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APOSTILA

COMUNICAÇÃO

CRISTÃ

Material Compilado pela professora Rosangela Adell (adellreis195@gmail.com)


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1 INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE COMUNICAÇÃO CRISTÃ


A comunicação é uma experiência humana fundamental. A necessidade de se comunicar fez
o homem descobrir, dominar e aperfeiçoar técnicas de comunicação de modo a transformar o
mundo. Os cristãos são chamados a se relacionar, na perspectiva da comunicação como comunhão,
a exemplo de Jesus. Ele soube escutar, respeitar e acolher as pessoas nas suas situações existenciais.
Saiu de si mesmo e foi em direção das pessoas, especialmente das mais necessitadas de amor, afeto,
perdão, solidariedade, pão, justiça e paz.

1.1 A oratória – primeiros conceitos e conceitos atuais


Oratória é a arte de falar em público de forma estruturada e deliberada, com a intenção de
informar, influenciar, ou entreter os ouvintes. A oratória refere-se ao conjunto de regras e técnicas
adequadas para produzir e apresentar um discurso e apurar as qualidades pessoais do orador.
Na oratória, como em qualquer forma de comunicação, existem cinco elementos básicos a
considerar, muitas vezes expressos como "quem diz - o quê - a quem - por que meio - com que
efeitos?".
AUTOCONHECIMENTO - Quem diz? quem é você para falar de tal assunto? - A
primeira pergunta básica na arte da oratória refere-se ao próprio orador, ou seja, quem é a pessoa a
discursar sobre o assunto. É importante que haja uma conexão entre o orador e o assunto pelo qual
ele discursa, por exemplo, ao discursar sobre leis, a pessoa deve ter conhecimentos sobre leis, não
precisa ser exatamente um profissional do ramo, mas se for, ganhará ainda mais precisão sobre o
assunto e credibilidade pelo simples fato de ter conhecimentos de causa. Mesmo quando não somos
profissionais ou especialistas no assunto, podemos sim, discursar sobre, contudo, é necessário que
haja pesquisa e estudo aprofundado do tema para que o orador esteja ciente do que fala. Por isso, se
estiver falando de algo que possui conhecimento e convive, a credibilidade da sua oratória ganhará
mais força.
DOMINIO DO SABER - O quê? - Para que você seja um bom orador, deve dominar
complemente o assunto principal e os tópicos do seu discurso. Isso requer uma demanda de esforço
através de pesquisa, leituras e estudos. Até mesmo àqueles que dominam determinados porque
trabalham com o assunto que discursará, antes de elaborar sua oratória para o discurso precisam
pesquisar, ler e estudar sempre, pois, pode ocorrer esquecimentos ou falhas de informações de uma
coisa ou outra sobre o tema, ou, então, pode até aprender algo novo que ainda não tinha tomado
conhecimento.
ESTAR ATENTO AOS DETALHES - A quem? - O tema e o público alvo estão muito
relacionados, você deve se atentar a isso. Se está prestes a encarar um microfone diante a várias
pessoas que são a favor de, por exemplo, o aumento da maioridade penal, e começar a discursar o
contrário do que eles acreditam, não será muito bem recebido pelo público. Então, conheça seu
público, saiba com quem está falando e o que deve falar e eles.
SABER UTILIZAR AS FERRAMENTAS - Por quais meios? - Quando falamos sobre
meios para uma boa oratória, estamos falando das ferramentas que podem ser utilizadas para
reforçar seus argumentos e opiniões. Ex.: quais são as duas ferramentas essenciais na elaboração de
um texto? É importante que um bom orador tenha pelo menos um conhecimento básico da sua
língua, da ortografia e de regras básicas que a regem. Ou seja, coesão e coerência para fazer com
que suas ideias saiam pela sua boca de forma compreensível e objetiva. Contudo, também é
necessário que haja argumentos válidos no seu discurso, é necessário se ter uma boa argumentação
e utilizar-se dela para persuadir as pessoas. Não é incomum muitos oradores também se utilizarem
de citações de grandes pensadores, referências históricas, etc que possa utilizar como base de seu
pensamento naquele momento, mas não deve haver exageros.
SABER DESPERTAR INTERESSE - Com quais efeitos? - Imaginamos que estamos
praticando nossa oratória para um grupo de diretores de uma empresa interessados em comprar a
patente de um produto novo que você inventou. Então, quais efeitos você deve querer despertar nos
seus ouvintes numa situação como essa? Interesse. Deve fazer com que seu discurso os façam se
interessar e quererem “comprar” o produto. Então você deve preparar um discurso instigador. Ou
caso você queria fazer com que seu público fique eufórico, faça um discurso enérgico. Caso queira
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sensibilizar, faça um discurso dramático. Imagine-se na seguinte situação: uma praça com dez
pessoas a falar ao mesmo tempo, a oferecer um produto que estão a vender. Seria quase impossível
as pessoas da praça conseguir escutá-los ou entendê-los. Porém, a pessoa que se comunica bem, que
tem uma boa oratória, possui maior chances de se destacar. É como se elas tivessem um megafone
em mãos.

O propósito de falar em público pode variar, da simples transmissão de informações, à


necessidade de motivar as pessoas a agir ou, simplesmente, contar uma história. Os bons oradores
devem ser capazes de alterar as emoções dos seus ouvintes e não apenas informá-los. Entre as
personalidades que ficaram famosas pelos dotes como grandes oradores estão Demóstenes, Cícero,
Padre António Vieira e Winston Churchill.
Que tipo de orador você deseja ser? Tudo dependerá de você e de seu objetivo
estabelecido – quanto mais elevadas as suas aspirações mais longe irá sua conquista.
O orador não nasce feito – “a oratória NÃO é um dom natural, mas é um dom adquirido e
aprendido”.
A arte da oratória teve origem na Sicília, no século V a.C. , através de Corax e seu
discípulo Tísias. Aristóteles atribuiu-lhes o mérito de iniciar a retórica. Segundo Corax, o discurso
deveria ser dividido em cinco partes: o exórdio, a narração, a argumentação, a digressão e o epílogo.
Foi em Atenas que a oratória encontrou campo fértil para seu desenvolvimento. Os sofistas
foram os primeiros a dominar com facilidade a palavra. Entre os seus objetivos mais procurados
estava o adestramento para julgar, falar e agir. Promoviam debates, treinavam improvisações,
comentários, praticavam leituras em público, etc.
Demóstenes, grego que sofria do mal da gagueira, não possuía o dom da palavra, mas
quando ficou órfão, seu tutor se apossou de seus bens de direito que era a herança deixada pelo seu
pai, Demóstenes, tentou reaver seus bens nos tribunais, mas devido à sua deficiência, era motivo de
risos e chacotas.
Como todas as pessoas determinadas, Demóstenes e reagiu todo o dia se encaminhava à
beira-mar e tendo como ouvintes as ondas, colocava pedrinhas na boca para discursar, desta forma,
venceu a deficiência e voltando aos tribunais falou com eloquência, e reconquistou sua fortuna
tornando-se o maior orador que a Grécia conheceu, sendo reverenciado por Cícero (Roma),
duzentos e cinquenta anos depois. Cícero foi o maior orador romano.
Nos dias atuais, o auditório solicita uma fala mais natural e objetiva, sem muitos adornos de
linguagem e rigidez técnica, o bom orador tem de ser breve, para garantir a satisfação dos ouvintes
neste mundo cada vez mais exigente e rápido em mudanças.
Todos precisam falar bem e ter boa comunicação para enfrentar as mais diferentes situações:
coordenar subordinados, dirigir ou participar de reuniões, negociar com empregados e grevistas, dar
boas ou más notícias, dar entrevistas, apresentar trabalhos, etc.

1.2 O maior modelo de comunicador – Cristo


Cristo foi o modelo de comunicação. Usava a linguagem certa de acordo com o público
alvo, e quando faltava a linguagem adequada, falava por parábolas. Ele usava o aramaico, a
linguagem coloquial da época, a linguagem do povo. Às vezes, nem os teólogos entendem isso.
Jesus era especialista em eliminar “ruídos” de comunicação para atingir o receptor de Sua
mensagem. Dentre os “ruídos” que Ele eliminava está o preconceito. Jesus Se aproximava das
pessoas derrubando preconceitos, como o existente entre judeus e samaritanos, por exemplo.
Portanto, se quisermos aprender a verdadeira comunicação – aquela que liberta e redime –, devemos
caminhar com Jesus através dos evangelhos. E aproveitar para viajar um pouco, também, com
Paulo, que foi um grande comunicador e imitador de Cristo.

1.3 Qualidade da boa comunicação – persuasão e palavras/ frases que devem ser evitadas ou
devem ser usadas.
No mundo atual, qualquer que seja a atividade que exercemos, a comunicação é
extremamente importante. Calcula-se que durante um dia nós nos comunicamos 90% de nosso
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tempo. Vivemos em constante comunicação. Comunicamo-nos em casa, na igreja, na escola, no


clube, no trabalho, trocando ideias, pontos de vista e opiniões.
A boa qualidade de nossa comunicação no trabalho contribui para um bom desempenho na
execução de nossas tarefas e também contribui para a economia de nosso tempo, pois quando nos
comunicamos mal, precisamos repetir a mensagem e desta maneira despendemos mais tempo. Além
disso, a boa comunicação melhora o entrosamento com os chefes, colegas de trabalho e o
atendimento ao cliente, quer este se encontre na recepção ou ao telefone.

EVITE.
· Gírias (Tá legal, tudo em cima, oi cara, ...)
· Apelidos (Carrapicho, Ferrugem, Canseira, ...)
· Diminutivos (Minutinho, Instantinho, ...)
· Expressões Dúbias ( Eu acho que, Pode ser que, Talvez, ...)
· Palavras negativas ( Problemas, Dificuldades, Gastos, Prejuízo, ...)
· Expressões repetitivas (Né? Sabe? Então, ...)
· Terminações amorosas (Querido, Anjo, Paixão, Amor, ...)
· Frases/Palavras pesadas (Quem é, Não, Já lhe disse, Não é comigo, Tá bom, ...)
· Expressões condicionadas (Poderia, Faria, Gostaria, Se o Senhor quisesse, ...)

USE
Frases de empatia.
· O que vocês sentem é... · Entendo como se sentem...

Palavras positivas.
· Desenvolvimento · Solucionar · Aprimorar · Qualidade · Melhorar · Aumentar
· Crescer · Elevar

Frases no presente.
· Eu desejo... · Eu quero... · Eu gosto... · Eu posso...

Expressões que transmitem confiança.


· Posso afirmar que... · O melhor para... · Tenho certeza.. · Acredito que...

2 A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO

2.1 Como surge o medo de falar em público? (atitudes em relação ao medo, nervosismo,
ansiedade e improviso).
O medo de falar em público funciona relativamente dessa forma. O público (que pode ser de
3 pessoas, uma sala de aula com 30 pessoas ou 3 mil pessoas) é algo não familiar, sem intimidade.
Ou seja, desconhecido. Expor opinião, o ato de falar, de ser observado, de ser analisado,
interpretado e julgado por pessoas “não familiares” gera medo, insegurança. Algumas pessoas
conseguem superar esse medo (ou seja, não ficam paradas) e desenvolvem com mais facilidade o
ato de falar em público. Outras não.
Algumas técnicas podem ser aplicadas. Manter a respiração estável alivia e com o tempo
ajuda a desaparecer os sintomas físicos citados anteriormente. Manter o raciocínio (pensamento)
focado somente na ideia ou no objeto verbal exposto é recomendado. Estabelecer uma postura
corporal confortável antes da exposição, de outra forma, se adequar fisicamente para ser observado
auxilia bastante (para que não haja desequilíbrio, também causado pelo medo).
O principal é a autoconfiança. Ninguém precisa se preocupar com o julgamento dos outros,
ou seja, com “o que ele pensa de mim”. Autoconfiança é estar seguro e satisfeito com “quem eu sou
e o que eu penso sobre mim”. Enfim, superar o medo de falar em público é não se preocupar com a
reação do outro à minha manifestação. E, para superar, é preciso agir.
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Quem é dominado pelo medo, pode começar a se arriscar a falar em público. Aos poucos
vai-se descobrindo que essa sensação de desespero ou fobia é por algo que realmente não existe e
está somente nas confirmações psicológicas da pessoa envolvida pelo sentimento.
Muitos procuram desenvolver sua expressão verbal com o objetivo de eliminar o medo de
falar em público. Até os mais experientes oradores sentem nervosismo, medo, apreensão, etc. O
problema não é sentir isto ou aquilo, mas como você se comporta diante disto ou daquilo.
Os motivos desse temor são: perfeccionismo; nervosismo; auto-imagem negativa; excesso
de autocrítica; barreiras verbais e não-verbais; sensação de ridículo; instabilidade emocional;
desmotivação para superar desafios; cobranças internas e externas; inexperiência na função;
apresentações anteriores frustrantes; medo da responsabilidade proveniente do sucesso; falta de
treino, bem como de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à comunicação eficaz.
Ocorre, então, o seguinte monólogo interno negativo: Será que sou capaz? Sou um
desastre lá na frente. Vou ficar igual a um pimentão. E se rirem de mim? Detesto falar; só gosto de
ouvir. Ficar quietinho é melhor; assim, não incomodo ninguém. Não gosto de minha imagem. Não
tenho talento para isso. Mas eu vou falar o quê? Não quero parecer exibido; se eu aparecer muito,
meu chefe vai me sabotar! Sempre fui tímido; não gosto dos refletores e não vou mudar. Não
adianta falar; eles não vão mudar mesmo... Nasci para ser coadjuvante; prefiro ficar nos bastidores.
Nunca falei em público; vou me atrapalhar, com certeza, e eles não vão prestar atenção em mim.
Não tenho instrução suficiente. Para que falar? O salário vai ser o mesmo... Minha voz é horrível!
Ainda se eu tivesse a voz do Cid Moreira ou o talento da Fernanda Montenegro... Falar em público
é para artista. Discurso é bom para os políticos. Sou bom para falar com duas ou três pessoas, no
máximo; muita gente me dá pavor. Quero fazer meu serviço e ir para casa, ver televisão. Só gosto
de lidar com máquinas, pois as pessoas dão muito trabalho.

O homem possui na constituição da sua expressão verbal dois tipos de oradores:


Orador real - é a verdadeira imagem do comunicador, composta dos defeitos naturais do
ser humano e das qualidades visíveis. É o que aparece aos olhos da plateia.
Orador imaginado – é a imagem que o comunicador pensa que transmite aos ouvintes.
Pelas pressões cotidianas recalcamos fracassos e dissabores com os quais muitas vezes construímos
uma imagem distorcida, imaginada dentro de um perfil psicológico tão concreto que parece
verdadeira. Mesmo que se tenha técnicas da boa expressão verbal de nada adiantará se o orador
imaginado existe realmente. Deve-se adquirir confiança através de uma avaliação de seus aspectos
positivos e criar um retrato interior imaginado mais próximo daquele demonstrado pelo seu orador
real.

2.2 Como se preparar para falar em público?


A apresentação começa quando se chega ao local pela observação dos espectadores e pela
sua postura, interesse no ambiente, fisionomia simpática, etc. Na tribuna seja determinado e
demonstre confiança no andar e convicção na postura. Cuidado com as roupas alinhe-se antes de
subir a tribuna, pois detalhes mal alinhados podem provocar risos ou distrações na plateia.
Ao chegar na tribuna com calma acomode as folhas com anotações, acerte o microfone, olhe
rapidamente para a plateia e se for o caso esboce uma aparência sincera e amiga. O sorriso é um
bom amigo, mas cuidado com a linguagem corporal, esta deve representar as palavras ditas e não
contradizê-las.
ATITUDES EM RELAÇÃO AO MEDO E NERVOSISMO

1. Quando o medo aparecer, encare-o normalmente - Não; você não é o único que sente
medo de falar em público. É um dos maiores medos do ser humano, como já dito. Os maiores
oradores, embora não demonstrem ou até mesmo não confessem, de vez em quando são atacados
pelo mesmo inimigo. Muitos deles, mesmo declarando que não sentem receio de falar em público,
traem-se pelo empalidecer das faces, pelo tremor das mãos, pela movimentação desordenada das
pernas e outros indicadores da presença do gigante negro. Portanto, não fique desesperado quando o
medo aparecer. Ele é normal e com o tempo perderá a batalha para a sua experiência e
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tranquilidade. Acredite: muitas pessoas que hoje você admira enfrentaram as mesmas dificuldades.
Para evitar o medo, nada melhor que conheça bem o assunto e praticar bastante.

2. Controle seu nervosismo - Ao se aproximar o momento de falar; seja numa solenidade


importante, diante de um auditório numeroso; seja numa reunião social, diante de alguns amigos,
não alimente a chama do seu nervosismo. Atitudes como fumar seguidamente, roer as unhas, cruzar
de maneira descontrolada os braços e as pernas, andar sem rumo de um lado para outro são
condenáveis, farão você ficar mais tenso e aumentarão sua intranquilidade. Procure deixar seu
corpo em posição descontraída, solte os braços e as pernas, e respire profundamente. Se você estiver
muito agitado, esta descontração forçada poderá, no início, parecer um pouco desconfortável, mas,
quando pronunciar as primeiras palavras de forma mais tranquila e confiante, reconhecerá que seu
pequeno esforço foi plenamente recompensado.

3. Tenha uma atitude correta - Renomados psicólogos estudaram profundamente o


significado dos gestos e hoje podemos conhecer com pequena margem de erro o que as pessoas
estão sentindo ou pretendendo, sem ouvirmos uma só palavra, isto é, apenas analisando a linguagem
do corpo. Normalmente os nossos gestos são inconscientes, mas, observados até por leigos neste
campo da psicologia, podem transmitir o que se passa em nosso íntimo. Vigiar o comportamento do
corpo é instruí-lo a não refletir os nossos receios, além de ser uma técnica correta de combatê-los.
Ao caminhar para o palco, demonstre pela sua postura um comportamento seguro e confiante; faça-
o sem hesitar. O auditório ficará interessado em ouvir um orador que demonstra a atitude de alguém
equilibrado. Com o tempo, você estará tão acostumado a comandar seu corpo, que acabará agindo
naturalmente, adquirindo e transmitido sua confiança.

4. Antes de pensar como, saiba o que falar - O orador preparou a sua palestra com todo
cuidado, efetuou completa pesquisa nos seus livros, arquivos e anotações. Não esqueceu um
detalhe. Ao revisar o trabalho, conclui que ali não caberia uma vírgula sequer, nada mais poderia
ser acrescentado. Porém, ao apresenta-lo diante do auditório, verificou que estava enganado, faltava
algo na sua exposição. Enquanto falava, lembrou-se de um fato que ilustraria o assunto de forma
mais simples e objetiva. Quadros como este que descrevemos são muito comuns. Quase sempre o
orador complementa sua palestra com observações feita no próprio ambiente do auditório. Um
simples gesto ou comentário dos ouvintes pode dar a quem fala a oportunidade de perceber aspectos
que não poderia imaginar sozinho, afastado deste clima repleto de motivações. Embora saiba,
entretanto, que estes fatos são frequentes, não espere que a tribuna seja sua única fonte de
inspiração. Você controlará o medo de falar na frente das pessoas, se souber exatamente o que vai
dizer. Apresentar um assunto que não foi convenientemente preparado é o mesmo que andar por um
campo minado, temendo a cada passo encontrar uma bomba. Se ocorrerem novas ideias enquanto
estiver falando, ótimo, transmita-as aos ouvintes. Agora, deixar de se preparar, esperando que elas
apareçam diante da plateia, além de tirar sua tranquilidade, é um risco que ninguém deve correr.

5. Não adquira vícios - Botões do paletó, bolsos, lápis, giz, folha de papel, fio do microfone
não poderão oferecer-lhe segurança. Já observou quantos oradores procuram acalmar-se, mexendo
nos botões do paletó ou colocando as mãos nos bolsos? Pensar que agindo assim o nervosismo
desaparecer é um engano. Poderá tornar-se um péssimo vício (se é que existem bons) e arriscará a
desviar a atenção do auditório, que durante todo o tempo precisa ficar concentrada nas suas
palavras. Acostume-se desde o início a não colocar os cotovelos sobre a mesa ou sobre a tribuna, a
não segurar objetos nas mãos, a não se apoiar, ora sobre uma perna, ora sobre a outra. Estas são
fugas que só poderão atrapalha-lo. Enfrentando conscientemente e sem artifícios o problema do
medo, você irá controla-lo mais rapidamente. Desde que não se transforme num vício, pouco antes
de se dirigir à tribuna, descarregue o excesso de tensão, apertando as mãos. Mas faça isso apenas
uma ou duas vezes, ou poderá chegar diante do público com esta atitude, e demonstrando que está
nervoso.
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6. Chame sua voz com a respiração - Normalmente, a primeira indicação que recebemos
sobre as alterações ocorridas no estado emocional de uma pessoa é através da voz. O nervosismo
deixa a voz enroscada na garganta e cada frase é pronunciada com dificuldade, aumentando assim a
intranquilidade de quem fala. Tossir, pigarrear, além de ser desagradável aos ouvidos da plateia, não
resolve o problema, ao contrário, poderá agravá-lo. Se ocorrer um desequilíbrio vocálico quando
estiver falando, fique tranquilo, respire profundamente e em seguida provavelmente a voz voltará ao
estado normal.

7. A prática irá proporcionar-lhe o reflexo - No início, você não saberá se deve gesticular
com o braço direito, com o esquerdo, com os dois, se olha para o auditório, se pensa no que vai
falar, ou se fala sem pensar. Nessa fase você estará agindo com a atenção concentrada em cada
detalhe, timidamente. A partir do momento que as suas atitudes forem impulsionadas pelos reflexos
adquiridos pela prática, você se sentirá despreocupado, natural, confiante. Dificilmente descobrimos
quando estamos vivendo esta transformação. De repente percebemos que o medo de falar já está
controlado e chegamos a rir, quando nos lembramos daqueles temores que durante boa parte da vida
estiveram ao nosso lado.

Texto analisado – O PASSEIO


Uma família inglesa foi passar as férias na Alemanha. Durante um de seus passeios, os
membros da referida família, gostaram de uma pequena casa de verão que era alugada para
temporadas. Falaram com o proprietário, um Pastor Protestante pediram-lhe que mostrasse a casa, a
qual muito agradou aos visitantes. Combinaram então, alugá-la para o verão vindouro. Regressando
à Inglaterra, discutiam os planos para as próximas férias, quando o chefe da família lembrou-se de
não ter visto o banheiro. Confirmando o sentido prático dos ingleses, escreveu ao Pastor, para obter
pormenores.
A carta foi redigida assim: “Sou membro da família que há pouco o visitou com a finalidade
de alugar sua propriedade no próximo verão, mas como esquecemos de um importante detalhe,
muito lhe agradeceríamos se nos informasse onde se encontra o W.C. Aguardando a sua resposta”.
O Pastor Protestante, não compreendendo o sentido exato da abreviatura W.C., mas
julgando tratar-se da capelinha inglesa White Chapel, respondeu nos seguintes termos.
“Gentil Senhor, Recebi sua carta e tenho o prazer de comunicar-lhe que o local a que se
refere fica a 12 Km da casa. Isto é muito incômodo, sobretudo para quem tem o hábito de ir lá
diariamente. Neste caso é preferível levar comida e ficar o dia todo. Alguns vão a pé, outros de
bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e mais 100 em pé. Há ar condicionado para evitar os
inconvenientes da aglomeração. Os assentos são de veludo.Recomenda-se chegar cedo para
conseguir lugar para sentar. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam em coro. Na
entrada é fornecida uma folha de papel a cada pessoa, mas se alguém chegar depois, pede a do
vizinho. Essa folha deve ser usada durante todo o mês. As crianças não recebem folhas, dado o
número limitado das mesmas. Existem amplificadores de sons, de modo que, quem não entra, pode
acompanhar os trabalhos lá de fora, pois se ouvem os mínimos sons.Ali não há qualquer
preconceito, pois todos se sentem irmanados, sem distinção de sexo ou cor. Tudo o que se recolhe lá
é para os pobres da região. Fotógrafos por vezes tiram fotografias para o jornal da cidade, para que
todos possam ver seus semelhantes no cumprimento do dever humano.” A família inglesa sentindo-
se ofendida rompeu o contrato.

Exercício - CRIAÇÃO MENTAL.


A técnica de criação mental objetiva vivenciar a situação de risco, com esta antecipação, nos
preparamos antes da situação acontecer, para resgatar este momento na hora de necessidade faremos
também a “ancoragem”. Devemos ressaltar que esta técnica não se relaciona com qualquer religião.
Técnica:
- Coloque uma música bem calma, de preferência instrumental;
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- Sente-se ereto em uma cadeira com as costas bem apoiadas no encosto (este exercício
também pode ser feito deitado), apoie seus pés completamente no chão, coloque as mãos
espalmadas sobre as coxas;
- Feche os olhos e relaxe;
- Sinta a sola de seus pés, se concentre nesta parte do seu corpo, sinta uma gostosa sensação
de formigamento ou calor, após isto faça o mesmo para as panturrilhas (batata da perna) e canelas,
joelhos parte inferior das coxas e parte superior das coxas, sinta a mesma sensação na região do
estômago, lentamente, sinta o calor subir na base de suas costas pela coluna até a base do pescoço,
faça o mesmo para a região do peito, respire lenta e vagarosamente, sinta o ar entrando e saindo de
seus pulmões, relaxe e sinta o formigamento leve atingir seus ombros, os músculos dos braços,
antebraços, até atingir suas mãos, principalmente a palma das mãos, continue até o pescoço,
maxilar, olhos e cabeça;
- Pronto você está preparado para iniciar a criação mental;
- Agora visualize com os olhos ainda fechados uma tela branca, como se você estivesse
sozinho dentro de um cinema escuro, nesta tela você está assistindo em preto e branco um orador
falando para uma plateia imensa, com mais de mil pessoas o escutando atentamente e de vez em
quando o aplaudindo com fervor, sinta o som desses aplausos, veja como este orador agrada e
levanta este público atento e feliz;
- Aproxime a imagem lentamente até chegar perto do orador, este orador vai te olhar como
se estivesse sabendo que você o assiste e sorri para você, neste momento todo seu corpo se arrepia,
uma emoção toma conta de você, o orador é você mesmo, sim você está falando para mais de mil
pessoas e elas o aplaudem fervorosamente, o admiram e o escutam;
- Você ainda tomado de emoção entra no filme e se transporta para o lugar deste
personagem, agora você é o artista principal e olha para a plateia agora em cores, com várias faixas
com seu nome escrito em vermelho, azul, amarelo. Neste momento vamos juntar os dedos polegar,
indicador e médio para ancorar este sentimento de satisfação e alegria, o senso do dever cumprido,
de uma plateia vibrante e satisfeita;
- Lentamente circule entre a plateia, abrace os ouvintes, comprimentos, agradeça os elogios,
dentro desta plateia estão seus familiares queridos e seus melhores amigos e colegas, todos te
parabenizando;
- Agora saia novamente do filme, volte ao seu lugar no cinema;
- Tenha estes pensamentos na mente: “Eu sou vencedor, eu sou competente, eu sou um
orador aplaudido”;
- Agora vamos mexer lentamente os braços relaxando, mexer lentamente a cabeça, se ajeitar
na cadeira, mexer as pernas e os pés lentamente;
- Quando eu contar até três, vamos abrir os olhos e sentir o relaxamento ocasionado pelo
exercício (um, dois, três);
Pronto você acabou de realizar o exercício de criação mental e ancoragem, a ancoragem
funciona da seguinte forma: Toda vez que você for falar em público junte os três dedos da mesma
maneira que fizemos agora, imediatamente visualize a situação do exercício e sinta toda a emoção
positiva que virá atrelado a este gesto, e encare a situação com toda a naturalidade.

2.3 Comunicação não-verbal ou linguagem corporal

Refere-se a maneiras de expressão que não utilizam palavras ou que não recorrem a
linguagem escrita, e engloba o aprendizado dentro de uma cultura, gestos, trejeitos faciais, posturas
corporais e distâncias físicas que são inconscientes. Este tipo de comunicação é marcada por
algumas vezes um indivíduo guardar uma boa ou má impressão de alguém que possa ter conhecido.

1º. Segredos da comunicação eficiente - O conhecimento de sinais corporais nos ajuda a


aprimorar a comunicação interpessoal – tanto na emissão como na recepção de mensagens. Ela tem
grande impacto na forma como nos comunicamos e pode refletir pensamentos e sentimentos não
pronunciados verbalmente – além de sentimentos e desejos inconscientes.
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Você e todas as pessoas ao seu redor transmitem continuamente mensagens não verbais por
meio de comportamentos involuntários ou deliberados. Isto significa que você possui uma fonte
constante de informações a seu respeito e a respeito dos outros. Se for capaz de observar e
interpretar parte desses sinais, você terá maior chance de saber o que os outros sentem e pensam,
além de ter a chance de conhecer-se melhor.
Há momentos em que as palavras dizem uma coisa, mas a linguagem corporal diz outra bem
diferente. Como na loja em que a vendedora olha distraidamente para as unhas enquanto pergunta
se pode lhe ser útil – seu desinteresse é mais do que claro apesar das palavras educadas.
Quando há uma postura de preponderância do tórax, estamos diante de pessoas vaidosas,
seguras de si e que detém de algum poder; Quando somente a cabeça se ergue, estamos diante de
alguém insociável, autossuficiente, que mantém o controle de si. O tórax em posição inversa,
encolhida, indica que estamos diante de pessoas tímidas, submissas, retraídas; Com a cabeça baixa
seu corpo diz: “estou diante de grandes desilusões, sou tímido em relação a este ambiente ou sinto-
me frágil mentalmente/moralmente”.
Essas ilustrações e as demais, refletem, na maioria das vezes, apenas o momento e isto não
quer dizer que faça parte da personalidade da pessoa.

2º. Linguagem corporal e não-verbal (corpo e postura, voz, toque) - A linguagem


corporal corresponde a todos os movimentos gestuais e de postura que fazem com que a
comunicação seja mais efetiva. A gesticulação foi a primeira forma de comunicação. Com o
aparecimento da palavra falada os gestos foram tornando-se secundários, contudo eles constituem o
complemento da expressão e auxiliam na comunicação verbal, devendo ser coerentes com o
conteúdo da mensagem.
A expressão corporal é fortemente ligada ao psicológico, pois os traços comportamentais são
secundários e auxiliares. Uma pesquisa da UCLA (Universidade da Califórnia) descobriu que para
o sucesso, ou fracasso, de uma comunicação, as palavras (isto é, o que falamos) contribuem com
7%, o tom de voz contribui com 38% (entonação, volume, timbre) e a expressão facial/corporal
contribui com 55% (gestos, posturas, contato visual).
Há dois fatores importantes para a compreensão da linguagem corporal:
1. Fatores externos ou socioculturais. A linguagem corporal sofre influências culturais e
sociais. Por exemplo, pessoas de países diferentes provavelmente irão interpretar gestos e sinais de
forma diferente, já que estes ganham significado dentro de um determinado contexto cultural e
social. Homens e mulheres usam a linguagem corporal de forma adequada ao seu papel social.
2. Fatores psicológicos e hábitos. A expressão corporal é fortemente ligada ao estado
psicológico do indivíduo e reflete sentimentos e interesses pessoais – de forma consciente ou
inconsciente. Além disso, alguns gestos estão relacionados a hábitos pessoais.
Como você abre seu presente diz muito sobre você
A autora de livros sobre comportamento humano Elayne Kahn resolveu analisar nossa
linguagem corporal quando ganhamos presentes de outras pessoas. Com o resultado em mãos, ela
montou uma tabela que relaciona o ato a características de nossa personalidade, depois de
entrevistar os voluntários que participaram da pesquisa. Veja se você se encaixa em um dos perfis:
Se você chacoalha o presente e tenta adivinhar o que tem dentro – é dramático e precisa ser
o centro das atenções. É também um grande contador de histórias. Se você abre o cartão primeiro –
é pensativo e sensível. Não tem atitudes compulsivas – como gastar os tubos no cartão de crédito
quando sai às compras. E liga para o que as pessoas pensam sobre você. Colocam-se seus presentes
em volta para que todos vejam – adora entreter os outros, é animado e divertido. Divide as coisas
com mais facilidade. Abrem-se os presentes quando está só – também chora só, não divide opiniões
ou sentimentos com os outros. Pode se sentir isolado pelos pares, mesmo não sendo. Espera-se para
abrir seus presentes por último – é inseguro e preocupado. Pode se passar por egoísta, mas é pura
timidez.
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Corpo e postura - A orientação do corpo reflete o grau em que nos aproximamos ou


afastamos de uma pessoa. Por exemplo, virar-se diretamente para alguém sinaliza seu interesse na
pessoa, enquanto ficar de lado sinaliza um desejo de evitar o envolvimento ou de manter a conversa.
A postura também pode ser bastante reveladora; percebemos isso analisando algumas
expressões coloquiais que ligam os estados emocionais a posturas do corpo, como:
Você vai ficar de braços cruzados?
Pare de carregar o mundo sobre os ombros!
Mantenha a cabeça erguida!
Encare o medo de frente.
Fique de olhos bem abertos.
Ela estava de queixo caído.
A secretária empurrava o trabalho com a barriga.
Que nariz empinado!
O homem babava por aquela mulher.
Não seja tão cara-de-pau.
Estudiosos afirmam que mantemos uma postura relaxada quando nos sentimos à vontade e
não ameaçados, mas nossa postura se torna mais tensa quando sentimos algum tipo de ameaça. Por
exemplo, pessoas que estão em posição hierárquica superior tendem a se mostrar mais relaxadas do
que pessoas em posição hierárquica inferior.

Gestos - Alguns gestos transmitem mensagens intencionais, como um polegar erguido em


aprovação a uma ideia. Mas há casos em que os gestos são inconscientes. Alguns indicam
desconhecimento (dar de ombros); vaidade (ajeitar os cabelos, olhar-se no espelho, ajeitar as
roupas); apertar ou manipular frequentemente alguma parte do corpo (desconforto). Mas muitos
gestos são ambíguos e podem assumir diferentes significados.
A ausência de gestos também pode significar algo, como tristeza, desinteresse, desânimo ou
tédio. A língua de sinais ou língua gestual se refere ao uso de gestos e sinais em vez de sons na
comunicação. É muito utilizada como forma de entendimento entre pessoas surdas, mudas e com
problemas auditivos. Mas é usada também para a comunicação nos esportes e em algumas
atividades profissionais. A língua de sinais é tão natural e tão complexa quanto as línguas orais,
dispondo de recursos expressivos suficientes para permitir aos seus usuários expressar-se sobre
qualquer assunto, em qualquer situação, domínio do conhecimento e esfera de atividade.
Não se sabe quando as línguas de sinais foram criadas, mas sua origem remonta
possivelmente à mesma época ou a épocas anteriores àquelas em que foram sendo desenvolvidas as
línguas orais. Especialistas consideram esta possibilidade devido ao fato de que o bebê humano
desenvolve a coordenação motora dos membros antes de falar.

Rosto e olhos - O rosto e os olhos são as partes mais notadas do nosso corpo, mas a
interpretação das expressões faciais e dos movimentos dos olhos é uma tarefa muito complicada.
Segundo Adler e Towne (2002), emoções diferentes aparecem mais claramente em partes diferentes
do rosto. Por exemplo, felicidade e surpresa aparecem mais nos olhos e na parte inferior do rosto; a
raiva manifesta-se mais na parte inferior, nas sobrancelhas e na testa; o medo e a tristeza, nos olhos;
a repugnância, na parte inferior da face.
Pesquisas identificaram seis emoções básicas que as expressões faciais refletem: surpresa,
medo, raiva, repulsa, felicidade e tristeza – sentimentos que parecem estar presentes em todas as
culturas. Geralmente, as pessoas são bastante hábeis no julgamento das expressões faciais dessas
emoções. Esta habilidade aumenta quando se conhece o alvo ou o contexto em que a expressão
ocorre. Segundos pesquisadores do assunto, uma pessoa é capaz de fazer e reconhecer cerca de 250
mil expressões faciais por dia (PEASE; PEASE, 2005). Os olhos podem enviar vários tipos de
mensagens. Por exemplo, fitar alguém nos olhos é, em geral, um sinal de envolvimento, mas desviar
os olhos sinaliza, com frequência, o desejo de evitar o contato.
Os olhos também comunicam dominação ou submissão. Por exemplo, baixar os olhos
significa que a pessoa cedeu. Em algumas ordens religiosas, por exemplo, os membros
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subordinados devem manter os olhos baixos quando falam com um superior. As pupilas dos olhos
também comunicam. Pesquisadores descobriram que os olhos de uma pessoa se tornam maiores na
proporção do seu grau de interesse por um objeto.
Voz – 38% - A voz é um importante canal de comunicação não-verbal (38% da linguagem
corporal). A forma como uma mensagem é enunciada pode dar à mesma palavra ou palavras vários
significados. Veja no exemplo abaixo como a ênfase dada a uma palavra pode mudar o sentido da
frase (adaptado de ADLER; TOWNE, 2002):
Este é um fantástico filme de ação. (Não apenas qualquer filme, mas este em particular.)
Este é um fantástico filme de ação. (Este filme é superior, extraordinário.)
Este é um fantástico filme de ação. (O filme é ótimo como uma obra de ação; pode não ser
tão bom quanto um musical ou um filme artístico.)
Este é um fantástico filme de ação. (Não é um livro ou um CD; é um filme.)
O tom de voz, o ritmo, a altura, as pausas, entre outros aspectos da voz são importantes para
reforçar ou contradizer a mensagem que nossas palavras transmitem.

Toque é uma das mais poderosas formas de comunicação não-verbal, mas precisa ser usado
com cuidado. O ritual de toque mais comum através de culturas é o cumprimento de chegada e
saída. Dependendo do local ou país, isto pode incluir apertar mãos, abraçar, beijar, esfregar narizes
ou outra forma de toque. Se você pretende relacionar-se com pessoas de diferentes locais, deve
informar-se sobre os rituais de cumprimento, assim terá a chance de apresentar-se melhor e evitar
gafes e situações desagradáveis.
O toque é normalmente usado para demonstrar empatia, especialmente entre as mulheres.
Para mostrar empatia quando não se é muito chegado a outra pessoa, são usados toques mais
rápidos e distantes, nas costas, ombros ou no braço. Mesmo um pequeno toque pode ser muito
confortante e incentivador. Abraçar demoradamente ou tocar o braço por um período mais longo
são formas de toque apropriadas quando existe maior grau de intimidade entre as pessoas.

Aperto de mãos é um ritual básico de cumprimento que pode conter muitos significados.
Para começar bem um relacionamento ou uma reunião, precisamos que este toque transmita uma
mensagem firme e positiva. Veja a seguir alguns erros que transformam seu aperto de mãos em um
cartão de visitas desagradável:
Apertar a mão do outro usando força exagerada.
Ter as mãos suadas e pegajosas.
Oferecer a mão com a palma para baixo com objetivo de “ficar por cima”, colocando o
interlocutor em posição de inferioridade.
Estender o dedo indicador e tocar o punho do interlocutor.
Usar apenas as pontas dos dedos.
Não tocar a palma da mão do interlocutor.
Manter o braço muito esticado.
“Puxar” a pessoa durante o aperto de mãos, desequilibrando-a.
Sacudir demasiadamente a mão do interlocutor.
Pesquisas indicam que um aperto de mãos pode ser muito mais eficaz quando é
acompanhado por um leve toque no cotovelo ou na mão da outra pessoa.

CURIOSIDADES.....
Por que os homens não conseguem mentir para as mulheres?
As pesquisas sobre linguagem corporal revelam que, na comunicação frente a frente, os
sinais NÃO-verbais podem equivaler até 80% do impacto da mensagem. Como as mulheres são
melhores na sua percepção sensorial cortical, a mulher recebe e analisa as informações rapidamente
e sua integração eficiente dos hemisférios cerebrais permite integrar e decifrar muito bem os sinais
transmitidos. Pesquisas comprovam que o estrogênio, hormônio feminino, contribui para o
aumento em 30% do corpo caloso, que é a área de conexão entre os dois hemisférios cerebrais e
isso permite processar melhor os dados. Como o homem têm menor capacidade de percepção e
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integrar as aferências sensoriais e fazer conexões com entre diferentes regiões específicas, a mulher
aproveita-se disso e com isso consegue enganar facilmente. Até a própria pele da mulher é mais fina
e mais sensitiva, explicando a alta dependência do toque.
Porque as mulheres falam mais cedo que os homens?
As mulheres desenvolvem mais cedo o hemisfério esquerdo que é o responsável pela
linguagem do que os homens (que desenvolvem mais o direito). Isso explica também o fato dos
meninos terem mais inteligência espacial e os consultórios dos fonoaudiólogos serem cheios de
meninos. Além disso quando a mulher fala com o homem em uma relação amorosa, isso ativa no
cérebro dela o sistema de recompensa, como se a recompensa dela fosse a sua atenção ou até você
mesmo. Portanto, quanto mais a mulher fala, mais interessada ela está em você.

3º. Leitura da linguagem corporal – hábitos e comportamento - A linguagem corporal é


responsável pela “primeira impressão” que temos de uma pessoa – a impressão que fica registrada
na memória e que tem grande influência em nossas atitudes posteriores. Receitas não se aplicam a
todos - Cada pessoa é única, por isso seus sinais corporais podem ter outros significados. Na
verdade, pessoas que viveram experiências diferentes das nossas, particularmente aquelas que têm
outras origens culturais, apresentarão sinais corporais diferentes.
Vamos ver a seguir alguns exemplos de linguagem corporal.
Autoconfiança - Tente lembrar a primeira vez que você conheceu alguém no trabalho ou na
faculdade. Ou a última vez em que assistiu a uma aula, palestra, apresentação. Quais foram as suas
impressões? A pessoa conseguiu te convencer? Você sentiu confiança? Você teve vontade de
aproximar-se da pessoa, conhecê-la melhor ou preferiu afastar-se dela? Ao observar outras pessoas,
você pode perceber sinais que demonstram se elas estão sentindo-se confiantes ou inseguras. Coisas
típicas para se observar em pessoas confiantes são:
• Postura – esguia; ombros para trás.
• Contato visual – sólido e com um rosto “sorridente”.
• Gestos abertos e determinados, com o uso dos braços e mãos.
• Velocidade da fala – devagar e clara.
• Tom de voz – moderado ou baixo.
Atitude defensiva - Em algumas situações importantes, como o fechamento de um negócio
ou a assinatura de um contrato, seu interlocutor pode adotar uma atitude defensiva, fechando-se
para seus argumentos e informações, parando de ouvir o que você tem a dizer. É claro que isso pode
colocar tudo a perder. Mas como saber se isto está acontecendo? Alguns sinais comuns de que uma
pessoa está na defensiva são:
• Os gestos são curtos (tímidos), mãos e braços próximos ao corpo.
• Expressões faciais são mínimas.
• O corpo mantém-se distante de você.
• Braços estão cruzados na frente do corpo.
• Os olhos evitam contato, a cabeça está baixa.
Desmotivação - Há momentos em que desejamos a atenção total de uma audiência, além do
seu engajamento e entusiasmo. A apresentação de um plano de negócios para um conjunto de
investidores é um bom exemplo. Mas nem sempre conseguimos que todos fiquem atentos em uma
apresentação. Como identificar os sinais da desmotivação e do desinteresse?
• A cabeça está baixa.
• O olhar está vidrado ou voltado em outra direção.
• As mãos provavelmente estão mexendo em algum objeto ou nas roupas.
• A pessoa está tombada ou “escorregando” na cadeira.
Se perceber que alguém demonstra esses sinais, você pode tentar fazer algo para trazer de
volta sua atenção, como fazer uma pergunta direta ou mudar o foco do assunto.
Reflexão - Em entrevistas ou negociações, é necessário saber quando uma pergunta feita é
muito importante para seu interlocutor. Da mesma forma, você pode indicar a importância de um
assunto demonstrando que precisa refletir melhor antes de responder. Os sinais da reflexão são:
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• Os olhos desviam-se por um momento, mas o contato visual firme é retomado na hora da
resposta.
• O dedo acaricia o queixo.
• A cabeça inclina-se, com os olhos fixando o alto.
Raiva - A raiva é um sentimento forte, que pode dominar uma pessoa e criar muitos
problemas em situações da vida cotidiana e em situações profissionais. Uma pessoa com raiva tem
dificuldade para ouvir e uma tendência maior a perceber apenas os aspectos negativos de uma
situação ou de uma mensagem.
Os sinais mais comuns da raiva são:
• Pescoço e/ou face vermelho ou corado.
• Mostrar e ranger os dentes.
• Mãos cerradas.
• Inclinar-se para frente ou invadir o espaço corporal do interlocutor.
• Gestos agressivos.
O poder dos videntes - Segundo os especialistas Allan e Bárbara Pease (2005), videntes se
utilizam de uma técnica conhecida como “leitura a frio”, que consiste na observação atenta dos
sinais da linguagem corporal. Pesquisas indicam que esta técnica, aliada ao entendimento da
natureza humana e ao conhecimento de probabilidades, é capaz de proporcionar uma precisão de
cerca de 80% quando se “lê” uma pessoa desconhecida.
Medo, ansiedade, nervosismo - O medo ocorre quando as necessidades básicas de um
indivíduo são ameaçadas. Existem vários níveis de medo, desde uma fraca ansiedade até o terror
cego. As mudanças corporais são as seguintes:
• Suor frio
• Palidez
• Boca seca (pessoa molha os lábios constantemente ou tosse, limpando a garganta)
• Falta de contato visual
• Olhos úmidos
• Lábios trêmulos
• Variações na velocidade da fala
• Erros na fala
• Tremor na voz
• Alta pulsação (visível por tremor nas veias do pescoço ou nos membros)
• Tensão muscular
• Respiração profunda ou entrecortada
Mentira - Perceber que uma pessoa está mentindo pode nos ajudar a enfrentar e solucionar
uma situação difícil. Os sinais típicos da mentira são:
• A pessoa evita o contato visual, ou faz muitos movimentos rápidos com os olhos (piscar
com maior frequência ou piscar muito rapidamente).
• Geralmente mãos ou dedos estão na frente da boca, ou a pessoa coça o nariz quando fala.
• O corpo inclina-se para trás, ou há movimentos corporais incomuns; corpo tende a se
retrair ao contar uma mentira, encolhendo braços, pernas – ocupando “pouco espaço”.
• A respiração é mais rápida – pequenas e rápidas golfadas de ar, alternadas com suspiros
longos e profundos.
• A aparência geral da pessoa é diferente de alguma forma, por exemplo: aparecimento de
áreas vermelhas na face ou no pescoço.
• A transpiração aumenta.
• Há mudanças na voz, alterações no tom, gaguejos, travas no diálogo com o uso excessivo
de pausas e comentários como “hummm”, “hã” ou “você sabe”; limpeza da garganta ou engolir em
seco.
• Pode haver mudança brusca de humor.
• A pessoa, em geral, tenta ganhar mais tempo na elaboração de uma resposta, por exemplo,
pedindo que o interlocutor repita a pergunta feita.
• A pessoa usa humor ou sarcasmo para mascarar o assunto incômodo.
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• As pupilas de quem está mentindo podem dilatar.


• Quando alguém está mentindo, sorri menos que o habitual.
Estes sinais podem ser muito úteis em entrevistas de contratação e em situações de
negociação. Mas lembre-se de que a linguagem corporal pode mudar de pessoa para pessoa. Não
tire conclusões apressadas quando identificar alguns sinais de mentira. Muitos desses sinais podem
indicar um simples nervosismo. Faça mais perguntas e explore mais a situação antes de acusar
alguém.

4º. Como melhorar sua comunicação corporal em ambiente profissional e social - Você
pode melhorar a sua linguagem corporal praticando regularmente e observando a si mesmo em
situações variadas. Maus hábitos podem levar algum tempo para serem corrigidos, mas comece
devagar e não desanime.
Para manter uma postura corporal adequada, demonstrando naturalidade e
autoconfiança, siga as recomendações a seguir.
Não cruze braços e pernas. Isto pode ser interpretado como uma posição defensiva ou de
cautela.
Mantenha contato visual, mas não encare. Não fazer contato visual pode ser um sinal de
insegurança. Se você está falando com várias pessoas, procure ter contato visual com todas elas
para criar um bom vínculo. No entanto, contato visual em excesso pode causar desconforto na outra
pessoa.
Não tenha medo de ocupar o seu espaço. Por exemplo, sentar-se de forma confortável é
um sinal de autoconfiança. Sente de forma ereta, mas relaxada (sem escorregar ou parecer
desleixado).
Relaxe seus ombros. Ombros travados e levantados expressam tensão e nervosismo.
Ao ficar em pé, mantenha os pés apoiados de forma que o peso do corpo seja distribuído de
forma equivalente. Os joelhos nunca devem estar totalmente travados, mas levemente flexionados.
Tente manter os pés inteiramente apoiados ao chão, as costas completamente apoiadas no
encosto da cadeira e joelhos em ângulo de 90°.
Acene com a cabeça. Acenar de vez em quando é um sinal de que você está ouvindo com
atenção. Mas cuidado para não exagerar – ficará parecendo um“pica-pau”.
Incline-se, mas não muito. Ao se apresentar, aproxime-se do interlocutor inclinando o
corpo levemente em sua direção, este é um sinal de abertura para a comunicação. Se desejar
demonstrar interesse no que alguém está dizendo, incline-se na direção da pessoa. Mas não se
incline demais ou poderá parecer desesperado por atenção. Se desejar passar autoconfiança, incline-
se um pouco para trás. Não exagere ou dará a impressão de arrogância e distanciamento.
Não invada o espaço corporal dos outros. Deixe que a outra pessoa mantenha seu próprio
espaço. Ficar perto demais pode causar um grande desconforto.
Sorria. Mantenha sempre uma expressão relaxada, com um leve ar de sorriso nos olhos. Se
ouvir algo engraçado, ria naturalmente. As pessoas tenderão a ouvi-lo com mais atenção, se você
mostrar-se agradável e positivo. Mas evite os extremos – rir demais (de piadas nem sempre
engraçadas) pode passar uma impressão de nervosismo ou necessidade urgente de aceitação.
Não fique tocando o rosto e os cabelos. Isto costuma ser interpretado como nervosismo e
pode distrair os ouvintes.
Mantenha a cabeça erguida. Não fique olhando para o chão, você parecerá inseguro e
perdido. Mantenha a cabeça reta e os olhos na direção do horizonte.
Vá um pouco mais devagar. Este é um bom conselho para muitas situações. Andar ou falar
sem pressa não apenas fará você parecer mais calmo e confiante, como também o fará sentir-se
menos estressado. Se alguém falar com você, evite virar-se bruscamente.
Evite dar sinais de impaciência, como balançar a perna repetidamente, bater os dedos
rapidamente na mesa ou fazer outros movimentos que possam ser interpretados como tiques
nervosos.
Use as mãos de maneira confiante. Em vez de ficar com as mãos inquietas ou coçar o
rosto, use-as para auxiliar o processo de comunicação. Gestos com as mãos nos auxiliam a
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descrever coisas e a dar maior peso a algum argumento. Mas aqui também é bom tomar cuidado
com os excessos.
Use a técnica do espelho. Quando duas pessoas estão entendendo-se bem em uma conversa,
costumam, inconscientemente, espelhar (um pouco) a linguagem corporal uma da outra. Portanto,
para estabelecer uma conexão com outra pessoa, você pode ficar atento a isso, e fazer o
“espelhamento” de maneira consciente. Ou seja, se a pessoa recostar-se na cadeira ou segurar as
mãos, faça o mesmo. Mas seja sutil, não reaja instantaneamente e evite repetir tudo que a pessoa
fizer – ou você parecerá muito esquisito. Por fim, mantenha uma boa atitude e trabalhe
internamente sua autoestima. O que você sente revela-se através da sua linguagem corporal.

Exercício - Lendo a “linguagem do corpo”


O objetivo deste exercício é aumentar sua habilidade para observar o comportamento não
verbal, além de mostrar os perigos de ter uma certeza excessiva de que é um perfeito leitor da
linguagem corporal. Em primeiro lugar, convide um amigo ou amiga para participar do exercício.
Depois, siga as seguintes instruções:
1. Na primeira parte do exercício, observe a maneira como seu parceiro se comporta. Note
os movimentos, os maneirismos, as posturas, o estilo de se vestir e assim por diante. Anote suas
observações. Você pode fazer esse exercício em qualquer lugar, como em uma sala de aula, em uma
lanchonete ou na sala de uma residência. Não há necessidade de deixar que as observações
interfiram com o que normalmente estaria fazendo: sua única tarefa nessa fase é compilar uma lista
dos comportamentos de seu parceiro. Nessa etapa, você deve tomar cuidado para não interpretar as
ações do seu parceiro; apenas registre o que vê.
2. Ao final do tempo marcado, partilhe o que você viu com o seu par, que deve fazer a
mesma coisa com você.
3. No período seguinte, seu trabalho é não apenas observar o comportamento de seu par,
mas também interpretá-lo. Dessa vez, você deve dizer ao seu par o que pensou que suas ações
revelavam. Por exemplo, a vestimenta descuidada sugere sono em demasia, falta de interesse na
aparência ou o desejo de se sentir mais à vontade? Se notou bocejos frequentes, achou que isso
significava tédio, fadiga depois de uma noite acordado até tarde ou sonolência depois de uma lauta
refeição?
Não se sinta frustrado se nem todos os seus palpites tiverem sido corretos. Lembre-se de que
as indicações não verbais tendem a ser ambíguas. Você pode se surpreender, ao verificar como as
dicas não verbais que você observa podem ajudar a desenvolver o relacionamento com a outra
pessoa. (Adaptado de ADLER; TOWNE, 2002.)

3 COMUNICAÇÃO
3.1 Elementos da comunicação – postura corporal, tom de voz e vocabulário.
A comunicação é dividida em três elementos: Postura Corporal ou linguagem não verbal,
Tom de voz e Palavras utilizadas (vocabulário). A postura ou
linguagem corporal detém 55% de influencia em nossa comunicação,
isso quer dizer que, para termos um forte poder de persuasão devemos
trabalhar nossa linguagem corporal através da técnica de postura.
Para aumentarmos ainda mais o nosso poder de persuasão e
brilharmos em nossas apresentações devemos utilizar a técnica de ritmo
e utilizar os 38 % de influencia através do nosso tom de voz. Um orador
influente deve passar emoção e segurança através das palavras, e faz isso
dando ritmo a sua apresentação. Apesar de deter somente 7% de
influencia sobre a comunicação o vocabulário deve sempre acompanhar
o nível de sua plateia e os objetivos de sua apresentação, nunca
subestime o uso das palavras.

Tom de Voz - A voz é o espelho da personalidade humana. Nós não nos ouvimos como os
outros nos ouve. A nossa voz é produzida pela vibração das pregas vocais, som que é modificado
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nos ajustes que ocorrem à sua passagem pelas cavidades de ressonância (laringe, faringe, boca,
nariz), onde ele é ampliado e modificado. A voz muda ao longo da vida, acompanhando nosso
desempenho bio-psico-social. Uma voz clara e bem definida é o caminho para a compreensão do
conteúdo.
Alguns hábitos são prejudiciais para a voz e devem ser evitados, principalmente nas
situações em que as pessoas precisam falar por tempo prolongado, como durante uma apresentação
em público. Se tomarmos esses cuidados no dia a dia, evitaremos esforço vocal e rouquidão. Saiba
o que deve ser evitado para manter a voz saudável:
- Ambientes com ar condicionado;
- Bebidas muito quentes ou muito frias;
- Mudanças bruscas de temperatura;
- Bebidas e alimentos derivados de leite;
- Pigarros;
- Pastilhas mentoladas;
- Gritos.
A voz deve ser clara, expressiva e natural. Defeitos a corrigir:
Alta Demais - Fique atento quando iniciar a verbalização. Modere-se ao perceber que sua
voz está em destaque;
Baixa - Atenção, para que seus interlocutores entendam o que você fala;
Estridente - Procure um técnico especializado em colocação de voz;
Monotonia - Voz monótona é desagradável. Uma forma de corrigir é ler em voz alta, dando
ênfase a cada frase verbalizada e, se possível, gravar sua leitura, treine todos os dias.
Depressa demais - Defeito muito comum, que denota nervosismo e agitação. A melhor
forma de corrigir é pensar calmamente antes de pronunciar uma palavra. Leia em voz alta, se
possível grave.
Mole - Um dos piores defeitos. Dá a impressão de falta de segurança, de preguiça. A
correção consiste em pronunciar claramente as palavras com os dentes serrados exercitando os
lábios e a língua.
Balbuciando ou gaguejando - Fenômeno nervoso, excitação perturba e o pensamento foge.
Não há ajustamento normal entre o sentido e a palavra. Procure um profissional de dicção.
USO CORRETO DO MICROFONE - Teste com antecedência o equipamento, peça ajuda
para alguém se coloque no fundo da plateia para regular o volume adequadamente. Procure escutar
os oradores que o antecederam para fazer os ajustes necessários e/ou falar mais alto ou mais baixo.
Não se esconda atrás do microfone ou tribuna, sua boca deve sempre estar visível. Se for tossir ou
pigarrear, lembre-se de afastar o microfone. Não fique próximo das caixas de som, causa
microfonia.
Quanto à dicção, que é a pronúncia dos sons das palavras,
notamos que a sua deficiência é quase sempre provocada por
problemas de negligência. É costume quase generalizado omitir
os "r" e os "s" finais, como, por exemplo: "levá", no lugar de
levar, "trazê" no lugar de trazer, "fizemo" no lugar de fizemos,
da mesma forma que se omitem Comumente os "is" intermediários:
"janero" em lugar de janeiro, "tercero" em lugar de
terceiro etc. Outros erros de dicção provocados pela negligência
são a troca do "u" pelo "1" e omissões de sílabas: "Brasiu"
no lugar de Brasil, "pcisa" no lugar de precisa etc.
Entre as pessoas mais incultas, encontramos vários erros
provocados por alterações fonéticas. É o caso da hipértese,
que é a transposição de som de uma sílaba para outra da mesma
palavra: trigue (tigre), drento (dentro), e da metátese,
que é a transposição de som dentro de uma mesma sílaba: troce
(torce), proque (porque). Certos vícios de linguagem também provocam erros na
pronúncia das palavras:
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Rotacismo — É a troca do 1 por r: crássico (clássico),


Cráudio (Cláudio).
Lambdacismo — É a troca do r pelo 1: talde (tarde),
folte (forte).
Um exercício útil para melhorar a dicção é fazer leitura em
voz alta, colocando obstáculos na boca como o lápis, o dedo ou
qualquer outro que possa dificultar a pronúncia das palavras
durante o treinamento.
Vocabulário - se você deseja falar com fluência e desembaraço, precisa treinar e praticar a
comunicação oral para adquirir essa espécie de automatismo da fala, essa capacidade de pensar e,
praticamente, falar ao mesmo tempo. Um bom exercício para desenvolver o hábito de verbalizar o
pensamento é ler artigos de jornais e revistas e, na primeira oportunidade, comentar sobre essas
informações com as pessoas que encontrar. Assim, habituando-se a verbalizar os pensamentos, a
falar sobre as informações que acabar de ler e a usar nas situações mais formais o mesmo tipo de
vocabulário que costuma empregar nas conversas com as pessoas mais próximas, no dia-a-dia, além
de tornar sua comunicação muito mais eficiente poderá contar com um apoio excepcional para
transmitir suas ideias e projetos, aprimorando-se na arte de persuadir e de se relacionar bem com os
seus semelhantes. Dicas:

 Anote a palavra que desconhecer ou sobre a qual tiver dúvida do significado


 Esclareça a dúvida com o auxílio de um dicionário
 Escreva algumas frases diferentes incluindo a nova palavra
 Aproveite a primeira conversa ou o primeiro texto para usá-la
 Procure utilizá-la o mais rápido que puder em outras ocasiões, para que a palavra se
incorpore definitivamente ao seu vocabulário (Reinaldo Polito).
Fatores externos, socioculturais e psicológicos da comunicação - Os papéis sociais
desempenhados; A cultura; As crenças; As normas sociais; Os dogmas religiosos e políticos;
timidez, silêncio; etc.

3.2 Pesquisa sobre o desempenho dos hemisférios cerebrais na comunicação.


O hemisfério esquerdo é responsável pelo comportamento lógico, detalhado, cauteloso,
organizado, enquanto que no hemisfério direito residem a criatividade, a intuição e as habilidades
artísticas. O ideal é que usemos os dois hemisférios de forma equilibrada, integrada.
Há pesquisas que afirma que o hemisfério dominante em 98% dos humanos é o hemisfério
esquerdo, responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério
direito, é responsável pelo pensamento simbólico e criatividade, embora pesquisas recentes estejam
contradizendo isso, comprovando que existem partes do hemisfério direito destinados a criatividade
e vice-versa. Nos canhotos as funções estão invertidas. No hemisfério esquerdo localiza-se 2 áreas
especializadas: a Área de Broca (B), o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de
Wernicke (W), o córtex responsável pela compreensão verbal. É esta área que nos permite
compreender o que os outros dizem e que nos faculta a possibilidade de organizarmos as palavras
sintaticamente corretas. As palavras são o meio como nosso cérebro codifica nossas emoções e
sentimentos para externar nossas opiniões sobre o mundo. Palavras fortes e positivas sempre
evocam sensações fortes e emoções positivas. A aprendizagem é uma função cerebral.

Vídeos – linguagem não-verbal (Chaplin) e entrevista com Reinaldo Polito.


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4 PÚBLICO
4.1 Considerações sobre o público - Idade, sexo, nível sociocultural, ambiente, expectativa,
ideologia, etc. Características e comportamento infanto-juvenil. Como conhecer e dirigir-se ao
público.
Cada público possui suas próprias características e cada uma delas requer um tipo adequado
de comunicação. Não se deve falar para um grupo de cinco a dez pessoas da mesma forma como se
fala para uma multidão. Não se fala para um auditório de operários da mesma forma como se fala
para uma audiência de intelectuais; assim como não se deve falar para as crianças da mesma forma
como se fala para os adultos.
A idade do auditório constitui um dos elementos de maior importância para a escolha do tipo
de enfoque que se dará ao assunto tratado, do vocabulário a ser utilizado e até mesmo da postura do
orador. Cada faixa de idade precisa ser encarada dentro do seu prisma peculiar e de acordo com o
seu interesse. A criança de hoje é muito diferente daquela de vinte ou trinta anos atrás. Atualmente,
com o desenvolvimento e o acesso aos meios de comunicação, ela é mais bem informada, mais
integrada à vida social e mais crítica nas suas interpretações.
As mesmas considerações feitas sobre a mudança de comportamento da criança ao longo do
tempo poderão ser aplicadas também ao jovem. A música, os ídolos, as danças, os locais de passeio,
os temas, a expectativa profissional, a convivência familiar são alguns dos inúmeros aspectos que
sofrem profundas transformações ao longo dos anos. Portanto, a mocidade atual possui uma visão
diferente das que viveram em gerações anteriores. Entre a fase infantil e a adulta, o homem é mais
idealista, coloca o coração palpitando com força na conquista dos seus anseios; faz planos, sonha,
vibra com ideias e pensamentos. O jovem tem sede de conhecimentos e de realizações.
O público adulto possui experiência, seu vocabulário já está de certa forma estruturado, a
chama da fantasia foi arrefecida, é aquele que teoricamente está mais bem preparado para ouvir e
entender uma peça oratória. Deve-se ter muito cuidado no tratamento com as pessoas idosas. As
mensagens que falam do futuro, das realizações do amanhã, das mudanças terão poucas
possibilidades de encontrar eco entre elas. O velho normalmente é saudosista, alicerça as razões da
sua existência nos feitos do passado e negligencia as ideias de progresso. É este um público crítico.
Com as conquistas sociais e profissionais da mulher, as diferenças de comportamento entre
o sexo feminino e o masculino sofreram profundas transformações. Já não se encara a mulher como
um ser frágil, indefeso e carente de proteção. Em muitos aspectos ela evoluiu tanto que chegou a
superar os homens em atividades até então proibitivas para o sexo feminino. Houve quebra de
tabus, reformulação de conceitos, maior liberação dos costumes e principalmente ocupação de
espaços antes concedidos apenas aos homens.
O público inculto se influencia muito pela voz e gesticulação de quem fala. Aplaude quando
lhe dizem aquilo que acredita ser verdadeiro, quando concordam com suas opiniões. É um público
mais vulnerável à demagogia e às artimanhas do jogo de palavras. Sua ignorância lhe dá ânimo para
ter atitudes pouco recomendáveis no recinto, como rir fora de hora, bocejar, dizer coisas que
possam destacá-lo no ambiente. Quem não souber falar para pessoas incultas não poderá considerar-
se orador.
O público culto, de melhor nível social, normalmente é mais frio e disciplinado. Entende
com facilidade as diversas mensagens que lhe são dirigidas, possui vocabulário mais extenso e,
mesmo quando desconhece o sentido exato de um determinado termo, consegue identificar o seu
significado dentro da frase. É mais crítico e não se deixa iludir por artimanhas verbais ou
colocações demagógicas. Pode ser influenciado por razões, raciocínios, lógica, mesmo que sua
forma de pensar seja inicialmente contrária à do orador.
Atitude pessoal, situações constrangedoras, benefícios e riscos do humor na
comunicação, comportamento em caso de gafes - O excesso de informalidade na comunicação
oral pode se tornar um problema sério. Quem pretender falar bem em público precisa ter em mente
que deverá ser sempre ele mesmo com naturalidade, aperfeiçoado, melhorado, desenvolvido, mas,
não ser informal ou formal demais e nem de menos. Cuidado com pedidos de desculpas ao
auditório, com piadas. O fato bem-humorado é diferente da piada. Nasce da circunstância, dentro do
próprio ambiente onde o orador se apresenta. Cuidado com palavras vazias (bem, bom, aí então...),
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fazer perguntas ao auditório, firmar posição sobre um assunto polêmico, Usar chavões ou frases
vulgares ("Quem não se comunica, se trumbica", "Quem entra na chuva é para se molhar", "O sol
nasceu para todos","A união faz a força"), etc. O orador deve aproveitar uma circunstância (de
lugar, de tempo, de pessoa), aproveitar bem uma citação, dar uma informação que cause impacto
positivo, Comportar-se o orador de maneira admirável, Reconhecer as qualidades do adversário,
Elogiar o auditório, Prometer brevidade, Demonstrar conhecimento da matéria tratada, Demonstrar
claramente a utilidade e relevância da matéria objeto do discurso, Aproveitar um fato bem-
humorado, Levantar reflexões, Demonstrar neutralidade sobre assuntos polêmicos.

4.2 Técnicas para falar em público – exercícios teatrais, discursos, exercícios de interpretação.
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TESTE para autoconhecimento e desenvolvimento de magnetismo, carisma e


persuasão do comunicador: COMO ESTÁ O SEU POTENCIAL COMUNICATIVO?
Lembre-se sempre que em comunicação nada é imutável, um ponto hoje considerado como
uma dificuldade se for bem observado e trabalhado vai transformar-se em facilidade amanhã.
A partir da reflexão sobre seu potencial comunicativo, você estará mapeando aspectos mais
fortes e mais frágeis de sua comunicação. Responda e reflita sobre cada questão.
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5 RECURSOS DA COMUNICAÇÃO
5.1 Técnicas para falar em público – o recurso do CHA (Conhecimentos, Habilidades,
Atitudes) - Desenvolvimento dos aspectos relevantes do CHA – planejamento, apresentação e
avaliação; Ferramentas do planejador, do apresentador, do avaliador.
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5.2 Utilização do tempo disponível para a apresentação.

6 EXPOSIÇÃO
6.1 Etapas da exposição – esquema lógico da apresentação - introdução, desenvolvimento e
conclusão;
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6.2 Como se comportar numa entrevista ou debate – treinamento corporal, voz, dicção e
vocabulário.
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7 DISCURSO
7.1 Como apresentar um discurso

Treinamento para ler em público - Consciente das dificuldades apresentadas pela leitura,
comece imediatamente o seu treinamento. Siga fielmente as sugestões que faremos para alcançar
bons resultados no menor tempo, sem vícios e incorreções:
— faça o treinamento utilizando qualquer texto, de preferência discursos de autores
famosos, digitados ou impressos em folhas de papel (soltas);
— fique na frente de um espelho para corrigir as eventuais deficiências de postura e da
comunicação visual (se possuir uma câmera de vídeo os resultados serão melhores);
— leia rapidamente as frases em silêncio e a seguir pronuncie as palavras em voz alta
olhando para frente; não é preciso baixar a cabeça para ler, basta baixar os olhos; procure não
pronunciar as palavras em voz alta olhando para o papel, mesmo que no início encontre dificuldade,
assim, quando estiver diante do público, será mais simples olhar para o auditório durante a leitura;
— segure a folha de papel na altura da parte superior do peito e acompanhe a leitura com
ajuda do dedo polegar, assim saberá sempre qual a próxima linha a ser lida, sem se perder; use a
outra mão para gesticular e durante o treinamento faça esforço para não segurar o papel com as duas
mãos, exceto para servir de apoio ao mudar a linha com o polegar;
— inspire a cada pausa para facilitar a pontuação oral; para a leitura de frases mais longas a
quantidade de ar terá de ser maior;
— aumente a intensidade da voz nos finais das frases, sem exagero, para tornar a leitura
mais expressiva; se a mensagem final indicar tristeza, saudade etc, as últimas palavras deverão ser
pronunciadas com inflexão decrescente;
— alterne a velocidade e a altura da fala, isso dará mais colorido à apresentação do discurso
lido; destaque sempre os termos mais importantes;
— repita o exercício várias vezes e, quando estiver dominando a leitura, mude o texto.
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Ao ler diante do público, certifique-se com antecedência de que as folhas estão colocadas na
sequencia correta. Já presenciamos alguns oradores negligentes ficarem nervosos e prejudicarem a
apresentação porque tiveram dificuldade para acertar a ordem das folhas.
Se falar sem a ajuda de um clips, coloque sempre a folha já lida embaixo das outras. Essa
recomendação não seria necessária se não tivéssemos presenciado oradores atirarem as folhas no
chão.
Fala decorada - Existe uma forte corrente de oradores que defende a fala decorada. Embora
a maioria das pessoas condene essa forma de apresentação, quando se vê diante de um compromisso
para dizer algumas palavras numa importante solenidade acaba decorando seu discurso do princípio
ao fim. Com esses argumentos favoráveis e contrários, cada orador deverá decidir pela forma de
apresentação que mais lhe agradar. Aquele que possuir uma memória prodigiosa e que conseguir
decorar com extrema facilidade provavelmente optará por esta alternativa.
Particularmente, acreditamos que o meio-termo é sempre o mais indicado: nem improvisar
totalmente nem decorar. Sugerimos sempre que o orador prepare as ideias que serão apresentadas e
deixe as palavras para o instante da exposição. Argumentos favoráveis Segurança; Correção;
Duração; Gesticulação; Argumentos contrários: Esquecimento; Artificialismo; Indiferença às
circunstâncias; Falta de criatividade.
Discursos circunstanciais – Há algumas sugestões para discursos de circunstâncias, que
poderão ser utilizadas após sofrerem pequenas adaptações.
As técnicas e os modelos seguiram as regras recomendadas pela boa ordenação didática da
fala, obedecendo aos conceitos já estudados para iniciar, desenvolver e concluir um discurso.
* Saudação - O discurso de saudação, quando bem realizado, aumenta rapidamente o
prestígio do orador, visto que normalmente é pronunciado nos locais onde o relacionamento é mais
intenso, isto é, no trabalho, para homenagear um funcionário, um colega ou um superior
hierárquico, nas reuniões sociais, enaltecendo um amigo ou personalidades destacadas, ou em
associações de classe, recepcionando membros e convidados.
* Despedida - Depois de visitar ou permanecer num país, região, localidade, empresa, clube
ou entidade, você poderá ser convidado a dizer algumas palavras para se despedir. Este modelo é
uma forma simples para compor a fala nessas circunstâncias (Faça elogios e deixe claro o desejo de
retorno).
7.2 Como apresentar um orador.
Quem apresenta um orador deverá preocupar-se em preparar o ânimo dos ouvintes para
recebê-lo com respeito e consideração, colocando-o inteiramente à vontade diante de todos, além de
informá-los sobre o assunto que será tratado. As informações sobre o tema a ser abordado deverão
restringir-se aos aspectos mais superficiais, suficientes a despertar a curiosidade e criar um clima de
expectativa. Alertamos mais uma vez: não faça o discurso no lugar do orador. Pronuncie as últimas
palavras de forma cadenciada e com boa intensidade. Finalmente, dirija-se ao seu lugar e preste
atenção às palavras do orador, dando assim um bom exemplo à plateia.
Providencie um currículo do orador, antecipadamente. Ele mesmo poderá prepará-lo. Antes
de fazer a apresentação, pergunte ao orador se ele gostaria que fosse incluído algum dado especial.
Não exagere nos elogios à pessoa do orador e procure não destacar suas qualidades oratórias, pois
isto aumentaria desnecessariamente sua responsabilidade para se apresentar como um bom orador.
Dinâmica – discurso improvisado.

8 Referencias Bibliográficas
PEASE, Allan; PEASE, Bárbara. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Rio de
Janeiro: Sextante, 2005.
POLITO, Reinaldo. Fale muito melhor. São Paulo: Ed saraiva, 2003.
______. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo:Ed Saraiva, 2004.
______. Como falar de improviso e outras técnicas de apresentação. São Paulo: Ed. Saraiva,
2006.
______. Gestos e postura para falar melhor. São Paulo:ED. Saraiva, 2008.
WEIL, Pierre & TAMPAKOW, Roland. O corpo fala. 14ª ed. Petrópolis: Vozes, 1983.

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