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Tradução por Almir Macário Barros [macariobarros@gmail.com] [55-92-81923097]
Professor de Teologia Bíblica [Abordagem Histórico - Redentora] no ITEPRAM – Instituto Presbiteriano do Amazonas
Skype: almirmacariobarros
Desenvolvedor do Projeto Histórico – Redentor: Teologia Reformada de 4ª Geração – Pós – Westminster [Projeto em
desenvolvimento]

UMA BREVE HISTÓRIA DA TEOLOGIA DA ALIANÇA1

Prof. SCOTT CLARK

URC minister, Associate Professor of Church History Westminster Theological Seminary in California ©
R. S. Clark, 2001.

As raízes da Teologia Reformada da Aliança são tão profundas como a antiguidade da Revelação e Tradição cristãs.
Sua importância para a fé Reformada é de alta relevância. O grande teólogo de Princeton, B.B. Warfield denominou-
a Teologia Federa2l (também conhecida como Teologia Clássica da Aliança, ou simplesmente Teologia da Aliança
ou Teologia do Pacto, ou ainda Doutrina do Pacto, ou mesmo Teologia Reformada da Aliança) como o “princípio
arquitetônico” (princípio estruturador) de construção da Confissão de Fé de Westminster (CFW) (1647).

I. A Teologia da Aliança nos primeiros Pais: Presente mas não desenvolvida

Até à Controvérsia Pelagiana (final dos anos 300 a.D.) e o Semipelagiano (princípio dos anos 400 a.D.) a Igreja não tinha
uma doutrina da salvação muito bem elaborada. A Igreja Primitiva também tinha uma Teologia da Aliança que pode ser mais

1 Nota do Tradutor: Esta exposição do Dr. S. Clark é extremamente relevante sob aspecto histórico, principalmente para o leigo ou principiante que
está dando os primeiro passos no desenvolvimento histórico da Teologia Federal. Porém, há algumas afirmações do Dr Clark que o tradutor deste artigo
observa ponto por ponto ao longo desta exposição, e que não estão exatamente corretos, tais como 1. Colocar a Teologia Reformada quase que em
equivalência com a Teologia Luterana [por ex. o tratamento quanto à Lei e ao Evangelho; quanto ao tratamento de elementos constitutivos da Teologia
Federal ainda em estado germinal em Calvino e que estariam também em Lutero [e que, na verdade, não estão]; 2. “Esquecer” que Lutero era
Traducianista o qual usa apenas a Representatividade Natural e Calvino era Criacionista, sistema que usa a Representatividade Federal]; 3. Clark fala de
uma “ab – rogação” do Pacto das Obras que, na verdade, não existe nas Escrituras e nem na história da Teologia Reformada. Porém, fica esta observação,
de que, neste artigo, o leitor dispense atenção para a exposição histórica do desenvolvimento da Doutrina do Pacto, mais tarde Teologia Federal.
2 Nota do tradutor: “Teologia Federal”, “Teologia da Aliança”, “Teologia do Pacto”, “Teologia Reformada da Aliança”, ou ainda “Teologia Clássica da

Aliança”, todos estes são termos que se referem ao mesmo sistema histórico teológico da Aliança, desenvolvido por Reformadores Protestantes
Reformados a partir do séc. 16. É necessário não confundir com outros sistemas teológicos que surgiram posteriormente, não têm raízes históricas e ainda
deixam margem a questionamentos quanto à sua harmonia com as Escrituras, tais como: 1. Nova Teologia da Aliança ou do Pacto e 2.
Dispensacionalismo, 3. Visão Federal. Estes são sistemas teológicos posteriores à Teologia Federal. Este estudo apresentado pelo Dr. Clark nada tem a
ver com tais sistemas.
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Professor de Teologia Bíblica [Abordagem Histórico - Redentora] no ITEPRAM – Instituto Presbiteriano do Amazonas
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bem descrita como latente, porém não desenvolvida. Os primeiros Pais usavam a Doutrina do Pacto apenas para cinco
propósitos:

1. Expressar as obrigações morais do Cristianismo.

2. Demonstrar a graça de Deus na inclusão dos gentios nas bênçãos abraâmicas.

3. Negar que os israelitas recebiam as promessas simplesmente por serem descendentes físicos de Abraão.

4. Demonstrar a unidade da economia divina da salvação.

5. Explicar a descontinuidade entre Antiga e Nova Alianças na Escritura.

Entretanto, o maior de todos os Pais da Igreja, Agostinho de Hipona (354-430 a.D.), (o gigante sobre cujos os ombros
repousou a Igreja) na sua maior obra, A Cidade de Deus, (16.27), claramente ensinou o esboço do que futuramente viria
constituir elementos centrais na Teologia Federal: o Pacto das Obras e o Pacto da Graça3.

Mas igualmente as crianças, não pessoalmente em suas próprias vidas, mas conforme a origem comum da linhagem
humana, todas têm violado o Pacto de Deus em Adão, no qual todos pecaram. Além da Velha e Nova alianças que qualquer
pessoa lendo, pode conhecer, há muitas outras...alianças de Deus. Pelo que a primeira aliança feita com o primeiro homem,
certamente é esta: “No dia em que dela comeres certamente morrerás”. Portanto, está escrito no livro do Eclesiástico: “toda
carne se tornou deteriorada como veste envelhecida. Assim a aliança desde o princípio do século é: Morrereis de morte”4.

Há dois Adãos na história da redenção. Conforme os Puritanos afirmavam: “Todos nós pecamos com a Queda de Adão”;
isto é verdade, pois ele (o primeiro Adão) era nosso representante federal5. Por outro lado, temos que Cristo, o Último Adão,
é o Representante federal da totalidade dos eleitos. Agostinho considerava que Deus fez um pacto legal com Adão estando
o mesmo sob a Lei. Assim ele usa este momento e a situação posterior (Pós-Queda) para fazer distinção entre Lei e
Evangelho. Esta distinção foi amplamente perdida na Igreja Medieval, tendo sido um dos grandes resgates da Reforma.

Com respeito à história da Redenção, tanto o Velho como o Novo Pacto são expressões do evangelho. É importante notar
que Agostinho se voltou para a Teologia da Aliança no seu confronto com os Pelagianos (que negavam o Pecado Original) e
contra os semi-Pelagianos (que diziam crer no Pecado Original, mas argumentavam que o homem poderia cooperar com a
graça divina na sua justificação diante de Deus).

II. A Teologia da Aliança no Período Medieval

Por quase todo o período Medieval, a Igreja Ocidental (Latina) e a maior parte dos seus teólogos, concordavam em que
Deus declara o que está escrito acerca de nós porque nós somos o que somos. Isto é, Deus só pode declarar o povo justo
se ele realmente for justo, interna e externamente. E isto, segundo eles, acontecia quando pecadores recebiam a infusão da
graça a fim de se tornarem santos. Assim, para eles, a justificação era assunto de cooperação com a graça divina; a fé é
obediência e a dúvida a essência da fé.

O maior desenvolvimento da Teologia Medieval da Aliança aconteceu com a proposição do grande teólogo franciscano
William Ockham (1285-1347) e mais tarde com Gabriel Biel (1420-1495). Segundo eles, Deus não diz que somos justos,
pois de fato não o somos, mas antes, pela necessidade que temos de satisfazer as exigências da aliança em cooperação

3 Nota do tradutor: O Pacto das Obras e o Pacto da Graça constituem dois dos três pilares sobre os quais está estruturada a Teologia da Aliança que viria a
florescer mais tarde, oficialmente ligada á Teologia Reformada à partir da Assembléia de Westminster [1642-1649].
4 Nota do tradutor: Porção traduzida baseada em: A Cidade de Deus, parte II, Ed. Vozes, 1990, S.P., p. 252.
5 Nota do tradutor: I Co. 15.45. Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante...e Rm.

5.12. Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
porque todos pecaram...
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com Deus. Este ensino ficou conhecido como Teologia Franciscana do Pacto, e seu slogan era: “Deus não nega a sua
graça àquele que faz o que está ao seu alcance”. Este ensino é conhecido como: “Deus ajuda a quem se ajuda”.

Ockham e Biel ensinavam que Deus recompensava os pecadores com uma espécie de mérito quando eles faziam o seu
melhor. Segundo eles, Deus fazia vista grossa para os seus pecados e os tolerava como se eles tivessem cumprido todas
as exigências da aliança; ou seja, como se eles tivessem cumprido a Lei. Foi exatamente contra este ensino que Martinho
Lutero se colocou em frontal oposição na Reforma Protestante.

III. A Teologia da Aliança (ou Teologia Federal) na Reforma

Martinho Lutero (1483-1546): Embora Martinho Lutero (1483-1546) tenha chegado a abominar a Teologia Franciscana do
Pacto, ele não a abandonou totalmente. Ainda que não tenha trabalhado uma teologia da aliança completa com o mesmo
zelo que se tornou um Protestante (1513-1519), ele ensinou as doutrinas paulinas do Pecado Original, da absoluta
soberania de Deus na salvação (dupla predestinação), da imputação dos nossos pecados a Cristo, da sua justiça imputada
a nós e somente a fé como instrumento de justificação.

Lutero, Lei, Evangelho e Justificação: De acordo com Lutero, nós não somos justificados por causa da nossa
santificação. Ele, Calvino e todos os protestantes não rejeitaram a idéia de mérito, mas aprenderam que não são nossos
méritos (produzidos por qualquer tipo de graça) que satisfazem a Deus, mas é Cristo quem mereceu a nossa justiça, e seus
méritos são imputados a nós, pecadores.

Lutero expressou estas verdades na sua distinção entre Lei e Evangelho. Este último são as boas novas sobre o que Cristo
fez pelos pecadores. A Lei são as más notícias para os pecadores. Quando a Escritura afirma, “Faça isto e viverás” (Lc.
10.28), está falando da Lei. Porém quando diz: “Eu fiz o necessário para que possas viver”, está falando do Evangelho.
Ainda que alguns teólogos reformados tenham sugerido que nos discordamos de Lutero sobre este princípio, B. B. Warfield
nos lembra que “é enganoso buscar diferenças entre cada tipo de protestantismo na sua origem de formação, visto que eles
têm muito mais pontos em comum do que divergências” Nossa doutrina da justificação é umas das coisas que temos em
comum.

Uma das razões porque Lutero não debateu muito sobre aliança nos seus últimos escritos foi porque a idéia de aliança
chegou a ser associada com os teólogos franciscanos, a quem ele tinha repudiado publicamente. Outra possível razão seria
porque Huldrych Zwingli (1484-1531) discursou bastante sobre aliança. Entretanto, ele ensinava também um Pacto das
Obras antes da Queda e um Pacto da Graça depois da Queda; descrevia os sacramentos especialmente em termos de
aliança e nossa resposta à graça. A ênfase de Zuínglo quanto a nossa responsabilidade na aliança soava a Lutero, como se
ele concordasse com Ockham.

Joahnnes Oecolampadius (f. 1531): Um dos protestantes menos conhecidos entre Lutero e Calvino foi Joahnnes
Oecolampadius (falecido em 1531). No seu tempo, este teólogo ensinou uma Teologia da Aliança notavelmente madura,
incluindo a doutrina da Aliança da Redenção, a Aliança das Obras e a Aliança da Graça. Sem nenhuma dúvida, o teólogo
reformado Amandus Polanus considerou Oecolampadius o primeiro teólogo reformado do Pacto.

Como exemplo, se tem que a Aliança da Redenção (considerada relativamente uma nova doutrina, visto que não tinha sido
trabalhada em detalhes) é encontrada mais plenamente trabalhada em Oecolampadius do que em outros teólogos do
período. Ele falava de uma aliança do Pai com o Filho e ensinava que a Aliança da Graça é um resultado do trabalho
daquela aliança (entre o Pai e o Filho).

Conforme veio a ser enunciada na Teologia Reformada do século dessezete, a Aliança da Redenção (Pactum Salutis ou
Consilium Pacis: O Conselho da Paz) ensinava que o Pai requeria a obediência do Filho no lugar do eleito; que ele
deveria ser a garantia do mesmo; isto é, ele deveria: 1. Cumprir todas as obrigações legais dos eleitos; 2. Fazer a expiação
pelos seus pecados; 3. Levar a punição dos seus pecados; 4. Satisfazer todas as demandas do Pacto das Obras (Lei); 5.
Merecer o perdão de pecados e 6. A justificação objetiva a ser imputada ao seu povo.
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O Filho como segunda parte dessa aliança, graciosa, livremente e de boa vontade aceitava os termos desta aliança. O Pai
prometeu muitas coisas, entre elas a natureza humana imaculada do Filho, o Espírito Santo sem medida, cooperação no
trabalho do Filho, autoridade para administrar o Espírito Santo, toda autoridade no céu e na terra, e copiosa recompensa
pela conclusão da obra do Último Adão. Uma vez tendo o Filho satisfeito os termos desta aliança, ele mereceria a
justificação do seu povo a ser vindicada pela sua ressurreição.

O trabalho mais importante de Oecolampadius sobre a Teologia da Aliança foi proveniente das suas leituras em Isaías nos
anos 1523 e 1524. Nestas leituras ele descreveu a Aliança da Graça como unilateral na sua origem e bilateral na sua
administração. A Aliança da Graça, considerada como a oferta do Evangelho aos pecadores, deveria ser incondicional no
sentido em que nos não estamos preparados para ela, nem podemos cooperar com a mesma. Nós simplesmente cremos na
promessa do Evangelho. Por outro lado, a Aliança da Graça pode ser concebida como condicional quando consideramos a
sua administração na vida da igreja. Os cristãos são obrigados, como resposta à graça, a zelar pela pregação do evangelho
e a administração dos sacramentos. Estas são as linhas básicas da Teologia Reformada da Aliança durante o século
dezenove.

João Calvino (1509-1564): Tal como Lutero, João Calvino (1509-1564)6 ensinava a essência da mais desenvolvida
Teologia Federal7. Tal qual Bullinger, a maior parte do debate de Calvino sobre aliança dizia respeito à história da redenção
de Adão a Cristo e à continuidade da Aliança da Graça. Ainda assim, ele ensinou a essência do que veio a se tornar a
Teologia Federal Reformada Clássica: a Aliança da Redenção na eternidade (Pactum Salutis), a Aliança das Obras
(conhecida como Pacto das Obras) antes da Queda e a Aliança da Graça depois da Queda.

Alguns eruditos negam que Calvino ensinasse a mesma Teologia da Aliança ensinada por teólogos reformados posteriores,
porque ele não usava o mesmo vocabulário usado por eles. Isto é irônico, visto que o próprio Calvino reclamava acerca dos
romanistas, que não o toleravam no uso da expressão “pela fé somente” (Institutas 3.11.19, versão em inglês: The Ages
Digital Library, vol. 3, caps. 11 e 19), visto que a palavra “somente” não é usada literalmente na Escritura. Para Calvino a Lei
(Pacto das Obras)8 matava o pecador e o Evangelho (Pacto da Graça) o justificava e santificava através da fé somente, e
em Cristo somente. Ele usava a aliança para expressar estas verdades fundamentais.

6 Nota do Tradutor: Quanto à interpretação do que é Lei e o que é Evangelho é necessário, pelo menos, deixar entrelinhas que há uma diferença relevante
entre a Teologia Reformada em Calvino e a Luterana em Lutero [sem citar outras diferenças]. A Lei e o Evangelho ensinado na Teologia Luterana em
Lutero é diferente da ensinada por Calvino na Teologia Reformada. Lutero simplesmente não abraçou a Teologia da Aliança e foi por “outros caminhos” na
interpretação do que é Lei e o que é Evangelho. Já a Teologia Reformada [em Calvino e posterior] em harmonia com o que viria a ser Teologia Federal, e
que iria estruturar os documentos de Westminster [Confissão de Fé de Westmisnter - CFW, Catecismo Maior de Westminster - CMW e Breve Catecismo de
Westminter - BCW] tem outro tratamento com respeito à Lei e Evangelho, e que seria um grande espaço para apresentar o assunto. Mas, definitivamente, a
abordagem quanto ao que é Lei e Evangelho em Lutero é significativamente diferente da abordagem Reformada, e é necessário enfatizar tal diferença por
causa da união posterior de Teologia Reformada [Trinitariana] e Teologia Federal [Pactual], [oficialmente e formalmente isto aconteceu na Assembléia de
Westminster – 1642-1649].
7 Nota do Tradutor: Não é verdade que “Calvino...tal como Lutero...ensinava a essência da mais desenvolvida Teologia Federal”. Primeiro: Lutero não

poderia ensinar os princípios da Teologia Federal, pois: 1. Ele rejeitou alguns princípios federais da Doutrina do Pacto em seu encontro com Zwingli,
conforme cita Clark; 2. Enquanto Lutero adotava o Traducianismo, cuja a Representatividade Natural é um de seus principais fatores, sendo também
insuficiente para sustentar a Doutrina Reformada do Pacto, por outro lado, Calvino adotou o Criacionismo que traz em seu bojo a Representatividade
Federal, próprio da Teologia Federal [que viria a ser estruturada posteriormente]; É verdade que na Teologia Reformada [TR] em Calvino, como que peças
espalhadas de uma Quebra – cabeças, todos os elementos da Teologia Federal já estavam na TR em Calvino, mas como que em estado latente, sem ser
desenvolvida [conforme o próprio Clark afirma no início da sua exposição]; porque? Ora, a Teologia Reformada em Calvino era uma Teologia Trinitariana
estruturada sobre três pilares: Pai, Filho e Espírito Santo. As Institutas de Calvino, obra teológica referencial da Teologia Reformada [TR] em Genebra com
Calvino [TR de Primeira Geração, Trinitariana, Pré-Westmisnter] evidencia isto: Esta tinha quatro volumes, respectivamente: 1º. Sobre Deus, O Pai; 2º
sobre Deus, O Filho; 3º. Sobre Deus, O Espírito Santo; 4º. Sobre a Igreja. Calvino trabalhou nas doutrinas dos Pais da Igreja [essencialmente trinitarianas],
purificando-as de erros da Igreja Romana. Outros Reformadores [Protestantes Reformados] [conforme mostra Clark] desenvolveram a partir do séc. 16, a
Teologia Federal, estruturada sobre três pilares: 1. Pacto da Redenção; 2. Pacto das Obras, e 3. Pacto da Graça. Como sistemas teológicos diferentes que
são, misturar a Teologia Reformada em Calvino com a Teologia Luterana em Lutero constitui um equívoco, pois há muitas divergências significantes entre
elas, e, teologicamente falando, o Luteranismo de Lutero está em conflito direto com as estruturas da Teologia Federal da TR em pontos importantes.
Primeiramente: O melhor que se poderia fazer é nos limitar a um trabalho comparativo buscando diferenças e similaridades entre Lutero e Calvino e em
segundo: Não tentar misturar TR e Teologia Federal com Teologia Luterana, em Lutero ou posterior a ele.
8 Nota do Tradutor: Observe-se que neste simples parêntese Scott Clark parece subentender que a Lei é equivalente ao Pacto das Obras. Se for este o

caso, este Tradutor não concorda com tal simplificação ou reducionismo. O estudo da Lei é muito mais complexo e não pode sofrer tal reducionismo. A
Ordem Mosaica chamada por alguns de Lei de Moisés ou simplesmente Lei com seus elementos [1. Tabernáculo, depois Templo; 2. Sistema Sacrificial; 3.
Sistema Sacerdotal Levítico Araônico; 4. Legislação; 5. Código Penal [pena p/ crimes]; 6. Sábado e o Princípio Sabático; 7. Calendário Mosaico de Festas;
8. Adoração Centralizada em Jerusalém; 9. Terra Prometida de Canaan], na realidade, constitui um instrumento de administração Pactual [da Aliança
Mosaica] da vida do povo de Israel como povo de Deus e pode ser classificada como “obrigações Pactuais da Aliança Mosaica [Ex. 24.1-11]. É importante
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Iniciando com estas distinções básicas entre Lei (culpa) e Evangelho (Graça)9, Calvino também usou a aliança para dar
lugar de maior proeminência à santificação ou a gratidão. Nós conhecemos estas verdades como as três partes do nosso
catecismo.

Heinrich Bullinger (1504-1875) publicou em 1534, talvez o primeiro tratado dedicado à explicação da aliança. Tal qual
Calvino e os primeiros pais da igreja, ele contribuiu para a tradição reformada no uso da aliança da graça como um sumário
da Teologia Bíblica. Gaspar Olevianus (1536-1587) faria a mesma coisa em três trabalhos posteriores, principalmente no On
the Substance of the Covenant of Grace between God and the Elect (1585); também Johannes Cocceius (1609-1669)
e ainda Herman Witsius (1636-1708) que escreveu uma teologia sistemática estruturada nas alianças da redenção, das
obras e da graça.

IV. Teologia da Aliança na Ortodoxia Reformada

Gaspar Olevianus (1536-1587); Zacarias Ursinus (1534-1583) e o (Catecismo de Heidelberg): Os dois principais
teólogos reformados da aliança no final do século dezesseis foram os principais autores do nossos catecismo (Catecismo
de Heidelberg); estes foram: Gaspar Olevianus (1536-1587) e Zacarias Ursinus (1534-1583). Ursinus ensinou sobre
Teologia da Aliança do Catecismo de Heidelberg por cerca de quinze anos e mais tarde até à sua morte, na sua escola em
Neustadt. É obsvervado que a sua Teologia da Aliança é proveniente das suas lições e do Catecismo Maior (1561), o qual
ele usava no seu seminário e nas classes universitárias.

Ursinus definia aliança em termos do Pacto das Obras, visto que o evangelho só podia ser entendido tendo como pano de
fundo a Lei. No Pacto das Obras, Deus impôs condições a Adão, o cabeça de toda a humanidade; este aceitou obedecer o
Pacto de Deus. O sinal do Pacto era a árvore da vida; se Adão tivesse guardado a aliança, ele entraria num estado de
eterna bem-aventurança. Por outro lado, a transgressão da Lei pactual significava punição eterna.

De acordo com Ursinus (e todos os teólogos clássicos reformados) Cristo, o representante de todos os eleitos, cumpriu a
aliança na sua obediência (sofrimento) ativa e passiva. Devido à obediência de Cristo à Lei pelo seu povo, existe um
Evangelho do Pacto. Diferentemente do Pacto das Obras feito com Adão ainda no estado de inocência (sem pecado), a
Aliança da Graça é feita com pecadores que necessitam de um Mediador, de um Salvador cumpridor da Aliança, e que
tenha cumprido a Lei e satisfeito a justa ira de Deus pelos pecadores. Esta é a diferença entre Lei e Evangelho (Catecismo
Maior, questão 36).

Para Ursinus, Olevianus e a principal corrente Ortodoxa Reformada, o Pacto das Obras representa a Lei, a qual não é
graciosa, mas inflexível e rígida na sua exigência por perfeição. A Aliança da Graça representa o Evangelho, o qual
significa que Cristo, nosso Mediador e substituto satisfez os termos da Lei por nós. Para Cristo isto foi um Pacto das Obras;
daí ele fez pra nós um Evangelho do Pacto.

Gaspar Olevianus no seu On the Substance of the Covenant, argumentava que a aliança pode ser considerada en seu
sentido amplo e restrito. No sentido restrito, o pacto pode ser dito como tendo sido feito apenas com os eleitos. Nela os
eleitos estão unidos a Cristo pela graça somente, somente pela fé, e em Cristo somente recebem os benefícios da aliança,
falando em termos restritos.

que não se confunda: 1. Aliança Mosaica [Ex. 24. 1-11] com 2. Ordem Mosaica [ou Lei de Moisés] e seus elementos já citados. A primeira é a 4ª
administração do Pacto da Graça [que é o Pacto Mosaico], e o segundo é instrumento de administração do primeiro [obrigações pactuais da Aliança
Mosaica]. Por outro lado, existe um estudo mais profundo e complexo com respeito à lei, que inclui o período pré – diluviano; portanto, não é correto
simplificar e simplesmente torná-la equivalente ao Pacto das Obras.
9 Nota do Tradutor: Observe-se que tais “distinções básicas [radicais] entre Lei e Evangelho” são próprias do Luteranismo em Lutero, mas não em Calvino.

O tratamento da Teologia Reformada [TR] em Calvino quanto a Lei e Evangelho pode ser resumido em três pontos [1. A Lei mostra a miséria e o pecado
humano, e testemunha da sua incapacidade de agradar a Deus e fazer a sua vontade; 2. A Lei refreia a ação pecaminosa do ímpio; 3. A Lei representa a
boa vontade de Deus, a qual o homem, uma vez convertido a Cristo, á capacitado pelo E. Santo para cumpri-la. Lutero concorda com Calvino apenas no
primeiro ponto; daí ele, simplesmente faz uma separação radical entre Lei e Evangelho, o que não acontece com a TR em Calvino. Não se deve confundir
Lei com AT e Evangelho com NT. O AT contém na sua maioria Lei mas também contém Evangelho e o NT também contém na sua maioria Evangelho mas
também contém Lei.
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Considerada em relação à administração da Aliança da Graça, o pacto pode ser dito ou concebido com todos os batizados,
considerando que somente Deus é quem conhece quem são os eleitos. Entretanto, nós batizamos sobre a base do
mandamento divino e da promessa e ainda consideramos as crianças do pacto (antes da profissão de fé) e todos os que
fizeram profissão de fé como cristãos até que eles provem o contrário. Estes que estão no pacto no sentido amplo ou
externamente, recebem alguns benefícios da aliança (Hb. 6.4-6), mas eles não recebem o que Olevianus chama de
“substancia do pacto” ou “o duplo benefício“: justificação e santificação. Somente aos eleitos, habilitados somente pela
graça, através da fé somente, a estes está destinado o duplo benefício. Tanto Olevianus como Ursinus ensinam o Pactum
Salutis (Aliança da Redenção), o Pacto das Obras e o Pacto da Graça como o Evangelho do Pacto.

Porque então, o pacto não é tão proeminente no Catecismo de Heidelberg? A resposta é dada em duas partes. Um dos
principais objetivos do referido catecismo era apresentar a fé reformada ao luteranos do Palatinado. Por volta de 1562,
quando o trabalho sobre o catecismo estava paralisado, os luteranos criticaram fortemente a Teologia Reformada da
Aliança. Assim considerando, o Comitê queria um tom mais ecumênico no catecismo. A segunda razão é que Ursinus e
Olevianus foram comissionados para explicar o catecismo nos termos do que els conheciam da Teologia Federal Clássica
Reformada: Aliança da Redenção, Aliança das Obras e Aliança da Graça. Embora o catecismo não usasse a linguagem
técnica do pacto, seus autores entendiam claramente o catecismo para ensinar a essência da Teologia da Aliança.

William Ames (f. em 1633) e Johannes Wollebius (f. m 1629) e Amandus Polanus (f. em 1610); Johannes Cocceius (f.
em 1669), Francis Turrentin (f. em 1687), J. H. Heidegger (f. em 1698) e Herman Witsius (f. em 1708): No início do
século dezessete, a teologia dos teólogos reformados William Ames (f. em 1633) e Johannes Wollebius (f. m 1629) e
Amandus Polanus (f. em 1610) foi escrita no mesmo estilo que a de Olevianus e Ursinus. Sem dúvida, o ponto alto da
Teologia Federal foi representado no trabalho de Johannes Cocceius (f. em 1669), Francis Turrentin (f. em 1687), J. H.
Heidegger (f. em 1698) e Herman Witsius (f. em 1708).

Na história do Cristianismo, Cocceius talvez seja o mais destacado teólogo por ter escrito a mais compreensiva narrativa dos
pactos bíblicos. Ele se opunha a vários pontos em relação a Gisbert Voetius (falecido em 1676). O principal trabalho de
Cocceius foi Summary of the Doctrine concerning the Covenant ant Testament (1648). Ele é mais famoso por causa da
sua doutrina da ab-rogação progressiva do Pacto das Obras na História. Juntando a isto, a sua, talvez, bastante liberal idéia
do sábado, juntamente com o suporte da nova filosofia de Renée Descartes (falecido em 1650), provocou uma forte reação
em Voetius. Cocceius. Ele era em primeiro lugar um teólogo bíblico interessado em na progressividade da Revelação
quanto à aplicação da salvação. Seus oponentes er mais interessados, talvez, em teologia sistemática e na aplicação da
redenção aos pecadores.

Tal qual os primeiros teólogos federais, ele percebeu a história da salvação como uma expressão da eterna Aliança da
Redenção. Ele fazia forte distinção entre o Pacto das Obras como Lei e o Pacto da Graça como Evangelho. Em seus
principais pontos ele encontrava apoio em Heideger, Turrentin, e Witsius.

Francis Turretin é mais famoso pela sua Institutes of Elenctic Theology (1679-85) que foi o texto que definiu a teologia do
Seminário de Pinceton até Charles Hodge escrever seu próprio sistema teológico em inglês. Turrentin sustentou os
principais pontos da Teologia Reformada da Aliança e defendendo-as contra os Socinianos e Amyrauldianos. Todos estes
atacaram a Teologia Protestante e o federalismo reformado porque acreditavam que isto daria aos cristãos uma justificativa
para o pecado e por julgarem a doutrina irracional.

J. H. Heidegger and Turretin produziram no final do século dezessete, o Helvetic Consensus Formula (1675), um brilhante
sumário da Teologia Reformada da Aliança. No Canon VII eles ensinam que “tendo Deus criado o homem desta maneira,
Deus o pôs debaixo do Pacto das Obras, e na sua aliança prometeu livremente a Adão comunhão com Deus, favor (graça) e
vida, se ele agisse em obediência à vontade do Senhor Deus”. Se Adão guardasse a aliança, certamente ele entraria para a
eterna bem aventurança, a qual era representada pela arvore da vida (Canon VIII). O que Adão recusou-se a fazer, Cristo
como Último Adão fez por nós. Eles criticavam explicitamente os arminianos que rejeitavam o Pacto das Obras (Canon IX).
Seguindo a principal corrente reformada, eles ensinavam a eterna Aliança da Redenção. (Canon XIII). Em oposição aos
Remonstrantes eles sustentavam a fé como única alternativa de acesso à Aliança (Sola Fide). Ensinavam que a obediência
flui da justificação, independente da gratidão. “De acordo com estas duas maneiras de justificação a Escritura estabelece
dois pactos: O Pacto das Obras, introduzido com Adão e cada um dos seus descendentes nele representados, mas tornada
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Tradução por Almir Macário Barros [macariobarros@gmail.com] [55-92-81923097]
Professor de Teologia Bíblica [Abordagem Histórico - Redentora] no ITEPRAM – Instituto Presbiteriano do Amazonas
Skype: almirmacariobarros
Desenvolvedor do Projeto Histórico – Redentor: Teologia Reformada de 4ª Geração – Pós – Westminster [Projeto em
desenvolvimento]

inútil pelo pecado/ e o Pacto da Graça, feito unicamente com o eleito em Cristo, o Último Adão. Este é um pacto eterno
pacto eterno, e não pode ser quebrado, enquanto o Pacto das Obras (violado: acréscimo do tradutor) pôde ser ab-rogado10”.

Herman Witsius empreendeu uma explanação, sumarização e desenvolvimento da Teologia Reformada do Pacto tentando
construir pontes entre os que seguiam Cocceius e os de Voetius. Seguiu a tradição anterior a ele e identificou o Pacto das
Obras com a Lei e o Pacto da Graça com o Evangelho. A diferença entre os dois pactos é que Cristo, nosso Mediador,
satisfez os às exigências da Lei por todos os pecadores eleitos.

Uma das tensões que ficou sem ser resolvida durante os séculos dezesseis e dezessete foi a questão da natureza das
relações de Israel com o Pacto das Obras. Todos os teólogos clássicos, de certa forma, adotaram a linguagem das obras
(Pacto das Obras), enquanto mantinham a unidade essencial do Pacto da Graça. Outros como Cocceius e Witsius
sugeriam que Israel passava por um tipo de provação relativa à terra prometida, mas não justificavam.

Desde Calvino, os teólogos reformados tem afirmado a graça (benignidade) de Deus ao entrar em Aliança com Adão.
Geralmente esta linguagem tem dado origem à equívocos. John Owen e John Ball (assim com Herman Bavink mais tarde)
chamaram a atenção para a desproporcionalidade entre Deus e o homem e a liberdade de Deus em fazer aliança das obras.
Nenhum destes teólogos, entretanto, negou que o Pacto das Obras fosse um pacto legal e nenhum deles negou que o
Pacto das Obras fosse um pacto gracioso. Esta dimensão tem sido algumas vezes ignorada.

V. Desenvolvimento moderno da Teologia da Aliança

Charles Hodge (f. em 1878), B.B. Warfield (f. em 1921), Gerard Vos (f. em 1941) e J. G. Machen (f. em 1936), o
holandês Herman Bavink (f. em 1921): Nos Estados Unidos, os teólogos de Princeton, e.g. Charles Hodge (f. em 1878),
B.B. Warfield (f. em 1921), Gerard Vos (f. em 1941) e J. G. Machen (f. em 1936), o holandês Herman Bavink (f. em
1921) seguiram as principais linhas da perspectiva clássica, ensinando a Aliança da Redenção, o Pacto das Obras (Lei) e o
Pacto da Graça (Evangelho).

teólogo suíço Karl Barth (f. em 1968): A única grande influência sobre a Teologia da Aliança no século vinte tem sido do
teólogo suíço Karl Barth (f. em 1968). Tendo rejeitado a historicidade genuína da Escritura em favor de uma teologia de
um encontro pessoal com a Palavra, Barth rejeitou também grande parte da clássica Teologia Reformada da Aliança
classificando-a de Escolástica e anti-bíblica; rejeitou ainda a Aliança da Redenção e a distinção clássica entre Pacto das
Obras e Pacto da Graça alegando serem legalísticas. Na teologia da graça de Barth a graça predomina sobre a lei.
Teólogos reformados contemporâneos incluindo T. F. Torrence e G. C. Berkouwer seguiram Barth nesta crítica à Tradição
Reformada.

10 Nota do tradutor: Scott Clark afirma que o “Pacto das Obras pôde ser ab – rogado”. Porém, a Escritura demonstra que não existiu tal ab –rogação. Na

verdade, todo Pacto divino tem seu aspecto de: 1. Benção e vida, 2. Morte e maldição. Em caso de obediência e perfeito cumprimento das exigências do
Pacto, o homem recebe o primeiro, a Bênção e a Vida prometida no Pacto; se por outro lado, ele violar o Pacto receberá a Morte e Maldição. Este foi o
caso de Adão e toda a sua descendência [a totalidade da humanidade], que tendo violado o Pacto das Obras, simplesmente a cláusula de Vida e Bênção
perdem a validade e são substituídas pela da Morte e Maldição; e assim foi. A totalidade da humanidade está debaixo da maldição e morte do Pacto das
Obras [Gn. 2.16,17 e Gn. 3]; não se pode falar em “anulação” ou “ab - rogação” do Pacto das Obras [e muito menos de qualquer outro pacto divino com o
homem apresentado nas Escrituras], mas apenas em substituição dos fatores de bênção e vida por morte e maldição; além disso, todas as obrigações das
administrações do Pacto da Graça apresentados na Escritura [Adão, Gn. 3.15; Noé, Gn. 6.18; Abraão, Gn. 15.18; Moisés, Êx. 24.1-11; Davi, 2 Sm. 7 e a
Nova Aliança nos evangelhos], absolutamente todas as obrigações são cumulativas, uma aliança [Pacto das Obras] ou administrações [do Pacto da Graça]
não ab – roga ou anula o anterior. Em outras palavras, o Pacto da Graça não anula o Pacto das Obras e cada administração do Pacto da Graça [Adão, Gn.
3.15, Noé, Abraão, Moisés, Davi e Jesus] não anula as obrigações da administração pactual anterior, pois as mesmas são cumulativas, tanto para efeito de
vida e bênção como para morte e maldição. Vale ressaltar que com Jesus, a morte e maldição também estão em vigor, pois todo aquele que rejeitar o
Senhor e sua obra que culminou no Calvário e Ressurreição, permanecerá em seus pecados e maldição [iniciados na violação do Pacto das Obras –
Pecado Original] e será condenado. Quando Jesus veio em carne para executar a sua Missão Messiânica [basicamente: Encarnação, Expiação vicária e
Ressurreição], ele cumpriu absolutamente todas as obrigações das ministrações pactuais anteriores exigidas [inclusive as exigências do Pacto das Obras
não cumpridas por Adão no Éden] de modo substitutivo, pelos que “O Pai lhe deu”, isto é, “pelos eleitos em Cristo Jesus “antes da fundação do mundo”. Se
o Pacto das Obras tivesse sido ab –rogado ou anulado, não haveria necessidade de Jesus cumprir tais exigências, e a humanidade não estaria sob a
maldição e morte proveniente da violação do mesmo por Adão. Portanto, não existe tal coisa como “ab - rogação” de Pacto divino; existe, sim, o pagamento
ou cumprimento da dívidas pactuais, as quais somente o Messias Jesus que cumpriu em sua Missão Messiânica. O próprio Jesus afirmou que nada foi ab
– rogado, mas deve ser cumprido até o “ultimo til”: “Mt. 5.17,18. não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir,
porque...até que o céu e a terra passem, nem um i ou til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra...”.
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Teólogo suíço Karl Barth (f. em 1968); Dr. Klaas Shilder (f. em 1952): Na Holanda, com a fusão dos de Afscheiding
(1834) e dos de Doleantie, (1886), cresceram tensões entre os seguidores de Abraham Kuyper (f. em 1834) e alguns
teólogos da Cesseção, culminando com a deposição do Dr. Klaas Shilder (f. em 1952), próximo ao final do Sínodo de
Sneek – Utrecht (1939-1943). Conforme a tradição, Kuyper ensinava o sistema das três alianças, distinguindo entre aqueles
que estavam somente externamente na aliança e os que estavam internamente. Ele também revisou alguns pontos da
perspectiva tradicional.

Enquanto alguns da Tradição Reformada discutiam a possibilidade de justificação eterna, Kuyper elevou aquela
especulação a um lugar central na sua doutrina do Pacto, identificando-a com o Pacto da Graça, e concluindo que nós
batizamos sobre base de uma regeneração presumida antes que sobre a base de mandamento e promessa. Esta foi uma
mudança extrema que provocou reação da parte da Tradição Reformada.

Preocupado com a possibilidade de lassidão moral entre o povo da aliança, Shilder rejeitou as distinções de Kuyper,
enfatizando a unidade graciosa da aliança antes e depois da Queda, e também a responsabilidade dos que estão dentro da
aliança para apropriação de seus benefícios. Em assim fazendo, ele também rejeitou importantes aspecto da perspectiva
tradicional, incluindo o Pacto da Redenção, a distinção entre pacto das obras (Lei) e da graça (Evangelho), bem como a
distinção entre estar no Pacto da Graça no sentido amplo e restrito (interna e externamente).

Entretanto, na controvérsia entre seguidores de A. Kuyper e de Shilder, a Teologia da Aliança se afastou de um pacto
relacionado à justificação para um pacto relacionado à eleição.

M. J. Bosma e Louis Berkhof (f. em 1957); John Murray (f. em 1968): Na primeira metade do século vinte, nos Estados
Unidos, M. J. Bosma e Louis Berkhof (f. em 1957) sustentaram a perspectiva clássica. Entretanto, no Seminário de
Westminster, John Murray (f. em 1968) por sua vez, estava reformulando a Teologia da Aliança. Ele rejeitou os termos
“Pactum Salutis” (Aliança da Redenção) e “Pacto das Obras”, embora continuasse a ensinar a essência do conteúdo
dos mesmos. Em reação ao Dispensacionalismo fundamentalista, o qual rejeita a unidade do Pacto da Graça, Murray
enfatizou a continuidade da Aliança através de uma definição de pacto primariamente em termos de graça. No entanto, ele
continuava a ensinar a doutrina protestante de justificação.

Semelhante ao caso de Schilder, a revisão da Tradição feita por Murray levou a tensão entre Teologia da aliança e sua
doutrina de justificação. O professor Norman Shepherd, também de Westminster, resolveu a tensão com a proposta de
revisão da doutrina de Sola Fide; e isto criou uma séria controvérsia que culminou na sua saída do seminário em 1981.

Murray e Shepherd, Meredith Kline: Em reação a Murray e Shepherd, Meredith Kline do Westminster Seminary na
California, retornou à clássica conexão de dicotomia entre Lei e Evangelho, e também dicotomia entre Pacto das Obas e da
Graça. Para responder a liberais e dispensacionalistas, ele argumenta que há um Pacto da Graça na história da Salvação,
mas que o Pacto Mosaico embora gracioso com respeito à justificação, tinha um elementos das obras relativo à
permanência de Israel em Canaã. Nesta perspectiva, a Teocracia Mosaica se tornou uma republicação do Pacto das Obras
prefigurando a Cristo, o Último Adão, obediente; ainda que apontasse para tradição primitiva, é um desenvolvimento
daquela primeira teologia.

Conclusão

Fica evidente assim, que através do século vinte, o grande consenso, o qual sustenta a Teologia Reformada da Aliança
desde os anos 1520 está fragmentada. As causas parecem ser três:

1. A influência de K. Barth entre os teólogos confessionais tem sido muito maior do que muitos reconhecem.

2. Em reação à Modernidade, muitos têm se tornado fundamentalistas praticantes, pouco interessados na Tradição
Reformada.
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desenvolvimento]

3. Nás esquecemos o ABC da doutrina da justificação. Certamente que o primeiro passo em direção à restauração
do consenso é fazer um sério exame do passado reportando-nos aos nossos grandes teólogos aliancistas.

R. SCOTT CLARK

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