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Para seu controle, informo que nesta aula serão abordados os seguintes os
itens do edital do último concurso: 2. Imposto sobre Produtos Industri-
alizados. 2.2. Incidência. 2.3. Industrialização. Conceito. 2.4. Caracter-
ísticas e modalidades de industrialização. 2.5. Exclusões (do conceito
de industrialização). 2.13. (Produtos) Não Tributados. 2.16. Redução e
majoração do imposto. 2.21. Classificação de produtos.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Diante do que foi dito acima, já deu para perceber como é importante
considerar os efeitos da incidência do IPI sobre a cadeia de produção.
Inclusive, muitos dos institutos próprios do IPI são explicados a partir de uma
visão mais ampla da cadeia de produção, e não simplesmente com o foco em
uma única etapa da cadeia. Assim, se o estudo do IR, como veremos, exige
uma boa dose de conhecimento de contabilidade, em matéria de IPI para
compreender várias das disposições legais precisamos com frequência recorrer
à lógica da cadeia de produção e consumo.
2. LEGISLAÇÃO DO IPI
O IPI é o sucedâneo do imposto sobre o consumo. Por isso mesmo, muitas das
disposições legais sobre o IPI, ainda vigentes, são encontradas na Lei nº
4.502, de 1964.
Além disso, vale ressaltar que o RIPI contém vários dispositivos com longas
enumerações, o que torna relativamente árduo o estudo do imposto. No
entanto, observando o que costuma ser exigido nos concursos, recomendo que
você conheça bem as primeiras hipóteses de cada uma dessas enumerações,
referidas principalmente nos arts. 5º, 9º, 25, 27, 36, 43, 54 e 182, todos do
RIPI. Obviamente que isso não significa que você poderá desprezar as demais
hipóteses!
3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Antes de encerrar este item, cabe ressaltar que a Constituição Federal não
autoriza alterações de base de cálculo do IPI por meio de ato do Poder
Executivo.
Por fim, vale ainda dizer que a restrição contida no § 2º do art. 62 da CF não
se aplica ao IPI. Com isso, medida provisória que cria nova incidência do IPI,
ou torna mais onerosa incidência já existente, pode produzir efeitos no mesmo
exercício financeiro em que for publicada.
1
De acordo com o art. 34 da Lei nº 4.320, de 1964, o exercício financeiro coincide com o ano
civil.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – AFRFB 2013 – Teoria e Exercícios
Professor: MURILLO LO VISCO
AULA 01 – IPI – PARTE 1
3.3. Noventena
lei
Depois de decorridos noventa dias da
Aumento de publicação do ato (seja ele lei, medida
medida provisória
alíquotas do IPI provisória ou decreto), ainda que dentro
do mesmo exercício financeiro
decreto
lei
Redução de
medida provisória Imediatamente
alíquotas do IPI
decreto
lei
Redução da base de
Imediatamente
cálculo ou
medida provisória
extinção de
incidências do IPI Ilegal
decreto
(fere o art. 97 do CTN)
Nos termos do inciso I do art. 151 da CF, é vedado à União instituir incidência
do IPI que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município, em detrimento de outro. No entanto, o mesmo dispositivo admite a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.
3.5. Seletividade
3.6. Não-cumulatividade
Faz sentido analisar o efeito cascata dos tributos quando a incidência ocorre
nas diversas etapas de uma cadeia de produção e comercialização. Ao longo da
cadeia, o valor das operações tende a aumentar à medida que valor vai sendo
adicionado.
Nesse contexto, o tributo é cumulativo quando incide sobre a mesma base nas
diversas etapas da cadeia. Para esse caso, vamos tomar como exemplo a
Cofins no regime de apuração cumulativa da Lei nº 9.718, de 1998, e uma
cadeia composta de três etapas (fabricante, atacadista e varejista) até chegar
ao consumidor final. Nessa hipótese, são três as incidências da Cofins, e o
valor correspondente ao preço praticado pelo fabricante será tributado em
cada uma das três incidências. Na primeira etapa, a incidência se dá sobre o
faturamento do fabricante. Nas demais etapas, como o preço praticado pelo
fabricante se torna custo na formação do preço praticado pelo atacadista e
pelo varejista, mais duas incidências esse valor irá sofrer. O mesmo ocorre em
relação ao valor adicionado pelo atacadista. Acompanhe o efeito disso na figura
abaixo:
(- 100,00
) xØ3% = 3,00 100,00
(- ) x 3% = 3,00 100,00
(- ) x 3% = 3,00 (Valor do fabricante)
300,00 x 3% = 9,00
Como se pode inferir, cadeias longas são altamente prejudicadas pelo chamado
“efeito cascata” dos tributos cumulativos. Esse efeito é ainda mais perverso
quando se analisa a carga total incidente sobre a matéria-prima da indústria,
que praticamente percorre toda a cadeia de produção e comercialização.
Ciente disso, o constituinte de 1988 estabeleceu que o IPI deve ser não-
cumulativo, como de fato já era na ordem constitucional anterior.
A 20 4
B 80 16
C 30 3
D 70 14
E 40 5
F 10 2
Total 250 44
Suponha agora que cada carrinho seja vendido por R$ 400, mais IPI de 25%,
ou R$ 100.
Mas o IPI é não-cumulativo, de modo que, dos R$ 100 de IPI incidente sobre a
saída de seu produto, A LFA pode descontar R$ 44 de créditos referentes às
partes tributadas que reuniu no seu processo industrial. Com isso, deve
recolher apenas R$ 56. Considerando o conjunto das operações, a arrecadação
tributária do IPI seria de R$ 100.
IPI IPI 3
IPI 1 2
(- ) IP
I 0 ( - ) IPI 1
( - ) IP
I 2
c
r édito c
r édito crédito
Diante disso, em determinado mês marcado pelo alto volume de compras e por
poucas vendas, pode ocorrer de o valor dos créditos superar o valor dos
débitos. Nesse caso, quando o saldo de créditos eventualmente supera o saldo
de débitos do imposto, o excedente pode ser utilizado em períodos seguintes
(CTN, art. 49, parágrafo único).
4. IMUNIDADES
Ainda, note que são absolutas as imunidades que recaem sobre livros, jornais,
periódicos e sobre a energia elétrica, os derivados de petróleo, os combustíveis
e os minerais do País. Note também que nas demais hipóteses (inclusive no
caso do papel), a imunidade está vinculada a uma destinação específica. Nesse
caso, se ao produto for dado destino diverso, o responsável pelo fato fica
sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a
imunidade não existisse (RIPI, art. 18, § 4º e art. 25, incisos VI e VIII).
Portanto, com esse ato, podemos afirmar que, segundo a legislação tributária,
a imunidade recíproca alcança o IPI vinculado à importação realizada por ente
público . Tal entendimento se fundamenta no fato de que nessa circunstância:
Julgamento: 06/04/2010
Fato Consequência
Julgamento: 15/02/2000
Julgamento: 15/10/2002
Nos fundamentos dessa decisão (AI 378.454 AgR), citando Aliomar Baleeiro, o
Ministro Maurício Corrêa declarou que a imunidade deve abranger os impostos
que, por seus efeitos econômicos, segundo as circunstâncias, desfalcariam o
patrimônio, diminuiriam a eficácia dos serviços ou a integral aplicação das
rendas aos objetivos específicos daquelas entidades.
Vale ressaltar que aqui foi reproduzida a jurisprudência sobre o assunto para lhe dar
uma visão ampla sobre o tema. No entanto, numa prova de legislação tributária,
você só deve recorrer à jurisprudência se o examinador assim solicitar.
Com base nessa autorização, a RFB exige dos estabelecimentos que realizam
operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos um
registro especial e a apresentação da Declaração Especial de Informações
Relativas ao Controle de Papel Imune (DIF-Papel Imune), conforme
estabelecido pela Instrução Normativa RFB nº 976, de 7 de dezembro de 2009.
• importador (IP);
• distribuidor (DP); e
Também não prevalece a imunidade nos casos em que o papel for encontrado
em poder de pessoa que não seja fabricante, importador, ou seus
estabelecimentos distribuidores, e também não seja empresa jornalística ou
editora (RIPI, art. 20). Nesse caso, a pessoa física ou jurídica em cuja posse
for encontrado o papel fica responsável pelo pagamento do imposto (RIPI, art.
25, inciso VIII).
Fato Consequência
Saída ou importação de livros, jornais,
Operação imune
periódicos
Importação de papel realizada por pessoa
Operação imune
detentora de registro especial
Fato Consequência
Saída de papel para empresas jornalísticas,
editoras ou gráficas com a finalidade de Operação imune
impressão de livros, jornais ou periódicos
Saída de papel para estabelecimento
distribuidor de papel, detentor de registro Operação imune
especial
Saída de papel sem a finalidade de impressão
de livros, jornais ou periódicos, ainda que
Operação tributada
para empresas jornalísticas, editoras ou
gráficas
Saída de papel para destinatário diferente de
empresas jornalísticas, editoras, gráficas ou Operação tributada
estabelecimento distribuidor do produto
Consumo ou utilização de papel em finalidade Operação tributada; considera-se
diversa da impressão de livros, jornais ou ocorrido o fato gerador do IPI no
periódicos momento do consumo ou utilização
Papel encontrado em poder de pessoa que Operação tributada; a pessoa física
não seja fabricante, importador, ou jurídica possuidora do papel fica
estabelecimento distribuidor, empresa responsável pelo pagamento do
jornalística ou editora imposto
5. INDUSTRIALIZAÇÃO
F uncionamento
A cabamento
MODIFICA F inalidade
A presentação
INDUSTRIALIZAÇÃO
5.1.1. Transformação
5.1.2. Beneficiamento
5.1.3. Montagem
Portanto, embora muitos dos produtos referidos neste item 5.2 estejam
associados a alíquotas positivas na TIPI, eles estão fora do campo de
incidência do imposto porque resultam das operações excluídas do conceito
de industrialização.
Por exemplo, na TIPI, óculos para correção (9004.90.10) tem alíquota de 5%.
No entanto, se os óculos para correção são montados mediante receita
médica sob prescrições individualizadas, estes óculos não estão sujeitos à
incidência do IPI. Para fins de aplicação da legislação do IPI eles não são
considerados produtos industrializados.
• dentro, estão todos os produtos relacionados com alíquota, ainda que ela seja zero
e, no caso de a alíquota ser positiva, mesmo que os produtos sejam isentos do
imposto;
• fora, estão os produtos que estiverem associados à notação “NT” (não tributado).
Aqui cabe uma observação importante: como vimos anteriormente, embora possam
estar associados a alíquotas na TIPI, também estão fora do campo de incidência do
imposto os produtos resultantes das operações excluídas do conceito de
industrialização (item 5.2).
Por sua vez, a NCM tem por base o Sistema Harmonizado de Designação
e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado
(SH), que constitui um método internacional de classificação de produtos,
baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, criado para
promover o desenvolvimento do comércio internacional.
7. CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS
Cumpre, agora, analisar a estrutura da NCM, lembrando que ela tem por base
o Sistema Harmonizado (SH).
A composição dos códigos do SH, formados por 6 dígitos, permite que sejam
atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria
constitutiva e aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de
acordo com o nível de sofisticação das mercadorias.
Por sua vez, os códigos que compõem a NCM são formados por 8 dígitos,
sendo que os 6 primeiros são os códigos do SH, enquanto que o 7º e o 8º
dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do
Mercosul.
2
A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), introduzida no Brasil a partir de 1995 pelo
Decreto nº 1.343/94, passou a constituir a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias para todos
os efeitos legais.
ALÍQUOTA
NCM DESCRIÇÃO
(%)
70.02 Vidro em esferas (exceto as microsferas da
posição 70.18), barras, varetas ou tubos, não
trabalhado.
7002.10.00 -Esferas 10
Ex 01 - De vidro óptico 0
7002.20.00 -Barras ou varetas 10
Ex 01 - De vidro óptico 0
7002.3 -Tubos:
7002.31.00 --De quartzo ou de outras sílicas fundidos 10
Ex 01 - De vidro óptico 0
Uma vez alterada a NCM, é necessário atualizar a TIPI. Para esse fim, o
Decreto nº 7.660, de 2011, estabelece o seguinte:
3
Veja um exemplo (Resolução Camex nº 4, de 2012) em:
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1¬icia=11240.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – AFRFB 2013 – Teoria e Exercícios
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AULA 01 – IPI – PARTE 1
Vale ressaltar que esse tema foi objeto de assertiva em uma das questões do
concurso de AFRFB de 2012:
A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) é autorizada a adequar a
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), em
decorrência de alterações promovidas na Nomenclatura Comum do Mercosul
(NCM) pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), caso as alterações
promovidas pela CAMEX impliquem necessidade de adequação de alíquotas
na TIPI pela RFB.
A assertiva foi dada como incorreta. De fato, muito embora a RFB seja
autorizada a adequar a TIPI, em decorrência de alterações promovidas na NCM
pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), essa competência esta
limitada aos casos que não implicarem alteração de alíquota.
Diante desse fato, torna-se imperioso analisar o conteúdo dessas regras, que
além de serem encontradas na parte inicial da TIPI, são objeto do anexo à
Instrução Normativa RFB nº 807, de 11 de janeiro de 2008.
4
Por conta da Resolução Camex nº 4, de 2012, a TIPI teve que ser atualizada. Confira a
repercussão em: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/AtosExecutivos/2012/
RFB/ADRFB003.htm.
a. Regra 2a
b. Regra 2b
Mas não só nessa situação. A RGI-3 também tem lugar para os casos em que
um produto parece se enquadrar em mais de uma posição da nomenclatura.
Eis o texto completo da RGI-3:
3. Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais
posições por aplicação da Regra 2 b) ou por qualquer outra razão, a
classificação deve efetuar-se da forma seguinte:
a. Regra 3a
b. Regra 3b
• os produtos misturados;
Para esses casos, deve-se observar a Regra 3b, segundo a qual a classificação
é determinada pela matéria que confere a característica essencial ao produto.
c. Regra 3c
Por fim, a Regra 3c, que tem lugar quando as anteriores se mostrarem
inaplicáveis, determina que a classificação deve ser feita na posição situada em
último lugar na ordem numérica. Essa regra tem especial aplicação na
classificação de máquinas com funções múltiplas, em relação às quais não é
possível determinar uma delas como essencial.
a. Regra 5a
De acordo com as Notas Explicativas da Regra 5a, ela se aplica aos recipientes
que, cumulativamente, atendam ao seguinte:
b. Regra 5b
A princípio a RGI-6 deve ser utilizada sempre que uma posição for dividida em
subposições. Segundo seu comando, uma vez encontrada a posição adequada
ao produto em questão, a decisão entre subposições de mesmo nível deve ser
obtida mediante a utilização das regras RGI-1 a RGI-5, sem prejuízo da
utilização dos textos das respectivas Notas de subposição.
Além das Regras Gerais para Interpretação, a NCM contém duas Regras Gerais
Complementares (RGC), a seguir examinadas.
A TIPI contém, até o momento, apenas uma Regra Geral Complementar, cujo
texto é o seguinte:
Mas é preciso ficar claro que, mesmo que haja um Ex do IPI num código NCM,
isso não significa que, necessariamente, o produto tenha “descer ao nível” do
Ex. Vamos a um exemplo para esclarecer esse ponto.
Neste momento, lembre-se que, na TIPI, além das codificações completas (dotadas
de oito algarismos), também encontramos alíquotas fixadas para seus Ex, quando
estes existirem.
Pois bem, voltando à RGC/TIPI-1, de se dizer que ela tem lugar quando há
mais de um Ex no código NCM em questão. Nesse caso, entre os Ex de um
mesmo código, a RGC/TIPI-1 estabelece que a classificação é determinada
mediante o emprego das Regras Gerais de Interpretação do SH.
Essa regra tem especial aplicação, por exemplo, no caso do código NCM
3926.90.90, que contém nada menos do que onze Ex!
5
Cabe destacar que o Decreto-Lei nº 1.191/71 previa a possibilidade de alteração da base de
cálculo do IPI por ato do Poder Executivo. No entanto, essa possibilidade não foi recepcionada
pela CF/88, razão pela qual não foi reproduzida no art. 69 do RIPI.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – AFRFB 2013 – Teoria e Exercícios
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AULA 01 – IPI – PARTE 1
• A
dmite-se a exportação de produtos industrializados, sem que ocorra a
efetiva saída dos produtos do território nacional, somente nos casos
em que o pagamento seja efetivado em moeda estrangeira de livre
conversibilidade, e a venda realizada para:
• A
s Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (Nesh) constituem ele-
mentos subsidiários de caráter fundamental para a correta
interpretação do conteúdo das Posições e Subposições e das Notas de
Prof. MurilloSeção,
Lo Viscode Capítulo, de Posições e de Subposições.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – AFRFB 2013 – Teoria e Exercícios
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• A
sNotasComplementaresdaTIPIinterferemdiretamentena tributação prev-
ista na TIPI, inclusive determinando alíquotas específicas
(reais por unidade de produto) e estabelecendo tratamentos
diferenciados (reduções de alíquotas) condicionados à destinação
dada ao produto.
b) tem aplicabilidade imediata, por ser o IPI um tributo regulatório e pelo fato
de que o Decreto- Lei que o criou (DL n. 1.191/1971) ter autorizado o Poder
Executivo a reduzir suas alíquotas a zero; majorá-las, acrescentando até 30
unidades ao percentual de incidência fixado na lei, e, ainda, alterar a base de
cálculo em relação a determinados produtos, podendo, para esse fim, fixar-
lhes valor tributável mínimo.
c) submete-se, dentre outros, ao princípio constitucional da anterioridade
nonagesimal, ou seja, fica suspenso até que tenha transcorrido o prazo de
noventa dias da sua publicação.
d) fica suspenso, por força da anterioridade nonagesimal, até que tenha
transcorrido o prazo de noventa dias da sua publicação. Contudo, a suspensão
somente opera efeitos ex tunc caso haja pedido liminar formulado no sentido
de reparar dano, e não para prevenir risco ao contribuinte.
e) não se submete ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal,
eis que a Constituição Federal foi clara ao prever tal comando para a lei (antes
de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou). Assim, como o texto constitucional fala em “lei”, o aumento das
alíquotas por decreto não está sujeito à espera nonagesimal.
(Questão inédita)
7. Sobre as normas previstas na legislação tributária relativas à
imunidade do Imposto sobre Produtos Industrializados, assinale a
alternativa incorreta:
a) Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a este for
dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do
imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade não existisse.
b) Para os efeitos da imunidade do IPI, derivados do petróleo compreendem
apenas os produtos classificados quimicamente como hidrocarbonetos,
decorrentes da transformação do petróleo, por meio de conjunto de processos
genericamente denominado refino ou refinação.
(Questão inédita)
8. De acordo com a legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados, caracteriza industrialização qualquer operação que
modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação
ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo. Analise as
assertivas abaixo considerando o que dispõe a legislação tributária
acerca do conceito e das várias modalidades de industrialização, e em
seguida assinale a alternativa correta.
I. Transformação é a operação exercida sobre matérias-primas ou
produtos intermediários, que importa na obtenção de espécie nova.
II. Montagem é a operação que consiste na reunião de produtos, peças
ou partes, da qual resulte um novo produto ou unidade autônoma,
sempre sob classificação fiscal diferente.
III. Recondicionamento é a operação exercida sobre produto usado ou
parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, que o
renova ou o restaura para utilização.
IV. Produto industrializado é o resultante de qualquer operação
definida como industrialização, mesmo que incompleta, parcial ou
intermediária, sendo relevante o processo utilizado para obtenção do
produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos
empregados.
a) V, F, V, F
b) V, V, V, F
c) V, F, F, V
d) F, F, F, V
e) F, F, V, V
(Questão inédita)
13. De acordo com a legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados, qualquer operação que modifique a natureza, o
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do
produto, ou o aperfeiçoe para consumo, caracteriza industrialização.
No entanto, a mesma legislação exclui algumas operações do conceito
de industrialização. Sobre o tema, analise as assertivas abaixo, e em
seguida assinale a alternativa correta.
I. Não se considera industrialização o preparo de produtos alimentares
na residência do preparador, quando se destinem a venda direta a
consumidor, mesmo que acondicionados em embalagem de
apresentação.
II. Considera-se resultante de artesanato e, como tal, excluído do
conceito de industrialização, o produto proveniente de trabalho
manual realizado por pessoa natural, desde que a venda seja feita
diretamente a consumidor e o trabalho não conte com o auxílio ou a
participação de terceiros assalariados.
III. Não se considera industrialização a moagem de café torrado,
realizada por estabelecimento comercial atacadista.
IV. Não se considera industrialização o conserto, a restauração e o
recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem
(Questão inédita)
16. Sobre a classificação de produtos, atividade essencial na correta
definição do aspecto quantitativo da incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados, assinale a alternativa correta.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
Considerando que são mensais os períodos de apuração do IPI, e que o IPI
deve observar a noventena, uma lei que aumenta sua alíquota ou altera a base
de cálculo com aumento do imposto não pode produzir efeitos no primeiro dia
do período de apuração (mês) seguinte.
Alternativa B: incorreta.
A alternativa erra ao sugerir que o IPI tenha que observar a anterioridade do
exercício financeiro. Sabemos que o IPI é exceção a esse princípio.
Alternativa C: incorreta.
Considerando que o IPI deve observar a noventena, uma lei que aumenta sua
alíquota ou altera a base de cálculo com aumento do imposto não pode
produzir efeitos na data da sua publicação.
Alternativa E: incorreta.
Para fins de aferição do atendimento à noventena,o parâmetro para contagem
do prazo é a data de publicação da lei que aumenta o IPI, e não a data de
Comentários:
A questão em análise explora o conteúdo do princípio da seletividade. Apenas
uma das alternativas é correta. As demais apresentam alguma imprecisão.
Nesse tipo de questão, com alternativas imensas e muito parecidas umas com
as outras, ao invés de ler uma a uma, procure primeiro identificar as
diferenças entre elas numa rápida “passada de olhos”. Com isso você ganha
tempo e foca a atenção apenas no que é relevante.
Alternativa B: incorreta.
A alternativa afirma que a seletividade constitui recomendação para o
estabelecimento de alíquotas em razão direta da imprescindibilidade das
mercadorias de consumo generalizado. Desse modo, segundo a alternativa,
quanto menos necessários os produtos (quanto mais supérfluos), menores
deveriam ser as alíquotas do IPI incidente.
É justamente o contrário, quanto MAIS necessários os produtos, MENORES
devem ser as alíquotas do imposto.
Alternativa C: incorreta.
Ao contrário do que a alternativa afirma, a seletividade não quer dizer sistema
de alíquotas homogêneas. Além disso, também é incorreto dizer que quanto
mais necessários os produtos, maiores devem ser as alíquotas do imposto.
Alternativa D: incorreta.
Seletividade não quer dizer não-discriminação ou sistema de alíquotas
homogêneas. Ao contrário, quer dizer discriminação ou sistema de alíquotas
diferenciadas por espécies de mercadorias.
Alternativa E: incorreta.
Comentários:
Todas as alternativas, cada uma a seu modo, contêm características que
realmente se verificam na matriz constitucional do IPI. No entanto, apenas a
alternativa E é condizente com a iniciativa do Poder Executivo retratada na
notícia trazida com o enunciado. Quanto mais eficientes forem os
refrigeradores do ponto de vista energético, mais reduzida a alíquota do IPI.
Trata-se de um meio de estimular a indústria produzir tais produtos e os
consumidores a adquiri-los.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
Nos termos do inciso IV do § 3º do art. 153 da CF, cabe à lei, a não a ato do
Poder Executivo, definir a forma pela qual o IPI terá reduzido seu impacto
sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto.
Alternativa B: incorreta.
Produtos industrializados destinados ao exterior são imunes ao IPI.
Alternativa C: incorreta.
Ao contrário do ICMS, o IPI DEVE (e não apenas “pode”) ser seletivo, em
função da essencialidade do produto. Essa é uma diferença bastante explorada
pelas bancas examinadoras.
Alternativa E: incorreta.
O IPI DEVE (e não simplesmente “pode”) ser não-cumulativo.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
O IPI constitui exceção ao princípio da anterioridade do exercício financeiro
(CF, art. 150, § 1º), mesmo na hipótese em que alíquotas maiores são
estabelecidas por ato do Poder Executivo.
Alternativa B: incorreta.
O STF decidiu que o aumento de alíquotas do IPI, quer seja efetuado por lei ou
por decreto do Poder Executivo, somente pode produzir efeitos depois de
decorridos 90 dias da data da publicação do respectivo ato.
Cabe ainda destacar que, de fato, o Decreto-Lei nº 1.191/71 previa a
possibilidade de alteração da base de cálculo do IPI por ato do Poder
Executivo. No entanto, essa possibilidade não foi recepcionada pela CF/88.
Alternativa D: incorreta.
Essa alternativa é incorreta por conta da forma como tratou da eficácia
temporal da medida cautelar no específico caso de litígio envolvendo a
aplicação da noventena (a exemplo do que ocorreu na ADI 4.661).
De acordo com a alternativa e em poucas palavras, nesse contexto a medida
liminar somente retroagiria se houvesse pedido de reparação de dano já
ocorrido. Entretanto, como a ADI foi proposta logo após a publicação do
decreto que majorou alíquotas do IPI, com o pedido liminar de suspensão da
majoração do IPI se buscava a prevenção do dano, e ainda assim o STF
decidiu pela retroatividade da medida liminar.
Essa decisão ocorreu a partir de uma provocação do Ministro Gilmar Mendes.
Como o julgamento da ADI 4.661-MC ocorreu cerca de um mês após a
publicação do decreto, o Ministro levantou a possibilidade de nesse caso
conceder a liminar com eficácia retroativa (ex tunc). Embora ele tenha
esclarecido que a regra seja a eficácia ex nunc (não retroativa) das medidas
liminares, fundamentou seu entendimento no caráter temporário da norma
constitucional que suspende os efeitos da majoração do imposto e,
principalmente, como forma de evitar disputas judiciais envolvendo a
incidência da majoração do imposto durante o mês que já havia transcorrido,
pelo que foi seguido pelos demais Ministros presentes, à exceção do relator, o
Ministro Marco Aurélio.
Alternativa E: incorreta.
Essa alternativa reproduz a tese da Fazenda Nacional, rejeitada pelo STF. Nas
palavras do Ministro Luiz Fuz, “muito embora a Constituição Federal aluda
apenas à “lei” no art. 150, III, ‘c’, o vocábulo deve ser necessariamente
interpretado como lei em sentido material, isto é, como qualquer ato dotado de
generalidade e abstração que seja constitucionalmente autorizado a instituir ou
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
Nos termos do § 5º do art. 153 da CF, somente o IOF pode incidir sobre o ouro
ativo financeiro ou instrumento cambial.
Portanto, a incidência do IPI somente é vedada em relação ao ouro, quando
este se caracterizar com ativo financeiro ou instrumento cambial. Não é o caso
da alternativa, que não especificou essa circunstância.
Alternativa C: incorreta.
Nos termos do § 3º do art. 155 da CF, os minerais do País são imunes ao IPI.
No entanto, essa imunidade não protege os produtos feitos à base de
substâncias minerais.
Alternativa D: incorreta.
Na aquisição de produtos industrializados pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, contribuinte do IPI é o fornecedor, e não o ente público
adquirente. Por isso, o entendimento majoritário é no sentido de que as
pessoas que transacionam com os órgãos do Poder Público não podem excluir
Alternativa E: incorreta.
Nos termos da alínea “d” do inciso VI do art. 150 da CF, é vedada a incidência
de impostos sobre o papel, quando destinado à impressão de livros, jornais e
periódicos. Ausente essa destinação (como no caso da alternativa E), é
permitida a incidência do IPI sobre o papel.
(Questão inédita)
7. Sobre as normas previstas na legislação tributária relativas à
imunidade do Imposto sobre Produtos Industrializados, assinale a
alternativa incorreta:
a) Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a este for
dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do
imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade não existisse.
b) Para os efeitos da imunidade do IPI, derivados do petróleo compreendem
apenas os produtos classificados quimicamente como hidrocarbonetos,
decorrentes da transformação do petróleo, por meio de conjunto de processos
genericamente denominado refino ou refinação.
c) Para os efeitos da imunidade do IPI, ainda que não ocorra a saída do
território nacional, admite-se como exportação a venda para empresa sediada
no exterior, na hipótese em que o produto nacional é totalmente incorporado a
produto final exportado para o Brasil.
d) Como nem todo o papel é imune, na TIPI, em geral os vários tipos de papel
não estão associados à notação NT.
e) Considerando que a destinação do papel somente é definida após sua
efetiva utilização, a legislação tributária estabelece que, ainda que o papel seja
encontrado em poder de pessoa que não seja fabricante, importador,
estabelecimentos distribuidores, empresa jornalística ou editora, prevalece a
imunidade enquanto ele não for consumido em processo produtivo.
Comentários:
Alternativa A: correta.
A alternativa reproduz o comando do § 4º do art. 18 do RIPI.
Alternativa B: correta.
Alternativa C: correta.
De acordo com o inciso II do art. 19 do RIPI, para os efeitos da imunidade do
IPI, admite-se a exportação de produtos nacionais sem a saída do território
nacional, quando a venda for realizada a empresa sediada no exterior para ser
totalmente incorporado a produto final exportado para o Brasil, e o pagamento
for efetivado em moeda estrangeira de livre conversibilidade.
Alternativa D: correta.
Enquanto a imunidade do livro, do jornal, e dos periódicos é absoluta,
permitindo a pronta associação à notação NT, a imunidade do papel é
condicionada a uma destinação bem específica (a impressão de livros, jornais
ou periódicos). Por essa razão, na TIPI, aos diversos tipos de papel (posição
48.02 e outras) está associada, com mais frequência, a alíquota de 5%.
(Questão inédita)
8. De acordo com a legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados, caracteriza industrialização qualquer operação que
modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação
ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo. Analise as
assertivas abaixo considerando o que dispõe a legislação tributária
acerca do conceito e das várias modalidades de industrialização, e em
seguida assinale a alternativa correta.
I. Transformação é a operação exercida sobre matérias-primas ou
produtos intermediários, que importa na obtenção de espécie nova.
II. Montagem é a operação que consiste na reunião de produtos, peças
ou partes, da qual resulte um novo produto ou unidade autônoma,
sempre sob classificação fiscal diferente.
Comentários:
Assertiva I: verdadeira.
A assertiva reproduz o inciso I do art. 4º do RIPI.
Comentários:
Esta questão aborda aspectos relativos ao campo de incidência do IPI e ao
conceito de industrialização.
Sabemos que o campo de incidência do IPI abrange produtos industrializados
nacionais e estrangeiros relacionados na TIPI com alíquotas, ainda que o
produto seja isento ou a alíquota seja zero. Excluídos estão aqueles a que
corresponde a notação “NT” (não tributado).
Além disso, de acordo com o art. 3º do RIPI, produto industrializado é o
resultante de qualquer operação definida como industrialização, mesmo que
incompleta, parcial ou intermediária.
A questão nos traz um caso de acondicionamento de produtos sujeitos à
alíquota zero do IPI, em caixas de 12 unidades próprias para venda a
consumidores. Portanto, trata-se de uma operação de industrialização, na
modalidade acondicionamento, envolvendo produto abrangido pelo campo de
incidência do IPI (ainda que com alíquota zero).
Diante disso, só nos resta assinalar a alternativa B.
Comentários:
Assertiva I: correta.
A assertiva reproduz parcialmente o caput do art. 4º do RIPI. Ainda que tenha
ficado de fora “a operação que aperfeiçoe o produto para o consumo”, tal fato
não torna a assertiva incorreta, afinal, o examinador não restringiu
indevidamente o conceito de industrialização.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
Quando resultante de qualquer operação definida como industrialização,
mesmo incompleta, parcial ou intermediária, o produto é considerado
industrializado, e a operação é considerada industrialização (RIPI, art. 3º).
Alternativa B: incorreta.
A operação descrita na alternativa caracteriza industrialização, na modalidade
transformação (RIPI, art. 4º, inciso I).
Alternativa C: incorreta.
A operação descrita na alternativa caracteriza industrialização, na modalidade
beneficiamento (RIPI, art. 4º, inciso II).
Alternativa E: incorreta.
A operação descrita na alternativa caracteriza industrialização, na modalidade
montagem (RIPI, art. 4º, inciso III).
Comentários:
Essa questão aborda casos de produtos não tributados, e algumas das
hipóteses de exclusão do conceito de industrialização previstas no art. 5º do
RIPI. Nesse último caso, por motivos diversos, algumas operações foram
expressamente excluídas do conceito de industrialização. Se não fosse pela
norma excludente, os produtos delas resultantes seriam considerados
industrializados e estariam sujeitos à incidência do IPI.
Alternativa A: incorreta.
Não é industrializado o produto in natura, considerado aquele que não se
submeteu a quaisquer das operações definidas pela legislação como sendo
industrialização.
Alternativa B: incorreta.
Produto alimentar preparado em estabelecimento comercial, exposto à venda,
não acondicionado em embalagem de apresentação, constitui hipótese de
exclusão do conceito de industrialização (RIPI, art. 5º, inciso I).
Alternativa D: incorreta.
A montagem de óculos, mediante receita médica, constitui hipótese de
exclusão do conceito de industrialização (RIPI, art. 5º, inciso IX).
Alternativa E: incorreta.
Água mineral natural, sem qualquer indicação de que tenha se submetido a
operação de acondicionamento, não é produto industrializado.
(Questão inédita)
13. De acordo com a legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados, qualquer operação que modifique a natureza, o
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do
produto, ou o aperfeiçoe para consumo, caracteriza industrialização.
No entanto, a mesma legislação exclui algumas operações do conceito
de industrialização. Sobre o tema, analise as assertivas abaixo, e em
seguida assinale a alternativa correta.
I. Não se considera industrialização o preparo de produtos alimentares
na residência do preparador, quando se destinem a venda direta a
Comentários:
Assertiva I: falsa.
De acordo com o inciso I do art. 5º do RIPI, a operação descrita na assertiva
somente ficaria de fora do conceito de industrialização se os produtos não
fossem acondicionados em embalagem de apresentação.
Comentários:
Questão bem fácil! Nos termos do parágrafo único do art. 2º do RIPI, o campo
de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que
zero, excluídos aqueles a que corresponde a notação “NT” (não-tributado).
Portanto, a alternativa E é a resposta correta da questão.
Comentários:
Essa é uma questão antiga, mas interessante, que envolve a caracterização
dos produtos NT.
(Questão inédita)
16. Sobre a classificação de produtos, atividade essencial na correta
definição do aspecto quantitativo da incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados, assinale a alternativa correta.
a) As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Designação e de
Codificação de Mercadorias constituem o principal elemento da classificação de
produtos.
b) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange apenas o
artigo completo, montado ou acabado.
c) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a
essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras
matérias. Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria
determinada abrange as obras constituídas inteira ou parcialmente por essa
matéria.
d) Quando duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma
parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo
composto, é indiferente a classificação do produto em qualquer uma das
referidas posições.
e) As embalagens que contenham mercadorias devem ser classificadas com
estas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizado para o seu
acondicionamento, ainda que sejam claramente suscetíveis de utilização
repetida.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
De acordo com o art. 17 do RIPI, as Notas Explicativas do Sistema
Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias constituem
elementos subsidiários de caráter fundamental para a correta interpretação do
conteúdo das Posições e Subposições, bem como das Notas de Seção,
Capítulo, Posições e de Subposições da Nomenclatura do Sistema
Harmonizado.
Alternativa B: incorreta.
De acordo com a Regra 2a de Interpretação do Sistema Harmonizado,
qualquer referência a um artigo em determinada posição também abrange
esse artigo mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado
em que se encontra, as características essenciais do artigo completo ou
acabado.
Alternativa D: incorreta.
De acordo com as Regras 3a e 3b de Interpretação do SH, quando duas ou
mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias
constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, tais
posições devem ser consideradas, em relação a esses produtos ou artigos,
como igualmente específicas, hipótese em que a classificação é definida pela
matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial, quando for
possível realizar esta determinação.
Alternativa E: incorreta.
Embora a Regra 5b estabeleça que as embalagens que contenham mercadorias
classificam-se com estas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizado
para o seu acondicionamento, ela expressamente dispõe que não é obrigatória
quando as embalagens sejam claramente suscetíveis de utilização repetida.
1. D 2. A 3. E 4. D
5. C 6. B 7. E 8. A
SEÇÃO I
ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL
Capítulos:
1 A
nimais vivos
2 Carnes e miudezas, comestíveis
3 Peixes e crustáceos, moluscos e os outros invertebrados aquáticos
4 Leite e laticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal,
não especificados nem compreendidos em outros Capítulos
5 Outros produtos de origem animal, não especificados nem compreendidos em outros
Capítulos
SEÇÃO II PRODUTOS DO
REINO VEGETAL
Capítulos:
6 Plantas vivas e produtos de floricultura
7 Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis
8 Frutas; cascas de cítricos e de melões
9 Café, chá, mate e especiarias
10 Cereais
11 Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glúten de trigo
12 Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industri-
ais ou medicinais; palhas e forragens
13 Gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais
14 Matérias para entrançar e outros produtos de origem vegetal, não especificados nem
compreendidos em outros Capítulos
SEÇÃO III
GORDURAS E ÓLEOS ANIMAIS OU VEGETAIS; PRODUTOS DA SUA DISSOCIAÇÃO;
GORDURAS ALIMENTARES ELABORADAS; CERAS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL
Capítulo:
15 Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gordur-
as alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal
SEÇÃO IV
PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS ALIMENTARES; BEBIDAS, LÍQUIDOS ALCOÓLICOS E
VINAGRES; FUMO (TABACO) E SEUS SUCEDÂNEOS MANUFATURADOS
Capítulos:
16 Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de out-
ros invertebrados aquáticos
17 A
çúcares e produtos de confeitaria
18 Cacau e suas preparações
19 Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou de leite; produtos de
pastelaria
20 Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas
21 Preparações alimentícias diversas
Prof.
22 Murillo Lo Visco
Bebidas, www.pontodosconcursos.com.br
líquidos alcoólicos e vinagres 85
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – AFRFB 2013 – Teoria e Exercícios
Professor: MURILLO LO VISCO
AULA 01 – IPI – PARTE 1
SEÇÃO V PRODUTOS
MINERAIS
Capítulos:
25 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento
26 Minérios, escórias e cinzas
27 Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias
betuminosas; ceras minerais
SEÇÃO VI
PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS OU DAS INDÚSTRIAS
CONEXAS
Capítulos:
28 Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais
preciosos, de elementos radioativos, de metais das terras raras ou de isótopos
29 Produtos químicos orgânicos
30 Produtos farmacêuticos
31 A
dubos ou fertilizantes
32 Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias
corantes; tintas e vernizes; mástiques; tintas de escrever
33 Óleos essenciais e resinóides; produtos de perfumaria ou de toucador preparados e
preparações cosméticas
34 Sabões, agentes orgânicos de superfície, preparações para lavagem, preparações
lubrificantes, ceras artificiais, ceras preparadas, produtos de conservação e limpeza,
velas e artigos semelhantes, massas ou pastas para modelar, "ceras" para dentistas e
composições para dentistas à base de gesso
35 Matérias albuminóides; produtos à base de amidos ou de féculas modificados; colas;
enzimas
36 Pólvoras e explosivos; artigos de pirotecnia; fósforos; ligas pirofóricas; matéri-
as inflamáveis
37 Produtos para fotografia e cinematografia
38 Produtos diversos das indústrias químicas
SEÇÃO VII
PLÁSTICOS E SUAS OBRAS; BORRACHA E SUAS
OBRAS
Capítulos:
39 Plásticos e suas obras
40 Borracha e suas obras
SEÇÃO VIII
PELES, COUROS, PELETERIA (PELES COM PÊLO*) E OBRAS DESTAS MATÉRIAS; ARTIGOS
DE CORREEIRO OU DE SELEIRO; ARTIGOS DE VIAGEM, BOLSAS E ARTEFATOS
SEMELHANTES; OBRAS DE TRIPA
Capítulos:
Prof. Murillo Lo Visco www.pontodosconcursos.com.br 86
41 Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo*), e couros
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – AFRFB 2013 – Teoria e Exercícios
Professor: MURILLO LO VISCO
AULA 01 – IPI – PARTE 1
SEÇÃO IX
MADEIRA, CARVÃO VEGETAL E OBRAS DE MADEIRA; CORTIÇA E SUAS OBRAS; OBRAS DE
ESPARTARIA OU DE CESTARIA
Capítulos:
44 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira
45 Cortiça e suas obras
46 Obras de espartaria ou de cestaria
SEÇÃO X
PASTAS DE MADEIRA OU DE OUTRAS MATÉRIAS FIBROSAS CELULÓSICAS; PAPEL OU
CARTÃO DE RECICLAR (DESPERDÍCIOS E APARAS); PAPEL OU CARTÃO E SUAS OBRAS
Capítulos:
47 Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel ou cartão de
reciclar (desperdícios e aparas)
48 Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão
49 Livros, jornais, gravuras e outros produtos das indústrias gráficas; textos manuscritos
ou datilografados, planos e plantas
SEÇÃO XI
MATÉRIAS TÊXTEIS E SUAS
OBRAS
Capítulos:
50 Seda
51 Lã, pêlos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina
52 A
lgodão
53 Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e tecidos de fios de papel
54 Filamentos sintéticos ou artificiais
55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas
56 Pastas ("ouates"), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas e cabos;
artigos de cordoaria
57 Tapetes e outros revestimentos para pavimentos, de matérias têxteis
58 Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias; passamanarias; bordados
59 Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados; artigos para usos
técnicos de matérias têxteis
60 Tecidos de malha
61 Vestuário e seus acessórios, de malha
62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha
63 Outros artefatos têxteis confeccionados; sortidos; artefatos de matérias têxteis,
calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, usados; trapos
SEÇÃO XII
CALÇADOS, CHAPÉUS E ARTEFATOS DE USO SEMELHANTE, GUARDA-CHUVAS, GUARDA-SÓIS,
BENGALAS, CHICOTES, E SUAS PARTES; PENAS PREPARADAS E SUAS OBRAS; FLORES
ARTIFICIAIS; OBRAS DE CABELO
Capítulos:
Prof. Murillo Lo Visco www.pontodosconcursos.com.br 87
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – AFRFB 2013 – Teoria e Exercícios
Professor: MURILLO LO VISCO
AULA 01 – IPI – PARTE 1
SEÇÃO XIII
OBRAS DE PEDRA, GESSO, CIMENTO, AMIANTO, MICA OU DE MATÉRIAS SEMELHANTES;
PRODUTOS CERÂMICOS; VIDRO E SUAS OBRAS
Capítulos:
68 Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes
69 Produtos cerâmicos
70 Vidro e suas obras
SEÇÃO XIV
PÉROLAS NATURAIS OU CULTIVADAS, PEDRAS PRECIOSAS OU SEMIPRECIOSAS E
SEMELHANTES, METAIS PRECIOSOS, METAIS FOLHEADOS OU CHAPEADOS DE METAIS
PRECIOSOS, E SUAS OBRAS; BIJUTERIAS; MOEDAS
Capítulo:
71 Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes,
metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras;
bijuterias; moedas
SEÇÃO XV
METAIS COMUNS E SUAS
OBRAS
Capítulos:
72 Ferro fundido, ferro e aço
73 Obras de ferro fundido, ferro ou aço
74 Cobre e suas obras
75 Níquel e suas obras
76 A
lumínio e suas obras
77 (Reservado para uma eventual utilização futura no Sistema Harmonizado)
78 Chumbo e suas obras
79 Zinco e suas obras
80 Estanho e suas obras
81 Outros metais comuns; ceramais ("cermets"); obras dessas matérias
82 Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, e suas partes, de metais comuns
83 Obras diversas de metais comuns
SEÇÃO XVI
MÁQUINAS E APARELHOS, MATERIAL ELÉTRICO, E SUAS PARTES; APARELHOS DE GRAVAÇÃO
OU DE REPRODUÇÃO DE SOM, APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE IMAGENS
E DE SOM EM TELEVISÃO, E SUAS PARTES E ACESSÓRIOS
Capítulos:
84 Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas
partes
TRANSPORTE
Capítulos:
86 Veículos e material para vias férreas ou semelhantes, e suas partes; aparel-
hos mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de sinalização para vias de comunicação
87 Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e
acessórios
88 A
eronaves e aparelhos espaciaiss, e sua partes
89 Embarcações e estruturas flutuantes
SEÇÃO XVIII
INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA OU CINEMATOGRAFIA, MEDIDA,
CONTROLE OU DE PRECISÃO; INSTRUMENTOS E APARELHOS MÉDICO-CIRÚRGICOS;
APARELHOS DE RELOJOARIA; INSTRUMENTOS MUSICAIS; SUAS PARTES E ACESSÓRIOS
Capítulos:
90 Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia, medida, controle ou
de precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; suas partes e acessórios
91 A
parelhos de relojoaria e suas partes
92 Instrumentos musicais; suas partes e acessórios
SEÇÃO XIX
ARMAS E MUNIÇÕES; SUAS PARTES E ACESSÓRIOS
Capítulo:
93 A rmas e munições; suas parte
es acessórios
Capítulos:
94 Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e semelhantes; aparelhos de
iluminação não especificados nem compreendidos em outros Capítulos; anúncios,
cartazes ou tabuletas e placas indicadoras luminosos, e artigos semelhantes;
construções pré-fabricadas
95 Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para esporte; suas partes e acessórios
96 Obras diversas
SEÇÃO XXI
OBJETOS DE ARTE, DE COLEÇÃO E ANTIGÜIDADES
Capítulo:
97 objetos de arte, de coleção e antigüidades
98 (Reservado para usos especiais pelas partes
contratantes) 99 (Reservado para usos especiais pelas
partes contratantes)
Prof. Murillo Lo Visco www.pontodosconcursos.com.br 89