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Através dessa citação elas apresentam o que é os multiletramentos, não se
limitando apenas a alfabetização, e também a sua importância nas práticas
pedagógicas em referência a questões culturais e sociais decorrentes da
globalização e da tecnologia.
Os multiletramentos apresentam três letramentos, o digital, o visual e o crítico.
O letramento digital colabora no método de ensino-aprendizagem. Nesse aspecto as
autoras aprofundaram sua pesquisa utilizando autores como Lobo Souza e Araújo
Pinheiro, analisando como é a leitura e a escrita na tela, a competência de
localização, filtração e avaliação de conhecimentos nos textos multissemióticos. As
autoras abrem uma discussão com base em uma teoria dos autores Snyder, van
Leeuwen, Mayer e Kress, de que a tecnologia facilitaria o letramento dos alunos.
Essa discussão fez com que as autoras chegassem a uma conclusão, ao qual, a
tecnologia não pode ser vista como um fim de um aprendizado mais fácil e ágil, e
sim como um meio. E, para isso, os alunos e os professores devem estar
capacitados para o uso da tecnologia.
O letramento visual, “está diretamente relacionado ao entendimento da
informação visual” (p. 634), sendo de extrema importância para dar entendimento ao
texto. Para as autoras seria a habilidade de compreender e ler os dados visuais para
a comunicação. E, para essa definição de letramento visual, elas utilizam da teoria
de semiótica de Kress, em que as diferentes formas de apresentar o texto
funcionarão como uma forma de facilitar a compreensão do leitor e proporcionarão
uma liberdade para escolher de que maneira ele irá interpretar o texto disponível.
Neste momento, as autoras colocam em jogo a língua inglesa, que é o foco do
artigo, então essa semiótica ajudará os leitores a fazerem uma tradução melhor do
texto.
O letramento crítico é fazer que o leitor tenha uma perspectiva mais analítica
de um texto, através da imagética, analisando discursos sobre questões sociais e
políticas. As autoras reconhecem que o “letramento crítico é um dos desafios da
prática docente” (p. 636).
Depois desse contexto apresentado, as autoras analisam quatros atividades
para leitores anônimos com proficiência a partir do intermediário da língua inglesa
em sites de livre acesso. Delimitando o espaço da pesquisa, focando apenas no
espaço de análise.
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Para a análise, as autoras levaram em conta 5 perguntas para visar a clareza
e organização da pesquisa:
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Mas, apesar do letramento crítico ser possível com a multimodalidade das
questões, a partir de uma afirmação utilizada pelas autoras, as atividades
observadas não direcionam o leitor a pensar criticamente sobre determinado
assunto.
Sendo assim, no contexto dessa pesquisa, as autoras obtiveram resultados
que afirmam que não existe uma concordância da multimodalidade para os materiais
didáticos na leitura de hipertextos eletrônicos. Percebe-se uma permanência de
atividades pedagógicas tradicionais, assemelhando-se ao meio impresso, não
apresentando um aproveitamento dos multiletramentos no meio digital, e não
fazendo uso das qualidades que esse meio proporciona. Por isso, há uma
necessidade de aprimorar essas atividades, propiciando ao leitor que ele produza
sentido, integrando-o na “participação em eventos comunicativos” (p.644).