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Texto: MAB
O fato é que desde 2008 há uma crise mundial da economia, que afeta principalmente os
países centrais do capitalismo, como Europa, Estados Unidos e Japão. Desde então,
estas economias enfrentam baixo crescimento e, consequentemente, um lucro mais
reduzido destinado aos setores empresariais.
Petróleo e gás, como todos sabem, são as principais bases de matéria prima e de
eletricidade para a indústria mundial. Por isso, os preços altos significa,
consequentemente, elevação no custo de produção da indústria mundial e, portanto,
maiores dificuldades de superação da crise de realização de valor na indústria do
capitalismo central.
O Brasil tem o que qualquer país central gostaria de ter, ou seja, as reservas do pré-sal e
a Petrobrás. Com o pré-sal o Brasil se coloca entre as maiores reservas mundiais de
petróleo. E com a Petrobrás, o país se coloca na ponta da tecnologia de produção em
áreas profundas – atualmente a estatal concentra 92% da produção brasileira de
petróleo. Além disso, houve avanços importantes nas leis do petróleo na última década
para o bem do povo brasileiro, deixando o imperialismo ainda mais insatisfeito.
É necessário frisar que o principal interesse por trás desses ataques à Petrobrás é do
capital internacional, petroleiras privadas dos países centrais e dos bancos internacionais
de especulação, que possuem fortes aliados internos em nosso país. Estes últimos jogam
como marionetes do Tio Sam, e possuem tentáculos no parlamento, mídia, judiciário e
até em setores do governo.
É neste jogo político, em meio a derrubada dos preços mundiais do petróleo, que
aumentaram os ataques contra a Petrobrás. Momento que coincide com a mais dura luta
eleitoral ao posto de presidente. O capital apostava que ali ganhariam.
O “mercado” criou uma crise política e inicialmente impuseram “Levy” para adotar uma
política econômica rentista, privatista e de “ajuste” que beneficia o capital financeiro e
retira os ganhos que a classe trabalhadora teve nos últimos 12 anos.
Desta nova direção de mercado que surge o plano de “desinvestimento”, que significa
um plano de privatização da Petrobrás e prioridade de atender aos interesses do
“mercado”, ou seja, interesses do capital financeiro internacional.