
Assim, ao final dos seis anos de vida útil restantes, o valor da depreciação
acumulada atingirá o valor do bem, de R$ 180.000,00 (60.000,00 + 6 x
20.000,00).
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Exemplo:
Lançamento contábil:
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Exemplo:
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Na situação 2, deve-se calcular o valor que excede ao ágio, pois este deve ser
amortizado, antes da contabilização à conta de resultado ou a reserva de
reavaliação.
ou
Mas, para fins de planejamento tributário, pode ser interessante contabilizar este
excesso (R$ 100.000,00 como no exemplo anterior) a crédito de Reserva de
Reavaliação, visando diferir tal tributação, da seguinte forma:
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Exemplo:
DATA – BASE
Os acréscimos ou os decréscimos na conta de investimentos, que correspondam à
porcentagem de participação da investidora sobre a reserva de reavaliação
constituída (realizada ou revertida) pela controlada ou coligada, devem ser
registrados na mesma data-base em que tiverem sido reconhecidos na investida,
em conta própria que identifique tratar-se de reavaliação de controlada ou
coligada.
REALIZAÇÃO
A entidade deve considerar realizados os valores de reavaliação de seus bens e os
de suas controladas ou coligadas, cujos investimentos são avaliados por
equivalência patrimonial, à medida que ocorrer um dos seguintes fatos:
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D – Ativo Permanente
C – Reserva de Reavaliação – Patrimônio Líquido R$ 20.000,00
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1) Lançamento da venda:
D – Contas a Receber
C – Resultado na Venda de Bens do Imobilizado
R$ 46.000,00
D – Depreciação acumulada
C – Resultado na Venda de Bens do Imobilizado
R$ 64.000,00
Como já vimos, esta realização, segundo a legislação tributária, pode ser feita de
duas maneiras:
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A tributação pelo PIS e COFINS incide sobre o total das receitas, sendo que a
realização contábil da Reserva de Reavaliação é tributável pelo PIS e COFINS,
pois constitui-se receita (transferência credora da conta Reserva de Reavaliação):
Desta forma, para fins de planejamento tributário, é mais interessante optar pela
sistemática “b” (realização da reserva de reavaliação mediante crédito a Lucros
Acumulados), já que a opção “a” representará um ônus tributário de, no mínimo,
0,65% ou 1,65% de PIS e 3% ou 7,6% de COFINS sobre o valor de lançamento
contábil.
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O lançamento será:
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Descrição Valor R$
1. Valor contábil do bem (R$ 200.000 menos R$
120.000) 80.000,00
2. Valor da reavaliação (R$ 100.000 menos R$
80.000) 20.000,00
3. Valor da depreciação “normal” por ano, caso não
houvesse a reavaliação: R$ 200.000 x 10% 20.000,00
4. Valor da depreciação conforme Laudo de Avaliação:
R$ 100.000 dividido por 3 anos 33.333.32
5. Diferença da depreciação anual (R$ 33.333.32
menos R$ 20.000,00) 13.333.32
6. Realização da reserva de reavaliação contabilizada
(R$ 20.000 dividido por 3 anos) 6.666.66
7. Valor complementar da depreciação, ocorrida em
função do Laudo de Avaliação, que deverá ser 3.333,00
acrescida ao Lucro Real: R$ 13.333.32 menos R$
6.666.66 já contabilizados como realização (se
lançados a crédito de conta de Resultado do
Exercício)
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Isto não significa que o custo do bem reavaliado, quando realizado, não exige a
tributação da reserva de reavaliação, já não mais existente, uma vez que foi
incorporada ao capital. O controle, quando da utilização da reserva para aumento
de capital passa a ser realizado no Ativo Permanente em conta desdobrada.
R e a v a lia ç ã o d e u m te r re n o , re g is tra n d o u m a c ré s c im o d e R $ 2 0 .0 0 0 ,0 0 a o v a lo r
d e a q u is iç ã o , d e R $ 8 0 .0 0 0 ,0 0 . P o s te r io r m e n te in c o rp o ro u a re s e rv a d e
re a v a lia ç ã o a o c a p ita l. D e p o is , h o u v e a v e n d a d o te r re n o p o r R $ 1 2 0 .0 0 0 ,0 0 .
O s la n ç a m e n to s e a ju s te s d e c o rr e n te s p o d e m s e r a s s im re s u m id o s :
1 ) P e la r e a v a lia ç ã o :
D – T e r re n o – R e a v a lia ç ã o – A tiv o P e r m a n e n te
C – R e s e r v a d e R e a v a lia ç ã o – P a trim ô n io L íq u id o R $ 2 0 .0 0 0 ,0 0
2 ) P e la in c o rp o ra ç ã o d a re s e rv a a o c a p ita l s o c ia l:
D – R e s e rv a d e R e a v a lia ç ã o - P a tr im ô n io L íq u id o
C – C a p ita l S o c ia l - P a tr im ô n io L íq u id o R $ 2 0 .0 0 0 ,0 0
3 ) P e la v e n d a d o te rre n o :
D – C o n ta s a R e c e b e r – A tiv o C irc u la n te
C – R e s u lta d o n a V e n d a d e B e n s d o Im o b iliz a d o – C o n ta d e R e s u lta d o
R $ 1 2 0 .0 0 0 ,0 0
4 ) P e la b a ix a d o T e rre n o (v a lo r o rig in a l) :
5 ) P e la b a ix a d a C o n ta T e r re n o – R e a v a lia ç ã o :
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Resta apenas a forma do ajuste mediante adição ao Lucro Líquido para fins de
determinação do lucro real no valor de R$ 20.000,00.
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Isto não significa, porém, que a reserva jamais sofrerá tributação. Sua tributação
fica diferida, devendo ser tributada quando se implementarem, em conjunto ou
alternativamente, as situações descritas a seguir (parágrafo único do art. 439 do
RIR/99):
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4)
D – Reserva de Reavaliação – Patrimônio Líquido
C – Lucros acumulados – Patrimônio Líquido R$ 4.000,00
Mais uma vez adiciona-se ao lucro real (LALUR) parcela da reserva, agora o valor
restante, de R$ 18.000,00. Libera-se, então o resto da reserva, mediante o
seguinte lançamento:
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O ganho de capital ocorrido na entrega dos bens para a sucessora por ocasião da
cisão, fusão ou incorporação de empresas não precisa ser tributado desde que o
aumento dos bens (valor contábil para valor de entrega) esteja baseado em laudo
de avaliação efetuado nos termos do artigo 8º da Lei 6.404/76. Este dito ganho
de capital, na verdade, representa reavaliação, devendo ser contabilizado como
tal.
Exemplo:
Base legal: Lei 7.689/1988, artigo 2, parágrafo 1o, alínea c, inciso 2 (redação
dada pela Lei 8.034/1990).
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