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Temas do Banco de Aulas:
Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer vio-
lência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou
coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições naci-
onais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema
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do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
(...)
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
IMPETRANTE e IMPETRADO
Observação:
O impetrado é a autoridade coatora, podendo assim ser chamada, salvo quando o habeas corpus é impetrado
contra ato de particular.
Qualquer pessoa pode impetrar habeas corpus, por isso NÃO é peça privativa de advogado (art. 654, CPP)
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como
pelo Ministério Público.
O HC é de Jurisdição Voluntária!
Para conceder de ofício, é necessário que o órgão de concessão esteja acima da autoridade coatora e na linha
de reforma.
o
A petição de habeas corpus conterá (art. 654, § 1 , CPP):
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violên-
cia, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que
funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a
designação das respectivas residências.
Portanto, se não houver ameaça ou cerceamento da liberdade de alguém NÃO será caso de habeas corpus.
SÚMULA 693
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por in-
fração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.
Dependendo da pretensão deduzida, o habeas corpus pode ser declaratório, constitutivo ou simplesmente man-
damental.
FUNDAMENTAÇÃO DO HC
Artigo 5º, LXVIII da CF c/c artigo 647 e seguintes, em especial o artigo 648, ____ todos do CPP.
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Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
Há quem sustente que existe uma quarta: A Justa causa. Para outros, é requisito da denúncia.
Justa causa é uma expressão que pode ser utilizada com vários significados.
ATENÇÃO:
É possível impetrar habeas corpus por falta de justa causa no recebimento de uma denúncia sem justa causa.
LEMBRE-SE:
Portanto:
PEÇA A LIMINAR, indicando o fumus boni iuris e o periculum in mora que a justifique.
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CF
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segu-
rança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-
nado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal
Federal;
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou
funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de
crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão
recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
O STF parou de usar a súmula, passando a entender que o HC de ato de Turma Recursal será julgado pelo TJ
ou TRF, a depender se a Turma Recursal é de Juizado Especial Estadual ou Federal.
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- Promotor de Justiça
Autoridade coatora = delegado de polícia civil, nos crimes de menor potencial ofensivo
Competência = Juizado Especial Criminal Estadual
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL FEDERAL DA SEÇÃO JU-
DICIÁRIA DE _______
Autoridade coatora = delegado de polícia federal nos crimes de menor potencial ofensivo
Competência = Juizado Especial Criminal Federal
Se o crime for doloso contra a vida e a autoridade coatora for delegado de polícia
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA CO-
MARCA DE ________
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Autoridade coatora = Juizado Especial Criminal
Competência = Colégio ou Turma Recursal se Juizado Estadual:
Se Juizado Federal:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL
FEDERAL CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA ___________
Autoridade coatora = Tribunais Superiores (STJ, TSE ou STM) ou pessoa com prerrogativa de foro no STF
Competência = STF
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FE-
DERAL
Petição do HC
- Endereçamento
- Apresentação do impetrante
- Nome da peça (Habeas Corpus em favor de..., que se encontra... em sua liberdade de locomoção, por ato
praticado por..., ora autoridade coatora)
- Fatos
- Direito
- Pedido
A primeira distinção é em relação a quem pode recorrer, pois neste caso estamos diante de uma peça privativa
de advogado.
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É o recurso cabível quando a ordem de
HABEAS CORPUS for denegada pelos Tribunais
Fundamento:
Art. 31 - Distribuído o recurso, a Secretaria, imediatamente, fará os autos com vista ao Ministério Público, pelo
prazo de dois dias.
Parágrafo único - Conclusos os autos ao relator, este submeterá o feito a julgamento independentemente de
pauta.
Art. 32 - Será aplicado, no que couber, ao processo e julgamento do recurso, o disposto com relação ao pedido
originário de Habeas Corpus.
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ENDEREÇAMENTO _________
(NOME DO IMPETRANTE), nacionalidade, identidade, CPF, profissão, residente e domiciliado no _______, (por
seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, procuração em anexo) (se for o caso), vem respeito-
samente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º., LXVIII, da Constituição Federal, e no art.
647 e seguintes, em especial no art. 648, inc. ___, todos do Código de Processo Penal, impetrar
HABEAS CORPUS
com pedido de liminar
em favor do paciente (NOME DO PACIENTE), que se encontra indevidamente preso por ordem do __________,
ora apontado como autoridade coatora.
1. Dos Fatos
Fazer um resumo dos fatos que ensejam a impetração do habeas corpus, ou seja, indicar que foi, por exemplo,
decretada uma prisão pelo Juízo ___, autoridade coatora, e que tal prisão é manifestamente ilegal por “tais moti-
vos”. Indicar que referida(s) ilegalidade(s) caracteriza(m) ameaça ou cerceamento ao direito de liberdade do
paciente, ensejando o habeas corpus.
2. Do Direito
Ressaltar a ilegalidade na prisão ou na ameaça ao direito de liberdade do paciente, apresentando os dispositivos
legais violados.
4. Do Pedido
Indicar a necessidade de concessão da ordem liminarmente, bem como seja oficiada a autoridade coatora para
que preste as informações necessárias, e intimação do Ministério Público.
Ao final, deve-se fazer o pedido pleiteando a consequente concessão definitiva da ordem de habeas corpus, na
forma do art. 5º., LXVIII, da
Constituição Federal, e art. 647 e seguintes do Código de Processo Penal, para ... , com consequente expedição
do alvará de soltura (se for o caso).
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB (se for o caso)
ENDEREÇAMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA (ou TSE ou STM - Regra Geral – ROC para o STF)
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DE _____ (ou TJDFT - Regra Geral – ROC para o STJ)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDE-
RAL (Crimes da Competência da Justiça Federal – ROC para o STJ)
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data
Advogado, OAB
Endereçamento:
ou
1. Dos Fatos.
Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a interposição do ROC, ou seja, indicar que foi, por exemplo,
decretada uma prisão pelo Juízo ___, autoridade coatora, e que em razão da ilegalidade daquela prisão, foi im-
petrado um habeas corpus perante o Tribunal _____, que denegou a ordem.
Indicar os motivos pelos quais a prisão é ilegal, ou qual(is) a(s) ilegalidade(s) existente(s) que caracteriza(m)
ameaça ou cerceamento ao direito de liberdade, tal qual no habeas corpus.
No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor:
“A decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos.”
2. Do Direito
Falar inicialmente qual foi o equívoco cometido pelos julgadores para, depois, mencionar o direito aplicado ao
caso concreto que será o fundamento do ROC.
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3. Do Pedido
Deve-se fazer o pedido pleiteando o provimento do recurso para reformar a decisão proferida, com a consequen-
te concessão da ordem de Habeas Corpus para ...
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data
Advogado, OAB
Casos concretos
Hc e roc
Alcino foi denunciado pelo crime tipificado no art. 250 do Código Penal, pois teria, dolosamente, provocado
incêndio na casa de Francisca, no dia 26 de setembro de 2016. O juiz da 10ª Vara Criminal da Comarca Cuiabá
recebeu a denúncia e decretou a prisão preventiva de Alcino, para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez
que restou acostado aos autos que Alcino estava tentando evadir-se da cidade da ocorrência do delito.
Contudo, durante a instrução criminal, ficou demonstrado que Alcino não teve a intenção de provocar incên-
dio na casa de Francisca. Ocorreu, na realidade, que por imperícia, Alcino, na tentativa de consertar um defeito
no quadro de energia da casa de Francisca, trocou os fios, o que causou um curto gerando o incêndio, o que
ficou comprovado pericialmente, motivo pelo qual o Promotor de Justiça aditou a denúncia para alterar a narrati-
va dos fatos para incêndio culposo, manifestando-se, em seguida, a defesa, que arrolou novas testemunhas.
Também ficou demonstrado que em momento algum Alcino teve a intenção de ausentar-se do distrito da
culpa. Sabe-se ainda que Alcino tem bons antecedentes, residência fixa e trabalha como ajudante de pedreiro.
Diante da modificação da imputação, foi requerida a revogação da prisão preventiva de Alcino, mas o pedido
foi negado/indeferido pelo juiz em 15 de janeiro de 2017.
Na qualidade de advogado contratado por Alcino, elabore a peça processual adequada à restituição da liber-
dade do seu cliente.
1. Dos Fatos
O paciente teve sua custódia cautelar decretada por decisão proferida pela autoridade ora apontada como
coatora em __/__/___, sob o fundamento de que referida prisão seria necessária para assegurar a aplicação da
lei penal, uma vez que existiam nos autos do processo em referência, que, a princípio, apurava o delito de in-
cêndio, tipificado no art. 250 do Código Penal, elementos que levaram a autoridade coatora a concluir que havia
possibilidade de evasão do paciente daquela comarca.
Ocorre que, realizada a instrução probatória, ficou demonstrado que o crime do qual é acusado o paciente
configura hipótese culposa de incêndio, o que levou o promotor de justiça a aditar a denúncia para fazer constar
a imputação referente ao parágrafo 2º. do art. 250 do CP.
Da mesma forma, ficou cabalmente demonstrado durante a instrução que não houve por parte do paciente
qualquer tentativa de fuga, inexistindo, assim, motivo que justifique a manutenção da prisão sofrida.
Ressalte-se que o paciente não responde por outros processos criminais, é de bons antecedentes e trabalha-
dor e tem domicílio certo.
Diante da nova imputação, agora por crime culposo, e das provas até então colhidas, buscou o paciente a
revogação da prisão preventiva junto ao juiz processante, que, entretanto, indeferiu o pedido, o que o caracteriza
como autoridade coatora.
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2. DO DESAPARECIMENTO DOS MOTIVOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR
A prisão preventiva é medida de extrema exceção, somente cabível quando evidentes os pressupostos pre-
vistos no art. 312 e presente uma das hipóteses legalmente previstas no art. 313, ambos do Código de Processo
Penal.
O paciente teve sua prisão decretada exclusivamente para assegurar a aplicação da lei penal, e quando a
imputaçao que recaía sobre si configurava crime doloso, com pena superior a 4 anos.
Contudo, todas as provas relativas a elucidação do fato foram colhidas e, em função delas, o Ministério Públi-
co, acertadamente, alterou a imputação para crime culposo, em aditamento que foi recebido pelo juiz.
Além disso, conforme acostado nos autos cuja cópia segue em anexo, as provas demonstram que não existe
qualquer indicativo de que o paciente vá evadir-se do distrito da culpa.
Destaque-se ainda a total inexistência de quaisquer outros fundamentos para a manutenção da prisão pre-
ventiva do paciente, uma vez que inexistem garantia da ordem pública ou mesmo necessidade de assegurar a
aplicação da lei penal.
Desta feita, tendo desaparecido todo e qualquer motivo que autorize a prisão preventiva, deve a mesma ser
revogada, conforme arts. 282, § 5º., e 316, ambos do Código de Processo Penal.
Tendo desaparecido o motivo que justificava a prisão preventiva do paciente, e sendo a mesma incabível em
crimes culposos, a manutenção do paciente no cárcere ofende o preceito da presunção de inocência e os crité-
rios de proporcionalidade, uma vez que desnecessária a cautela por ele sofrida.
Tal fato, por si só, torna presentes o fumus boni iuris, caracterizado pelo cerceamento ao direito de liberdade
do paciente, e também o periculum in mora, que reside no fato de já estar o paciente submetido à uma prisão
flagrantemente desnecessária e ilegal, que não pode prosperar.
4. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o impetrante a concessão da ordem liminarmente em favor do paciente, para que
seja este imediatamente posto em liberdade.
Requer ainda seja oficiada a autoridade coatora para que preste as informações necessárias, bem intimação
do Ministério Público.
Ao final, pede o impetrante a concessão definitiva da ordem de habeas corpus, na forma do art. 5º., LXVIII, da
Constituição Federal, e art. 647 e seguintes do Código de Processo Penal, para que seja revogada a prisão pre-
ventiva do ora paciente, com a consequente expedição do alvará de soltura.
Apenas em face do critério da eventualidade, caso entendam Vossas Excelências, requer seja concedida em
parte a ordem pleiteada, de forma a que se converta a prisão do paciente em uma das medidas cautelares indi-
cadas no artigo 319 do Código de Processo Penal.
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB (se for o caso)
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