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Teresina
Estado do Piauí-Brasil
2007
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CARACTERIZAÇÃO DA ARQUITETURA DE NINHO E PROPOSTA DE COLMÉIA
RACIONAL PARA ABELHA TIÚBA (Melipona compressipes fasciculata)
Teresina
Estado do Piauí - Brasil
2007
A448c Almendra, Eline Chaves de Abreu.
Caracterização da arquitetura de ninho e proposta de
colméia racional da abelha tiúba (Melipona compressipes)
/ Eline Chaves de Abreu Almendra. – 2007.
53 f.
CDD 638.1
iii
_____________________________________________________________
Orientador
_____________________________________________________________
Examinador interno
_______________________________________________________________
Examinador externo
5
iv
AGRADECIMENTOS
Á D eus por ilum inar a m inha alm a a cada m anhã quando acordo.
A o Program a de Pós-G raduação em Ciência A nim al e seus professores. Principalm ente aos
Professores E lizabete e A rnaud pela am izade e ensinam entos.
A o prof. D arcet Costa Souza, pelo m eu aprendizado, pela sua paciência, com preensão e
principalm ente por este trabalho, que m e m ostrou o cam inho que quero seguir.
A os Senhores M agno, M arlus, M oisés M endes, O svaldo M endes, E dvan e Flávio que tão
gentilm ente abriram as portas dos seus m eliponários para a realização da pesquisa.
A m inha m ãe E dina Chaves e aos m eus irm ãos E ricson e E dson Jr, pela atenção, auxílio e
am paro em todos os m om entos da m inha vida.
A s m inhas am igas K elly, R em édios e Lauriene que participam da m inha vida e contribuem
para o m eu crescim ento pessoal e profissional.
A o m eu am igo e com panheiro científico Fábio A driano que contribuiu e se envolveu com
todas as etapas deste trabalho.
vi
7
SUMÁRIO
p.
LISTA DE TABELAS vii
LISTA DE FIGURAS viii
RESUMO ix
ABSTRACT x
1. INTRODUÇÃO 01
2. REVISÃO DE LITERATURA 03
2.1. Origem e Biologia 03
2.2. Ninho 05
2.3. Meliponicultura 07
3. CAPÍTULO 1 09
Resumo 09
Abstract 10
Introdução 10
Material e Métodos 12
Resultados e Discussão 14
Conclusões 28
Referência Bibliográficas 29
4. CAPÍTULO 2 31
Resumo 31
Abstract 32
Introdução 32
Metodologia 34
Resultado e Discussão 35
Conclusões 37
Referência Bibliográficas 37
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 39
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
ANEXO 44
vii
8
LISTA DE TABELAS
CAPITULO 1:
Páginas
Tabela 1 Caracterização do espaço abelha existente nos cortiços analisados
da abelha Tiúba (Melipona compressipes fasciculata Smith) 15
CAPITULO 2:
Páginas
Tabela 1 Parâmetros considerados e dimensão proposta para colméia
36
racional de Melipona compressipes fasciculata.
9 viii
LISTA DE FIGURAS
CAPITULO 1:
Páginas
Figura 1 Porcentagem de famílias quanto ao comprimento utilizado
16
dentro dos cortiços
Figura 2 Porcentagem de famílias com relação ao volume ocupado 17
CAPITULO 2:
Páginas
Figura 1 Modelo e dimensões sugeridas no trabalho 36
10 ix
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
1
O supercontinente de Gondowana corresponde atualmente ao sul da América do Sul, África e
porções da Antártida.
15
2.2 Ninho
2.3 Meliponicultura
3. CAPITULO 1
fasciculata)2
fasciculata)
RESUMO:
dos cortiços da abelha tiúba, visando a estabelecer parâmetros que permitam sugerir um
alojadas em cortiços horizontais nos municípios de Timon (MA), Teresina (PI), Batalha
(PI), Parnaíba (PI) e Ilha Grande (PI), entre maio de 2006 a fevereiro de 2007. No
total dos cortiços, a parte da cavidade utilizada pelas abelhas e a caracterização do ninho
mostra enxames medianos, que necessitam de cavidades em torno de 8,3 litros, dos
2
Parte da Dissertação de Mestrado apresentada pelo primeiro autor como parte das exigências para
obtenção do Título de Mestre em Ciência Animal, pela Universidade Federal do Piauí – Teresina, PI.
3
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí. E-
mail: agroeline@yahoo.com.br
4
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal – Departamento de Zootecnia – UFPI –
Teresina - Piauí. E-mail: darcet@terra.com.br
21
ABSTRACT:
structures of the nest of the slums of the tiúba bee hives, seeking to establish parameters
that allow to suggest a size of rational beehive that provide the necessary spaces to its
development and production. Information of forty one a families were collected put up
Batalha (PI), Parnaíba (PI) and Ilha Grande (PI), between May of 2006 to February of
2007. In the study of the bionomia of the nest it was observed three aspects of its
construction: the total cavity of the colonies, the part of the cavity used by the bees is
the characterization of the nest. The description of the architecture of the nests of the
Tiúba bee in colonies, shows medium swarms, that need cavities around 8,3 liters, of
the which approximately 40% are full of worm. The obtained results allow to establish
estimates of measures for rational beehives starting from the needs observed at the
studied slums.
INTRODUÇÃO
país, uma área ecotonal, e o seu formato alongado, possibilita em seu território a
22
espécies sendo criadas de forma rústica e/ou racional, por pessoas cujos interesses na
criação destas abelhas vão desde a simples curiosidade e o espírito conservacionista até
fasciculata) é uma das preferidas dos criadores da região Meio-Norte devido a sua
entrada da colméia feita de uma mistura de barro e resina. O ninho é formado por um
protege este ninho, um conjunto de potes de mel e de pólen, em geral fora do invólucro,
com algumas pequenas bolas grudentas de resina aderentes aos favos ou invólucros para
defesa, estando acima e abaixo os batumes de barro e resina que marcam os limites
5
Cortiços é nome dado à colméia pouco elaborada, ou mesmo troncos de árvores com ninhos de abelhas
desenvolvimento da colônia.
Este estudo tem como objetivo proporcionar uma descrição dos ninhos
MATERIAL E MÉTODOS
em cortiços e que este é a forma mais próxima das condições naturais de ninho
silvestres, optou-se por estudar a arquitetura dos ninhos com base nas colônias aí
nas zonas rurais dos municípios de Timon (MA), Teresina (PI), Batalha (PI), Parnaíba
construção: a cavidade total dos cortiços, a seção da cavidade utilizada pelas abelhas e a
Para caracterizar o uso da cavidade dos ninhos pela cria dentro do cortiço
foram medidos: espaço ocupado pela cria (l), largura média ocupada pelo ninho (cm),
comprimento ocupado pelo ninho (cm), número de discos de cria, largura dos discos de
cria (cm), comprimento dos discos de cria (cm), altura do pilar que divide o s discos de
do cortiço foi realizada com base nas seguintes medidas: espaço ocupado por alimento
(l), largura ocupada com alimento (cm), comprimento ocupado com alimento (cm),
espaço ocupado por potes de mel (l), largura ocupada com potes de mel (cm),
comprimento ocupado por potes de mel (cm), espaço ocupado por potes de pólen (l),
largura ocupada com potes de pólen (cm) e comprimento ocupado por potes de pólen.
medida dos parâmetros: altura, diâmetro e volume dos potes de mel; altura, diâmetro e
peso do pólen contido nos potes. Foram mensurados apenas os potes que se
com fita métrica. Os favos de cria e a área de alimento foram mensurados com auxilio
de régua milimétrica e as medidas dos potes de mel e pólen foram realizadas com
com dimensões 16 x 16 x 10 e 18,0 x 18,0 x 10,0 cm. Na transferência das colônias para
25
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observou-se que a entrada tende a ser mais pronunciada quanto maior for à população
abelha-guarda, que só se afasta desta, durante a saída ou chegada de uma abelha irmã.
sendo feita de barro misturada com resina, com algumas protuberâncias e pode caber de
na orientação das abelhas e defesa do ninho (CAMPOS, 1987; KERR et al, 1996;
expressão desta característica até mesmo dentro da mesma espécie, tendo-se colônias
utilizada.
26
disponível (cm)*
utilizado (cm)
utilizada (l)
ocos variou entre 2,0 a 8,0cm, obtendo 4,2+0,7 cm na média diante de 24 observados.
ao direito, obtendo-se média de 75,4cm, porém o espaço ocupado pela família, variou
(Figura 01), observou-se que 54% dos cortiços ocupavam de 46,0 a 70,0 cm, sendo
27
famílias, estando elas alojadas em áreas com escassos recursos florais. Das famílias
7%
39%
22 - 45
46 - 70
70 - 95
54%
constata-se que ele foi em média 8,3+4,8 l e variou de 1,9 a 20,0 litros.
10%
27%
22% 1,9 – 5l
5,1 – 10l
10,1 – 15l
15,1 – 20l
41%
ocos que vão desde 6,5 a 24 litros de volume, com diâmetro da cavidade variando entre
SOUZA (2003), o volume médio da cavidade utilizada dentro do cortiço foi de 2,73
região em que se encontram (ASSIS, 2001; KERR, 1996; KERR et al, 1996).
TABELA 02. Caracterização dos espaços ocupados pela cria nos cortiços da abelha
Espaço ocupado por cria (l)* COR 41 0,6 – 6,8 3,0 + 1,7
(cm)
Largura dos discos de cria (cm) FAV 237 1,5 – 17 7,4 + 4,9
COR = Cortiço
FAV = Favo
médio de 3,0 litros, variando entre 0,6 e 6,8 litros. Onde no momento da divisão por
classe se observa maior concentração de áreas de cria ocupando volume entre 2,1 e 3,5
15%
28%
0,6 - 2
18%
2,1 - 3,5
3,6 - 5,0
5,1 - 6,8
39%
variação entre 5,0 e 35,0 cm. A largura média foi de 18,9 cm, variando entre 5,5 a
17,0cm. Observou-se que em 39% dos casos ela foi de 2,1 a 3,5 litros (Figura 05).
separação entre favos feita por pilares de cera, que mediram em média 0,5 cm. A largura
média encontrada dos discos foi 7,4 cm, variando entre 1,5 a 17,0 cm. O comprimento
constroem e destroem os seus favos em função do uso, mas sempre tendo como
largura e comprimento (Figuras 04 e 05) constata-se que 38% e 24% dos favos possuem
suas medidas dentro das classes que variam de 3,1 a 6,0 cm e 5,1 a 10,0 cm para largura
e comprimento respectivamente. O que evidencia que favos com largura superior a 12,0
cm e comprimento maior que 20,0 cm são raros nas colônias de Tiúba da região
estudada.
13% 9%
1,5 - 3,0
16%
3,1 - 6,0
6,1 - 9,0
7%
39%
22 - 45
46 - 70
70 - 95
54%
favos/cortiço em média foi 6,13 e estes atingiram comprimento médio de 6,3 e largura
média de 5,7 (ALVES et al, 2007). SOUZA (2003), trabalhando com Melipona asilvai,
constatou que a área de cria variou entre 12,0 e 16,0cm de comprimento onde os favos
de cria tiveram média de 5,55 por colônia e com variação de largura entre 1,13 a 7,20cm
obtiveram média de 1,2 cm e contagem do número de células por colônia, com média de
M. mandacaia.
32
Espaço ocupado por área de alimento (l) 39 0,8 – 12,2 4,9 + 3,1
Espaço ocupado com área de potes de mel 30 0,8 – 7,2 2,8 + 4,1
(l)
Espaço ocupado com potes de pólen (l) 33 0,5 – 8,5 2,5 + 1,9
média a 4,9 litros, com variação de 0,8 a 12,2 litros. Contudo ao se separar por classes
esses parâmetros observa-se que a maior freqüência do volume ocupado nos ninhos está
ente 2,1 a 4,0 litros, 39% (Figura 06). Isto sugere que as áreas destinadas ao
10% 10%
0,8 - 2
26% 2,1 - 4,0
4,1 - 6
6,1 - 8
39% 8,1
15%
11,0 cm, e o comprimento teve variação de 10,0 a 57,0cm, com média de 30,7cm.
variando entre 5,0 a 20,0 cm e comprimento médio de 17,8cm, variando entre 5,0 a 35,0
cm. Já o volume médio foi de 2,8 litros com variação de 0,8 a 7,2 litros. Como mostra
na figura 07, o espaço ocupado por mel em 77% das colônias avaliadas estava entre 0,8
a 3,9 litros.
10%
13%
0,8 - 1,9
44%
2 - 3,9
4 - 5,9
6
33%
variando entre 5,0 a 18,0 cm e comprimento médio em 15,3 cm, variando entre 3,0 a
34
47,0 cm, com volume médio de 2,5 litros, variando entre 0,5 a 8,5 litros. Os dados
florada da região. A figura 08 demonstra que 79% dos cortiços encontraram-se na faixa
mel construídos com freqüência de um lado do ninho e até mesmo abaixo deste, e potes
de pólen do outro lado do ninho. A partir dos volumes encontrados para área de
6%
15%
0,5 - 2
49%
2,1 - 4
4,1 - 6
6
30%
variar tanto na qualidade quanto na quantidade, pois algumas produzem mais de 5 litros
obteve média de 64,0 cm, variando de 30,0 a 77,0 cm (ALVES et al, 2007), valores
volume de área de alimento para T. fulviventris fulviventris de 0,2 a 0,7 litros, fator este
35
que pode ser explicado devido esta abelha ser de outra espécie e de outra tribo de
TABELA 4. Caracterização dos potes de mel e pólen encontrados nas áreas de alimento
Diâmetro dos potes de mel (cm) 306 1,7 – 4,7 2,9 + 0,1
Diâmetro dos potes de pólen (cm) 206 1,2 – 3,8 2,8 + 0,4
Peso dos potes de pólen (g) 196 5,6 – 25,6 14,1 + 0,1
dos cortiços analisados, contendo dados sobre os potes de pólen e potes de mel.
200 183
150
100
n
59 57
50
7
0
2a3 3,1 a 4 4,1 a 5 5
altura de potes (cm)
A altura dos potes de mel variou de 2,0 a 5,6 cm, ficando com média de
3,7 cm. O diâmetro médio encontrado foi de 2,9 cm, com variação de 1,7 a 4,7 cm. O
volume obtido variou de 6,0 a 9,0 ml, com média de 15,8 ml. A figura 09 identificou
que a faixa que compreende altura de 3,1 a 4,0 cm, abrangeu 183 potes de mel ou 60%
Na figura 10 observa-se que 216 potes de mel (70%), estão na faixa que
250
216
200
nº de potes
150
100
60
50 30
0
1,7 a 2,5 2,6 a 3,5 mais de3,6
diâmetro dos potes de mel (cm)
separação por classes observa-se que 40% dos potes estão na faixa de volume que
(Figura 11).
37
90 83
80
70
57
nº de potes
60
50
40 34
30
30
20
6
10
0
6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 29
volume dos potes de mel (ml)
No caso dos potes de pólen, a altura variou entre 1,9 a 5 cm, com média
de 3,5 cm e o diâmetro entre 1,2 a 3,8cm, com média de 2,8 cm. A figura 12 mostra que
151 potes de pólen ficaram na faixa que corresponde à altura de potes entre 3,1 a 4,0
cm.
160 151
140
120
nº de potes
100
80
60
35
40
20
20
0
1,9 a 3 3,1 a 4 4 ou +
altura do potes de pólen (cm)
A figura 13 mostra que 147 dos potes de pólen medidos estão na faixa
160 147
140
120
nº de potes
100
80
57
60
40
20 2
0
1,2 a 2 2,1 a 3 3 ou +
diâmetro dos potes de pólen (cm)
O peso do pólen dos potes foi em média de 14,1 g por pote, variando
entre 5,6 e 25,6g. A figura 14 mostra a variação em classes, onde se observa que o
120
103
100
80
nº de potes
60
60
40
23
20 10
0
5,6 a 10 10,1 a 15 15,1 a 20 20,1 ou +
peso dos potes de pólen (g)
entre as dimensões dos potes utilizados para mel e pólen na arquitetura dos ninhos de
Tiúba.
foram encontrados potes de mel em cinco colônias que variaram de 9ml a 18ml, dados
39
ovalado, ficando fora do invólucro e ao redor da área de cria. Os alimentos mel e pólen
disponível do oco (ALVES et al, 2007; CAMPOS & PERUQUETTI 1999; FREITAS
1999).
2,7 e 2,5 cm respectivamente, com volume variou de 3,3 a 10,6 ml, com média de 6,4
ml. Os potes de pólen tiveram altura média de 3,0 e diâmetro médio de 2,4 cm, com o
peso variando entre 3,5 a 8,2 g, e média de 6,6 g (ALVES et al, 2007).
de 2,40 e diâmetro de 2,0 cm, com volume variando de 1,0 a 10,0 ml nos potes, sendo a
média de 4,1 ml. Os potes de pólen apresentaram altura e diâmetro médios de 2,6 e 2,2
altura de 1,3 a 1,5cm e diâmetro de 1,2 a 1,3cm na parte inferior da cavidade (PEDRO
& CAMARGO, 2003). Para estes autores a diferença nos aspectos relacionados à área
de alimento pode ser explicada tanto pela diferença de espécies quanto pelo tamanho da
CONCLUSÕES
abelha Tiúba em cortiços, mostrando ser normalmente enxames medianos, com boa
quais aproximadamente 40% é ocupado com as crias e o restante utilizado com lamelas,
uma altura padrão para as melgueiras de caixas racionais para esta abelha.
AGRADECIMENTOS
REFERENCIAS
4. CAPITULO 2
RESUMO:
observado no primeiro capítulo desta dissertação. Foram feitas algumas estimativas das
necessidades de espaço para uma caixa racional que pudesse se adequar às exigências
destas abelhas. Considerando que o modelo Fernando Oliveira e Kerr - INPA tem boa
colméia. A partir destas observações verificou-se que as colméias para abelha Tiúba
devem possuir uma cavidade com volume total de aproximadamente 9,6 litros, sendo
este dividido em ninho e sobre ninho com volume de 6,4 litros, nas medidas de 18 x 18
x 10 cm, e duas melgueiras com volume de 3,2 litros, nas dimensões de 18 x 18 x 5 cm,
¹ Parte da Dissertação de Mestrado apresentada pelo primeiro autor como parte das exigências para
obtenção do Título de Mestre em Ciência Animal, pela Universidade Federal do Piauí – Teresina, PI.
ABSTRACT:
whose dimensions are appropriate for creation of the Tiúba bee (Melipona compressipes
taken as base, the study of the nest bionomia and the needs of space of this bee observed
in the first chapter of this dissertation. Some estimates were made of the space needs for
a rational box that could be adapted to the demands of these bees. Considering that the
model INPA has good acceptance on the part of the meliponicultores in function of the
easiness in the handling that provides. I was opted to look for the adapted dimensions to
the creation of Tiúba in this beehive. From these observations it was verified that the
beehives for Tiúba bee should have a cavity with total volume of approximately 9,6
liters, being this one divided in nest and sobreninho with volume of 6,4 liters, in the
measures of 18 x 18 x 10 cm, and two melgueiras with volume of 3,2 liters, in the
dimensions of 18 x 18 x 5 cm.
INTRODUÇÃO
o período pré-colonial, os indígenas abriam janelas nos troncos de árvores que possuíam
abelhas sem ferrão alojadas em cortiços e os colocava nos beirais de suas residências,
desenvolvendo técnicas que auxiliam a criação e manutenção dessas abelhas com mais
eficiência (AIDAR, 1996), e uma delas é a busca por uma colméia racional que
facilidades nas coletas dos produtos elaborados pelas abelhas, sem danificar os favos de
O tipo de colméia deve ser analisado para cada espécie, pois entre os
ao ambiente (KERR et al, 1996). A madeira para a construção das caixas racionais deve
ser resistente às condições climáticas, leve, sem odores, pouco preferida pelos cupins e
não devem ser tratadas por produtos químicos (CARVALHO et al, 2003).
indicado, não por apenas facilitar a divisão das colônias, mas também por ajudar no seu
fasciculata), foram sugeridas dimensões de um modelo de caixa racional, com base nas
desta dissertação.
MATERIAL E MÉTODOS
Tiúba realizado por ALMENDRA & SOUZA (2007), foram feitas algumas estimativas
das necessidades de espaço para uma colméia que pudesse se adequar às exigências
destas abelhas. Para isso foi montada uma tabela com os valores estimados das
colméia.
46
RESULTADOS E DISCUSSÃO
2,5 cm
Diâmetro dos potes 2,9 + 0,1 3 • Volume total para área
Nº de potes/colônia 39,9+6,3 de alimento 3,2 l
• Composição da
colméia: 2 melgueiras
• Possibilidade de potes
≈ 25 (15x15cm) por
melgueira
• 50 potes por colméia
* Valores médios
47
Tiúba devem possuir uma cavidade com volume total de aproximadamente 9,6 litros,
sendo este dividido em ninho e sobre ninho com volume de 6,4 litros, nas medidas de
e sobre ninho com área maior que a área de cria normalmente utilizada é devido à
construção de potes de alimento por parte das abelhas embaixo da área de cria.
transferidas para colméias que possuam o dobro do volume encontrado. Porém esta
característica não se apresenta nas famílias estudadas, tendo em vista que 12 famílias
48
foram alojadas em caixas rústicas, com divisória de ninho e área de alimento e volume
CONCLUSÕES
prejudicar os discos de cria, além de proporcionar facilidade da coleta dos produtos das
abelhas.
REFERÊNCIAS
NOGUEIRA-NETO, P. Vida e criação das abelhas indígenas sem ferrão. São Paulo:
Nogueirapis, 1997. 445 p.
5 Considerações Finais
6 Referencias bibliográficas
FREITAS, B. M. Vida das Abelhas. Fortaleza: UFC: Craveiro & Craveiro, 1999.
CD-ROM.
KERR, W. E. Some aspects of the evolution of social bees (Apidae). Evol. Biol.
v. 3, p.119-175, 1969.
SAKAGAMI, S. Stingless bee. Social insects. New York, v.4, p. 361-423. 1982.
ANEXO
56
Eline Abreu
Foto I. Abertura de cortiço com machado.
Eline Abreu
Foto II. Abertura de cortiço com utilização de espátula
57
Eline Abreu
Foto III. Medição externa do cortiço com trena.
Eline Abreu
Foto IV. Medição da espessura da madeira com auxílio de trena
58
Eline Abreu
Eline Abreu
Eline Abreu
Foto VI. Medição da área de alimento com auxílio de régua.
Eline Abreu
Foto VII. Medição da altura dos potes de
mel com paquímetro digital.
60
Eline Abreu
Foto VIII. Medição do diâmetro dos potes de mel com
paquímetro digital
Eline Abreu
Foto IX. Medição do volume dos potes de mel com seringa.
61
Eline Abreu
Eline Abreu
Eline Abreu
Eline Abreu
Foto XIII. Meliponário Dois Irmãos – Timon - MA
63
Eline Abreu
Eline Abreu
Eline Abreu
Eline Abreu
Foto XVII. Presença de resina dentro da colméia.
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