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Rm 10:5-13
Introdução:
A história de Israel não é apenas uma história de uma nação, não é apenas informação
como um povo rejeitou ao seu Messias e se encontra endurecido e necessita se
arrepender, ela é um modelo, um exemplo registrado para revelar como a consciência e
o coração do homem opera, age e responde a Palavra de Deus.
Paulo apontou duas causas da incredulidade de Israel: [1] O zelo sem entendimento
[v.2] e [2] Não sujeitaram a justiça que vem de Deus, antes criaram sua própria
“religião” [v.3]
Israel, rejeitou a justiça que vem de Deus ao estabelecer o seu próprio modo de alcançar
por meio da lei a justiça. Eles não perceberam que o fim da lei é Cristo. Israel não viu
que sua lei, sua história, era para levá-lo a Cristo para que fosse justificado pela fé, e
não pelas obras.
Uma ponto importante na Reforma foi a compreensão sobre salvação foi a distinção
entre "lei" e "evangelho". "Lei" é o que Deus nos ordena fazer; "evangelho" é o que
Deus nos dá gratuitamente. Os Reformadores insistiram que a depravação humana
tornou impossível para uma pessoa ser salva fazendo o que Deus ordena; somente
aceitando humildemente, pela fé, a "boa notícia" da obra de Deus em nosso favor é que
o homem poderia se salvar.
Paulo irá mostrar e contrastar as duas formas de justiça, a que decorre da lei e a que
decorre da fé. O fracasso de Israel e de muitos é querer trilhar o caminho da justiça que
vem da lei, rejeitando a justiça que vem pela fé.
Paulo cita Lv 18:5 onde Moisés estabelece o princípio da perfeita obediência à lei para
obtenção da vida eterna.
Se uma pessoa cumprisse perfeitamente a lei e obedecesse em tudo ela obteria a
salvação. Veja Gl 3:12, v.11 5:3. Em outras palavras, se você quiser a "justiça da lei",
deve cumprir toda a lei perfeitamente.
Justiça da Fé [v.6-8]
Paulo cita Dt 30:11-14. Aqui ele aponta a alternativa: a justiça que procede da fé. Paulo
disse que o fim [propósito] da lei é Cristo. Aqui ele ilustra esta verdade. O ponto é a
facilidade do acesso à justiça que vem pela fé! Esse texto aponta para Cristo como nossa
justiça.
Agora, como ele vê Cristo nesta passagem? Como Deuteronômio 30:11-14 aponta
para Cristo?
[1] Em Deuteronômio 30:1-2, Moisés faz alusão ao fato de que Israel se desviará de
Deus e receberá "maldições" e castigos.
[2] Quando Paulo usa as palavras no versículo 6, "Não diga no seu coração", ele está
citando Dt 9:4: "Não diga no seu coração: " É por causa da minha justiça que o Senhor
me deu esta terra". Em outras palavras, ele sabe que o dom da terra prometida não era
devido aos méritos de Israel. Era devido à graça totalmente imerecida de Deus. Paulo vê
aqui uma imagem do caminho da justificação - como entramos na terra prometida do
favor de Deus.
[3] Então, em 30:6, ele fala de uma promessa: "O Senhor, seu Deus, circuncidará seus
corações ... para que o amem de todo o seu coração e alma e viva". Creio que Paulo lê
isso com Cristo em mente. Cristo tornaria isto possível pela nova aliança. Algum dia
não haveria apenas uma justificação perfeita.
[4] Paulo sabia do Antigo Testamento e da experiência que todas as pessoas pecam, e
nenhum é justo. Portanto, ele sabia que havia algo estranho com essa declaração
aparentemente simples Dt 30:11: "Este mandamento não é muito difícil para você". O
mandamento provou ser muito difícil para todos, na verdade impossível. Então porque
não é o mandamento impossível? Por causa de Cristo do que ele é e fez!
[5] Então Paulo vê Cristo aqui em Dt 30:11-14. Cada vez que Moisés se refere ao
mandamento ser fácil e está próximo, Paulo substitui por Cristo. Veja o versículo 6. Ele
coloca Cristo onde está o mandamento. E de novo no v.7 ele coloca Cristo onde está o
mandamento. No v.6 ele fala da encarnação e no v.7 a ressurreição.
Paulo coloca a vida terrena de Cristo e a vida ressuscitada de Cristo no lugar da nossa
obediência aos mandamentos. Essa é a chave para a justificação. Por isso que o fim
[objetivo] da lei é Cristo.
“Agora o que estou dizendo não é impossível fazer! Você não precisa ir ao céu ou
descer mar para fazê-lo!” A fé sabe que não precisamos fazer nada para ser justos.
Você não precisa escalar o céu (Cristo já desceu dele), ou lidar com seus próprios
pecados na morte (Cristo já fez isso). Paulo está mostrando que Moisés sabia que era
necessário algo mais do que a lei; e que Deus havia feito tudo o que era necessário.
Moisés sabia que a fé é simplesmente sobre o que você diz com a boca porque crê no
seu coração.
Em outras palavras, Paulo vê neste texto do Antigo Testamento um sinal para o dia em
que Cristo seria a nossa justiça. Primeiro, Moisés ensina que devemos ter uma justiça
perfeita, mas ninguém consegue. Então Paulo infere, Cristo virá, viverá, morrerá,
ressuscitará e assim fará a obediência perfeita para nós e imputará esta justiça a nós pela
fé.
Qual é o processo pelo qual nos apropriamos pela fé da justiça de Deus? [8-13]
A verdade central sobre a justificação não é tão elevada, profunda, abstrata que está
além do nosso entendimento [v.8]. O evangelho está “perto de ti”. No hebraico significa
está ao seu alcance! “A vida eterna está a seu alcance”! A mensagem do evangelho é
simples! Não é algo complexo! Uma criança pode entender!
Há três coisas nestes versos que mostram como ocorre, como se processa o possuir a
justiça de Deus pela fé. Como ser salvo e ter vida eterna.
Ele disse no versículo 8 que esta palavra de Cristo está em sua boca e em seu coração. O
que isso significa? Você pode ver o pensamento de Paulo no versículo 10: o que o
coração faz com Cristo? Ele crê. O que a boca faz com Cristo? Confessa. Os corações
creem, e as bocas confessam o que o coração crê. É um texto muito amado [v.9]. Qual é
o caminho para a salvação para todos? Crer no coração o que é verdadeiro sobre Cristo
e confessar com a boca o que o coração crê.
Confissão sem fé
Paulo também não está dizendo: Apenas confesse que Jesus é o Senhor, mas você não
precisa crer no coração. Muitas vezes no afã e na boa vontade de vermos pessoas sendo
convertidas achamos que basta alguém “tomas uma decisão” e pronto – algo público.
Pedimos as pessoas que repitam orações, que levantem o braço, que venha a frente.
Tudo isto é projetado para que a pessoa confesse publicamente a fé. Apenas uma
profissão pública de fé não salva! É a fé que salva, não a profissão pública da fé. A
condição indispensável é a fé! Não existe salvação fingida, da boca para fora. A
salvação é algo consciente que abraça uma confissão.
Fé e Confissão
- Paulo não está dizendo: “Apenas creia que Deus criou Jesus dentre os mortos, mas
você não precisa confessar que ele é o Senhor com a boca”. O conteúdo e confissão
estão fundidos. “Confessar com a boca” é expressão natural e decorrente de crê no
coração. Ambos significam ter fé em Cristo. Quem crê expressa essa crença. Muitos
acham que para ser salvo eu devo primeiro crer e depois para garantir falar algumas
palavras mágicas, como se fossem duas coisas separadas. Aquele que crê confessará,
manifestará sua fé publicamente!
Natureza da Fé Salvadora
a. O conteúdo da fé
Paul falou do zelo sem entendimento, da sinceridade sem compreensão. Sinceridade não
salva! É comum ouvir: Não importa o que você crê, importa que seja sincero”. Importa
e é decisivo sim o que você crê! Fé no que é falso, errado, engano e mentira não salva!
O ponto é: a boca confessa o que o coração crê e o coração crê quando crê que Deus
ressuscitou Jesus dentre os mortos, que Jesus é o Senhor! Este é o mais antigo e
resumido dos credos cristão. Jesus é o Senhor! O conteúdo inclui também a confissão na
ressurreição de Cristo.
b. A convicção da fé
Não basta entender o conteúdo correto, saber, ter informação correta. Os demônios
sabem, conhecem. Há um elemento de convicção, se assentimento, de confiança pessoal
pela verdade.
c. A certeza da fé
Como a salvação, portanto, não está vinculada à lei, mas à fé, "qualquer um" pode crer e
ser salvo (v. 11-13, citando Isaías 28:16 e Joel 2:32). Assim, o caminho é aberto para
todos os gentios, todos os povos e se o caminho foi aberto para os gentios, certamente
não está fechado para os judeus. Eles, especialmente, devem reconhecer em suas
próprias Escrituras a importância de crer em Cristo.
Todos os tipos de pessoas, culturas, etnias estão sendo incluídos no convite porque o
convite é generoso para com todos. Esta nota é atingida nos versículos 11, 12 e 13. Isto
aponta para o coração expansivo, inclusivo, grandioso, livre, generoso de Deus. Não há
favoritos, não há acepção. Não há distinção, ela foi abolida. Cristo é o Senhor de todos!
3. Salvação, Vida Eterna e Riquezas
As riquezas de Deus não são principalmente tesouros terrestres - embora ele seja muito
generoso com aqueles. Ele atende às nossas necessidades. As riquezas de Deus são
principalmente o que mais precisamos e o que nos satisfaz de forma mais profunda e
permanente - e isso não são coisas, carros, casas, terras, negócios, investimentos. Essas
coisas não satisfazem o coração e elas não duram. Quais são as suas riquezas? A riqueza
suprema de Deus é o próprio Deus – é conhece-lo, amá-lo, tê-lo, adorá-lo, deleita-se
nele, alegrar-se nele para sempre e sempre! Deus em Cristo nos perdoa, nos livra da
condenação eterna para termos a maior da riquezas no mundo – Ele mesmo!
Conclusão:
É necessário crê. Crê é uma decisão pessoal que nasce no coração, o coração é
despertado diante do Evangelho a confiar na pessoa de Cristo, esta ação de confiança,
pessoal, individual é decisiva. O crê se manifestará em confissão, que é não é apenas
uma mera fala verbal, mas uma postura, uma atitude pública, diante da vida e do
mundo, diante da sociedade e dos homens.
Veja a universalidade da justiça da fé
Algo maravilhoso visto aqui é a universalidade desta justiça. É para todos que invocam!
Todos os tipos de pessoas, todas as classes, etnias. O Evangelho é uma mensagem
universal, é uma mensagem destinada ao mundo.