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Resumo de Fisiologia – P3

FISIOLOGIA RENAL

Rins: Desempenham várias funções.


1. Como órgãos excretores: Promovem o lançamento na urina, de substâncias em excesso ou nocivas ao organismo.

2. Como órgãos reguladores: Combina a excreção de água e eletrólitos segundo seu ganho e perda, com a finalidade de
manter a homeostase.

3. Regulação do equilíbrio ácido-básico: Muitas das funções do corpo são extremamente sensíveis a variações de pH,
sendo assim, o pH do corpo deve ser mantido dentro de limites muito estreitos. O pH é mantido por tampões nos
líquidos e pela ação coordenada dos pulmões, fígado e rins.

4. Regulação da pressão arterial: quando o corpo contém muito líquido extracelular, o volume e a pressão arterial se
elevam. Essa elevação exerce efeito direto sobre os rins, provocando a excreção do excesso de líquido extracelular,
normalizando assim a pressão. Outro importante mecanismo de regulação da pressão arterial é o sistema renina-
angiotensina. A renina é uma enzima liberada pelos rins quando a pressão arterial cai para níveis muito baixos. Sua
resposta consiste em elevar a pressão arterial de diversas maneiras, contribuindo para a correção da queda inicial na
pressão.

Mecanismo do sistema renina angiotensina:


a) A renina é produzida e armazenada em forma inativa, chamada pró-renina, nas células justaglomerulares dos rins.
b) A queda da pressão arterial, faz com que a pro-renina seja convertida em renina nas células justaglomerulares nos rins.
c) A renina, por ser uma enzima, irá catalisar no plasma a conversão do seu substrato angiotensinogênio em angiotensina
I.
d) Nos pulmões e rins a angiotensina I é convertida em angiotensina II, catalisada pela enzima conversora de
angiotensina (ECA).
* A angiotensina II liberada atua:
- Provocando vasoconstrição das arteríolas causando um aumento na RPT (é a razão entre a diferença de pressão arterial e o fluxo
médio de sangue no corpo) e aumento da Pa.
- Sobre as células do córtex da suprarrenal, estimulando a síntese e a secreção de aldosterona. A aldosterona atua sobre as células
principais do túbulo renal distal e ducto coletor aumentando a reabsorção de Na+ e consequentemente aumentando o volume do
LEC e o volume sanguíneo. Aumento do volume sanguíneo produz aumento do retorno venoso e, pelo mecanismo de Frank-
Starling aumento do débito cardíaco. O aumento do débito cardíaco produz aumento da Pa.
-Aumentando a sede e a ingestão de água. Ela também estimula a secreção do hormônio antidiurético, que aumenta a reabsorção de
água nos ductos coletores.
-Também atua diretamente sobre o rim, aumentando a reabsorção de sódio e bicarbonato no túbulo proximal renal.

5. Como órgãos endócrinos: Sintetizam e secretam hormônios como:


 Eritropoetina: Hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea. A baixa
produção desse hormônio é a causa da anemia, verificada em casos de insuficiência renal crônica.
 Renina: Que ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona, que ajuda a regular a pressão arterial e o
balanço de potássio e de sódio.
 Glicogênese: Durante jejum prolongado, os rins sintetizam glicose a partir de aminoácidos e outros
precursores, um processo conhecido como glicogênese. A capacidade dos rins em adicionar glicose ao
sangue durante os períodos prolongados de jejum equivale àquela do fígado.

* Devido ao papel homeostático dos rins, os tecidos e as células do corpo, podem realizar suas funções normais, em meio relativamente
constante.

Características anatômicas gerais do rim


Rins são órgãos com formato de um grão de feijão, encontrados na cavidade retroperitoneal do corpo.
Possuem três regiões distintas
1. Córtex: Região mais externa, localizada logo abaixo da capsula renal.
2. Medula: Região central, dividida em interna e externa.
3. Papila: Parte mais interna da medula renal.

As unidades funcionais dos rins são os Nefros:

Suprimento sanguíneo renal: O fluxo sanguíneo para os dois rins corresponde normalmente a 25% do débito cardíaco.
A artéria renal se divide dando origem a artéria aferente que termina nos capilares glomerulares, onde grande quantidade de
líquidos e solutos (exceto proteínas plasmáticas) são filtrados para iniciar a formação da urina. Os capilares glomerulares se
aderem dando origem as arteríolas eferentes, que formam os capilares peritubulares.
Os capilares glomerulares (“entrada”) e os peritubulares ´(“saída”) são separados pelas arteríolas eferentes que
regulam sua pressão hidrostática, assim, alta pressão hidrostática nos capilares glomerulares resulta numa filtração rápida de
líquidos e eletrólitos e uma baixa pressão hidrostática nos capilares peritubulares permite rápida reabsorção deste modo os rins
podem regular a taxa de reabsorção tubular, filtração glomerular ou ambas em resposta as demandas homeostáticas do corpo.

Regulação do Fluxo Sanguíneo Renal: O principal mecanismo, para alterações do fluxo sanguíneo, é por meio de
variações da resistência arteriolar. No rim, isso pode ser produzido tanto por variações da resistência arteriolar aferente quanto
por variações da resistência arteriolar eferente que são inervadas por fibras nervosas simpáticas. Os efeitos do SN simpático
sobre a resistência vascular renal podem ser avaliados considerando as resposta da hemorragia em que a perda de sangue e a
queda da pressão arterial causam, por meio do mecanismo barorreceptor, aumento da atividade simpática sobre o coração e
vasos sanguíneos, provocando vasoconstrição das arteríolas aferentes, levando a diminuição do FSR e da TFG.
Quem atua de modo a diminuir o diâmetro das arteríolas é a Angiotensina II. Baixo níveis de angiotensina II
produzem aumento da taxa de filtração glomerular, pela constrição das arteríolas eferentes; enquanto que, altos níveis de
angiotensina II, produzem diminuição da TFG por meio da constrição das artérias aferentes e eferentes.

Nefro:
Cada rim possui cerca de 1 milhão de nefros. O rim não regenera novos nefros. Assim ocorre um declínio no número
de nefros com o envelhecimento, lesão renal ou doença. Essa perda não é prejudicial, pois os nefros remanescentes se adaptam
de modo a suprir a função renal.
São formados por GLOMÉRULO e TÚBULO RENAL.
 Glomérulo: Rede de capilares que são envolvidos pela Cápsula de Bowman onde grande quantidade de líquidos é
filtrada do sangue.
 Túbulo renal: Local onde o líquido filtrado é convertido em urina.

-Cada segmento do nefro é funcionalmente distinto.


- Os nefros são divididos em dois grupos, segundo o aprofundamento de seus glomérulos dentro do parênquima renal em:
NEFROS CORTICAIS: Têm glomérulos localizados na parte mais externa do córtex da medula renal. Possuem alças de Henle
curtas.
NEFROS JUSTAMEDULARES: Têm glomérulos próximos da borda corticomedular sendo, portanto, mais profundos no
interior da medula. Possuem intensidade de filtração maior devido ao fato de seus glomérulos serem maiores. Por terem longas
de Henle que descem profundamente na medula interna e papilas, são essenciais na concentração da urina.

Processo de formação da urina

Filtração Glomerular

- Primeiro passo para a formação da urina é a produção de um ultrafiltrado de plasma no glomérulo.


- O ultrafiltrado possui composição semelhante a do plasma sanguíneo, no entanto, não possui elementos celulares e
está essencialmente livre de proteínas.
-As características físicas do capilar glomerular determinam tanto a velocidade de filtração quanto as características do
filtrado glomerular.
-Além das barreiras à filtração, imposta pelos vários poros e fendas, outra característica da barreira glomerular é a
presença de glicoproteínas com cargas negativas. Consequência da existência dessas cargas negativas fixas é que elas
representam componente eletrostático adicional à filtração, assim, solutos com cargas positivas, são atraídos pelas cargas
negativas da barreira e mais rapidamente filtrados, já solutos com cargas negativas são repelidos pelas cargas negativas da
barreira e filtrados mais lentamente.

Forças para a filtração/ reabsorção

A TFG é determinada pela soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas através da membrana glomerular, que
fornecem a pressão liquida de filtração e pelo coeficiente de filtração capilar glomerular.
A pressão líquida de filtração representa a soma das forças hidrostática e coloidosmóticas que tanto favorecem como se
opõem a filtração através dos capilares glomerulares essas forças incluem a pressão hidrostática no interior dos capilares
glomerulares (Pg), que promove filtração, pressão hidrostática na cápsula de Bowman (Pb) fora dos capilares, que se opõe a
filtração; a pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas na capsula de Bowman ( que se opõe a filtração e a pressão
coloidosmótica das proteínas na cápsula de Bowman ( que prove a filtração.
Obs. Em condições normais, a quantidade de proteínas no filtrado glomerular é tão pequena que a pressão coloidosmótica é considerada nula.

Reabsorção:
-Passagem de água e soluto do líquido tubular para o sangue (capilares peritubulares).
-Os solutos podem ser passados através das membranas celulares, por mecanismos passivos, ativos ou endocitose.
Reabsorção de sódio e água:
-A reabsorção de água e NaCl e água representa a principal função dos nefros.

1. Túbulo proximal
O túbulo proximal reabsorve aproximadamente 67% da água filtrada, dos Na+, Cl+ e K+ e de outros solutos e virtualmente
absorve toda a glicose e aminoácidos filtrados pelos glomérulos. O elemento chave na reabsorção do túbulo proximal é a bomba
Na+, K+ - ATPase. A reabsorção de qualquer substância, inclusive água, está ligada, de alguma forma à operação dessa bomba.

Reabsorção de Na+: O sódio é a reabsorvido por diferentes mecanismos nos segmentos iniciais e finais do túbulo proximal.
No segmento inicial, o sódio é reabsorvido, principalmente com bicarbonato e certo número de moléculas orgânicas. (100%
da glicose filtrada é reabsorvida, 100% dos aminoácidos filtrado são absorvidos, 70% de agua e NaCl são reabsorvidos). Na
segunda metade do túbulo proximal o sódio é reabsorvido principalmente com o cloreto.

Reabsorção de H2O: O túbulo proximal reabsorve 67% da água filtrada. A força propulsora para a reabsorção de água é o
gradiente osmótico transtubular, estabelecido pela reabsorção do soluto. A reabsorção de Na+, junto com os solutos orgânicos
bicarbonato e cloreto do liquido tubular para os espaços intercelulares, reduz a osmolaridade desse líquido e eleva a
osmolaridade desse espaço. Como o túbulo proximal é altamente permeável à água, esta irá fluir por osmose. O acúmulo de
líquidos e solutos no espaço intercelular aumenta a pressão hidrostática nesse compartimento. Essa pressão força o movimento
desse líquido e dos solutos para o interior dos capilares. Assim, a reabsorção de água segue a reabsorção de solutos, no túbulo
proximal.

2. Alça de Henle
-Reabsorve aproximadamente 25% do NaCl e do K+ filtrado. Essa reabsorção ocorre, quase que exclusivamente, no ramo
grosso ascendente.
-A reabsorção de água ocorre no ramo fino descendente. O RAMO ASCENDENTE É IMPERMEÁVEL A ÁGUA.
-O elemento chave para a reabsorção de soluto no ramo ascendente é a bomba de sódio/potássio ATPase que mantém a
concentração intracelular de sódio baixa. Essa concentração de sódio reduzida cria um gradiente químico favorável para o
movimento de sódio do túbulo proximal para o interior da célula.
-O movimento de sódio, através da membrana apical, para dentro da célula, é mediado por transportadores de sódio,
potássio e cloreto. A inibição do transportador, no ramo grosso ascendente, pelos diuréticos de alça, inibe a reabsorção NaCl.

3. Túbulo distal e ducto coletor


O túbulo distal e ducto coletor reabsorvem aproximadamente 7% do NaCl filtrado, secretam quantidades variadas de
potássio e hidrogênio e reabsorvem quantidade variada de água. A reabsorção de água depende da concentração de ADH no
plasma.
O segmento inicial do túbulo distal reabsorve sódio, cloreto e cálcio e é impermeável a água.
Os últimos segmentos do túbulo distal e o ducto coletor são compostos por dois tipos de células, as células principais e as
células intercaladas. As células principais reabsorvem sódio e água e secretam potássio. As células intercaladas secretam H + ou
bicarbonato e são dessa forma, importantes na regulação do balanço ácido-básico.

Regulação da reabsorção tubular por controle hormonal

Muitos hormônios e fatores regulam a reabsorção de NaCl e água.


1. Angiotensina II: aumenta a reabsorção de água e sódio em situações de queda de pressão, por exemplo, ou LEC baixo
como em hemorragia ou perda de sal e água dos líquidos corpóreos, ativando o sistema renina-angiotensina-
aldosterona.
2. Aldosterona: ela estimula a reabsorção de cloreto de sódio pelo ramo grosso ascendente da alça de Henle. Os dois
estímulos mais importantes para a secreção de aldosterona são o aumento da concentração de angiotensina II e do
potássio no sangue.
Obs. Indivíduos com volume ampliado do LEC e pressão sanguínea elevada são tratados com drogas que inibem a enzima
conversora de angiotensina (ECA). Essas drogas reduzem o volume do LEC e da pressão sanguínea. A inibição da ECA bloqueia a
degradação da angiotensina I em angiotensina II no plasma, esse declínio promove três efeitos: 1. Menor reabsorção de água e NaCl
no túbulo proximal, 2. Queda na secreção de aldosterona, reduzindo a reabsorção de NaCl no túbulo distal e ducto coletor. 3.
Dilatação das arteríolas e diminuição da pressão.

Peptídeo natriurético atrial (ANP)


Reduz a pressão arterial pela redução da resistência periférica total, e pela intensificação da excreção urinaria de sal e
água.

CONTROLE DA OSMOLARIDADE E DO VOLUME DOS LÍQUIDOS CORPORAIS

Os rins mantém a osmolaridade e o volume dos líquidos corporais dentro de pequena faixa de variação, pela regulação
da excreção de água e de NaCl, respectivamente.
- O sódio é o principal cátion do LEC (que se divide em líquido intersticial e plasma), e o cloreto e o bicarbonato, os principais
ânions. A principal diferença entre a composição do liquido intersticial e o plasma é que o ultimo contém mais proteínas, mas
como ambos são separados apenas pela parede dos capilares, e estas são bastante permeáveis, podemos dizer que suas
composições são idênticas.

Mecanismos aferentes e eferentes de controle do volume e osmolaridade

AFERENTES

Osmorreceptores: Estão localizados no hipotálamo e detectam mudanças da osmolaridade dos líquidos corporais. Quando a
osmolaridade dos líquidos corporais aumenta, os osmorreceptores mandam sinais para as células sintetizadoras de ADH no
hipotálamo e a secreção de ADH é estimulada. Inversamente, quando a osmolaridade dos líquidos corporais está reduzida,
inibe-se a secreção do ADH.

Barorreceptores: Estão localizados no arco aórtico e seio carotídeo e detectam alterações na pressão arterial. Os sinais dos
barorreceptores inibem a secreção do ADH, no entanto quando a pressão arterial ou volume sanguíneo diminui, a secreção de
ADH é estimulada.

EFERENTES
Hormônios

Angiotensina II e aldosterona: O aumento de angiotensina II na corrente sanguínea estimula a secreção de aldosterona no


córtex da suprarrenal. Essa aldosterona irá atuar nas células principais do túbulo renal distal e ducto coletor aumentando a
reabsorção de Na+ e consequentemente aumentando o volume do LEC e o volume sanguíneo. O aumento do volume sanguíneo
provoca maior debito cardíaco e aumento da P. arterial.

H. antidiurético ou vasopressina: é o mais importante na regulação do balanço de água. Esse hormônio é secretado pela
hipófise posterior em resposta ao aumento da osmolaridade do plasma ou redução do volume circulante efetivo. O ADH
aumenta a permeabilidade do ducto coletor à água. Também, devido à existência de gradiente osmótico, através da parede do
ducto coletor, o ADH aumenta a reabsorção de água por esse ducto.
Na ausência de ADH, o ducto coletor é impermeável à água. Em presença do ADH, canais para água, ou aquaporinas,
são inseridos no trecho final do túbulo distal e ducto coletor, tornando-os permeáveis a água.

Peptídeo natriurético atrial ANP: é um hormônio secretado pelos átrios cardíacos. Sua secreção é estimulada pela elevação da
pressão sanguínea e aumento no volume circulante efetivo. O ANP reduz a pressão arterial pela redução da resistência
periférica total e por intensificação da excreção urinária de NaCl e água. O hormônio também inibe a reabsorção de NaCl, pela
porção medular do ducto coletor, e de água, uma vez que reduz a quantidade de ADH circulante na corrente sanguínea.

Sistema nervoso simpático


As catecolaminas liberadas pelos nervos simpáticos (noradrenalina) e medula adrenal (adrenalina) estimulam a
reabsorção de água e de NaCl pelo túbulo proximal, ramo grosso da alça de Henle e ducto coletor. A ativação dos nervos
simpáticos depois da hemorragia ou devido à diminuição no volume circulante efetivo, por exemplo, estimula a reabsorção de
água e NaCl pelo túbulo proximal, ramo grosso da alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor.

CONTROLE DA OSMOLARIDADE PLASMÁTICA


A osmolaridade dos líquidos corporais é mantida por um processo chamado de osmorregulação. Desvios da
osmolaridade dos líquidos corporais alteram a reabsorção de água pelos rins para voltar a osmolaridade aos seus valores
normais. Variações da reabsorção de água produzem variações da osmolaridade da urina.

Aumento da osmolaridade plasmática Excreção de urina concentrada (hiperosmótica)


Diminuição da osmolaridade Excreção de urina diluída (hiposmótica)

Produção de urina hiperosmótica

A produção de urina hiperosmótica ocorre quando os níveis circulantes de ADH estão elevados, quando ocorre
privação de água ou SIADH (síndrome da secreção inadequada de ADH).

Mecanismo
a) A osmolaridade do filtrado glomerular é idêntica a do sangue, 300 mOsm/L, porque a água e os pequenos solutos são
livremente filtrados, e permanece com 300 mOsm/L ao longo de todo o túbulo proximal, ainda que grande parte de água
seja reabsorvida pois esta é sempre reabsorvida na proporção do soluto.
b) No ramo ascendente da alça de Henle, o NaCl é reabsorvido por meio de seus transportadores, mas como as células do
ramo ascendente são impermeáveis a água, sua reabsorção não pode acompanhar a reabsorção do soluto. Como o soluto é
reabsorvido isoladamente, a água permanece no túbulo, e o líquido tubular é diluído. Portanto o ramo ascendente é
chamado diluidor.
c) No trecho inicial do túbulo distal o NaCl também é reabsorvido. Da mesma forma que o ramo ascendente, as células do
trecho inicial do túbulo distal são impermeáveis á água, e a reabsorção de água, não pode acompanhar a reabsorção do
soluto, o que torna a osmolaridade do líquido tubular ainda menor, assim o trecho inicial do túbulo distal também é
conhecido como sistema diluidor cortical, por estar localizado no córtex.
d) O trecho final do túbulo distal e ductos coletores é permeável a água na presença de ADH. Como o líquido que chega
nessa região é muito diluído, uma vez que as células são agora permeáveis à água, essa flui para fora do líquido tubular
por osmose e a reabsorção de água continuará até que o líquido tubular equilibre a sua osmolaridade com a do líquido
intersticial circundante.

Resposta à privação de água


A água é constantemente perdida pelo corpo. Se esta água perdida não for reposta por ingestão, a osmolaridade
plasmática aumenta estimulando osmorreceptores no hipotálamo anterior. Esta estimulação produz dois efeitos, o de sede e
estimula a secreção de ADH pela glândula hipófise posterior. O ADH secretado circula no sangue e alcança os rins, onde
produz o aumento da permeabilidade a água, nas células principais do trecho final do túbulo distal e ducto coletor permitindo
um aumento na reabsorção de água no trecho final do túbulo distal e ductos coletores aumentando a osmolaridade e
diminuindo o volume da urina excretada.
O aumento na reabsorção de água indica que mais água é levada de volta aos líquidos corporais. Acoplada ao aumento
da sede e ao comportamento de ingestão de água, a osmolaridade plasmática é reduzida de volta ao seu valor normal.

Produção de urina hiposmótica


A urina hiposmótica é produzida quando ocorrem baixos níveis circulantes de ADH (quando se ingere água ou no
diabetes insípido) ou quando o ADH é ineficaz.
a) A reabsorção do túbulo proximal não é afetada pelo ADH, assim, o líquido é de novo reabsorvido isosmoticamente e a
osmolaridade do líquido tubular é de 300 mOsm/L.
b) No ramo ascendente espesso da alça de Henle e o trecho inicial do túbulo distal o NaCl é reabsorvido por meio de seu
cotransportador. Contudo a água não é reabsorvida devido à impermeabilidade desse segmento, assim o liquido
tubular fica diluído.
c) O trecho final do túbulo distal e ductos coletores apresentam as maiores e mais importantes diferenças quando o ADH
está baixo ou ausente. Esses segmentos são agora impermeáveis à água. Como o líquido tubular flui por eles, o
equilíbrio osmótico não é possível. Dessa maneira, a osmolaridade do líquido tubular fica mais reduzida, pois, o NaCl
é reabsorvido sem água.

Resposta à ingestão de água


Quando a pessoa bebe água, a água ingerida é distribuída por todos os líquidos corporais. Como a quantidade de
soluto no corpo não é alterada, a água adicionada irá diluir os líquidos corporais, causando redução da osmolaridade
plasmática, o que reduz e inibe os osmorreceptores no hipotálamo anterior. Essa inibição tem dois efeitos, reduz a sede e
suprime o comportamento de ingestão de água e inibe a secreção de ADH. Quando a redução de ADH é inibida, menos ADH
chega aos rins reduzindo a permeabilidade do túbulo distal e ductos coletores isso provoca a diminuição de sua reabsorção pelo
trecho final do túbulo distal e ductos coletores. A água que não é reabsorvida é excretada reduzindo a osmolaridade da urina
aumentando o débito urinário. Como menos água é reabsorvida, menos água retorna a circulação. Acoplada à inibição da sede e
à supressão da ingestão de água, a osmolaridade plasmática aumenta de volta ao normal.

Diabetes Insípido Central


O diabetes insipido central pode advir do traumatismo craniano, no qual o trauma acaba com os estoques de ADH da
hipófise posterior. Como os níveis de ADH estão baixos ou iguais a zero, todo o túbulo distal e ductos coletores ficam
impermeáveis a água. Como consequência, grandes volumes de urina muito diluída são excretados. A osmolaridade plasmática
aumenta, para níveis anormalmente altos, uma vez que o volume excessivo de água foi excretado na urina. A alta osmolaridade
plasmática, normalmente, estimularia a secreção de ADH, mas como este não está presente deve-se administrar um análogo do
ADH, como a vasopressina 1-desamino-8-D-arginina (dDAVP).

Diabetes Insipido Nefrogênico


O diabetes insípido nefrogênico envolve defeito na resposta dos rins ao ADH, mesmo que a secreção deste hormônio
seja normal. Como resultado, o ADH é incapaz de aumentar a permeabilidade à água, no trecho final do túbulo distal e nos
ductos coletores, assim a água não pode ser reabsorvida por estes segmentos e grandes volumes de urina diluída são
excretados. A osmolaridade plasmática estimula a secreção de ADH, mas estes altos níveis ainda são ineficazes.
O diabetes insípido nefrogênico é tratado com diuréticos tiazídicos, que inibem o cotransporte que ocorre no túbulo
distal, impedindo a diluição da urina nesse segmento. À medida que mais NaCl é excretado, a urina fica menos diluída do que
ficaria sem esse tratamento. Outra ação desses diuréticos é a de diminuir a taxa de filtração glomerular e secundariamente a
reabsorção de sódio produzindo diminuição do LEC causando assim um aumento da reabsorção do túbulo proximal. A
combinação de menos água filtrada e mais água reabsorvida no túbulo proximal, significa que o volume total de água excretada
diminui.

CONTROLE DO VOLUME PLASMÁTICO

Diminuição do volume diminuição da excreção água e Na+


Aumento do volume aumento da excreção água e Na+

Durante a expansão do volume, os sensores de volume, emitem sinais para os rins, que resultam no aumento da
excreção de NaCl e água. Os sinais que agem sobre os rins incluem: atividade reduzida dos nervos simpáticos renais, liberação
de ANP, inibição da secreção de ADH pela hipófise posterior, secreção reduzida de renina, provocando diminuição da
produção de angiotensina II e consequentemente de aldosterona.
Ocorrem três respostas gerais ao aumento no LEC:
1. Aumento na FG, principalmente como resultado da redução da atividade dos nervos simpáticos. As fibras simpáticas
inervam as arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo e controlam o seu diâmetro, assim a redução da atividade dos
nervos simpáticos leva a sua dilatação aumentando a pressão hidrostática no capilar glomerular e consequentemente
sua taxa de filtração. O ANP, pela dilatação da arteríola aferente e constrição da eferente, auxilia nessa resposta. Com o
aumento da filtração glomerular, a carga filtrada de sódio aumenta.
2. A reabsorção de sódio diminui no túbulo proximal. Com a redução da atividade dos nervos simpáticos, a reabsorção
de sódio fica comprometida, pois estes nervos também inervam o túbulo proximal, onde ela ocorre. Outro fator
contribuinte é a redução de angiotensina II, já esta estimula diretamente a reabsorção de sódio, e não está presente.
3. A reabsorção de sódio diminui no ducto coletor. Tanto o aumento da carga filtrada, quanto a redução da reabsorção de
NaCl no túbulo proximal, resultam na distribuição de grandes quantidades de NaCl para a alça de Henle e túbulo
distal. A atividade baixa dos nervos simpáticos e da aldosterona podem reduzir a reabsorção de sódio na alça. Porém,
como a reabsorção do ramo grosso da alça depende da carga filtrada, os efeitos são compensados e a reabsorção de
sódio aumenta, assim, a quantidade de sódio que chega ao ducto coletor é MAIOR Essa carga elevada de sódio
ultrapassa a capacidade de reabsorção do duto coletor, e se reduz ainda mais pela ação do ANP e os baixos níveis de
aldosterona. Assim, os rins passam a excretar mais água. À medida que a excreção de sódio aumenta, a osmolalidade
do plasma começa a cair resultando na secreção do ADH, no entanto sua ação é inibida pela presença do ANP, juntos
estes efeitos que inibem a reabsorção de água pelo ducto coletor e aumentam a excreção pelos rins, assim a excreção de
sódio e água permanece harmônica; o volume e osmolaridade são reestabelecidos.

Durante a contração do volume, os sensores de volume, emitem sinais para os rins, que reduzem a excreção de água e
sódio. Os sinais que agem nos rins incluem: aumento da atividade dos nervos simpáticos renais; aumento da secreção de renina,
que eleva os níveis de angiotensina II, elevando a secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal, inibição da secreção de ANP e
estimulação da secreção de ADH.
As respostas gerais do nefro a redução do LEC são:
1. Diminuição da FG garças a constrição arteriolar devido ao aumento da atividade simpática. Esse aumento diminui a
pressão hidrostática nos capilares glomerulares, diminuindo a taxa de filtração. Essa queda na FG diminui a carga
filtrada de sódio.
2. A reabsorção de sódio pelo túbulo proximal aumenta. A elevação da atividade simpática e da angiotensina II estimula
a reabsorção de sódio pelo túbulo proximal. A pressão hidrostática reduzida nos capilares glomerulares leva a redução
da P. Hidrostática nos capilares peritubulares facilitando o movimento do líquido dentro do capilar e estimulando a
reabsorção de água e soluto no túbulo proximal.
3. A reabsorção de sódio no ducto coletor intensifica-se, pois a redução da carga filtrada e aumento da reabsorção no
túbulo proximal resultam na diminuição de sódio para a alça de Henle e túbulo distal. O aumento da atividade
simpática e da aldosterona estimula a reabsorção de sódio pelo ramo grosso ascendente e túbulo distal. Com a
atividade simpática e da aldosterona intensificada deveria haver maior reabsorção de sódio, porém o transporte de
sódio pela alça grossa de Henle e túbulo distal, é dependente da carga (líquido que chega), os efeitos estimuladores da
intensificação dessa atividade são compensados, logo, menos sódio é reabsorvido. A pequena quantidade de sódio que
chega ao ducto coletor é quase que totalmente reabsorvida, devido ao aumento dos níveis de aldosterona e ausência do
ANP. A reabsorção de água pelo ducto coletor intensifica-se pelo ADH, assim a excreção de água reduz-se e junto com
o nível de sódio retido pelos rins o volume e osmolaridade são reestabelecidos.

FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL

Função: Abastecer o corpo com um suprimento contínuo de água eletrólitos e nutrientes. Para isso são desempenhadas quatro
funções principais:
1. Motilidade: que propele a comida digerida desde a boca em direção ao reto, reduzindo o tamanho do alimento.
2. Secreção glandular: que adicionam enzimas e muco ao lúmen do trato gastrointestinal para auxiliar na digestão e absorção.
3. Digestão: degrada quimicamente o alimento em moléculas menores e absorvíveis.
4. Absorção de nutrientes, eletrólitos e água à partir do intestino para a corrente sanguínea.

Estrutura do Tubo Gastrointestinal


O trato gastrointestinal está disposto linearmente na seguinte sequencia: boca, esôfago, estômago, intestino delgado
(duodeno, jejuno-íleo) intestino grosso, reto e ânus. Outras estruturas do trato gastrointestinal são as glândulas anexas:
salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. Todas com funções secretoras.
As camadas da parede do trato gastrointestinal são do lúmen em direção ao sangue:
MUCOSA: que se subdivide em uma camada de células epiteliais especializadas em absorver e secretar substâncias; uma
lâmina própria ricamente vascularizada e uma camada muscular cuja contração altera a forma e a área da superfície da camada
de células epiteliais.
SUBMUCOSA: rica em colágeno, elastina, glândulas e vasos sanguíneos.
MUSCULAR EXTERNA: formada por duas camadas de músculos. Musculo circular e musculo longitudinal, que dão
motilidade ao tubo gastrointestinal. Nessa camada encontram-se o Plexo submucoso (de Meissener) e o mioentérico, que
formam o sistema nervoso gastrointestinal, assim se os nervos simpáticos e parassimpáticos que inervam o intestino forem
cortados, muitas das funções continuam a acontecer.
SEROSA: camada mais externa do tubo formada de tecido conjuntivo.

MECANISMOS REGULADORES: O funcionamento do tubo é regulado por hormônios agonistas parácrinos, que são
liberados por células vizinhas a célula-alvo e as alcançam por difusão; endócrinos, que as células que os produzem estão fora do
túbulo gastrointestinal e alcançam as células alvo por meio da corrente sanguínea e neurócrina que envolve a liberação de
mensageiros químicos através de terminações nervosas e podem atingir seus alvos.

Inervação Autonômica
1. Parassimpática
A inervação parassimpática é feita pelo nervo vago e pélvico. O nervo vago inerva o trato gastrointestinal superior,
incluindo o musculo estriado do terço superior do esôfago, a parede do estômago, o intestino delgado e o colo ascendente. O
nervo pélvico inerva o trato gastrointestinal inferior, incluindo o musculo estriado do canal anal externo e as paredes do colo
transverso, descendente e sigmoide.
AUMENTA A ATIVIDADE DE TODO O SISTEMA ENTÉRICO.

2. Simpática
Possui fibra que se originam da medula espinhal.
DIMINUI A ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO.
Os terminais dos nervos simpáticos secretam principalmente norepinefrina, mas também pequenas quantidades de
epinefrina.

3. Sistema nervoso entérico


Sistema nervoso próprio do trato gastrointestinal que se localiza integralmente na parede do intestino, começando no
esôfago e se estendendo até o ânus. Este sistema controla a secreção e a motilidade intestinal.
O sistema entérico é composto de dois plexos:
Plexo externo (plexo mioentérico ou plexo de Auerbach): entre as camadas musculares longitudinais e circulares;
controla os movimentos gastrointestinais (peristaltismo e esfíncter).
Plexo interno (plexo submucoso ou Meissner): controla a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local.

Padrão de movimento do sistema digestivo


A migração do alimento se dá da boca para o ânus, havendo alterações apenas em caso de patologias. (lei do intestino).

Controle hormonal da motilidade Gastrointestinal


Para que uma substância seja considerada como hormônio gastrointestinal, deve ser secretada em resposta a um
estímulo fisiológico e ser carregada na corrente sanguínea até local distante onde vai produzir ação fisiológica; sua atividade
deve ser independente de atividades neurais. Assim, são considerados hormônios gastrointestinais apenas:

1. Gastrina
- Secretada por células G do antro do estômago em resposta a estímulos associados a ingestão de uma refeição.
-Os estímulos fisiológicos que iniciam a secreção da gastrina estão relacionados a ingestão de comida. Estes estímulos
incluem produtos da digestão protética, distensão do estômago pelo alimento e estimulação vagal que desencadeará a liberação
nas células G, pelas terminações nervosas vagais, o peptídeo liberador de gastrina.
-A secreção de gastrina é inibida pelo baixo pH do conteúdo gástrico e pela somatostatina.
Ações:
- Estimula a secreção de ácido, pelas células parietais gástricas.
-Estimula o crescimento da mucosa gástrica.

2. Colicistocinina (CCK)
- É secretada pelas células “I” na mucosa do duodeno e do jejuno em resposta a presença de lipídeos e proteínas nas
refeições.
-São coordenadas para a digestão e absorção de gorduras, pois, assegura que as enzimas pancreáticas e sais biliares sejam
secretados, para auxiliar nessa digestão e absorção.
Ações:
a) Contração da vesícula biliar, expelindo bile para o intestino delgado, onde esta tem funções importantes na
emulsificação de lipídeos permitindo sua digestão e absorção.
b) Inibição do esvaziamento gástrico, assegurando um tempo adequado para a digestão das gorduras no trato intestinal
superior.
c) Secreção de enzimas pancreáticas, permitindo que as lipases pancreáticas venham a digerir os lipídeos ingeridos; a
amilase pancreática venha a digerir os carboidratos e as proteases venham a digerir as proteínas.
d) Secreção de bicarbonato pelo pâncreas que potencializa os efeitos da secretina sobre a secreção de bicarbonato.

3. Secretina
-É secretada pelas células S na mucosa do duodeno em resposta ao conteúdo gástrico ácido que chega ao intestino
Ações:
-Promove a secreção pancreática de bicarbonato que, contribui para a neutralização do ácido do intestino delgado, fato
essencial para a digestão de gorduras.
-Inibe a secreção de gastrina pelas células parietais.

4. Peptídeo inibidor gástrico (GIP)


- É secretado pela mucosa do intestino delgado em resposta a ácidos graxos, aminoácidos e glicose.
Ações:
- Estimula a secreção de insulina.
- Possui efeito brando na diminuição da atividade motora do estomago retardando o esvaziamento gástrico.

5. Peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP)


-É secretado pelas células K das mucosas duodenal e jejunal.
-É o único hormônio gastrointestinal secretado em resposta a todos os três tipos de nutrientes: glicose, aminoácidos e ácidos
graxos.
Ações:
-Sua principal ação é a estimulação da secreção de Insulina pelas células beta do pâncreas.
-Inibição da secreção gástrica de ácido.

Os hormônios abaixo são do tipo parácrinos, ou seja, não entram na circulação sistêmica, mas atuam localmente, atingindo suas células-
alvo por difusão por curtas distâncias.

6. Somatostatina
-É secretada pelas células D da mucosa gastrointestinal em resposta a diminuição do pH luminal.
Ações:
-Inibe a secreção dos outros hormônios gastrointestinais e a secreção gástrica de ácido,

7. Histamina
-É secretada por células semelhantes as endócrinas da mucosa gastrointestinal.
Ações:
-Juntamente com a gastrina e a acetilcolina, estimula a secreção de ácido pelas células parietais gástricas.

BOCA

Mastigação
Possui três funções
- Misturar o alimento com a saliva lubrificando-a e facilitando a deglutição.
- Reduzir o tamanho das partículas do alimento, facilitando a deglutição.
- Misturar os carboidratos com a amilase salivar, para iniciar neles a digestão.
- Aumentar a área de contato do alimento com as secreções digestivas do sistema.
Deglutição
A deglutição inicia-se voluntariamente na boca. Daí em diante ela estará sobre comando involuntário ou reflexo
realizado pelo centro de deglutição localizado no bulbo.
-Existem três fases na deglutição:
1. Fase oral: Se inicia quando a língua força o bolo alimentar para trás em direção a faringe que possui receptores
somatossensoriais que darão origem ao processo involuntário de deglutição no bulbo.
2. Fase faríngea: Tem como proposito propelir o bolo alimentar em direção ao esôfago.
3. Fase esofágica: é controlada em parte pelo reflexo de deglutição e em parte pelo sistema nervoso entérico

Secreção salivar:
-Principais glândula salivares são as paratireoides, submandibulares e sublinguais.
-São constituídas de células acinares que produzem a saliva inicial composta por água, íons, enzimas e muco; células ductais
que modificam a saliva inicial alternado as concentrações de vários eletrólitos; células mioepiteliais que quando ativadas por
estímulos neurais lançam a saliva na boca.
-São controladas por mecanismos simpáticos e parassimpáticos.
-A salivação pode ser estimulada ou inibida por sinais nervosos que chegam aos núcleos salivatórios do bulbo, assim, afores
que desencadeiam a salivação ou a inibem, mandam sinais ao núcleo salivatório que por estímulos dos sistemas nervosos
simpáticos ou parassimpáticos, desencadeiam a liberação de saliva.
A composição da saliva muda quando ocorrem alterações na intensidade do fluxo salivar.
Maior intensidade do fluxo salivar: se assemelha com o plasma e a saliva inicial
Menor intensidade do fluxo salivar: mais diferente do plasma e com maiores concentrações de íons.
Essa alteração se dá principalmente pelo tempo que a saliva permanece em contato com as células ductais, quanto mais
tempo permanecerem em contato com os ductos, mais serão modificadas por este alterando sua viscosidade.

Regulação da secreção salivar


A secreção salivar está exclusivamente sobre controle neural do sistema nervoso autônomo.
Parassimpático:
A inervação parassimpática das glândulas salivares é mediada pelos nervos facial e glossofaríngeo.
A atividade parassimpática nas glândulas salivares é aumentada pelo alimento, cheiro e náusea e por reflexos
condicionados. A atividade parassimpática é reduzida pelo medo, sono e desidratação.
A atividade parassimpática faz estimular a secreção de saliva mucosa e serosa.
Simpático:
Pode estimular a salivação, mas com pouca intensidade.
Estimula com maior intensidade a secreção de amilase salivar.

ESTÔMAGO

Funções:
 Armazenamento de grandes quantidades de alimento
Quando o alimento distende o estômago um reflexo vago-vagal do estomago para o tronco encefálico e de volta para o
estômago reduz o tônus da parede muscular do corpo do estômago de maneira que a parede se distende, acomodando
mais e mais alimento até o limite.
 Formação do quimo pela mistura dos alimentos e passagem lenta do quimo do estômago para o intestino de modo que
possa haver uma absorção adequada
Os sucos digestivos , secretados pelas glândula gástricas estão presentes em quase todas as paredes do estômago, essas
secreções entram em contato com a porção do alimento armazenada no estomago e por movimentos peristáticos fazem
a mistura e impulsionam o alimento em direção ao piloro. A mistura que passa para o intestino é denominada quimo
cuja consistência é de semilíquida para pastosa.

Esvaziamento gástrico
O esvaziamento do estômago é promovido por contrações peristálticas intensas no antro estomacal. Ao mesmo tempo,
o esvaziamento é reduzido por graus variados de resistência à passagem do quimo pelo piloro.

Esvaziamento estomacal
É regulado por mecanismos neurais e hormonais.
A mucosa duodenal e jejunal contém receptores que percebem a acidez, a pressão osmótica, certas gorduras e produtos
de sua digestão

Fatores que regulam o esvaziamento gástrico


1. Ácido no duodeno: DIMINUI as forças de contração gástrica e AUMENTA a motilidade duodenal. A presença do
ácido libera SECRETINA, que reduz a velocidade do esvaziamento gástrico por diminuir contrações antrais e
estimular contrações do esfíncter pilórico.

2. Produtos da digestão de gorduras: produtos da digestão de gorduras no duodeno e no jejuno diminuem a


velocidade de esvaziamento gástrico, pois, ocorre libração de CCK pelo duodeno e jejuno que reduz a velocidade
do esvaziamento gástrico. A presença de ácidos graxos no duodeno e no jejuno libera outro hormônio, GIP que
também reduz a velocidade do esvaziamento gástrico.

3. Pressão osmótica do conteúdo duodenal: soluções hiperosmótica no duodeno e no jejuno reduzem a velocidade do
esvaziamento gástrico, pois, induzem a liberação de um hormônio , ainda não identificado que reduz a velocidade
do esvaziamento gástrico.

4.
Peptídeos e aminoácidos no duodeno: liberam gastrina a partir das células G, localizadas no antro do estômago e
do duodeno. A gastrina aumenta a força das contrações antrais e aumenta a constrição do esfíncter pilórico; GIP e
CCK também são liberadas na presença de peptídeos e aminoácidos, reduzindo assim a velocidade de
esvaziamento gástrico.
SUCO GÁSTRICO

Composição

 Ácido clorídrico e pepsinogênio que iniciam o processo de digestão protética uma vez que o pepsinogênio se converte
em pepsina em pH ácido;
 Fator intrínseco que é responsável pela absorção da vitamina B12
 Muco e bicarbonato que protegem a mucosa do estômago da ação corrosiva do HCl e lubrifica o conteúdo gástrico.
Secreção de ácido no estômago
Secreção de HCl:
- é secretado pelas células parietais
-acidifica o conteúdo gástrico, até entre pH 1 e 2.
-converte o pepsinogênio inativo em sua forma ativa pepsina (enzima que digere proteína).
-é bactericida

Fases da secreção gástrica:


Cefálica: ocorre antes do alimento entrar no estômago, resulta da visão, cheiro, lembrança do sabor etc.
Fase gástrica: desencadeia todos os reflexos necessários a liberação de suco gástrico.
Fase intestinal: liberação de pequena quantidade de suco gástrico pela presença do alimento na porção superior do intestino.

Fatores que reduzem a secreção de HCl


-redução do pH do conteúdo gástrico.
-secretina liberadas pela presença de soluções ácidas no duodeno. A secretina inibe a secreção de gastrina.
-colicistocinina.

Proteção da parede do estômago


O conteúdo gástrico é muito ácido e contém a enzima digestiva, pepsina. O que evita que o conteúdo gástrico venha
digerir as próprias células da mucosa epitelial é secreção de muco que forma uma barreira protetora, outro fator é que as células
epiteliais gástricas secretam bicarbonato que fica preso ao muco e neutraliza qualquer ácido que entre em contato e inativa
qualquer pepsina que possa entrar nesse meio alcalino.

INTESTINO DELGADO

Funções: digestão e absorção de nutrientes

Motilidade:
-serve para misturar o quimo com as enzimas digestivas e com as secreções pancreáticas.
-expor os nutrientes a mucosa intestinal para absorção.
-impelir o quimo não absorvido ao longo do intestino delgado em direção ao intestino grosso.

Inervação:
-possui inervação simpática e parassimpática.
Simpática: REDUZ a contração da musculatura lisa intestinal.
Parassimpática: AUMENTA a contração da musculatura lisa intestinal.

Padrão de contração
-são de dois tipos:

SEGMENTAÇÃO
-servem para misturar o quimo e o expor a enzimas e a secreções pancreáticas, mas não o desloca em direção a região caudal.

PERISTALTICAS
-visam propelir o quimo ao longo do intestino delgado em direção ao intestino grosso. Os neurotransmissores que permitem a
contração da região do intestino que está “atrás” do bolo fecal é a ACh, já os que permitem o relaxamento da região que está “a
frente” são VIP (peptídeo vasoativo intestinal, produzido no pâncreas e regula a secreção de insulina e glucagon) é o óxido
nítrico.

Secreções

1. Suco pancreático: Secreta um suco que contém um componente aquoso e um componente enzimático.
a) Aquoso: rico em bicarbonato e ajuda a neutralizar o conteúdo duodenal.
b) Enzimático: contém enzimas para digerir os carboidratos, proteínas e gorduras.
Sinais neurais e hormonais controlam a secreção pancreática exócrina. Esses sinais são ativados, principalmente, pela
presença de ácido e dos produtos da digestão do duodeno. A secretina induz principalmente a secreção do
componente aquoso, enquanto que a CCK estimula a secreção de enzimas pancreáticas.

Regulação da secreção pancreática:


A secreção pancreática é dividida nas fases cefálica, gástrica e intestinal.
FASE CEFÁLICA
-é iniciada pelo olfato, pelo paladar e pelos condicionantes, e é mediada pelo nervo vago.
-essa fase produz principalmente o conteúdo enzimático.

FASE GÁSTRICA
-é desencadeada pela distensão do estômago e é mediada pelo nervo vago.
-produz principalmente secreção enzimática.

FASE INTESTINAL
-é a mais importante por ser responsável por aproximadamente 80% da secreção pancreática.
-estimula a secreção aquosa e enzimática.
 Quimo ácido: induz a secreção de SECRETINA.
 Quimo rico em gorduras: induz a secreção de CCK.

2. Bile:
- necessária para a digestão e absorção de lipídeos.
-é produzida e secretada no fígado, e armazenada na vesícula biliar.
-é ejetada no intestino delgado quando a vesícula biliar é estimulada e se contrai.
- sais biliares emulsificam os lipídeos para prepara-los para a digestão lipídica em pacotes chamados micelas.
-fosfolipídios e colesterol auxiliam na formação das micelas.
-bilirrubina principal pigmento da bile, é proveniente do metabolismo da hemoglobina, dão a coloração amarelada da
bile.
-íons e água.

Regulação de secreção da bile


O principal estímulo para a ejeção da bile pela vesícula biliar é a CCK secretada em resposta a presença de alimentos
gordurosos no duodeno.
O esvaziamento da vesícula biliar, dá-se por contrações rítmicas da parede da vesícula biliar, com o relaxamento
simultâneo do esfíncter de Oddi, que guarda a entrada do ducto biliar, comum no duodeno.

Digestão e absorção no intestino delgado

Digestão: é a degradação química à moléculas absorvíveis dos alimentos ingeridos.


Absorção: é o movimento de nutrientes, água e eletrólitos do lúmen intestinal para o sangue.

a) Carboidratos
-todos os carboidratos ingeridos devem ser digeridos a monossacarídeos, pois somente monossacarídeos são absorvidos pelas
células epiteliais do intestino.
-na boca e estômago: o alimento se mistura com a saliva, que contém amilase salivar secretada pelas glândula parótidas e inicia
a degradação do amido. Como o alimento permanece por pouco tempo na boca, pouco amido é digerido aqui, mas sua digestão
por vezes continua até que o alimento seja misturado as secreções estomacais onde a atividade da amilase salivar é diminuída,
devido a presença ácida do suco gástrico.
-no intestino delgado: a secreção pancreática, também contem amilase, porém está é mais potente do que a salivar. Assim,
depois de o quimo ser transferido do estomago para o duodeno e misturar-se com o suco pancreático, praticamente todos os
carboidratos serão digeridos.
-em geral, os carboidratos são quase totalmente convertidos em glicose, galactose e frutose.
ABSORÇÃO: glicose e galactose são absorvidas passando do lúmen intestinal para as células da membrana apical, por
transporte ativo realizado pelo co-transportador Na+glicose e passa da célula para o sangue por difusão facilitada. A frutose é
absorvida unicamente por difusão facilitada.

b) Proteínas
-são digeridas a formas absorvíveis por proteases no estômago e no intestino delgado e a seguir absorvidas no sangue. Nas
secreções gastrointestinais, as proteínas encontradas, são igualmente digeridas e absorvidas.
-começa no estômago com a ação da pepsina e termina no intestino delgado com as proteases pancreáticas e as da borda em
escova (microvilosidades).
-a pepsina é ativa no pH baixo do estômago e suas ações terminam no duodeno, onde secreções pancreáticas recias em
bicarbonato neutralizam o ácido gástrico e aumentam o pH.
-a digestão protética continua no intestino delgado pelas ações combinadas das proteases pancreáticas e as das
microvilosidades.
ABSORÇÃO: os produtos da digestão protética são aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos. Cada uma dessas formas pode ser
absorvida pelas células epiteliais do intestino.

c) Lipídeos
-tem digestão complicada pela sua insolubilidade em água, por isso devem ser solubilizados para serem digeridos e absorvidos.
-sua digestão se inicia no estômago com a ação das lipases lingual e gástrica e termina no intestino delgado com a ação das
enzimas pancreáticas.
-no estômago: a contribuição mais importante do estômago para a digestão total dos lipídeos é que ele lança lentamente o
quimo no intestino delgado, dando o tempo necessário para que as enzimas pancreáticas venham a digerir os lipídeos. A
velocidade do esvaziamento gástrico é reduzida pela secreção da CCK quando os lipídeos começam a aparecer no intestino
delgado.
-no intestino delgado: ocorre a maior parte da digestão lipídica, por possuir condições mais favoráveis. Os sais biliares lançados
no lúmen do intestino delgado circundam e emulsificam os lipídeos alimentares produzindo pequenas gotas de lipídeos que
quando dispersas na solução aquosa do lúmen intestinal, aumentam a área de ação das enzimas pancreáticas.
- os produtos finais da digestão lipídica são hidrofóbicos e devem ser solubilizados em micelas e transportados para a
membrana apical das células intestinais para a absorção.

d) Vitaminas
-são necessárias para o perfeito acontecimento de várias reações metabólicas.
-podem ser de dois tipos:

LIPOSSOLÚVEIS
-que são incorporadas em micelas e transportadas para a membrana apical das células intestinais onde são incorporadas e, a
seguir, levadas para a linfa que as entrega a circulação geral.

HIDROSSOLUVEIS
-que são absorvidas na maioria das vezes por co-trasportadores.

INTESTINO GROSSO
-sua principal função consiste na absorção de água, sódio e outros minerais. Outra importante função é o armazenamento das
fezes até que elas possam ser dispensadas.
-o intestino grosso converte o quimo isotônico que chegam diariamente ao íleo em fezes semissólidas.

Padrão de contração

CONTRAÇÕES SEGMENTARES:
-atuam para misturar o conteúdo do intestino grosso.

MOVIMENTOS DE MASSA
-ocorrem no cólon.
-funcionam para mover o conteúdo do intestino grosso por longas distâncias.
* a absorção de água ocorre no cólon distal, tornando semi-sólido o conteúdo fecal para o reto, onde é armazenado até ocorrer a defecação.

DEFECAÇÃO
-ao encher-se de fezes a parede da musculatura lisa do reto se contrai e o esfíncter anal interno se relaxa pelo reflexo
retoesfinctério. Mas a defecação não ocorre nesse momento porque o esfíncter anal externo (voluntário) está contraído.
-quando o reto está cheio ou com 25% de sua capacidade, ocorre ânsia de defecar.
-quando apropriado, o esfíncter anal externo é relaxado voluntariamente, o musculo liso se contai para gerar pressões e as fezes
são lançadas para fora através do canal antral.
*se a defecação não ocorre as fezes retornam ao colo sigmoide até novas ondas peristálticas em massa.

PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTIVO

Diarreia
-promove perda do LEC causando diminuição do volume intravascular e da PA. Os mecanismos barorreceptores e o sistema
renina angiotensina aldosterona tentarão restaurar a pressão sanguínea, mas essas tentativas serão inúteis se o volume do LEC
for muito grande e rápido.
-outro problema está relacionado a perda de eletrólitos específicos, principalmente bicarbonato e potássio.
-a diarreia pode ser causada por:
 Diminuição da absorção pelo intestino delgado.
 Presença de solutos não absorvíveis no lúmen do intestino.
 Secreção excessiva pelas células das criptas causada por exemplo pela presença de bactérias patogênicas.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA

-sistema endócrino junto com o nervoso é responsável pela homeostasia, regulando:


 Crescimento
 Desenvolvimento
 Reprodução
 Pressão arterial
 Concentrações de íons e outras substâncias

Hormônio: substância química, classificada como peptídeo, esteroide ou amina.


-São secretados pela circulação em pequenas quantidades e distribuídos para tecidos-alvo onde produzem respostas
fisiológicas.
-São sintetizados por células de glândulas endócrinas.

Síntese hormonal
-são classificados em três classes: peptídeos e proteínas, esteroides e aminas.

1. Hormônios peptídeos: a maioria é de natureza peptídica ou protética.


 Angiotensina
 Pancreáticos
 Hipotálamo-Hipofisários
 Paratireoideanos
 Gastrointestinais
 Cardíacos

2. Esteroides: são sintetizados e secretados pelo córtex suprarrenal, gônadas, corpo lúteo e placenta. Todos são
derivados do colesterol.

 Androgênios
 Estrogênios
 Glicocorticóides
 Mineralocorticóides
 Vitamina D e derivados

3. Aminas: são derivados do aminoácido tirosina. São tireoidianos e catecolaminas


 Adrenalina
 Noradrenalina
 Dopamina.

Regulação da secreção hormonal

-as secreção de hormônios é realizada conforme a necessidade com a finalidade de manter a homeostasia.
-os ajustes de secreção podem ser produzidos por meio de mecanismos neurais ou por mecanismos de feedback.

1. Mecanismos neurais:
-representados pela secreção de catecolaminas.
-nervos simpáticos pré-ganglionares formam sinapses na medula da suprarrenal e quando estimulados causam a secreção de
catecolaminas.

2. Mecanismos de feedback:
-são mais comuns do que os neurais.
-funciona como um reestimulo, negativo, ou seja, de inibição ou positivo estimulando que a mesma resposta ocorra.
“Nos sistemas endócrinos, feedback negativo significa que alguma característica da ação do hormônio, direta ou indiretamente, inibe a
secreção adicional do hormônio”.

Exemplo: Hipotálamo secreta o hormônio liberador, que estimula a secreção do hormônio da hipófise anterior, este por sua vez
atua sobre a glândula endócrina periférica causando secreção do hormônio que atua nos tecidos alvo produzindo ações
fisiológicas, os hormônios voltam a atuar sobre a hipófise anterior e o hipotálamo, inibindo as secreções hormonais.

“No feedback positivo alguma característica da ação do hormônio, provoca mais secreção de hormônio.

Exemplo: A dilatação do colo do útero faz com que a hipófise posterior secrete ocitocina. Por sua vez a ocitocina estimula a
contração uterina, o que provoca mais dilatação do colo do útero, provocando o parto.
Regulação dos receptores hormonais

-Para que haja resposta do tecido alvo, além de quantidade suficiente de hormônio, o tecido-alvo deve conter receptores
específicos que reconheçam o hormônio.
-A reatividade de um tecido alvo é expressa na relação dose-resposta, onde a amplitude da resposta está relacionada a
concentração do hormônio.
-A sensibilidade é definida como a concentração hormonal, que produz 50% da resposta máxima.
-A reatividade ou a sensibilidade do tecido alvo pode ser alterada por uma das duas maneiras, alterando o número de
receptores ou a afinidade dos receptores pelo hormônio. A alteração do número ou da afinidade dos receptores é chamada de
regulação para baixo que significa que o numero de receptores ou afinidade dos receptores para o hormônio diminuiu ou
regulação para cima que significa que o numero ou afinidade dos receptores aumentou.

Mecanismos de ação de hormônios e os segundo-mensageiros


-As ações hormonais na célula-alvo, começam quando o hormônio se liga ao receptor de membrana, formando o complexo
hormônio-receptor que é acoplado a proteínas efetoras. Essas proteínas efetoras, que em geral são enzimas, são ativadas
produzindo o segundo mensageiro, que pode ser o AMPc ou o IP3 que amplia o sinal hormonal original e organiza suas ações
fisiológicas.

Relações hipotalâmicas hipofisarias


A unidade hipotálamo-hipófise regula as funções das glândulas tireoide, suprarrenais e reprodutivas e, também,
controla o crescimento, a produção e ejeção de leite e a osmorregulação.
-a glândula pituitária (hipófise) consiste no lobo posterior e no lobo anterior. O lobo posterior é também chamado de neuro-
hipófise o lobo anterior é também chamado de adeno-hipófise, o hipotálamo está ligado à hipófise por fina haste chama de
infundíbulo. Funcionalmente, o hipotálamo controla a hipófise, tanto por mecanismos neurais como por hormonais.

Relação entre hipotálamo e a hipófise posterior ou neurohipófise

Lobo posterior: secreta dois hormônios peptídicos ADH que atua no rim e ocitocina que atua na mama e no útero.
-as conexões entre o hipotálamo e o lobo posterior da hipófise são neurais, assim os hormônios ADH e ocitocina são peptídeos
liberados por neurônios.
-a relação entre o hipotálamo e a hipófise posterior é direta, um neurônio secretor de hormônio, tem seu corpo celular no
hipotálamo e seus axônios no lobo posterior da hipófise.

Hormônios importantes
Ocitocina: Seu papel consiste em ejetar o leite da glândula mamária na lactação. O principal estimulo para a secreção de
ocitocina pela hipófise posterior é a sucção da mama. A ocitocina também é secretada em resposta à dilatação do colo do útero,
durante o trabalho de parto e o orgasmo.

ADH ou vasopressina: seu papel consiste em conservar a água corporal e regular a tonicidade dos líquidos corporais.

Relação entre o hipotálamo e a hipófise anterior ou adenohipofise


-ao contrário do lobo posterior que é tecido neural, o lobo anterior é essencialmente, coleção de células endócrinas.
A hipófise anterior secreta seis hormônios peptídicos: hormônio estimulante da tireoide (TSH), hormônio folículo estimulante
(FSH), hormônio luteinizante (LH), hormônio do crescimento, prolactina e hormônio adrenocorticotrópico (ACTH).
-a natureza da relação entre o hipotálamo e a hipófise é tanto neural como endócrina.

Hormônios importantes
TSH – hormônio tireotrófico: Regula o crescimento da glândula tireoide e a síntese e secreção de seus hormônios (tiroxina T4 e
triodotironina T3).

ACTH – hormônio adrenocorticotrófico: Age sobre o córtex das glândulas suprarrenais estimulando a secreção e liberação de
glicocorticoides.

LH – hormônios gonadotróficos: provoca ovulação e formação do corpo lúteo;

FSH – hormônios gonadotróficos: provoca a maturação dos folículos ovarianos e dos espermatozoides

PROLACTINA – hormônio lactotrófo: provoca desenvolvimento das mamas, produção de leite e inibe ovulação.

Hormônio somatotrófico (hormônio do crescimento): atuam no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e
estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também eleva o consumo de gorduras e inibe a
síntese de insulina do pâncreas, aumentando a concentração de glicose no sangue.
PÂNCREAS ENDÓCRINO
-secreta dois hormônios peptídicos principais, insulina e glucagon, cuja função coordenada é a de regular o metabolismo da
glicose, dos ácidos graxos e dos aminoácidos.

INSULINA
-é sintetizada e secretada pelas células beta da ilhotas de Langerhans e metabolizada no fígado e no rim por enzimas que
rompem as pontes dissulfeto.
-o aumento da concentração sanguínea de glicose estimula a secreção de insulina.

Ações:
-assegurar que os nutrientes em excesso sejam armazenados (como glicogênio no fígado, como lipídeo no tecido adiposo e como
proteína no músculo) e seja, disponíveis durante períodos de jejum, mantendo oferta de glicose para o cérebro, músculos e
órgãos.
-diminuir a concentração sanguínea de glicose e limitar o aumento de glicose no sangue decorrente da ingestão de carboidratos.

Fisiopatologia da insulina

Diabetes Melitus
-pode ser de dois tipos:

1. Diabete melitus dependente da insulina ou tipo I


-é causado pela destruição das células beta, secretoras de insulina.
-caracteriza-se por
 Concentração sanguínea aumentada de glicose:
 Concentração sanguínea amentada de ácidos graxos e cetoácidos.
 Concentração de aminoácidos aumentada
-quando a concentração de glicose está alta, há um aumento na carga filtrada de glicose que excede a capacidade reabsortiva do
túbulo proximal essa glicose em excesso irá provocar diurese osmótica, aumento do volume urinário e sede. O aumento do
volume urinário provoca contração do LEC e hipotensão.
-o tratamento consiste em administração de insulina.

2. Diabetes melitus não dependente da insulina ou tipo II


-está associado a obesidade.
-embora secretada normalmente, a insulina neste tipo de diabetes não pode se ligar aos seus receptores nas células alvo, não
produzindo o efeito esperado.
-seu tratamento inclui restrição calórica e redução de peso e tratamentos com fármacos que estimulem a secreção pancreática de
insulina ou sensibilizem os receptores desse hormônio em sua célula alvo.

GLUCAGON
-é sintetizado e secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans quando a concentração de glicose sanguínea cai.
-os efeitos que estimulam a secreção de glucagon são os que informam às células alfa a respeito da diminuição da glicose
sanguínea.
-a ingestão de proteínas, presença de CCK, jejum e exercício intenso estimulam a secreção de glucagon.
Ações:
-o glucagon promove a mobilização e a utilização de nutrientes armazenados para manter a concentração sanguínea de glicose
no jejum. E aumenta a lipólise e inibe a síntese de ácidos graxos. Essas ações a síntese de glicose.

SOMATOSTATINA
-inibe a secreção de insulina e glucagon permitindo a modulação ou limitação das respostas da insulina e do glucagon ao alimento ingerido.

SINTESE DE HORMONIOS ESTERÓIDES E ADRENOCORTICAIS

1. Glicocorticóides (cortisol)
-principal corticoide produzido nos seres humanos.
-hormônio derivado do colesterol.
-sua secreção é regulada principalmente pelo eixo hipotalâmico-hipofisário da seguinte forma:
 CRH é secretado pelo hipotálamo e atua sobre as células corticotróficas da hipófise anterior provocando a secreção de
ACTH pela hipófise anterior
 O ACTH liberado irá atuar sobre o córtex da supra-renal estimulando a síntese do flicocorticóide, cortisol.

Feedback negativo: é exercido pelo cortisol em três pontos do eixo hipotalâmico-hipofisário. (1) O cortisol inibe diretamente a
secreção de CRH pelo hipotálamo. (2) o cortisol, de modo indireto, inibe a secreção de CRH pelos efeitos sobre neurônios que
fazem sinapses no hipotálamo. (3) o cortisol inibe a ação do CRH na hipófise anterior, resultando na inibição da secreção de
ACTH.
Ações:
 Estimulação da glicogênese e armazenamento de glicogênio, permitindo a sobrevivência durante o jejum.
 Efeitos antiinflamatórios inibindo a síntese dos precursores das prostaglandinas e dos leucotrienos que são mediadores
da resposta inflamatória.
 Supressão a resposta imune pela proliferação de linfócitos T.
 Aumento da TFG por causa da dilatação das arteríolas aferentes, aumentando o fluxo sanguíneo renal.
 Atua sobre o SNC diminuindo o sono.

HORMÔNIOS TIREOIDEANOS
-são sintetizados e secretados pelas células epiteliais da tireóide.
-os dois hormônios ativos são a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4)
-são sintetizados pelas células epiteliais foliculares da tireoide.
-circulam a corrente sanguínea ligados a proteínas plasmáticas ou em forma livre. A maior parte circula ligada à globulina
ligante de tiroxina (TBG), pequena quantidade circula ligada à pré-albumina ligante de T4 e a albumina, e quantidades ainda
menores circulam livres.
O papel da TBG é apenas o de formar e manter grande reservatório de hormônios tireoideanos circulantes, para que possam ser liberados,
uma vez que apenas o hormônio livre é ativo.

Regulação e secreção dos hormônios tireoidianos


-O principal controle da síntese e da secreção dos hormônios tireoidianos é por meio do eixo hipotálamo-hipofisário.
-O hormônio liberador de tireotropina (TRH) é secretado pelo hipotálamo e atua nas células tireotróficas da hipófise anterior
provocando a secreção do hormônio estimulante da tireóide (TSH) e o TSH atua estimulando a secreção dos hormônios
tireoidianos.
Os hormônios tireoidianos inibem a secreção de TSH por regular para menos os receptores de TRH nas células tireotróficas, diminuindo
assim, sua sensibilidade ao estímulo pelo TRH.

Ações
-atuam com o hormônio do crescimento e com as somatomedinas, promovendo a formação de osso.
-aumentam a taxa de metabolismo basal, ou seja, aumenta o gasto calórico durante o repouso.
-aumenta a produção de calor corporal e o consumo de oxigênio.
-alteram os sistemas cardiovascular e respiratório aumentando o fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio para os tecidos.
-no SNC, seus efeitos dependem da idade. No período perinatal, são essenciais para a maturação normal do SNC onde o
hipotireoidismo pode causar retardo mental irreversível. Em adultos o hipotireoidismo causa desatenção, movimentos
lentificados, sonolência, memória falha e capacidade mental diminuída, já o hipertireoidismo causa hiperexcitabilidade, hiper-
reflexia e irritabilidade.

FISIOLOGIA REPRODUTIVA

Diferenciação sexual
A diferenciação sexual inclui o desenvolvimento das gônadas, do trato genital interno e na genitália externa. “Masculinidade”
ou “feminilidade” pode ser caracterizada de três formas

1. Sexo genético
-é determinado pelos cromossomos sexuais XY, em homens, e XX em mulheres
-o sexo genético normalmente determina o sexo gonádico. As gônadas aparecem, nos homens, ligeiramente antes de surgirem
nas mulheres, pois, entre a 6 e a 7 semana os testículos se desenvolvem nos homens e na 9 semana os ovários começam a se
desenvolver nas mulheres.

2. Sexo gonádico
-é definido pela presença das gônadas masculinas ou femininas, denominadas testículos ou ovários. Gônadas compreendem as
células germinativas e as secretoras de hormônios esteroides.
-testículos e gônadas masculinas consistem em três tipos celulares: 1- células germinativas, que produzem as espermatogônias;
2- as células de Sertoli: que sintetizam o hormônio antimuleriano; 3- células de Leyding que sintetizam a testosterona.
-os ovários e gônadas femininas tem três tipos celulares. 1- células germinativas que são produtoras de ovogônias; 2- células da
teca que sintetizam a progesterona; 3- células da granulosa que junto com as células da teca sintetizam o estradiol.
O HORMÔNIO ANTIMULERIANO E A TESTOSTERONA SÃO DECISIVOS PARA INDICAR QUE FETO SERÁ UM HOMEM
FENOTÍPICO pois estes hormônios não são produzidos pelas mulheres.

3. Sexo fenotípico
-é definido pelas características físicas do trato genital interno e da genitália externa e pela produção hormonal das gônadas.
 Fenótipo masculino: os machos tem testículos que sintetizam e secretam hormônio antimulleriano e a testosterona,
ambos são requeridos para o desenvolvimento do fenótipo masculino.
Embriologicamente: os ductos de Wolff dão origem ao epidídimo, ao canal deferente, as vesículas seminais e os ductos
ejaculatórios. A testosterona estimula o crescimento a diferenciação dos ductos de Wolff, ao mesmo tempo o hormônio
antimuleriano causa atrofia dos ductos de Muller que se tronariam o sistema genital feminino se não houvesse ação desse
hormônio.
 Fenótipo feminino: as fêmeas tem ovários que secretam estrogênio, entretanto elas não secretam hormônio
antimulleriano ou testosterona, assim sem estes hormônios disponíveis não há diferenciação do trato genital para
masculino.
Obs.: A ausência do hormônio antimuleriano permite a diferenciação dos ductos de Muller que se desenvolvem no sistema feminino interno.

PUBERDADE

-nos homens e nas mulheres, a função gonádica é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise.
-a secreção do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante
(FSH) permanecem baixas até a puberdade.
-durante a infância os níveis de FSH são relativamente maiores do que os de LH.
-durante a puberdade e todos os anos reprodutivos a secreção de GnRH, FSH e LH aumenta. E os níveis de LH passam a ser
maiores do que os de FSH.
-na puberdade e nos anos reprodutivos as mulheres passam a ter um ciclo de 28 dias, o ciclo menstrual.
-na velhice o padrão volta a se inverter e os níveis de FSH passam a ser maiores do que de LH.

FISIOLOGIA REPRODUTIVA MASCULINA

Estrutura dos testículos


-as gônadas masculinas são os testículos, que possuem duas funções: espermatogênese e secreção de testosterona.
-oitenta por cento dos testículos adultos é formado por túbulos seminíferos, produtores de sêmen e que são cobertos por um
epitélio formado por espermatogônias (células tronco), espermatócitos (que se tronarão espermatozoides) e células de Sertoli
que sustentam o desenvolvimento dos espermatozoides.
-vinte por cento dos testículos são formados por tecido conjuntivo intercalado com células de Leydig.

Espermatogênese
-ocorre durante toda a vida reprodutiva do homem.
-o processo é dividido em três fases:
 Divisões mitóticas das espermatogônias que geram espermatócitos que irão originar os espermatozoides.
 Divisões meióticas dos espermatócitos que reduzem o numero de cromossomos e produzem espermátides haploides.
 Espermiogenese onde as espermátides são transformadas em espermatozoides maduros.

Fatores hormonais que estimulam a espermatogênese


Testosterona: é essencial para o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares.
Hormônio luteinizante (LH): Estimula as células de Leyding a secretar testosterona.
Hormônio folículo estimulante (FSH): Estimula as células de Sertoli. Fundamental para a conversão das espermátides em
espermatozoides.
Hormônio do crescimento (GH): Controla as funções metabólicas nos testículos.

Glândulas acessórias:

Vesículas seminais: Secretam fluido rico em...


-substâncias nutritivas para o esperma.
-prostaglandinas que aumentam a capacidade de penetração do muco e induz contrações peristálticas no trato reprodutor
feminino para impulsionar os espermatozoides trato acima.
-fibrinogênio: que coagula o semem ejaculado evitando o refluxo.

Próstata: Secreta um liquido leitoso, aquoso e alcalino que aumenta a mobilidade dos espermatozoides e auxilia na fertilização
por neutralizar as secreções ácidas do canal deferente e da vagina.

Obs.: os espermatozoides não podem imediatamente fertilizar os óvulos, eles precisam residir no corpo feminino de 4 a 6 horas
para que ocorra a capacitação, que é um processo que permitirá o espermatozoide adquirir maior motilidade e se locomover na
forma de um “chicote”. A capacitação permitirá a reação acrossômica que desencadeará processos que permitirão a penetração
do espermatozoide no óvulo.

REGULAÇÃO HORMONAL

Hormônios andrógenos
1. Testosterona
-é sintetizada e secretada pelas células de Leydig dos testículos.
-é responsável no feto, pela diferenciação do trato genital interno masculino: o epidídimo, o canal deferente e as vesículas
seminais.
-na puberdade é responsável por aumentar a massa muscular pelo estirão de crescimento puberal, crescimento do pênis e
vesículas seminais, mudança de voz, libido.
-medeia o feedback negativo sobre a adeno-hipofise e o hipotálamo.

2. Dihidrotestosterona
-é responsável no feto pela diferenciação da genitália externa masculina.
-responsável pelo padrão de pelos corporais e calvice masculina, pela atividade das glândulas sebáceas e crescimento da
próstata.

Controle do eixo hipotálamo-hipófise no sexo masculino


-é realizado por meio de feedback negativo e possui duas vias:
10: a própria testosterona atua sobre ambos, hipotálamo e adeno-hipófise, inibindo a secreção de GnRH e LH, reduzindo no
hipotálamo a frequência e a amplitude dos pulsos de GnRH.
20: células de Sertoli secretam inibina que atua por feedback negativo sobre a secreção de FSH pela adeno-hipofise.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

-as gônadas femininas são os ovários que junto com o útero e as tubas uterinas constituem o trato reprodutivo feminino.
-os ovários possuem duas funções: ovogênese e secreção de hormônios esteroides, progesterona e estrógeno.
-a unidade funcional dos ovários é o folículo ovariano que quando completamente desenvolvido, fornece nutrientes para o
desenvolvimento do ovócito; ovulação; prepara a vagina e a tuba uterina para a fertilização do óvulo pelo espermatozoide;
prepara o útero para receber o ovo fertilizado; promove a manutenção da produção de hormônios até a placenta assumir esse
papel.

Desenvolvimento dos folículos ovarianos


-ocorre nas seguintes fases:
1. Como os ovócitos primários crescem, as células da granulosa proliferam e nutrem os ovócitos com nutrientes e hormônios
esteroides. Durante essa fase, o folículo primordial se desenvolve e origina o folículo primário e as células da teca interna se
desenvolvem e as da granulosa começam a secretar fluidos.
2. Fluído contendo hormônios esteroides, mucopolissacarídeos, proteínas e FSH acumula-se na área central dos folículos,
chamada de antro. Os hormônios esteroides atingem o antro por secreção direta das células granulosas. As células da camada
granulosa e da teca continuam a crescer, no fim desse estágio o folículo recebe o nome de folículo de Graaf.
3. No ultimo estágio um só folículo de Graaf domina e os demais regridem. No 14 dia do ciclo menstrual de 28 dias, ocorre a
ovulação e o folículo dominante se rompe e libera o seu ovócito para a cavidade peritoneal. Nesse momento a primeira divisão
meiótica é terminada e resulta no ovócito secundário que entra na tuba uterina e que se ocorrer fertilização produzirá o óvulo.

Corpo lúteo: é composto por células da granulosa, células da teca, capilares e fibroblastos. O corpo lúteo sintetiza e secreta
hormônios esteroides, que são necessários para a implantação e a manutenção do zigoto, caso ocorra a fertilização. Se a
fertilização ocorrer ele secreta hormônios esteroides até a placenta assumir essa função. Caso não ocorra, o corpo lúteo regride
durante os próximos 14 dias, período correspondente a segunda metade do ciclo menstrual.

Regulação hormonal

1. Estrógeno:
-Na mulher não grávida os estrógenos são secretados principalmente pelos ovários. Contudo, quantidades mínimas são
secretadas pelos córtices das adrenais.
-A mulher secreta basicamente 3 estrógenos: β-Estradiol; Estrona; e o Estriol.

Funções:
-Maturação e manutenção do útero, tuba uterina, no colo do útero e vagina.
-Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos na puberdade.
-Requisito para o desenvolvimento das mamas.
-Responsável pela proliferação e desenvolvimento das células granulosas do ovário.
-Aumento dos receptores de estrogênio, progesterona e LH.
-Feedback negativo e positivo sobre a secreção de FSH e LH.
-Manutenção da gestação.
-Redução do limiar uterino ao estímulo contrátil.
-Estimulação da secreção de prolactina.
-Bloqueio da ação da prolactina na mama.
-Diminuição do LDL colesterol.
-Antiosteoporose.

2. Progesterona
Assim como os estrógenos, a progesterona é transportada no sangue ligada principalmente a albumina plasmática e a
globulinas de ligação específica a estrógeno e progesterona.

Funções:
-manutenção da atividade secretora do útero na fase lútea.
-desenvolvimento de mamas.
-feedback negativo sobre a secreção de FSH e LH.
-aumento do limiar uterino ao estimulo contrátil, durante a gestação.

Ciclo menstrual
Baseando-se num ciclo menstrual de 28 dias temos que:

1. Fase folicular:
Período de 14 dias que precede a ovulação. ESSA FASE É DOMINADA PELO ESTRÓGENO beta estradiol que estimula o
crescimento do endométrio, das glândulas, do estroma e artérias que suprem o endométrio caso haja possibilidade de
recebimento do ovo fertilizado. O muco passa a adaptar-se de modo a auxiliar a migração de espermatozoides tornando-se
elástico.
Os altos níveis de estradiol causam proliferação do epitélio endometrial do útero e inibem a secreção do FSH e do LH por
feedback negativo sobre a adenohipofise.

2. Ovulação
Ocorre no 14o dia do ciclo os níveis de estrógeno ainda altos exerce efeito de feedback positivo sobre a secreção de FSH e
LH na adeno-hipofise. Então o pico de FSH e LH causa a ovulação. Os níveis de estradiol diminuem imediatamente após a
ovulação; porém eles vão se elevar novamente durante a fase lútea.

3. Fase lútea
Ocorre entre os dias 14 e 28, terminando com o inicio da mestruação. Nessa fase o corpo luteo se desenvolve e começa a
sintetizar estradiol e progesterona. Os altos níveis de progesterona durante essa fase estimulam a atividade secretória do
endométrio e aumenta a vascularização. Nessa fase a progesterona está preparando o endométrio para receber o ovulo
fertilizado, mas caso não ocorra fertilização o corpo lúteo regride diminuindo a quantidade de estradiol e progesterona.

4. Menstruação
A regressão do corpo lúteo e a perda de estradiol e progesterona causam a descamação do endométrio e o sangramento
menstrual.

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