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Disciplina: História A
Índice
1. Introdução.................................................................................................. 4
3. Conclusão ................................................................................................ 14
4. Bibliografia .............................................................................................. 15
5. Sitografia.................................................................................................. 16
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Índice de Imagens
Figura 1 - Danças populares ....................................................................................... 10
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1. Introdução
O trabalho encontra-se organizado num tema, que, por sua vez, se divide em
dois subtemas:
- Romarias e Peregrinações.
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2. A difusão do gosto e da prática
das viagens
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Voltei a Paris, mas pouco depois saí para seguir o rei (Carlos VI, rei de
França), que tinha partido para Avinhão e Toulouse; (…) depois do Natal
viemo-nos embora (…). Sem parar em Paris, fui para a Holanda, onde ganhei
outra grande soma. Depois de um breve retorno a Paris, saí de novo para
Inglaterra em companhia do conde Saint-Pol e de um número de cavaleiros
que para aí iam, a fim de tomar parte em algumas justas e torneios.
Não investi em Inglaterra, mas em vez disto dei 500 francos de ouro a
Mariotto Ferrantini e a Giovanni Di Guerrieri de Rossi para comprarem lã e ma
enviarem para Florença. Voltei então para Paris, onde passei o inverno.
Possuía então 10 000 francos de ouro em lã, casa, mobília, cavalos, utensílios
e dinheiro em caixa, sem contar várias somas consideráveis de dinheiro que
me eram devidas pelo conde de Saboia, entre outros, as quais montavam a
mais de 5000 francos. (…)
Ao chegar a Florença resolvi casar (…). A lã que eu tinha comprado em
Inglaterra chegou em dois barcos, antes do meu casamento.
Diário de Buonaccorso Pitti, mercador florentino,
em Maria Guadalupe Pedrero –Sánchez, ob. cit.
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se encontrava. Estas relações mostravam o interesse económico que havia
nestas viagens e nas trocas comerciais que estas, naturalmente,
proporcionavam, uma vez que traziam prosperidade financeira para as nações
envolvidas e estimulavam a circulação monetária.
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Polo, escreveu o que seria o mais fomos livro de viagens de todos os tempos,
conhecido como O Livro de Marco Polo, O Milhão e O Livro das Maravilhas.
Mais à frente, pelo elogio feito ao palácio do “rei”, conclui-se que este era
muito rico e imponente, espelhando, assim, a prosperidade económica aí vivida.
Durante dois séculos, foi este relato que alimentou a mente dos europeus
acerca de como seria o mundo para lá da Europa, até aos portugueses chegarem
à índia, em 1498.
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nobreza, clero, etc -, ainda que, com o passar dos anos, a diplomacia tenha vindo
a tornar-se uma área mais específica. Roma era um importante centro de
negociações diplomáticas, uma vez que aí estava estabelecido que o Papa
funcionava como mediador de conflitos entre Estados e como juiz em matérias
de Direito Internacional Público. Durante o século XV, foram alinhavadas as
primeiras missões permanentes, que dão origem ao que são as embaixadas,
atualmente.
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Depois de chegarem ao local do santuário, os romeiros pagavam as suas
promessas e tomavam parte nas cerimónias religiosas que incluíam,
usualmente, uma missa e, mais tarde, também uma procissão. Aproveitava-se,
ainda, aquela ocasião para fazer negócios (não era por acaso que, muitas vezes,
as romarias coincidiam com feiras), trocar notícias, cantar e bailar.
A figura 1 mostra-nos um
grupo de pessoas a bailar ao
som da música tangida pelo
homem que se encontra no
canto inferior direito. Na
altura, as únicas ocasiões em
Figura 1 - Danças populares que havia oportunidade para
este tipo de celebrações era durante as romarias, daí concluirmos que se trata
de uma destas. Verificamos que nesta participam pessoas simples (3º estado)
pelos trajes simples que têm vestidos; o caráter lúdico observa-se no facto
destes eventos levarem a bailes.
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De entre todos os locais de peregrinação da Cristandade latina, havia três
que se destacavam: Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela. Jerusalém,
porque era o local de paixão e morte de Jesus; Roma por ser o local onde estava
o Papa, mas também por ter sido o sítio do martírio de S. Pedro e o local onde
este se encontra sepultado; Santiago de Compostela, uma vez que aí foi
encontrado, no século XI, um túmulo identificado como o do apóstolo São Tiago.
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A Europa ocidental afluía, normalmente, a Santiago de Compostela, pois
acreditavam nas curas milagrosas e na força sobrenatural que vinha do seu
túmulo.
Desde o dia em que começou a ser edificada, ate hoje, esta igreja não
deixou ainda de resplandecer através da luz dos milagres do apóstolo Tiago.
Na verdade, no seu interior é concedida a saúde aos doentes, dada a vista aos
cegos, solta a língua aos mudos, são abertos os ouvidos aos surdos, restituída
a agilidade aos coxos, obtida a libertação dos possessos, e, mais ainda, aí se
acolhem orações aos fiéis, se atendem os seus pedidos; aí os fiéis, são
libertados dos seus pecados e os céus abrem-se àqueles que invocam o santo,
aí se oferece consolação aos aflitos e todos os povos estrangeiros provenientes
de todos os climas do mundo para lá se precipitam em multidão, a fim de dar
glória ao Senhor.
Aimery Picaud – Guia do Peregrino de Santiago de
Nos caminhos percorridos pelos peregrinos eram cada vez mais comuns
os mosteiros, hospitais e albergarias que ofereciam aos peregrinos um local
onde descansar durante esta extensa viagem, calor, água e comida. Os
santuários também iam aumentado e as suas relíquias faziam as delícias dos
devotos.
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Figura 2 - Principais vias de peregrinação a Santiago na Idade Média
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3. Conclusão
A partir do trabalho, posso concluir que foi na Idade Média que a Europa
finalmente se abriu para o mundo. Os mercadores, visionários, começaram a
expandir o seu negócio para locais internacionais; as relações entre mercadores
e governantes foram favoráveis a que fossem os viajantes a tratar de missões
político-diplomáticas, tendo um pouco o papel de embaixadores do seu país;
havia ainda as romarias e peregrinações que eram viagens de caráter religioso.
As romarias eram em distâncias pequenas e em dias fixos do ano, enquanto as
peregrinações podiam durar meses ou anos e eram feitas quando uma pessoa
quisesse, mas ambas serviam, umas mais que outras, para a salvação da alma,
pagar promessas e cumpri penitências.
Deste modo, consegui aprender muito mais sobre as viagens medievais que
ainda hoje têm repercussões.
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4. Bibliografia
PINTO DO COUTO, Célia, MONTERROSO ROSAS, Maria Antónia, Um Novo
Tempo da História, 1ª Ed., Porto Editora, Porto
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5. Sitografia
https://www.google.pt/search?q=iluminura+missal+franc%C3%AAs+seculo+XV&espv=
2&biw=1280&bih=608&site=webhp&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjRg
buCtPbKAhUC1xQKHcLeB3oQ_AUIBigB#imgrc=2Fy7Ao3sxzcohM%3A
https://books.google.pt/books?id=atXvBeLXItYC&pg=PA89&lpg=PA89&dq=giovanni+fr
escobaldi+o+que+%C3%A9+preciso+saber+quando+se+vai+a+inglaterra&source=bl&
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o%20se%20vai%20a%20inglaterra&f=false
https://www.google.pt/search?q=caminhos+de+santiago&espv=2&biw=1280&bih=608
&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjmwdmpzvbKAhUBNhQKHWkJACwQ
_AUIBigB&dpr=1#tbm=isch&q=vias+de+peregrina%C3%A7%C3%A3o+a+santiago+na
+idade+m%C3%A9dia+&imgrc=li7bgXosVaJjIM%3A
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