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MEMORIAIS

1. IDENTIFICANDO O MOMENTO PARA APRESENTAÇÃO DOS MEMORIAIS OU ALEGAÇÕES


FINAIS
Já conhecemos a sequência dos atos processuais nos ritos ordinário, sumário, dos crimes
dolosos contra a vida e também do procedimento da Lei de Tóxicos. E sabemos que em todos eles, da
mesma forma que acontece nos demais ritos, inclusive no procedimento sumaríssimo dos Juizados
Especiais Criminais, há previsão, após a instrução criminal (fase de colheita de provas em juízo) de
apresentação, seja por parte da acusação, seja por parte da defesa, dos chamados debates orais,
momento em que as partes apresentam suas alegações finais, oralmente, na própria audiência.
Os debates orais ou alegações finais é o momento para que as partes apresentem suas
conclusões sobre as provas produzidas durante o processo, uma vez que A INSTRUÇÃO JÁ FOI
ENCERRADA e o juiz está prestes a proferir a sentença.
Embora os procedimentos façam previsão de apresentação de alegações finais através de
debates orais, ao final da audiência de instrução e julgamento, no rito ordinário, o art. 403, § 3o., franquia

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ao juízo a conversão das alegações orais em alegações finais escritas, através do que chamamos
MEMORIAIS.
Portanto, MEMORIAIS são sinônimo de ALEGAÇÕES FINAIS, ou mesmo de ALEGAÇÕES
FINAIS NA FORMA DE MEMORIAIS, e têm fundamento no art. 403, § 3o., do CPP.

Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão


oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela
acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a
seguir, sentença.
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de
acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a
apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para
proferir a sentença.

Embora somente haja previsão legal de substituição dos debates orais pelos memoriais de
forma expressa no rito ordinário, este rito é aplicado subsidiariamente aos demais, MOTIVO PELO QUAL,
EM QUALQUER PROCEDIMENTO SERÁ POSSÍVEL A APRESENTAÇÃO DESSA PEÇA PRÁTICO
PROFISSIONAL.
Mesmo nos Juizados Especiais Criminais, onde o procedimento é eminentemente oral, os
memoriais podem ser, e inclusive já foram, cobrados.
Só existe um único caso em que DEBATES ORAIS são necessariamente DEBATES ORAIS,
e isso se dá no plenário do Júri, onde as partes devem apresentar sua sustentação oral aos jurados.
Mas lembre-se que na primeira fase do Júri será possível.
Assim, vale lembrar que, seja nos RITOS ORDINÁRIO, SUMÁRIO, SUMARÍSSIMO, DA LEI
DE TÓXICOS, NOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DO CPP E AINDA NA PRIMEIRA FASE DO JÚRI,
se a instrução probatória está encerrada, o momento processual será o das alegações finais ou
memoriais.
Vale, em todos esses casos, o esquema abaixo:

2. PRAZO DOS MEMORIAIS


O prazo dos memoriais é sucessivo de 5 (cinco) dias. Por prazo sucessivo compreendemos:
primeiro terá prazo de 5 dias a acusação, e uma vez apresentados os memoriais desta, a defesa será
intimada para apresentação dos seus memoriais, em outros 5 (cinco) dias.
O prazo para memoriais é prazo processual, portanto, contado na forma do art. 798 do CPP.

3. FUNDAMENTAÇÃO DOS MEMORIAIS


Como já vimos, os memoriais serão, em praticamente todos os procedimentos,
fundamentados no art. 403, §3º., do CPP, uma vez que o rito ordinário aplica-se subsidiariamente aos
demais.
Contudo, merecem destaque as exceções encontradas na Lei 8.666/93 e no Código Eleitoral,
em seus artigos 105 e 360, respectivamente.

PROCEDIMENTO FUNDAMENTAÇÃO
Rito Ordinário Art. 403, §3º, CPP
Rito Sumário Art. 403, §3º, CPP
Rito Sumaríssimo Art. 403, §3º, CPP
Tribunal do Júri (1a. fase) Art. 403, §3º, CPP

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Crimes previstos na Lei de Licitações Art. 105, da Lei 8.666/93
Crimes eleitorais Art. 360, do Código Eleitoral

4. ELABORANDO OS MEMORIAIS
Como indicado no capítulo 2, os memoriais consistem em uma petição simples que, quando
apresentada pela defesa, terá por fim a apresentação das teses defensivas, objetivando, por óbvio, a
absolvição do réu.
É peça que contém a tradicional sequência DOS FATOS – DO DIREITO – DO PEDIDO,
sendo certo que:

Devemos fazer uma breve apresentação dos dados constantes no enunciado da questão,
ou seja, descrever suscintamente do que o réu está sendo acusado, o que ocorreu
durante a instrução (que provas foram produzidas) e o que alegou o MP em seus
NOS FATOS
memoriais.
IMPORTANTE: Jamais crie fatos novos. Investar coisas pode
caracterizar identificação de peça e levar à anulação da sua prova.
Devemos primeiro arguir as preliminares eventualmente possíveis. Existem nulidades a
serem arguidas? Vícios que podem prejudicar a análise do mérito no caso concreto? Use
o PPPx2 para lembrar das preliminares a serem analisadas.
Em seguida passe às teses de mérito. Verifique desde logo qual seria o principal
argumento em favor do acusado. Defenda esta tese. Depois passe a analisar cada um
NA PARTE
dos pedidos possíveis, desde aqueles que reduzem a pena, até a possível substituição da
RELATIVA AO
mesma por penalidades mais brandas. Pense: se fosse eu mesmo o acusado, o que iria
DIREITO
preferir? Lógico: ser absolvido. E dentre as hipóteses de absolvição do art. 386 do CPP,
qual seria, para mim, a mais favorável? Após identificar as teses visando a absolvição,
pense: mas e se eu for condenado? O que seria menos pior? E siga sempre esta linha
de raciocínio, esgotando todas as possibilidades.
Falaremos mais sobre as teses de mérito a seguir.
Identifique, diante do que foi apresentado no mérito, qual seria, primeiro, a consequência
do reconhecimento de cada uma das preliminares suscitadas. Haverá um pedido para
PARA OS
cada uma delas, se existentes.
PEDIDOS
Depois faça o mesmo com as teses de mérito. Haverá sempre um pedido principal e, em
seguida, pedidos subsidiários.

4.1. SOBRE AS PRELIMINARES NOS MEMORIAIS


Da mesma forma que na Resposta à Acusação, devemos buscar todo e qualquer fundamento
que possa levar à nulidade do processo, incluindo-se, neste caso, as hipóteses que deveriam ter levado à
rejeição da peça acusatória, bem como aquelas que prejudicam ou retardam o processo. Igualmente,
devemos apresentar cada uma das preliminares eventualmente existentes em parágrafos distintos,
apontando qual a preliminar, justificando-a e indicando os dispositivos legais pertinentes e eventuais
súmulas relacionadas.
Assim, em preliminares, devemos indicar as falhas processuais relevantes, seguindo o
mesmo PASSO A PASSO PRELIMINAR (PPPx2), motivo pelo qual remetemos o leitor ao item 5.3.2, do
capítulo 5, em que abordamos a Resposta à Acusação.
Só para relembrar:
- Causas extintivas da punibilidade (art. 107 do CP etc)
- Prejudiciais de mérito (arts. 92 e 93 do CPP)
- Preliminares processuais (art. 95 do CPP)
- Outras nulidades (art. 564 III e IV do CPP)
- Ausência dos requisitos necessários ao recebimento da denúncia ou queixa (art. 395 do CPP)
- Ausência de proposta suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95) ou de outros
benefícios despenalizadores
Lembre-se: À exceção das causas extintivas da punibilidade, os aspectos arguidos em sede
de preliminar, são, em regra, aspectos processuais.

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4.2. SOBRE AS TESES DE MÉRITO NOS MEMORIAIS
O mérito é o momento processual para a arguição das teses de Direito Material (Direito
Penal). O ideal é que cada uma das teses seja explorada em um parágrafo específico, de forma que a
alegação e explanação seja demonstrada de forma clara e organizada.
Em um mesmo caso concreto, podem estar – e provavelmente estarão - presentes diversas
teses defensivas, e neste caso, o espelho de correção cobrará todas elas.
Ao defender cada uma das teses, é fundamental explicitar em qual dispositivo legal (artigo) a
mesma se encontra amparada. Caso alguma das teses defensivas seja citada em mais de um artigo de
lei, mencione cada um deles, assim como súmulas eventualmente existentes.
Mas como devem ser apresentadas essas teses defensivas?
É importante identificar inicialmente qual seria a principal tese a ser explorada. Exemplos:
Alegar que o fato praticado é atípico, ou que existe uma excludente de ilicitude, ausência de causa de
aumento de pena etc
Também é importante observar uma ordem de argumentação das teses de mérito a serem
sustentadas. Assim, vejamos:

1a. tese de mérito: CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME


• ausência de previsão legal;
• ausência de dolo;
• falta de nexo de causalidade;
Há circunstância que exclua a tipicidade?
• erro de tipo essencial;
• princípio da insignificância;
• hipótese de crime impossível etc.
• estado de necessidade;
• legítima defesa;
Existem excludentes de ilicitude? • estrito cumprimento do dever legal;
• exercício regular do direito;
• consentimento do ofendido.
• inimputabilidade;
Há alguma excludente de culpabilidade? • erro de proibição inevitável;
• inexigibilidade de conduta diversa.

2a. tese de mérito (subsidiária)


É possível a desclassificação da conduta para crime menos grave?

3a. tese de mérito (subsidiária): DOSIMETRIA DA PENA


Vamos tentar manter a pena base no
Circunstâncias judiciais previstas no artigo
mínimo legal. Ex.: afastamento dos maus
59 do CP
antecedentes.
Circunstâncias agravantes (artigos 61 e 62 Vamos tentar afastar a incidência de
do CP) agravantes. Ex.: não há reincidência
Reforçar a existência de atenuantes.
Circunstâncias atenuantes (artigos 65 e 66 Exs.: houve confissão ou o agente era
do CP) menor de 21 anos na data do fato, ou já
possui 70 anos
Reforçar a existência de causas de
diminuição. Exs.: tentativa (artigo 14, II
Causas de diminuição
do CP) e arrependimento posterior (artigo
16 do CP)
Vamos tentar afastar a incidência de
Ausência de causas de aumento
causas de aumento.

4a. tese de mérito (subsidiária): BENEFÍCIOS DESPENALIZADORES


Direito aos benefícios da Lei 9.099/95, em especial a suspensão condicional do processo

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Direito à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos (art. 44 do CP)
Direito ao sursis penal (arts. 77 e 78 do CP)

5a. tese de mérito (subsidiária): CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE

4.3. DOS PEDIDOS


Devemos nos lembrar de que o pedido principal nos memoriais defensivos, à exceção do rito
do Júri, será sempre o de absolvição do acusado, com fundamento em um dos incisos do art. 386 do
CPP, que dispõe:

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde
que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts.
20, 21, 22, 23, 26 e § 1 o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver
fundada dúvida sobre sua existência;
VII – não existir prova suficiente para a condenação.

Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:


I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;
II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas;
III - aplicará medida de segurança, se cabível.

Contudo, além do evidente pedido de absolvição do acusado, muitos outros pedidos deverão
ser formulados. Lembre-se sempre de que um bom advogado não poupará esforços para conseguir o
melhor possível para o seu cliente. Buscaremos sua absolvição, mas e se não for possível? Então
devemos buscar a condenação mais branda, e isso inclui desde a fixação da pena base no mínimo legal
até a substituição da pena por benefícios como a pena restritiva de direitos.
Os pedidos devem ser formulados na ordem das teses preliminares e de mérito acima
apresentadas. Portanto, se a hipótese é possível, elabore o pedido que lhe convém.
Assim, vejamos a ordem de pedidos a seguir:
1. Pedidos PRELIMINARES (utilize o PPPX2)
2. Pedido principal: ABSOLVIÇÃO NO ART. 386 CPP (verifique o inciso ou incisos aplicáveis)
3. Pedidos subsidiários:
a) pena mínima
b) afastar agravantes
c) reconhecer atenuantes
d) afastar aumento
e) reconhecer causa de diminuição
f) regime de pena
g) pena restritiva de direitos
h) sursis

Mas como será a redação desses pedidos? São exemplos de pedidos para os memoriais
defensivos:

DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer preliminarmente o(a) ora defendente:
- que seja declarada a nulidade do processo desde (indicar o ato viciado), com fundamento

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no art. 564, inciso ____, do Código de Processo Penal;
- que seja declarada a extinção da punibilidade pela ________ (prescrição da pretensão
punitiva ou outra causa extintiva da punibilidade), com fundamento no(s) art(s). _____ do Código Penal
(ou legislação extravagante);
Contudo, não reconhecendo Vossa Excelência as preliminares acima indicadas, requer seja
julgado improcedente o pedido, com a consequente ABSOLVIÇÃO do(a) acusado(a), com fundamento
no art. 386, inciso ___, do Código de Processo Penal.
Por fim, considerando o critério da eventualidade, em sendo condenado(a) o(a) acusado(a),
postula-se, subsidiariamente:
- que seja a pena base fixada no mínimo legal;
- o afastamento da agravante do(a) __________________ (verificar os arts. 61 e 62 do CP), e o
reconhecimento da atenuante do(a) __________________ (verificar os arts. 65 e 66 do CP);
- aplicação da causa de diminuição do art. ___________ (Exemplos: art. 33, § 4º da Lei nº 11.343;
forma privilegiada do furto, prevista no art. 155, §2º, do Código Penal etc.);
- fixação do regime _________ para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, inciso
____ , do Código Penal;
- a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, na forma do art. 44 do
Código Penal; ou ainda, em último caso, uma vez que preenchidos os requisitos dos arts. 77 e 78
do mesmo Código, que seja aplicado o benefício da suspensão condicional da pena.

4.4. MEMORIAIS NO PROCEDIMENTO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA


Embora a estrutura dos memoriais apresentados ao final da primeira fase no rito do Tribunal
do Júri, aplicável aos crimes dolosos contra a vida, seja a mesma daquela apresentada para o rito
comum, devemos ter em mente que, neste caso, a finalidade da peça prático profissional NÃO será a de
absolvição do acusado nos moldes do art. 386 do CPP.
Como vimos no item 13.3 da Parte II deste livro, o procedimento do Júri possui duas fases,
consistindo a primeira fase no Juízo Sumário, Juízo Instrutório ou Juízo de Admissibilidade. Nesta etapa
do procedimento dos crimes dolosos contra a vida, o juiz, após a instrução probatória, deverá proferir uma
dentre quatro possíveis decisões. São elas:

Prevista no art. 413 do CPP, a pronúncia é decisão interlocutória mista não-


terminativa, através da qual o juiz confirma a competência do tribunal do Júri,
PRONÚNCIA
julgando admissível a acusação, por entender suficientes a prova da infração e os
indícios de autoria para submeter o réu ao Júri Popular.
Decisão interlocutória mista terminativa, a impronúncia (art. 414 do CPP)deve ser
proferida sempre que o juiz reconhecer a insuficiência de provas para levar o réu
ao Júri Popular. Assim, se o juiz não estiver convencido da materialidade do fato ou
IMPRONÚNCIA da existência de indícios de autoria e que, em consequência, seria temerário levar o
réu ao júri popular, deverá impronunciá-lo. A decisão de impronúncia somente faz
coisa julgada formal, assim se houver prova nova poderá ser oferecida nova
denúncia.
Trata-se de uma decisão interlocutória mista não terminativa, na qual o juiz conclui
não ser o crime doloso contra a vida, reconhecendo, portanto, a incompetência do
DESCLASSIFICAÇÃO júri para o julgamento da causa. Ao proferir uma decisão de desclassificação, o juiz
declina da competência para o juízo que seria competente para o crime
desclassificado (art. 419 do CPP).
A absolvição sumária é, concretamente, uma sentença absolutória, que faz coisa
formal e material, devendo ser proferida sempre que o juiz, ao final da 1 a fase, estiver
convencido que se encontra provada a inexistência do fato, provado não ser o réu
ABSOLVIÇÃO
autor ou partícipe do fato, de que o fato não constitui infração penal ou de que
SUMÁRIA
há causa de isenção de pena ou de exclusão do crime (art. 415 do CPP).
Por causa de exclusão de pena devemos entender a presença de qualquer
excludente do crime, ou seja, excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade ou

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mesmo excludente de tipicidade.

ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NOS RITOS


ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA DO JÚRI
COMUNS
Fundamento legal art. 397 CPP art. 415 CPP
Momento
ANTES à instrução probatória APÓS a instrução probatória
processual
Quando deve ser
na Resposta à Acusação nos Memoriais do Júri
requerida
excludentes de ilicitude excludentes de ilicitude
excludentes de culpabilidade;
excludentes de culpabilidade, salvo possível em caso de inimputabilidade, desde
Hipóteses de inimputabilidade que esta seja a única tese defensiva (art. 415,
cabimento: parágrafo único, CPP)
quando houver:
atipicidade excludente de tipicidade

causas extintivas da punibilidade -----


Assim, no procedimento do Tribunal do Júri, após a arguição das preliminares (PPPx2), o
mérito dos memoriais deverá envolver teses de direito material que levem a uma das decisões acima
indicadas. Se a hipótese apresentada no enunciado da questão contemplar mais de uma tese defensiva,
devemos partir da mais benéfica ao réu para a menos favorável.
Repare que se o réu for absolvido sumariamente, na forma do art. 415 do CPP, a decisão
implicará não apenas na extinção do processo, como também fará coisa julgada material, ou seja, o réu
não poderá ser julgado novamente pelo mesmo fato. Assim, se existe chance do réu ser absolvido
sumariamente, a decisão é evidentemente mais favorável que as demais, devendo ser pleiteada primeiro.
Verifique, portanto, se há chance de absolvição sumária.
Mas não confunda a absolvição sumária do art. 415 do CPP, característica do procedimento
dos crimes dolosos contra a vida, e possível de ser proferida após a instrução probatória da 1a. fase do
rito do Júri, com a absolvição do art. 397, anterior à instrução criminal.
Vejamos o quadro comparativo abaixo:

Então, se a hipótese apresentada puder levar a absolvição sumária do acusado, você deverá
requerê-la com fundamento em um dos incisos do art. 415 do CPP. Vejamos cada um deles.

Art. 415 do CPP: O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
Deverá ser indicado quando verificada a inexistência material do fato. Ou seja,
o fato não existiu. Não se trata de conduta atípica, mas sim de ua hipótese que
I – provada a inexistência não existiu no mundo fático. Exemplo clássico é aquele em que o réu é
do fato; denunciado por homicídio consumado e a vítima aparece viva, sem qualquer
lesão ou sem que a mesma tenha sofrido qualquer conduta praticada pelo
acusado; ou seja, o acusado nada fez.
Neste caso, o fato ocorreu, o crime foi praticado. Mas não foi o réu o infrator. O
II – provado não ser ele inciso II deverá ser alegado em caso de negativa de autoria, como ocorre
autor ou partícipe do fato; quando o réu possui um álibi que demonstra ser impossível que o mesmo
tenha praticado ou concorrido para o crime.
III – o fato não constituir Aqui a hipótese é de atipicidade. A hipótese é um indiferente penal, não
infração penal; caracterizando nem crime doloso contra a vida nem nenhum outro.
Este inciso deverá ser utilizado quando houver excludente de ilicitude ou
IV – demonstrada causa de excludente de culpabilidade.
isenção de pena ou de Portanto, se verificado ter o agente praticado o fato amparado em estado de
exclusão do crime. necessidade (art. 23, I, e 24 do CP), legítima defesa (art. 23, II, e 25 do CP), no
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito, (art. 23, III

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do CP), deverá ser requerida, em sede de memoriais do Júri, a absolvição
sumária do acusado, com fundamento no art. 415, IV, do CPP.
Da mesma forma, o inciso IV justificará a absolvição sumária quando houver
excludente de culpabilidade, ou seja, em caso de inimputabilidade
(menoridade, doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado – art. 26 do CP, ou embriaguez completa por caso fortuito ou força
maior), ausência de potencial conhecimento da ilicitude (erro de proibição
inevitável – art. 21 do CP), ou inexigibilidade de conduta diversa (coação moral
irresistível ou obediência hierárquica – art. 22 do CP).
Parágrafo único. Não se
aplica o disposto no inciso
Devemos ter atenção aos casos de inimputabilidade fundada no art. 26 do CP
IV do caput deste artigo ao
(inimputabilidade por doença mental desenvolvimento mental incompleto ou
caso de inimputabilidade
retardado). Neste caso, eventual decisão de absolvição sumária resultará na
prevista no caput do art. 26
aplicação de medida de segurança (absolvição imprópria), a qual somente será
do (Código Penal), salvo
possível caso seja esta a única tese defensiva.
quando esta for a única
tese defensiva.

Superada a análise sobre os motivos que levariam à absolvição sumária (art. 415 CPP),
devemos arguir a insuficiência de provas, seja da materialidade ou da autoria, de forma a que seja
proferida uma decisão de impronúncia. Se o réu for impronunciado, o processo será extinto, sem,
entretanto, fazer coisa julgada material.
Por fim, após verificada e arguidas as possibilidades de absolvição sumária e impronúncia,
devemos conferir se há prova de não ser o crime doloso contra a vida. Neste caso, requeira a
desclassificação do crime, com a consequente remessa dos autos ao juízo que seja, em verdade,
competente.
Lembre-se, entretanto, que existe a possibilidade de desclassificação para crime NÃO doloso
contra a vida, portanto, da competência de outro juízo; hipótese na qual a decisão a ser proferida pelo juiz
será mesmo a de desclassicação, que resulta no declínio da competência. Exemplo: denúncia oferecida
pela prática de homicídio doloso, mas ao final da instrução o juiz verifica que se trata de lesão corporal
seguida de morte; neste caso o juiz desclassifica e remete ao juízo competente, ou seja, uma das Varas
Criminais da comarca em que consumada a infração.
Contudo, é possível que a desclassificação se dê para crime igualmente doloso contra a vida,
só que de menor gravidade que aquele narrado na peça acusatória. Exemplo: denúcia oferecida por
homicídio, mas durante o processo verifica-se que a conduta se enquadra, em verdade, naquela prevista
no art. 123 do CP, ou seja, infanticídio. Neste caso, embora a decisão seja de crime de menor gravidade
que o indicado na exordial, ainda será uma decisão de pronúncia, uma vez que o crime continua sendo de
competência do Tribunal do Júri. Alguns autores dizem que ocorreu uma desclassificação imprópria,
mas não se esqueça de que a decisão ainda será uma pronúncia, dentro da qual o crime foi
desclassificado.
Seja uma hipótese ou outra, não sendo caso de absolvição sumária nem de impronúncia,
devemos buscar a desclassificação, ou requerê-la de forma subsidiária sempre que possível.

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Nos memoriais do Júri, os pedidos devem, portanto, incluir as preliminares, da mesma forma
que no rito comum; contudo, no mérito, seguirão o roteiro: absolvição sumária – impronúncia –
desclassificação.
Assim, vejamos a ordem de pedidos a seguir:
1. Pedidos PRELIMINARES (utilize o PPPX2)
2. Pedido principal: ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NO ART. 415 CPP (com a indicação do inciso
correspondente).
3. Pedidos subsidiários: IMPRONÚNCIA e/ou DESCLASSIFICAÇÃO.

ATENÇÃO: Não há que se falar em pena mínima, regime de cumprimento etc, já


que não haverá, neste momento processual, possibilidade de condenação.

5. ESTRUTURA DOS MEMORIAIS

MEMORIAIS NOS RITOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA COMARCA


__________________ - ESTADO __________________ (regra geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA __________________ (Endereçamento no caso de crimes
de violência doméstica e familiar contra a mulher)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA
COMARCA __________________ (Endereçamento no Juizado Especial – infrações de menor potencial
ofensivo)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL FEDERAL DE ____________
- SEÇÃO JUDICIÁRIA __________________ (Endereçamento caso o crime seja de competência da Justiça
Federal)

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Deixe duas ou três linhas

Processo número: ____

Deixe duas ou três linhas

(Fazer parágrafo para a qualificação) NOME, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por
seu advogado que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, e com fundamento no artigo 403, parágrafo 3 o, do Código de Processo Penal,
apresentar seus
(sem saltar linhas e sem abreviar nada)
MEMORIAIS
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
(Pula-se uma linha)

DOS FATOS
Deve-se fazer uma síntese, narrar os fatos de forma resumida e estruturada.
Usar 5 ou 6 linhas.

DAS PRELIMINARES
Buscar todo e qualquer fundamento que possa levar à nulidade do processo, incluindo aqueles que
ensejariam a rejeição da peça acusatória ab initio.
Indique as falhas processuais relevantes. Siga novamente o PASSO A PASSO PRELIMINAR (PPPx2)
que aprendemos no item 5.3.2 ao estudar a Resposta à Acusação.
Fazer um parágrafo para cada uma das preliminares eventualmente existentes, apontando qual a
preliminar, justificando-a e indicando os dispositivos legais pertinentes e eventuais súmulas relacionadas.
Lembre-se: A exceção das causas extintivas da punibilidade, os aspectos arguidos em sede de preliminar,
são, em regra, aspectos processuais.

DO MÉRITO
Discorra, detalhadamente, sobre os institutos jurídicos que viabilizam a defesa do acusado.
Lembre-se: mérito é o momento processual para a arguição das teses de Direito Material (Direito Penal).
Utilize um parágrafo para cada uma das teses (se preciso, mais de um). Provavelmente existirão várias teses
(uma principal e outras, subsidiárias). Todas serão cobradas. E em todas você deverá indicar os artigos de lei
– e súmulas, se existirem.
Não coloque mais de uma tese no mesmo parágrafo. Isso facilitará a correção.
Evite parágrafos longos e procure demonstrar a tese com objetividade, organização e clareza.
Ao defender cada uma das teses, é fundamental explicitar em qual dispositivo legal (artigo) a mesma se
encontra amparada. Caso alguma das teses defensivas seja citada em mais de um artigo de lei, mencione
cada um deles, assim como súmulas eventualmente existentes.
Parta da tese principal para, depois, abordar cada uma das teses subsidiárias, como indicado a seguir:
1 – Primeiramente, verifique se há algo que exclua o crime. Considerando que crime é fato típico, ilícito e
culpável, procure observar esta ordem. Sendo assim, primeiramente deve ser mencionada qualquer hipótese
que venha a impactar na tipicidade (ausência de dolo, falta de nexo de causalidade, erro de tipo essencial,
princípio da insignificância, ausência de previsão legal, hipótese de crime impossível etc). Em seguida,
verifique a existência de excludente de ilicitude (estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento
do dever legal, exercício regular do direito ou consentimento do ofendido). Após ilicitude, deve ser alegada
tese defensiva que envolva excludentes de culpabilidade (inimputabilidade, erro de proibição inevitável e
inexigibilidade de conduta diversa).
2 – Após analisar cada um dos elementos que integram o conceito analítico de crime, verifique a eventual
existência de situação que possa ocasionar a desclassificação para outro delito de menor gravidade.
3 – Em seguida, verifique as circunstâncias e condições que podem impactar na dosimetria da pena. Neste
momento, é importante observar a ordem em que é realizada a dosimetria da pena. Primeiramente, enfrente
as circunstâncias judiciais previstas no artigo 59. Um exemplo disso seria o afastamento da circunstância
judicial de maus antecedentes. Em seguida, devem ser analisadas as circunstâncias agravantes (artigos 61 e

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62) e atenuantes (artigos 65 e 66). É neste momento que é possível procurar afastar uma agravante, tal como
a reincidência ou ainda alegar a presença de uma circunstância atenuante, como a confissão. Por último,
devem ser arguidas as causas de diminuição e atacadas as causas de aumento. São exemplos de causa de
diminuição a tentativa (artigo 14, II do CP) e o arrependimento posterior (artigo 16 do CP). PROCURE A
MENOR PENA POSSÍVEL, NO REGIME INICIAL MAIS BENÉFICO POSSÍVEL.
4 – Verifique também a possibilidade de benefícios despenalizadores, dentre os quais ganha destaque a
suspensão condicional do processo, prevista no art. 89 da Lei. 9.099/95, ou ainda o direito do réu à
substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos (art. 44 do CP), ou ao sursis penal (arts.
77 e 78 do CP).
5 - Ainda no que se refere à consequência do cometimento do delito, podem ser exploradas algumas
eventuais causas extintivas da punibilidade, tais como algumas das previstas no artigo 107 do Código Penal.
Exemplificando: a existência de perdão do ofendido, ainda que tácito, em crime de ação penal privada.

DOS PEDIDOS
Logicamente, o(s) pedido(s) dependerá(rão) da(s) tese(s) defensiva(s) apresentada(s) anteriormente.
Formule primeiro os pedidos relativos às preliminares, as quais, em regra, levam à nulidade do processo.
Em seguida, elabore o pedido principal, o qual, necessariamente, deverá levar à absolvição do acusado
com fundamento em um dos incisos do art. 386 do CPP.
Após formular o pedido de absolvição do acusado, seguem-se os pedidos subsidiários.

Diante de todo o exposto, requer preliminarmente o(a) ora defendente:


- que seja declarada a nulidade do processo desde (indicar o ato viciado), com fundamento
no art. 564, inciso ____, do Código de Processo Penal;
- que seja declarada a extinção da punibilidade pela ________ (prescrição da pretensão
punitiva ou outra causa extintiva da punibilidade), com fundamento no(s) art(s). _____ do Código Penal
(ou legislação extravagante);
Contudo, não reconhecendo Vossa Excelência as preliminares acima indicadas, requer seja
julgado improcedente o pedido, com a consequente ABSOLVIÇÃO do(a) acusado(a), com fundamento
no art. 386, inciso ___, do Código de Processo Penal.
Por fim, considerando o critério da eventualidade, em sendo condenado(a) o(a) acusado(a),
postula-se, subsidiariamente:
- que seja a pena base fixada no mínimo legal;
- o afastamento da agravante do(a) __________________ (verificar os arts. 61 e 62 do CP), e o
reconhecimento da atenuante do(a) __________________ (verificar os arts. 65 e 66 do CP);
- aplicação da causa de diminuição do art. ___________ (Exemplos: art. 33, § 4º da Lei nº 11.343;
forma privilegiada do furto, prevista no art. 155, §2º, do Código Penal etc.);
- fixação do regime _________ para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, inciso
____ , do Código Penal;
- a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, na forma do art. 44 do
Código Penal; ou ainda, em último caso, uma vez que preenchidos os requisitos dos arts. 77 e 78
do mesmo Código, que seja aplicado o benefício da suspensão condicional da pena

Após terminar os pedidos pular 1 linha e colocar


Nestes termos
Pede deferimento.
Saltar 2 ou 3 linhas.
Comarca, data.
Advogado, OAB
OBS.: Nos memoriais não há rol de testemunhas.

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MEMORIAIS NO RITO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA - TRIBUNAL DO JÚRI

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA


COMARCA DE ______________ (ou EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ______________)

Deixe duas ou três linhas


Processo número: ____

Deixe duas ou três linhas

(Fazer parágrafo para a qualificação) NOME, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por seu
advogado que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, e com fundamento no artigo 403, parágrafo 3 o, combinado com o art. 394, parágrafo 4o., ambos
do Código de Processo Penal, apresentar seus
(sem saltar linhas e sem abreviar nada)
MEMORIAIS
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
(Pula-se uma linha)

DOS FATOS
Deve-se fazer uma síntese, narrar os fatos de forma resumida e estruturada.
Usar 5 ou 6 linhas.

DAS PRELIMINARES
Buscar todo e qualquer fundamento que possa levar à nulidade do processo, incluindo aqueles que
ensejariam a rejeição da peça acusatória ab initio.
Indique as falhas processuais relevantes. Siga novamente o PASSO A PASSO PRELIMINAR (PPPx2) que
aprendemos no item 5.3.2 ao estudar a Resposta à Acusação.
Fazer um parágrafo para cada uma das preliminares eventualmente existentes, apontando qual a preliminar,
justificando-a e indicando os dispositivos legais pertinentes e eventuais súmulas relacionadas.
Lembre-se: A exceção das causas extintivas da punibilidade, os aspectos arguidos em sede de preliminar,
são, em regra, aspectos processuais.

DO MÉRITO
No mérito devemos discorrer detalhadamente sobre o instituto jurídico que embasa a tese defensiva.
Exemplificando: Se a alegação for de legítima defesa, discorra sobre os requisitos desta excludente da
ilicitude, demonstrando que os mesmos se encontram presentes.
No entanto, não faça parágrafos longos. Procure demonstrar a tese com objetividade e clareza.
Nos memoriais no procedimento do Tribunal do Júri, a tese, via de regra, estará relacionada às hipóteses que
ensejam a absolvição sumária, prevista no art. 415 do CPP (inexistência do fato, negativa de autoria ou uma
das excludentes do crime), ou na insuficiência de provas, que levará à impronúncia (art. 414 do CPP). Nada
impede, entretanto, que esta última surja como tese subsidiária em relação à primeira. Poderá também haver
circunstância que leve a desclassificação da conduta para crime não doloso contra a vida (art. 419 do CPP),
tanto como tese principal, quanto como tese subsidiária às anteriores.

Assim, sempre de forma clara e organizada, aborde cada uma das teses defensivas, sempre indicando os
dispositivos legais pertinentes.
A ordem de argumentação das teses de mérito nos memoriais do Júri, considerando teses principais e
subsidiárias, deverá ser:
1. Existe:
1.1. inexistência material do fato (se for o caso) – art. 415, I, CPP;
1.2. negativa de autoria (se for o caso) – art. 415, II, CPP;
1.3. excludente de tipicidade, ou seja, atipicidade da conduta (se for o caso) – art. 415, III, CPP;

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1.4. excludente de ilicitude e/ou de culpabilidade (se for o caso) – art. 415, IV, CPP;
2. Insuficiência de provas (seja de autoria ou de materialidade), o que levará à impronúncia – art. 414
CPP;
3. O crime não é doloso contra a vida, devendo ocorrer a desclassificação da conduta, com a
consequente remessa dos autos ao juízo competente – art. 419 CPP;
4. Embora o crime seja doloso contra a vida, é de menor gravidade que aquele pelo qual o réu foi
denunciado, motivo pelo qual, ao proferir a decisão prevista no art. 413 CPP, o juiz deverá
desclassificar a infração;
5. Exclusão de qualificadoras ou de causas de aumento.

DOS PEDIDOS
Logicamente, o(s) pedido(s) dependerá(rão) da(s) tese(s) defensiva(s) apresentada(s) anteriormente.
Formule primeiro os pedidos relativos às preliminares, as quais, em regra, levam à nulidade do processo.
Em seguida, elabore o pedido principal, o qual, necessariamente, deverá levar à absolvição do acusado com
fundamento em um dos incisos do art. 386 do CPP.
Após formular o pedido de absolvição do acusado, seguem-se os pedidos subsidiários.

Diante de todo o exposto, requer preliminarmente o(a) ora defendente:


- que seja declarada a nulidade do processo desde (indicar o ato viciado), com fundamento no
art. 564, inciso ____, do Código de Processo Penal;
- que seja declarada a extinção da punibilidade pela ________ (prescrição da pretensão punitiva
ou outra causa extintiva da punibilidade), com fundamento no(s) art(s). _____ do Código Penal (ou legislação
extravagante);

Caso o pedido principal seja o de absolvição sumária:


Contudo, não reconhecendo Vossa Excelência as preliminares acima indicadas, requer seja
julgado improcedente o pedido, de forma a que seja proferida a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA do(a) acusado(a),
com fundamento no art. 415, inciso ___, do Código de Processo Penal.
Caso o pedido principal seja o de impronúncia:
Contudo, não reconhecendo Vossa Excelência as preliminares acima indicadas, requer seja
julgado improcedente o pedido, de forma a que seja proferida a IMPRONÚNCIA do(a) acusado(a), com
fundamento no art. 414 do Código de Processo Penal.

Caso o pedido principal seja o de desclassificação:


Contudo, não reconhecendo Vossa Excelência as preliminares acima indicadas, requer seja
julgado improcedente o pedido, de forma a que seja proferida a DESCLASSIFICAÇÃO do crime imputado,
com a consequente remessa dos autos ao juízo competente, com fundamento no art. 419 do Código de
Processo Penal.
Por fim, considerando o critério da eventualidade, em sendo pronunciado(a) o(a) acusado(a),
postula-se, subsidiariamente (se for o caso):
- seja desclassificada a infração para aquela inserta no art. ___ do Código Penal (em caso de
desclassificação para crime doloso contra a vida, de menor gravidade; indicando o crime para o qual pretende
a desclassificação; exemplo, se for infanticídio, inserir o art. 123 do CP).
- seja(m) excluída(s) a(s) qualificadora(s) (ou causas de aumento) indicadas na denúncia (se for o
caso).
- seja reconhecida a diminuição da pena em face da tentativa (se for o caso).

Após terminar os pedidos pular 1 linha e colocar


Nestes termos
Pede deferimento.
Saltar 2 ou 3 linhas.
Comarca, data.
Advogado, OAB
OBS.: Nos memoriais não há rol de testemunhas.

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MEMORIAIS DO QUERELANTE - RITOS COMUNS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA COMARCA


__________________ - ESTADO __________________ (regra geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA __________________ (Endereçamento no caso de crimes
de violência doméstica e familiar contra a mulher)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA
COMARCA __________________ (Endereçamento no Juizado Especial – infrações de menor potencial
ofensivo)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL FEDERAL DE
____________ - SEÇÃO JUDICIÁRIA __________________ (Endereçamento caso o crime seja de
competência da Justiça Federal)

Deixe duas ou três linhas

Processo número: ____

Deixe duas ou três linhas

(Fazer parágrafo para a qualificação) NOME DO QUERELANTE, já qualificado nos autos do processo em
epígrafe,que move em face de NOME DO QUERELADO, por seu advogado que a esta subscreve, conforme
procuração em anexo, vem à presença de Vossa Excelência, e com fundamento no artigo 403, parágrafo 3 o,
do Código de Processo Penal, apresentar seus
(sem saltar linhas e sem abreviar nada)
MEMORIAIS
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
(Pula-se uma linha)

DOS FATOS
Deve-se fazer uma síntese, narrar os fatos de forma resumida e estruturada.
Lembre-se que você estará pela acusação, então a tese acusatória é que será o objeto principal de todo o
discurso nos memoriais.
Usar 5 ou 6 linhas.

DO MÉRITO
Ressalte o cometimento do crime, com todos os seus elementos (objetivos e subjetivos), qualificadoras,
causas de aumento e agravantes.

DOS PEDIDOS
Neste caso, obviamente, o pedido será o de condenação do acusado/querelado.

Diante de todo o exposto, requer seja julgado procedente o pedido, com a consequente
condenação do querelado como incurso nas penas do art. ______

Após terminar os pedidos pular 1 linha e colocar


Nestes termos
Pede deferimento.
Saltar 2 ou 3 linhas.
Comarca, data.
Advogado, OAB
OBS.: Nos memoriais não há rol de testemunhas.

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MEMORIAIS DO QUERELANTE - RITO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA


COMARCA DE ______________ (ou EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ______________)

Deixe duas ou três linhas

Processo número: ____

Deixe duas ou três linhas

(Fazer parágrafo para a qualificação) NOME, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por seu
advogado que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, e com fundamento no artigo 403, parágrafo 3o, do Código de Processo Penal, apresentar seus
(sem saltar linhas e sem abreviar nada)
MEMORIAIS
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
(Pula-se uma linha)

DOS FATOS
Deve-se fazer uma síntese, narrar os fatos de forma resumida e estruturada.
Lembre-se que você estará pela acusação, então a tese acusatória é que será o objeto principal de todo o
discurso nos memoriais.
Usar 5 ou 6 linhas.

DO MÉRITO
Ressalte o cometimento do crime, com todos os seus elementos (objetivos e subjetivos), qualificadoras,
causas de aumento e agravantes.

DOS PEDIDOS
Neste caso, obviamente, o pedido será o de condenação do acusado/querelado.

Diante de todo o exposto, requer seja proferida a decisão de PRONÚNCIA, para que seja o
querelado submetido a julgamento perante o Júri Popular, com sua consequente condenação como incurso
nas penas do art. ______ do Código Penal.

Após terminar os pedidos pular 1 linha e colocar


Nestes termos
Pede deferimento.
Saltar 2 ou 3 linhas.
Comarca, data.
Advogado, OAB
OBS.: Nos memoriais não há rol de testemunhas.

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PEDIDO DE HABILITAÇÃO DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA COMARCA


__________________ - ESTADO __________________ (regra geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA __________________ (Endereçamento no caso de crimes
de violência doméstica e familiar contra a mulher)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA
COMARCA __________________ (Endereçamento no Juizado Especial – infrações de menor potencial
ofensivo)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL FEDERAL DE
____________ - SEÇÃO JUDICIÁRIA __________________ (Endereçamento caso o crime seja de
competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA
COMARCA DE ______________ (ou EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ______________)

Deixe duas ou três linhas


Processo número: ____
Deixe duas ou três linhas

(Fazer parágrafo para a qualificação)


NOME DA VÍTIMA OU DE SEU SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade n o.
____, inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas sob o n o. _______, residente e domiciliado na
___________________, por seu advogado que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, nos autos
do processo em epígrafe, movido pelo Ministério Público em face de NOME DO RÉU, pela prática do crime
tipificado no art. ______, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer, com fundamento
no artigo 268 do Código de Processo Penal, após ouvido o Ministério Público, requerer sua habilitação como
Assistente de Acusação.
Requer ainda, após deferimento do pedido, o que se espera, que lhe seja determinada abertura
de vista dos autos.

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Nestes termos
Pede deferimento.
Saltar 2 ou 3 linhas.
Comarca, data.
Advogado, OAB
OBS.: No caso de pedido efetuado por seu representante legal, pedir a juntada da certidão de nascimento da
vítima; se for o sucessor da vítima, a juntada da certidão de óbito.

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6. MAPAS MENTAIS E QUADROS SINÓTICOS

COMO IDENTIFICAR SE A PEÇA A SER APRESENTADA SÃO OS MEMORIAIS?

PASSO A PASSO PRELIMINAR

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PEDIDOS – MEMORIAIS NO RITO COMUM

PEDIDOS – MEMORIAIS NO JÚRI

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