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Países
analisam
alternativas
para captação
de recursos

Por Maurício Hashizume - Carta Maior

07/07/2006 00:00

BRASÍLIA – Os adversários do presidente


Lula não se cansam de identificar
fragilidades na atual política externa, mas a
articulação em torno da diplomacia
brasileira não dá sinais de arrefecimento.
Sob a presidência do Brasil, teve início no
Palácio do Itamaraty, nesta quinta-feira (6),
a primeira reunião plenária do Grupo Piloto
sobre Mecanismos Inovadores de

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Financiamento do Desenvolvimento,
mobilização internacional que já conta
com a participação de 44 países e resultou
de uma iniciativa do Grupo Lula, alcunha
internacional da coalizão inicialmente
formada por Brasil, França, Espanha e Chile
com vistas à cooperação pelo combate à
fome e a pobreza.

A alternativa que se encontra em estágio


mais avançado em termos de mecanismos
inovadores é a contribuição solidária sobre
passagens aéreas internacionais, que já
está sendo cobrada na França desde 1º de
julho. O ministro das Relações Exteriores,
Celso Amorim, reafirmou, durante a
abertura do evento, que o governo
brasileiro já tomou a decisão de contribuir
inicialmente com recursos do Orçamento
Geral da União (OGU) da ordem de US$ 12
milhões anuais, cálculo do que seria
arrecadado caso fossem cobrados US$ 2
de cada passagem internacional emitida
em terras brasileiras. Amorim disse que
trabalha com a perspectiva da aprovação
de projeto de lei que possa garantir a
cobrança permanente da contribuição dos
passageiros no futuro.

As verbas arrecadadas com a contribuição


sobre as passagens e com outros
mecanismos que ainda estão sendo
analisados pelo Grupo Piloto serão
destinadas à Central Internacional de
Compra de Medicamentos (Cicom) contra
HIV/Aids, tuberculose e malária. Integrante
do secretariado permanente do Grupo
Piloto, Jacques Lapouge, diretor do
Departamento de Assuntos Econômicos e
Financeiros do Ministério de Negócios
Estrangeiros da França, destacou que
outros mecanismos como a taxação sobre
transações financeiras internacionais
(como a Taxa Tobin), a emissão de novos
Direitos Especiais de Saques junto ao
Fundo Monetário Internacional (FMI) e a
antecipação de bônus de cooperações
internacionais nos marcos do Fundo

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Internacional de Finanças para Imunização


(IFFIm), destinado à compra de vacinas
para países em desenvolvimento,
idealizado pelo ministro da Finanças do
Reino Unido, Gordon Brown.

A expectativa do Grupo é arrecadar até


US$ 50 bilhões anuais por meio desses
mecanismos até 2015, ano-referência para
os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODMs) das Nações Unidas.

A mobilização internacional por


mecanismos inovadores de arrecadação
para projetos de desenvolvimento em
países pobres conta com o apoio de
organizações da sociedade civil. Na
cerimônia de abertura, Jorge Eduardo
Saavedra Durão, da Associação Brasileira
de Organizações Não-Governamentais
(Abong), saudou o caráter solidário da
iniciativa diante de um cenário
internacional tenso. O mérito do debate,
segundo ele, é inadiável, especialmente
porque coloca em debate o tema do
sistema tributário internacional. A
globalização econômica e cultural, lembrou
Durão, abriu espaço para novas fontes e
formas de riqueza e lucro, sobre as quais
podem também incidir novas formas de
tributação.

As organizações da sociedade civil


engajadas no processo também apóiam a
Taxa Tobin – reivindicação de movimentos
como a Associação pela Taxação das
Transações Financeiras e de Ajuda aos
Cidadãos (Attac) – para extrair
contribuições solidárias do que
classificaram como “cassino global”. O
Grupo Piloto, para as ONGs, não pode ser
visto como uma mera ação pontual, mas
como um pontapé estratégico para impor
regras de tributação das corporações
transnacionais e do sistema financeiro.

Os mecanismos de financiamento do
desenvolvimento de países pobres, na

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visão das organizações civis participantes,


se caracterizam como primeiro passo para
enfrentar a fome e a pobreza e os
mecanismos que as reproduzem, mas
precisam se expandir e ganhar caráter de
cumprimento obrigatório e não apenas
voluntário. Nessa mesma toada, defendem
uma tributação específica de ordem
ecológica – para compensar os impactos
socioambientais (camuflados pelo termo
"externalidades" mundo afora) – e
fiscalização e controle mais rígido sobre
em relação a crimes transfronteiriços
como evasão de divisas e lavagem de
dinheiro.

No momento, a principal preocupação do


grupo se volta para a questão da
propriedade intelectual dos medicamentos,
que encarece os produtos e impede o
acesso dos pobres por causa das
limitações econômicas. Em resposta,
Amorim reforçou a necessidade garantir o
cumprimento do Tratado Sobre Direitos de
Propriedade Intelectual Relacionado ao
Comércio Internacional (Trips) firmado no
âmbito da Organização Mundial do
Comércio (OMC), que isenta a cobrança de
patente – nem para fabricação (e consumo
no mercado doméstico) e nem para
comércio com outros países - de
medicamentos genéricos para fins de
saúde pública.

Diplomatas presentes na primeira reunião


do Grupo Piloto também chamaram a
atenção para que os mecanismos
inovadores não sejam encarados como
substituição das responsabilidades
assumidas pelos países ricos no
“Consenso de Monterrey", adotado pela
Conferência Internacional sobre o
Financiamento do Desenvolvimento, das
Nações Unidas, realizada em Monterrey, no
México, em 2002. De carona no conceito
de mecanismos inovadores, já foi proposto
até incluir as remessas privadas dos
trabalhadores que migraram para países

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ricos como dinheiro de cooperação


internacional para os países pobres. “Isso
é um absurdo”, comentou representante de
um país da América Latina.

O chanceler brasileiro disse que a


definição as fontes para a Cicom deve ser
negociada até setembro, para a
Assembléia Geral das Nações Unidas, em
Nova Iorque. "Os mecanismos financeiros
inovadores são uma resposta – não única,
mas nem por isso menos necessária –
para a luta contra a fome e a pobreza",
colocou. "Precisamos dar alívio imediato à
situação crítica em que se encontra mais
de um sexto da humanidade".

HISTÓRICO
A necessidade de definição de novas
fontes de recursos para o combate à
desigualdade global ganhou projeção com
o discurso do presidente Lula durante a
reunião de 2003 do Fórum Econômico
Mundial, em Davos, na Suíça. A questão foi
retomada na reunião do G-8 (grupo dos
oito países mais ricos do mundo) em
Evian, na França. No início de 2004, uma
parceria do Brasil com os presidentes da
França (Jacques Chirac) e do Chile (e
Ricardo Lagos) foi formada para tocar a
proposta. A Espanha, de José Luis
Zapatero, se associou em seguida, bem
como Alemanha e Argélia, seguidas por
outros países.

O Grupo-Piloto foi criado na conferência


promovida pelo presidente Chirac em
fevereiro último. Há algumas semanas, foi
promovido evento de promoção da Cicom
em Nova Iorque, à margem da Sessão
Especial da Assembléia Geral da ONU
sobre o combate à Aids.

Créditos da foto: Antonio Cruz/ABr

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