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1 de Fevereiro de 2018

Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC - Mandado de


Segurança : MS 20130362591 SC 2013.036259-1 (Acórdão) - Inteiro
Teor

Inteiro Teor
Mandado de Segurança n. 2013.036259-1, da Capital

Relator: Des. João Henrique Blasi

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATA QUE NÃO


ASSINALOU, NO CARTÃO RESPOSTA, O TIPO DE PROVA REALIZADA.
INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO À EFETIVA CORREÇÃO. ERRO MATERIAL
DESINFLUENTE. AUSÊNCIA DE DANO AO INTERESSE PÚBLICO. ERRO
MATERIAL DIMINUTO. PREVALÊNCIA DA RAZOABILIDADE. ORDEM
CONCEDIDA.

"[...] o número da inscrição já constava regularmente dos dados impressos no


cartão de respostas, como também o nome completo do candidato, que o assinou
ao final. Logo, trata-se de erro material insignificante, que não se confunde com
rasura no preenchimento dos campos reservados às respostas das questões
objetivas, conforme previsto nas regras contidas nos itens 8.18 a 8.21, e que não
prejudicou a identificação do impetrante pela Comissão Examinadora para efeito
de correção da prova. [...] Portanto, o erro minúsculo discutido nestes autos não-
acarretou a impossibilidade ou dificuldade à identificação do candidato inscrito,
que efetivamente participou das fases do concurso público, nem a regularidade
deste, razões pelas quais subsistem os fundamentos e a conclusão da decisão de
primeiro grau". (STJ - AREsp n. 265.257, rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe
26.6.2013)

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Mandado de Segurança n.


2013.036259-1, da comarca da Capital (Tribunal de Justiça), em que é impetrante
Neura Neckel e são impetrados Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa
do Cidadão de Santa Catarina e outros:
O Grupo de Câmaras de Direito Público decidiu, por unanimidade de votos,
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conceder a ordem. Custas legais.

Participaram do julgamento, realizado nesta data, os Exmos. Srs.


Desembargadores Jorge Luiz de Borba, Sônia Maria Schmitz, Carlos Adilson Silva,
Gaspar Rubick (Presidente), Newton Trisotto, Nelson Schaefer Martins, José
Volpato de Souza, Cesar Abreu, Cid Goulart e Jaime Ramos.

Florianópolis, 9 de outubro de 2013

João Henrique Blasi

Relator

RELATÓRIO

Cuida-se de mandado de segurança impetrado por Neura Neckel em face de ato do


Secretário de Estado da Segurança Pública, do Comandante-Geral da Polícia
Militar e do Presidente da Comissão de Concurso da reportada Corporação,
argumentando, em epítome, que, no concurso público para ingresso como Soldado
da referida Corporação castrense, embora tenha atingido pontuação suficiente a
alcançar êxito no certame, restou desclassificada por ter deixado de assinalar o
número da prova no cartão óptico, circunstância que obstou a correção desta (fl.
3).

A liminar foi concedida para a impetrante seguir no certame (fls. 74 e 75), a


segunda autoridade impetrada prestou informações (fls. 100 a 109) e, por fim, o
Procurador de Justiça Newton Henrique Trennepohl opinou pela denegação da
ordem (fls. 123 a 125).

É o relatório.

VOTO

A teor do "caderno de prova" entregue a cada candidato concorrente no certame


em foco (fl. 104) e das instruções da "folha de respostas" (fl. 109), impunha-se-lhe
assinalar, em campo específico do cartão-resposta, o tipo (número) da prova que
prestou, dentre as quatro ministradas, providência, todavia, não cumprida pela
impetrante, o que levou a Administração a não corrigi-la.

Malgrado a orientação/instrução supra, o edital do concurso, tratando


especificamente da correção dos cartões-resposta estatui, em seu item 7.13, que:

7.13 DA CORREÇÃO DOS CARTÕES RESPOSTA

[...]
b) Não deverá ser feita nenhuma marca fora do campo reservado às respostas ou à
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assinatura, pois qualquer marca poderá ser lida pelas leitoras óticas prejudicando
o desempenho do candidato.

Em termos práticos, a questão que se põe sob exame é aquilatar se o ato omissivo
praticado pela impetrante tem - ou não - estatura para alijá-la do concurso.

Embora incontroversa a apontada omissão, não se me afigura que ela seja bastante
para justificar o ato de eliminação, pois, o não-preenchimento do tipo de prova não
foi óbice à sua correção, tal como consta dos documentos de fls. 127 a 129. Ou seja:
se quisesse, a Administração poderia, desde o início, ter corrigido a prova da
impetrante.

Há que se invocar, na espécie, o sobreprincípio da razoabilidade, para, com esteio


nele, deixar assente, como visto, que a indigitada omissão empeço algum trouxe
para a correção da prova. Ademais, não se há divisar o mais mínimo prejuízo ao
interesse público, antes pelo contrário, na medida em que, como é ressabido, a
razão de ser do concurso radica no recrutamento dos mais capacitados, em
reverência ao sistema da meritocracia, e, nessa contextura, tem-se que a
impetrante está muito bem classificada, precisamente no 6º lugar (fl. 129).

Decidindo caso deveras assemelhado, assentou o Superior Tribunal de Justiça:

No entanto, como bem observou a sentenciante, o número da inscrição já constava


regularmente dos dados impressos no cartão de respostas, como também o nome
completo do candidato, que o assinou ao final. Logo, trata-se de erro material
insignificante, que não se confunde com rasura no preenchimento dos campos
reservados às respostas das questões objetivas, conforme previsto nas regras
contidas nos itens 8.18 a 8.21, e que não prejudicou a identificação do impetrante
pela Comissão Examinadora para efeito de correção da prova.

[...]

Portanto, o erro minúsculo discutido nestes autos não-acarretou a impossibilidade


ou dificuldade à identificação do candidato inscrito, que efetivamente participou
das fases do concurso público, nem a regularidade deste, razões pelas quais
subsistem os fundamentos e a conclusão da decisão de primeiro grau". (AREsp n.
265.257, rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 26.6.2013)

Ante o exposto, considerando que, tanto no precedente antes invocado, quanto no


caso dos autos, está-se frente a caso de erro minúsculo que," não acarretou a
impossibilidade ou dificuldade à identificação do (a) candidato (a) inscrito (a), que
efetivamente participou de todas as fases do concurso, nem a regularidade deste ",
bem assim o interesse público em recrutar pessoas capacitadas, como a impetrante
demonstrou ser, voto pela concessão da ordem mandamental.

Gabinete Des. João Henrique Blasi


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Disponível em: http://tj-sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24270001/mandado-de-seguranca-ms-20130362591-sc-2013036259-1-


acordao-tjsc/inteiro-teor-24270002

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