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Assassinato de sertanista escancara fragilidade da Funai - Carta Maior Página 1 de 7

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Assassinato de
sertanista
escancara
fragilidade da
Funai

Por Maurício Hashizume*

12/10/2004 00:00

Brasília – Entre as pessoas que têm

alguma relação mais próxima com os

povos indígenas do país, é comum o

sentimento provocado pelo assassinato

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do sertanista Apoena Meireles, morto a

tiros em Porto Velho-RO na noite do

ultimo domingo (10).

Independentemente da motivação do

crime - a polícia anunciou a prisão um

jovem de 17 anos, que teria agido

sozinho ao tentar roubar o sertanista -,

todos concordam que o poder público

tem obrigação de proporcionar mais

condições de segurança e estrutura

para quem trabalha para a Fundação

Nacional do Índio (Funai). Ligada ao

Ministério da Justiça, a Funai é o órgão

responsável pela política indigenista

dentro da estrutura do governo federal.

Meireles exerceu o cargo de presidente

da Funai entre 1985 e 1986.

“A Funai hoje não está tem condições


de exercer a sua função insitucional”,

avalia Edson Beiriz, administrador do

órgão em Goiânia-GO. Beiriz vem

sofrendo seguidas ameaças de morte

por estar envolvido no caso conflituoso

da Terra Indígena Maraiwatséde, no

Mato Grosso. Ele e o bispo da região,

Dom Pedro Casaldáliga (da Prelazia de

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São Félix do Araguaia), sofrem pressão

de fazendeiros e posseiros locais por

estar do lado dos índios Xavante na

área que já foi até homologada.

Na opinião de Beiriz, a Funai precisa ser

fortalecida dentro da estrutura

governamental. “Nos locais de conflito

como na Terra Indígena Roosevelt

[região rica em minérios para a qual

Apoena Meireles foi enviado], a Funai

não é o alvo de ameaças. Quem corre

riscos é a pessoa que fica na linha de

frente”, relata o administrador. “Em

uma situação como essa, a pessoa fica

fragilizada porque geralmente são

lugares onde não há uma presença

consistente do poder público”.

Uma das formas sugeridas por Beiriz

para mudar esse quadro é o aumento

imediato de pessoal para a atuação de

equipes maiores em casos de maior

tensão. A Funai possui cerca de dois mil

funcionários para atender todo o país.

“O funcionário da Funai é enviado

muitas vezes sozinho para ‘apagar fogo‘

em regiões de conflito. Você não vê a

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Polícia Federal (PF) fazendo uma

operação de grande relevância para o

país com pouca gente assim”. Para o

caso de Apoena em Rondônia, por

exemplo, o ideal seria, segundo o

administrador, pelo menos um grupo

de seis a oito funcionários. Ele estava

acompanhado apenas por Cleonice

Alves Mansur, funcionária da Funai, que

inclusive presenciou o assassinato do

sertanista.

Com experiência na função, Beiriz

lembra que a PF participa de ações

conjuntas com funcionários do órgão,

mas a dianteira da negociação sempre

fica a cargo de funcionários da Funai.

Ele ressalta que a ação direta

(demarcação e desintrusão de terras

indígenas, por exemplo) de funcionários

como ele próprio e o falecido Apoena

fere com freqüência interesses políticos

e econômicos locais. “Por isso eu não

acredito que tenha sido um crime

simples. Na minha opinião, o

assassinato de Apoena – uma pessoa

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simples, de atitudes tranqüilas – tem

ligação com o trabalho dele”.

Medida perigosa

Beiriz considera temerário o simples

anúncio da intenção do governo federal

de delegar poder de polícia aos

funcionários da Funai. “Uma das coisas

importantes que o governo está

preparado para resolver é conceder

poder de polícia ao nosso pessoal. Essa

concessão dará ao servidor uma

condição melhor para se defender nas

operações de risco", afirmou o vice-

presidente da Funai, Roberto Lustosa,

durante o velório do sertanista ocorrido

nesta segunda-feira (11) na sede do

órgão em Brasília.

O chamado poder de polícia permite

que servidores utilizem armas de fogo,

dêem voz de prisão, façam apreensões

e apliquem multas. “Nem todo mundo

está preparado para isso”, adverte

Beiriz. “Precisamos ter mais gente,

mais tranqüilidade e condições de

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trabalho. Falta mesmo é o

fortalecimento da instituição. Desse

jeito, as coisas não podem continuar”.

*Com Agência Brasil

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