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de convergência
Soraya Maria Ferreira Vieira
A televisão em tempos
de convergência
© 2014 Editora UFJF
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer
meio sem autorização escrita do editor.
1. Ficha.
CDU 0(00)
Ficha técnica
Catalogação
ISBN 00-00000-00-0
Editora UFJF
Diretor Antenor Salzer Rodrigues
Administração Lija Tomi Araki
Aux. Administrativo Ricardo Dantas dos Santos
Editora de Publicações Nathalie Reis
Comunicação Talita Balzo
Revisão Fernanda Souza Pinto
Luciana Damasceno Kreutzfeld
Eventos Adir Cassiana de Almeida
Supervisor de Estúdio Alexandre Amino Mauler
Diagramação Alexandre Álvaro Silva
Tamara Nogueira de Paula
Distribuição Lucimar Bartels
Editora UFJF
Rua Benjamin Constant, 790 Centro ∞ CEP 36015-400 ∞ Juiz de Fora Minas Gerais
Tel. (32) 3229-7646 | Fax (32) 3229-7645 | secretaria@editoraufjf.com.br | www.editoraufjf.com.br
Sumário
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que produzem dentro das emissoras. Em suma, até que ponto a dinâmica
produtiva, referente aos novos suportes técnicos, modifica a organização
vigente e quais implicações traz para o setor empregatício e da audiência?
Além de buscar flagrar o pássaro em pleno voo, Soraya Vieira não se
furtou a colocar a mão na massa, ou seja, chegar tão perto quanto possível
de seu objeto de indagação e pesquisa. Colheu entrevistas, gravou emissões,
sistematizou dados em gráficos e tabelas, interpretando-os, na busca de
compreensão dos possíveis efeitos sobre o público. Além disso, ampliou
seu escopo para as emissoras comerciais e públicas de modo a obter um
panorama de como os diferentes modelos de televisão vêm enfrentando as
mudanças e suas afecções na rotina de trabalho dos envolvidos. Analisou
ainda os portais de TV, apalpando as experiências de transição de conteúdo
da TV para a internet, potencializando a meta da interatividade, inclusive
os hiperlinks de portais que dão acesso ao perfil dos canais do Instagram,
Youtube, Google+ etc.
O fôlego da pesquisadora não ficou por aí. Munida de conhecimentos
de semiótica comparada ou intersemiose, expandiu suas discussões para
as reconfigurações estéticas por que vem passando a TV. Tudo isso deixa
evidente que não se trata do trabalho de uma novata ou amadora. Bem ao
contrário, as inquietações e pesquisas sobre a televisão têm acompanhado
a autora por anos a fio. Vale aqui lembrar Gramsci, quando afirmava
que o erro de todo intelectual consiste em crer que se pode saber sem
compreender e, especialmente, sem sentir e estar apaixonado, não apenas
pelo saber em si, mas pelo objeto do conhecimento. Longe desse erro, o que
o leitor aqui encontrará, portanto, é uma pesquisa que resulta não só dos
esforços do intelecto, mas também de uma força não menos poderosa que
vem do coração.
Lucia Santaella
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Apresentação
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Introdução: a televisão e a convergência midiática
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será possível enfrentar o momento de transição e passar por ele sem sentir
perdas bruscas. Enquanto a televisão souber lidar com os caminhos da
convergência, terá conquistas a seu favor – independentemente do tempo
que se leve para uma completa transição até a chegada desses benefícios,
especialmente para a sociedade que tende a ter mais voz.
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1 – A expansão da TV Panorama e as mudanças na
linguagem para enfrentar a convergência1
1 Este capítulo, ao ser elaborado, contou com a colaboração da discente Miriam Aparecida Santos,
do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa que, na época, atuou como
bolsista PIBIC/CNPq.
2 As antenas da TV Panorama estão instaladas na torre no Morro do Cristo na cidade de Juiz De
Fora – MG (um prédio de cinco andares no bairro Mariano Procópio que permitiu reunir num
mesmo complexo todos os setores da emissora), e transmitem o som e a imagem da emissora através
do canal 5, em Juiz de Fora, distribuindo o sinal para 121 cidades da região.
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3 Foram gravadas 43 edições (21 do MGTV 1ª Edição e 22 do MGTV 2ª Edição) das emissões
broadcasting do telejornal, das quais foram selecionadas 40 edições (20 de cada) para posterior
avaliação quantitativa/qualitativa dos dados. É importante ressaltar que os gráficos alternam a
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quantidade total de matérias uma vez que se tomou como base para análise um conjunto de 40
edições, podendo ocorrer alternância de uma ou outra entre as 43 gravadas, já que ambas configuram
um modelo padrão de emissão e tal diferença não compromete a confiabilidade das informações.
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4 A TVE Juiz de Fora entrou no ar em 1981 e passou a gerar sinal em 1989, com programação
principalmente carioca. Em 2006, se integrou à TV Visão (emissora de sinal fechado criada em
2003) no canal 36 apenas para assinantes na cidade (OLIVEIRA, 2008).
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para São João Del Rey. Além da emissão ao vivo revelar imediatismo e
representação, os habitantes da cidade, ao verem as imagens, podem recriar
suas identidades com a cidade num processo de reconhecimento social e
histórico e desenvolver laços de pertencimento com o local, dada a sua
visibilidade via televisão.
A segunda imagem também reforça esse contexto, ao mostrar o Centro
Cultural Bernardo Mascarenhas, de Juiz de Fora, em 23/02/12. O ambiente
era uma antiga fábrica de tecidos considerada símbolo do pioneirismo
industrial da cidade, que em 1987, foi transformado em centro cultural,
ganhando reconhecimento como um dos patrimônios mais populares do
município. As imagens tanto podem contribuir para resgatar a memória do
cidadão juizforano em relação à identidade com a época do centro enquanto
fábrica industrial, como também podem fazer surgir novas identidades
com o patrimônio que é símbolo cultural para as novas gerações, elo entre
a história da cidade e a da própria construção.
Já a terceira imagem revela uma valorização ainda maior da identidade
do cidadão com o local que habita. Por meio do quadro “Parceiros do
MGTV”, a jornalista Aline Junqueira abre mão de sua condição como
telespectadora para tornar-se repórter em 27/02/12 e apresentar o bairro
Benfica, onde mora em Juiz de Fora. A cidadã realça na reportagem como
o Centro Cultural de Benfica é um espaço de integração dos habitantes do
bairro e reconhecimento local. Assim, à medida que sua imagem ganha
visibilidade no telejornal há uma múltipla produção de identidades tanto
por si mesma com o bairro, o Centro e os moradores, quanto dos próprios
moradores entre si (por se verem representados pela cidadã, algo que
também fortalece o laço social) e entre a simbologia e identidade do Centro
que ganha destaque como notícia.
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Uma vez que pensamos nas múltiplas faces e contrastes existentes nesse
conjunto de identidades locais, percebemos como se torna difusa a ideia
de “identidade nacional”. Para o jornalista e crítico de televisão, Gabriel
Priolli, há uma forte ligação nacional que une a população do país, seja
pelas relações econômicas, simbólicas, históricas, pela língua, ou mesmo
pela miscigenação e transumância. É neste sentido que “a televisão tem
sido um poderoso instrumento de difusão do sentimento nacional que
articula incluídos e excluídos em torno de uma certa ideia básica de
Brasil, e existe ao mesmo tempo como unidade e diversidade” (PRIOLLI,
2000, p. 15).
No entanto, o autor ressalta como a organização em rede das emissoras de
TV que mediam, em grande parte, uma visão das duas maiores metrópoles
(Rio de Janeiro e São Paulo, sede das “cabeças de rede”) como centros
dinâmicos e avançados, bem como a noção forjada de “identidade nacional”,
que acabam sufocando tal conjunto de identidades locais/regionais que, por
vezes, ainda lutam para se expressar nos canais de comunicação. “Culturas
regionais fortes, como a nordestina ou a gaúcha, perderam qualquer chance
de uma difusão autônoma, a salvo da interpretação em geral redutora e
folclorizante, que lhes dão as emissoras paulistas e cariocas” (PRIOLLI,
2000, p. 20). Isto remete à própria necessidade de produção telejornalística
local e regional, obrigatoriedade das afiliadas de redes televisivas que,
inclusive, é prevista em Lei.
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Hoje um programa dialoga com outro e com seu par para manter, de
certo modo, uma continuidade e uma identidade na programação. Com
esse comportamento, é fortalecida a Rede como tal. No campo da recepção,
sugere que o telespectador é importante, que a Rede precisa e conta com
ele. Temos afirmado que a televisão não se situa em um campo único e
específico de linguagem, mas no de muitas. Um programa aproveita a
audiência de outro em decorrência de sua inserção no quadro geral do
fluxo de programação e ainda
(...) multiplica os sentidos de uma imagem ao repetir seus
textos, personagens, atores, situações. Enfim, ao constituir-
se como elemento de linguagem, a repetição acrescenta e
agrega aos signos valores complementares, conjugando aos
programas características comuns que acabam perpetuando-
os e mantendo-os presentes e no ar (VIEIRA, 2000, p. 82-83)
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semana5.
Alguns quadros surgem também para ilustrar uma determinada
notícia em destaque na semana (por exemplo, o quadro “MG Móvel”
ou o “Veículos”), porém, com a possibilidade de aprofundarem mais
a abordagem (principalmente pela natureza de sua produção que são
reportagens maiores, com exceção apenas do “Você no MGTV”, “Tome
Nota” e “Giro Minas”, apresentados com narração em off, estilo nota
coberta), por se tratarem de um formato temático de linguagem, algo que
enriquece a programação do telejornal.
5 Considerando o maior tempo de transmissão do programa, tais quadros são apresentados somente
no MGTV 1ª Edição. O telejornal da noite tem a especificidade do quadro “Giro Minas” que resume
os principais factuais da região e também veicula a “Previsão do Tempo”, “Agenda Cultural” e “Tome
Nota”.
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Figura 11: Amostra de alguns dos quadros fixos veiculados no MGTV 1ª e 2ª edições durante a
semana, que ilustram o emprego da repetição como estratégia de linguagem televisual.
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2 – A convergência nas TVs públicas e comerciais da
Zona da Mata Mineira e de Belo Horizonte6
6 Este capítulo, ao ser elaborado, contou com a colaboração do bolsista BIC-UFJF, discente da
Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACOM/UFJF), Felipe
Carvalho, que auxiliou na quantificação e sistematização dos dados; e com a colaboração de
Marcos Meigre, discente de Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa (UFV) que,
voluntariamente, trabalhou no projeto em suas fases iniciais.
7 A presente pesquisa passou por três fases distintas. Uma primeira fase de cunho investigativo, na
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qual foram feitas leituras e pesquisa bibliográfica, tendo em mente a visada convergente que orienta
o nosso foco de atenção e as especificidades dele no tocante à questão mercadológica. Na segunda
fase realizamos a pesquisa empírica da qual trazemos os questionários aplicados aos funcionários
das emissoras: TV Integração, TV Rede Minas, TV Alterosa e TV Assembleia (Apêndice B), bem
como o questionário aplicado aos Presidentes do sindicato de Juiz de Fora – Ricardo Miranda – e
Eneida Costa – de Belo Horizonte (Apêndice C). Na terceira fase confrontamos os dados de maneira
comparativa (Apêndice D), para promovermos nossas análises e conclusões. Os principais pontos
abordados pela pesquisa enviados aos funcionários da emissora dizem respeito as seguintes questões:
digitalização e mudança no processo jornalístico; como são os arquivos na emissora (utilização e
formato); existência do processo de transição do analógico ao digital, há quanto tempo ele vem
sendo introduzido; vantagens e desvantagens da digitalização; perfil exigido do repórter atualmente;
função real do repórter dentro da emissora; estrutura e função dos profissionais na redação;
hierarquia dentro da emissora; número de funcionários; categorias extintas; funcionários exclusivos
para produção de conteúdo para as novas plataformas surgidas à partir da internet; comportamento
da audiência; visibilidade da emissora na internet (investimento); efeitos da convergência. A partir
das respostas, realizamos um levantamento do atual momento de transição do analógico para o
digital dentro das mesmas, nesse caso sob a óptica dos funcionários.
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estado, do governo, ou seja, é administrada por ele e é por meio dela que o
governo divulga seu trabalho para que pretensamente melhore a vida dos
cidadãos. Já a TV comercial é regida por interesses comerciais e privados,
por um lado a compra e venda de produtos, de conteúdo audiovisual e por
outra a venda de tempo de difusão a anunciantes publicitários. Mas, todos
os modelos de televisão podem e devem prestar serviços públicos.
A ausência de um trabalho sistêmico sobre as transformações das
redações televisivas e as repercussões destas mudanças, tanto no mercado
de trabalho quanto na sociedade, caracterizam, assim, a importância de
uma pesquisa em escala regional. Em um processo dessa natureza, qual
seja, empresarial, tecnológico, cultural e comunicacional, que mostra estar
atada a cultura da convergência, a própria linguagem se modifica com a
inserção de novos suportes físicos para a sua produção. A mídia televisiva
se reorganiza e acaba também reorganizando a sociedade em dadas
proporções. Atualmente, esta organização deve ser analisada sob o aspecto
da convergência tecnológica, porque é justamente isso que vem ditando o
processo produtivo. Não se pode ater a um estilo tradicionalista de produção
da notícia, numa época em que a tecnologia ascende sobremaneira. Com as
novas técnicas, mudam também as relações profissionais e a própria forma
das TVs se relacionarem com sua audiência, uma vez que a inserção de
meios alternativos de comunicação agrega à televisão tradicional outra via
de se aproximar do público e concomitantemente dar-lhe espaço.
Apresentamos o resultado das entrevistas realizadas com profissionais,
funcionários dessas emissoras, voltado para o mercado de trabalho.
Ouvimos os próprios funcionários (tanto os que trabalham diante das
câmeras quantos aqueles que ficam por detrás delas) e ouvimos também os
presidentes dos sindicatos da categoria que abrangem a região pesquisada,
em busca do panorama relativo à convergência com relação à criação e/
ou extinção de categorias profissionais ligadas à produção jornalística,
bem como as atuais reivindicações da área diante deste momento atual.
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2.1 TV Alterosa
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2.2 TV Assembleia
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2.3 TV Integração
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recente.
O perfil do repórter para a TV Integração exige conhecimento de
multimídia e outros diferentes campos, deve também trabalhar com
diferentes linguagens, além de possuir contato com outros idiomas.
A função real do repórter na emissora, além do básico, entrevistar, checar
fontes, produzir os textos, inclui elaboração de pautas, edição e finalização
de vídeos, acompanhamento de redes sociais, ações em blogs e no Twitter.
Na TV Integração existe a divisão clássica mantida nas emissoras de
televisão (editores, repórteres, produtores e equipe de cinegrafia). Mas,
com o processo de digitalização e convergência, acrescenta a essa divisão
um redator de internet (profissional que digitaliza os arquivos e envia para
o site). Também há mudanças na área da produção, que passa a atualizar
o perfil no Twitter. Os repórteres também podem divulgar informações
e chamadas do jornal nas contas pessoais em redes sociais. E quanto à
hierarquia dentro da emissora, a mesma continua inalterada.
Na TV Integração nenhum cargo foi extinto, pelo menos até o momento
da pesquisa. Há investimentos financeiros na internet e funcionário
exclusivo para atuar neste setor.
A convergência possibilita a interatividade. A TV Integração realiza
quadros semanais, aplicativos para os telespectadores enviarem vídeos,
e-mail para sugestão de pauta. O público que ajuda a fazer o telejornal faz
questão de ver e se ver no ar. Buscam produzir notícias fidedignas e bem
elaboradas, exibindo diferentes pontos de vista, utilizando uma linguagem
mais clara e de fácil entendimento. Dá mais atenção a temas e assuntos
presentes na internet, aponta os resultados da pesquisa.
A forma de ligação entre o público e a emissora se dá através de redes
sociais, telefones, visitas a sede, email, carta e, recentemente, um aplicativo
para smartphones que permite uma interatividade maior e mais rápida.
A TV Integração é relativamente ativa nas redes sociais. Apesar de
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não se configura como design de ideias por parte dos usuários, ou seja,
não podem ainda ser considerados como veiculadores de informações. Há
ainda uma inibição tanto por parte das emissoras, seja pública ou privada,
quanto do usuário das novas plataformas de levar a cabo sua condição de
usuário ator deste novo processo comunicacional, otimizando essa prática.
A combinação destes fluxos viáveis na rede nos seus planos de emissor e de
receptor ainda não é dialógica, ou seja, se mantém em pólos. A conversação
possível ainda não é contínua, dinâmica, ininterrupta, é pontual; talvez
pelo modelo interativo inédito que apresentam.
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a partir de 2011.
Ambos os sindicatos tomam conhecimento da tentativa de algumas
empresas, que possuem propriedade cruzada de veículos, de implantarem
o que se chama de sinergia. O que ocorre, com certeza, é a veiculação de
um mesmo produto jornalístico em várias mídias da mesma empresa.
A reportagem feita para a TV aberta vai para o portal e para a TV por
assinatura. A reportagem feita para o jornal Standard vai para o tablóide e
para o portal. As principais empresas têm equipes distintas para tocarem
cada um desses veículos. O que ocorreu foi a criação de novas redações e
não um mesmo profissional exercendo mais de uma função. Quando há
tentativa de fazer um repórter, por exemplo, realizar matérias para mais de
um veículo em uma mesma saída, há um movimento de recusa do próprio
profissional.
As redações continuam com o mesmo modelo do tempo em que o
jornalismo era exclusivo dos jornais impressos, o que aconteceu foi
a extinção de algumas funções que ficaram obsoletas com as novas
tecnologias.
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3 – Mudanças no conteúdo dos portais das TVs
nacionais dos canais abertos e fechados
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Rede Bandeirantes.
Os portais da Rede Globo, RedeTV! e SBT disponibilizam os conteúdos
de maior audiência integralmente, porém através de vídeos fragmentados
por blocos ou quadros, no caso dos programas, ou por cenas, no caso das
telenovelas; enquanto o portal da Rede Record seleciona os momentos de
maior audiência de sua programação para, então, disponibilizar vídeos
desses fragmentos no portal.
A estratégia particular do portal da Rede Globo é oferecer a seus
internautas a possibilidade de assistir aos programas e telenovelas que
estão hospedados em seu próprio domínio sem nenhuma interrupção ou
fragmentação, a partir de uma assinatura mensal, além de outros benefícios
exclusivos para assinantes. Desse modo, a empresa desloca alguns de seus
espectadores da televisão para a internet.
As estratégias do portal da RedeTV! para interatividade com o internauta
vão além da disponibilização de vídeos. Há uma opção no site que permite
ao usuário acompanhar a transmissão ao vivo dos programas do canal,
estratégia a qual também é utilizada pelo portal da TV Cultura.
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Figura 17: Site da RedeTV, que permite ao usuário montar sua própria grade de programação.
Disponível em http://redetv.com.br/minharedetv/configuracoes. Acesso em 05 fev. 2014.
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Com estas explanações devemos dizer que existe uma diferença em ser
um interator criativo e um interator, digamos, já programado, ou seja, que
se move e agencia, organiza segmentos de produtos disponibilizados pelas
emissoras nos seus portais. Todavia, não há como negar que um novo tipo
de telespectador emerge a partir dos dispositivos e das possibilidades de
interatividade propostas naquele ambiente.
Esse novo tipo de consumidor exige um espaço reservado a ele, com
conteúdo especializado e mais aprofundado. Para tanto, os portais da
RedeTV!, Band e SBT oferecem ao internauta uma diversidade de blogs,
classificados por programas individuais da televisão. O conteúdo desses
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blogs varia de acordo com o programa: há, por exemplo, o blog infantil
da Band, com resumos dos desenhos animados e séries infantis e o blog
do talk show Agora é Tarde, em que o conteúdo se baseia em informações
sobre os convidados do programa, elenco e vídeos exclusivos para a web.
Contudo, independentemente do conteúdo, uma das características de
blogs, em geral, é o espaço próprio para comentários relacionados às
postagens. A importância desse tipo de espaço se dá pela relação direta
entre o internauta e a página da empresa. Qualquer pessoa, sem restrições,
é capaz de postar um comentário de conteúdo crítico, sugestivo ou qualquer
outro que satisfaça o desejo do interator.
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pode ser observada na maioria dos portais analisados, uma vez que o
usuário tem a oportunidade de selecionar o conteúdo e o caminho que irá
utilizar para recepção. Entretanto, os portais do GNT, Multishow e ESPN
Brasil apresentaram maior possibilidade de personalização por parte do
internauta, devido à oferta de conteúdo exclusivo da Web.
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4 – Repetição e reconfiguração estética
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forma que ainda está presente na nossa cultura e no modo como ainda
assistimos a televisão.
Tendo em mente as ponderações que trouxemos ao inventariarmos o
modo como a repetição se apresenta no fluxo da programação, cercamos
inter e intrassemioticamente suas características para ressaltarmos que,
muitas vezes, a construção de um gênero televisual se faz a partir da
repetição de um traço particular de um programa. À medida que um
programa é exibido e ganha audiência, vai se internalizando no seio de
outros, seja na mesma emissora, seja em emissoras concorrentes. Aquilo
que pode ser visto como mera repetição vai tomando forma e contribuindo
na constituição dos sintagmas dos programas da esfera televisual.
Assim podemos dizer que, de fato, devemos partir em direção ao
entendimento do sincretismo presente na linguagem televisual para
avançarmos em busca do aprofundamento dessas consequências para a
efetiva presença da qualidade nos programas televisuais. Pensamos que
os diferentes gêneros, nos seus encontros e desencontros, conformam as
linguagens e consolidam paradigmas para se pensar e afirmar o veículo
como sendo televisual. A repetição parece-nos ser uma característica
marcante do meio que pode propiciar alguns traços de qualidade, mesmo
tendo o termo diferentes amplitudes na sua abordagem.
Vimos que a TV constrói suas estratégias de programação baseada em um
ritual que podemos denominar como sendo do calendário e da repetição.
O modo como os conteúdos são dados, ou seja, na mudança polarizada
dos gêneros televisuais (informação x ficção) faz com que tenhamos,
em cada modalidade, de uma forma ou de outra, uma multiplicidade de
elementos e características que, muitas vezes, pertencem a vários gêneros.
Esta característica, por sua vez, na ponta do iceberg, remete a uma
intertextualidade, propiciada pela recolocação do signo em outro ambiente,
quando em diálogo com outro gênero. Portanto, um programa dialoga com
o anterior, anuncia o que está por vir. As ideias de totalidade e, ao mesmo
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Reportagens pré-
Matérias ao vivo
Cidade gravadas
Total Tempo total Total Tempo total
Juiz de Fora 69 2h 33m 52s 130 5h 03m 48s
São João Del Rey 14 0h 24m 21s 17 0h 30m 32s
Barbacena 5 0h 12m 47s 7 0h 12m 46s
Belo Horizonte 0 0h 00m 00s 16 0h 59m 30s
São João Nepomuceno 1 0h 00m 44s 5 0h 14m 41s
Santos Dumont 0 0h 00m 00s 8 0h 13m 52s
Guidoval 0 0h 00m 00s 3 0h 06m 15s
Ubá 0 0h 00m 00s 3 0h 07m 07s
Araxá 0 0h 00m 00s 2 0h 07m 20s
Nova Lima 0 0h 00m 00s 2 0h 02m 56s
Divinópolis 0 0h 00m 00s 2 0h 05m 54s
Cataguases 0 0h 00m 00s 2 0h 03m 20s
Uberaba 0 0h 00m 00s 2 0h 06m 55s
Muriaé 0 0h 00m 00s 2 0h 04m 01s
Carangola 0 0h 00m 00s 2 0h 02m 04s
Chácara 0 0h 00m 00s 2 0h 05m 27s
Sete Lagoas 0 0h 00m 00s 2 0h 03m 49s
Simão Pereira 1 0h 02m 03s 0 0h 00m 00s
Viçosa 0 0h 00m 00s 1 0h 03m 08s
Volta Redonda-RJ 0 0h 00m 00s 1 0h 00m 48s
Visconde do Rio Branco 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 00s
Santa Vitória 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 09s
Ipatinga 0 0h 00m 00s 1 0h 03m 35s
Rio de Janeiro 0 0h 00m 00s 1 0h 00m 24s
São Paulo 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 40s
141
Soraya Maria Ferreira Vieira
Reportagens pré-
Matérias ao vivo
Cidade gravadas
Total Tempo total Total Tempo total
Carandaí 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 51s
Santana dos Montes 0 0h 00m 00s 1 0h 03m 09s
Conceição do Ibitipoca 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 47s
Divino 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 16s
Ouro Preto 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 23s
Guarani 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 52s
Marília-SP 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 07s
Tombos 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 33s
Rio Pomba 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 31s
Bicas 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 07s
Ituiutaba 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 26s
Rio Novo 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 16s
Além Paraíba 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 00s
Tebas 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 49s
Arcos 0 0h 00m 00s 1 0h 03m 38s
Cajuri 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 43s
Lonia Grande (Peru) 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 29s
Recreio 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 37s
Lima Duarte 0 0h 00m 00s 1 0h 02m 26s
Senador Cortes 0 0h 00m 00s 1 0h 03m 09s
Santa Rita de Jacutinga 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 57s
Guiricema 0 0h 00m 00s 1 0h 01m 47s
142
A televisão em tempos de convergência
Apêndice B
Identificação
Nome: __________________________________________________________
Cargo: __________________________________________________________
Nas questões com múltipla escolha, podem ser marcada várias opções.
1) Nesses últimos anos o que mudou com o processo de digitalização no modo de
se fazer jornalismo na emissora? Quais os novos recursos existentes?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
2) Os arquivos da emissora são utlizados? Como?
[ ] Para consulta
[ ] Uso de imagens de arquivo
[ ] Elaboração de biografia
[ ] outro
– Em que formato estão esses arquivos:
[ ] analógico
[ ] digitalizados
143
Soraya Maria Ferreira Vieira
144
A televisão em tempos de convergência
Audiência
145
Soraya Maria Ferreira Vieira
[ ] através de telefonemas;
[ ] visitas à própria sede,
[ ]aplicativos
[ ]e-mail
[ ]carta
[ ] outras
– Como tem sido o comportamento da audiência diante dessa abertura para
participação:
[ ] há boa aceitação e participação ou esse processo
[ ] ainda não se consolidou
14) Há investimentos por parte da emissora na questão da visibilidade através da
internet?
[ ] Sim [ ] Não
Opinião
146
A televisão em tempos de convergência
Apêndice C
Identificação
Nome: __________________________________________________________
Cargo: __________________________________________________________
1) Qual é o número atual de associados ao sindicato dos jornalistas? Em 2005,
qual era esse número?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
2) Quais as principais reivindicações que os jornalistas costumam trazer até o
sindicato?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3) Como o sindicato se relaciona com os jornalistas no momento das discussões
referentes a salários?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
4) Com a presença das novas mídias houve acumulação de função de cargo nas
redações?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
147
Soraya Maria Ferreira Vieira
Opinião
148
A televisão em tempos de convergência
Apêndice D
149
Soraya Maria Ferreira Vieira
150
A televisão em tempos de convergência
151
Soraya Maria Ferreira Vieira
152
A televisão em tempos de convergência
Apêndice E
Características Canais
Fragmentado, porém Fragmentos
íntegro selecionados
Disponibilizam conteúdo da TV
Rede Globo, RedeTV!
Rede Record
e SBT
Memória Todos os canais
Interatividade RedeTV!, Band e SBT
Personalização do conteúdo RedeTV!
Assinatura para obtenção de
Rede Globo
conteúdo exclusivo
Transmissão ao vivo na web RedeTV! e TV Cultura
Aprofundamento da narrativa Aprofundamento da narrativa multimídia
multimídia (SCOLARI) (SCOLARI)
Durante a exibição Somente no
Utilização do Twitter dos programas portal
Rede Globo Rede Record
Portal compatível com plataformas
RedeTV!
móveis
Desenvolvimento de aplicativos
Rede Globo
para smartphones
153
Soraya Maria Ferreira Vieira
Apêndice F
Características Canais
Apresentado na
Somente apresentado na TV TV e exclusivo
para Web
AXN Brasil, Canal Brasil,
Cartoon Network Brasil, Disney
Disponibilizam conteúdo ESPN
Channel Brasil, Fashion TV
Brasil, GNT
Brasil, FOX Brasil, FX Brasil,
Multishow,
Gloob, HBO Brasil, TNT
Viva
Brasil, BandNews,GloboNews,
BandSports, Premiere e Sport TV
Memória Todos os canais, exceto Premiere
Bandnews, Bandsports, Canal Brasil, ESPN
Interatividade
Brasil, GNT, Globonews e Multishow
Personalização do conteúdo ESPN Brasil, GNT e Multishow
Presentes na 3ª fase do
ESPN Brasil, GNT e Multishow
webjornalismo (PALACIOS)
Aprofundamento da narrativa
ESPN Brasil, GNT e Multishow
multimídia (SCOLARI)
Utilização de posts do Twitter HBO, FX, FOX, Multishow, TNT, TV Brasil e
no portal Viva
Desenvolvimento de Disney Channel Brasil,Multishow, Globonews,
aplicativos para smatphones GNT
154
A televisão em tempos de convergência
A autora
155
Este livro, composto com tipografia Minion Pro e
editorado por Lila Brick Artes Gráficas, foi impresso
em papel XXXXXXX, gramatura XXXXXX, pela
gráfica XXXXXXXX. Juiz de Fora, julho de 2014.
Soraya Maria Ferreira Vieira
D
esde que desembarcou em solo brasileiro, recepcionada por Assis
Chateaubriand e sua equipe nos anos 50, a televisão se redimensionou
conforme as mudanças sociais e tecnológicas que se seguiram ao longo
das décadas subsequentes. À medida que os avanços tecnológicos despontavam,
logo eram incorporados pela TV e, assim, esta ganhava cada dia mais público –
até se configurar como um dos principais veículos de comunicação de massa. Nos
anos 60 o Brasil contava com 200 mil aparelhos receptores. A princípio as imagens
eram em preto e branco e ao vivo e a partir dos anos 70 a cores, trazendo para tela
o mundo tal qual o víamos a nossa volta.Nos anos 80 temos o boom das imagens
com os videocassetes que popularizaram o uso e prática, ainda que amadora, de
produzir imagens em movimento e o país já contava com 196 emissoras comerciais
e 12 estatais. Nos anos 90 temos as TV’s a cabo, pagas, segmentadas, trazendo
muitas opções para a recepção. Ainda nos 90 surge a internet que inaugura outra
forma de comunicação sem fronteiras e que aos poucos se consolida, fazendo
nos anos 2000 a televisão buscar novas alternativas no caminho da convergência
midiática.Em 2007 a TV digital se torna realidade,
Diante de tamanha notoriedade e história, este livro discute o potencial da TV nos
dias atuais. No capítulo 1, são apontadas as transformações que a TV Panorama,
atual TV Integração, experimentou em termos de linguagem ao ampliar sua
área de atuação de local para regional. No capítulo 2, apontam-se os efeitos da
convergência em emissoras mineiras no âmbito local e regional – TV Integração,
TV Alterosa, Rede Minas e TV Assembleia– que conforme veremos não está
dissociada das mudanças nacionais, no tocante ao mercado jornalístico, quanto
na sociedade em geral. Já no capítulo 3, aborda-se a convergência em emissoras
abertas e de canais fechados do país. O capítulo 4 é um convite à reflexão, a guisa
de conclusão sobre a repetição e a reconfiguração estética que a convergência
trás para as novas plataformas, ou seja, para os portais dos veículos com tradição
televisiva, Desta forma, tem-se um panorama completo e abrangente do atual
cenário vivido pela televisão em tempos de profunda transformação, em tempos
de convergência midiática.
158