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Hortaliças não convencionais

Hortaliças não convencionais


A constante e farta disponibilidade de hortaliças, tais como cenoura, to-
mate, alface, beterraba, batata, dentre outras, em diversos mercados favo-
receram a aquisição e o consumo habitual pelos brasileiros. Isto é mérito de
longos trabalhos de pesquisa em melhoramento e manejo de novas cultivares
adaptadas à diversidade climática do Brasil, e do esforço de divulgação e
orientação da extensão rural em Minas Gerais e no País.
Tudo isso, aliado à introdução das redes de fast-food, proporcionou mu-
danças nos hábitos alimentares. Muitas hortaliças, amplamente consumi-
das, foram esquecidas, perdendo espaço no mercado para outras. Com
isso, o consumidor ganhou em constância no fornecimento de determina-
das espécies vegetais, produzidas em larga escala.
Algumas dessas hortaliças esquecidas ainda são encontradas em de-
terminadas localidades ou regiões. Desempenham papel histórico-cultural
compondo pratos típicos regionais. Essas hortaliças são denominadas não
convencionais ou tradicionais.
As não convencionais são também plantas que exercem grande influên-
cia no funcionamento do organismo. Oferecem vários benefícios à saúde,
pois são fontes de vitaminas, fibras, sais minerais, proteínas e carboidratos.
Estes nutrientes estão associados à melhoria do trânsito intestinal, ao com-
bate de doenças, à eliminação de toxinas e de radicais livres e à formação
de estruturas ósseas.
São, de modo geral, plantas rústicas e de fácil cultivo. Até então, para
a maioria dessas hortaliças, o conhecimento sobre a forma e o manejo
do cultivo foi passado de geração para geração em hortas de fundo de
quintal.
A pesquisa com grande parte dessas espécies é recente, mas já vem
contribuindo para a reintrodução de algumas delas na alimentação do
mineiro e do brasileiro, de acordo com a adaptação climática.
Não existe uma lista fixa dessas hortaliças, pois à medida que se conhe-
cem os costumes culinários mais interioranos de Minas Gerais e do Brasil,
uma nova espécie é acrescentada à esta relação.

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Hortaliças não convencionais - Saberes e Sabores

Pelas muitas vantagens, a valorização e o resgate das hortaliças não


convencionais na alimentação são fundamentais do ponto de vista nutri-
cional, cultural, social e econômico. Assim, a utilização dessas hortaliças em
preparos culinários é uma forma de levar à mesa do consumidor os saberes
da cultura regional, aliados a uma alimentação gostosa e saudável.

Cuidados no consumo
Devem-se ter alguns cuidados no consumo dessas hortaliças. Como
muitas espécies são pouco conhecidas, deve-se atentar para a espécie
correta, para as diferentes partes da planta e para a forma que podem
ser consumidas cruas (in natura) ou cozidas. Existem plantas de espécies
diferentes com nomes populares iguais e também espécies diferentes, mas
que são parecidas umas com as outras.
A seguir, apresenta-se uma coletânea de receitas com algumas hortali-
ças não convencionais, com a correta forma de consumo.

Araruta
A araruta (Maranta arundinacea L.) é também conhecida como
agutingué-pé, embiri, dentre outros nomes populares. Para consumo,
são utilizados os caules rizomatosos (estruturas subterrâneas), principal-
mente como fonte de amido. Para utilização da araruta é necessário o
preparo do polvilho ou da farinha.

EPAMIG 3
Hortaliças não convencionais - Saberes e Sabores

Reservar por, no mínimo, 1 hora.


Polvilho de Araruta
Retirar os blocos do polvilho ainda
O processo de fazer o polvilho de úmidos e passá-los em uma penei-
araruta é o mesmo da mandioca. ra fina.
Selecionar as raízes de araruta, Espalhar em um pano para secar
retirar as cascas secas e soltas (pa- ao sol.
lhas). Lavar bem as raízes e colocá-
las para escorrer em uma peneira.
Farinha de Araruta
Picar as raízes em pedaços me-
Selecionar as raízes de araruta, re-
nores.
tirar as cascas secas e soltas (palhas).
Bater os pedaços no liquidificador Lavar bem as raízes e colocá-las para
com bastante água. Em seguida escorrer em uma peneira.
coar em peneira grossa.
Picar as raízes em pedaços meno-
Depois desse processo, usar um
res.
saco de algodão alvejado para
Bater os pedaços no liquidifica-
coar, separando a massa do líquido.
dor com bastante água. Em segui-
Para um polvilho de melhor qua-
da coar em peneira grossa.
lidade, deve-se coar o líquido duas
Espalhar em um pano para secar
vezes, acrescentando mais água.
ao sol.
Isto ajuda o polvilho a ficar limpo.
Deixar a massa decan-
tar por um período de, no
mínimo, 2 horas.
Escorrer lentamente a
água do polvilho para reti-
rar todas as impurezas. Co-
locar mais água mexendo
a massa decantada, para
que dissolva por igual.
Novamente, deixar de-
cantar, retirar a água e
cobrir com um pano. Raiz de araruta picada

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Biscoito de araruta assado


Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes Modo de preparo


1 kg de polvilho de araruta Ferva o óleo, o sal e a água e es-
calde o polvilho. Deixe esfriar e co-
1 copo de óleo de canola
loque os ovos, amasse até formar
1 copo de água
uma massa lisa. Coloque em um
Sal saco plástico e faça um pequeno
10 ovos inteiros corte na ponta, esprema a massa
na fôrma, modelando os biscoitos.
Leve ao forno, 300 °C, por aproxi-
madamente 30 minutos.

Pirão de pintado com farinha de araruta


Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes Modo de preparo


½ kg de pintado limpo em postas Frite a cebola no óleo, acres-
1 xícara de chá de farinha de cente o açafrão, o tomate, o
araruta pimentão e o tempero. Colo-
2 colheres de sopa de óleo que as postas ordenadamente
2 copos de água quente na panela e adicione a água.
1 cebola grande picada Deixe ferver até o cozimento do
peixe, acrescente o jambu pi-
1 tomate picado em cubos
cado e desligue o fogo. Retire
1 pimentão verde o caldo e misture a farinha aos
Tempero a gosto poucos.
1 colher de sopa rasa de açafrão Sirva o pirão juntamente com as
Jambu picado a gosto postas de pintado já cozidas.

EPAMIG 5
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Sequilhos de araruta
Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes 100 g de queijo ralado


2 colheres rasas de fermento
1 kg de polvilho de araruta
1 lata de leite condensado
Modo de preparo
100 g de coco ralado Amasse tudo. Enrole e corte em
cubinhos. Leve para assar em
3 colheres de margarina
forno alto por, aproximadamen-
1 pitada de sal te, 30 minutos.

Azedinha
A azedinha (Rumex acetosa L.) é também conhecida como azedeira,
azedinha-da-horta, salada pronta e outros nomes que remetem ao seu
paladar característico. Suas folhas são mais consumidas in natura na for-
ma de saladas, mas podem ser utilizadas na composição de ensopados,
recheios e outros pratos.

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Tagliatelli ao pesto de azedinha


Chef Maria Alves de Deus, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Modo de preparo


Pesto
Coloque no liquidificador todos
200 mL de azeite os ingredientes para o pesto e
50 g de nozes e castanhas de caju bata por cerca de 20 minutos.
1 dente de alho Cozinhe o tagliatelli ao dente.
100 g de queijo parmesão Reserve.
1 maço pequeno de azedinha Passe o alho na manteiga e co-
loque o tagliatelli.
Tagliatelli
Finalize com o pesto de azedinha.
1 caixa de 500 g

Batata-doce
A batata-doce (Ipomea batatas (L.) Lam.) apesar de muito conhecida no
Brasil, teve seu consumo bastante reduzido nas últimas décadas. A parte con-
sumida é a túbera, fonte de amido e que apresenta sabor adocicado numa
diversidade de cores, do creme ao roxo.

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Doce de batata-doce em pedaços


Raimunda Maria, Três Marias - MG

Ingredientes até começar a engrossar. Acres-


cente a batata aos poucos me-
2 kg de batata-doce xendo sempre, utilize uma vasi-
2 L de leite lha com água para ir testando
2 kg de açúcar o doce até o ponto de puxa
dura. Retire do fogo e bata ain-
da quente até começar a açu-
Modo de preparo
carar as bordas. Despeje sobre
Descasque, pique, cozinhe, amas- uma superfície fria (pedra de
se as batatas e reserve. Coloque mármore), deixe esfriar e corte
para ferver o leite e o açúcar em pedaços.

Doce de batata-doce cremoso


Raimunda Maria, Três Marias - MG

Ingredientes que para ferver o leite e o açú-


2 kg de batata-doce car até começar a engrossar
3 L de leite e ficar com a textura de leite

1 kg de açúcar condensado. Acrescente a


batata aos poucos mexendo
sempre até ficar uma massa
Modo de preparo
homogênea e lisa. Despeje em
Descasque, pique, cozinhe, amas- potes e deixe esfriar antes de
se as batatas e reserve. Colo- tampar.

8 EPAMIG
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Beldroega
A beldroega (Portulaca oleracea L.) é também conhecida como
bredo-de-porco, salada-de-negro, caaponga, além de outras denomi-
nações. Facilmente encontrada como planta invasora principalmente
em canteiros de hortas. Suas folhas podem ser consumidas cruas ou
compondo pratos cozidos.

Omelete de beldroega
Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes Modo de preparo


1 prato raso de folhas de be- Bata os ovos, acrescente a ce-
droelga bola, a farinha, o tempero, o fer-
4 ovos inteiros mento e as folhas de beldroega.
1 cebola pequena picada Unte uma frigideira, leve ao fogo
1 colher de sopa de farinha de e despeje a massa, deixe dourar
trigo e vire. Cubra com algum recheio
1 colher de chá de fermento de sua escolha, como presunto,
Tempero a gosto calabresa ou queijo.

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Cansanção
O cansanção (Urera caracasana (Jacq.) Gaudich. Ex Griseb) possui
outros nomes populares, como urtiga e cansanção verdadeiro. Provavel-
mente foi introduzido pelos escravos. Por se tratar de uma planta urticante,
são necessários cuidados, como untar as mãos ou utilizar luvas na colheita
e manuseio. O cansanção deve ser consumido somente após cozido.

Cansanção com costelinha de porco


Lilian Pereira Mascarenhas, Jequitibá - MG

4 dentes de alho finamente


Ingredientes
picados
1,5 kg de costelinha de porco 1 copo (americano) de água
cortada em pedaços 2 colheres de sopa cheias de
2 pratos fundos cheios de folhas fubá
(novas e verdes) de cansanção Sal a gosto
1 cebola grande picada (batida) Salsinha e cebolinha a gosto

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Modo de preparo água e duas colheres de sopa


de fubá.
Costelinha de porco Depois de bem batido, refogue
Lave muito bem as costelinhas o cansanção em óleo e tempe-
de porco com água quente e, ros a gosto.
após passar limão, escorrer e Deixe cozinhar por meia hora,
temperar com sal a gosto, alho até engrossar.
e limão.
Refogue no óleo bem quente, Montagem
juntamente com a cebola bati-
dinha. Enquanto estiver refogan- Acrescente o cansanção cozido
do a costelinha adicionar água e engrossado na panela do refo-
fervente, aos poucos. gado com a costelinha de por-
Depois da costelinha cozida, re- co. A costelinha não deve estar
servá-la. com muito caldo para o cansan-
ção não ficar aguado. Deixe le-
Cansanção vantar fervura. Se necessário, en-
Colha somente as folhas novas e grosse com um pouco de fubá.
bem verdes do cansanção. Acrescente salsinha e cebolinha
Lave as folhas e deixe secar. finamente picadas à parte e, se
Bata no liquidificador as folhas preferir, um molho de pimenta.
cruas e rasgadas, juntamente Servir acompanhado de angu,
com um copo (americano) de arroz e feijão.

Frango com cansanção e fubá


Lúcia Pereira de Carvalho, Sete Lagoas - MG

Ingredientes 1 molho de cansanção


3 colheres de sopa rasa de fubá
1 cebola grande ralada 1 colher de sopa de tempero
3 dentes de alho grandes Corante urucum
1 frango caipira Cheiro verde a gosto

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Modo de preparo Misture este tempero com o fran-


go já dourado.
Pelo menos 30 minutos antes de Coloque água quente aos pou-
cos até o completo cozimento.
levar para panela, tempere o
Bata no liquidificador o fubá
frango com sal a gosto. com cansanção, deixe cozinhar
Doure o frango, e, à parte, doure por mais 10 minutos, desligue o
também o alho, a cebola, o co- fogo e coloque o cheiro verde.
rante e o tempero. Sirva com arroz branco.

Capuchinha
A capuchinha (Trapaeolum majus L.) é popularmente conhecida
como chaguinha, chagas, agrião-do-méxico, etc. Apresenta flores que
vão do amarelo ao vermelho intenso. Como hortaliça possui toda a parte
aérea comestível: caules, folhas, flores, botões florais e frutos verdes. As
sementes em conserva lembram alcaparras, e as folhas e flores apresen-
tam sabor picante.

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Espelho de capuchinha
Chef Maria Alves de Deus, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Acrescente a gelatina dissolvida


e coloque para gelar.
1 xícara de flor de capuchinha Dissolva o outro pacote de ge-
2 xícaras de morangos latina, coloque flores de ca-
1 lata de leite condensado puchinha inteiras e leve para
2 pacotes de gelatina incolor gelar.

Montagem
Modo de preparo
Coloque em taças, primeiro o
Bata no liquidificador os mo- creme de morangos, depois de
rangos, a capuchinha e o leite consistente, acrescente a gelati-
condensado. na com as flores.

Fava
A fava (Phaseolus lunatus L.) é uma trepadeira herbácea, com folhas
de coloração escura e flores brancas. As vagens são compridas e de
forma oblonga e recurvada podendo conter de duas a quatro sementes.
O tamanho e a coloração das sementes são muito variáveis. A fava per-
tence à família Fabaceae (Leguminosae), mas outras espécies dessa fa-
mília, como ervilha, feijão-de-porco, lentilha, dentre outras, quando ver-
des, também são popularmente conhecidas como fava. Todas devem
ser consumidas sempre cozidas.

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Fava com quiabo e costelinha de porco


Dona Jandira, Jaboticatubas – MG

Ingredientes cozimento, a fava pode ficar


amarga).
½ kg de fava verde Lave bem a costelinha, tempere
300 g de quiabo com o alho amassado e sal. Re-
1 kg de costelinha de porco fogue bem em uma panela, reti-
picada re o excesso de gordura e cubra
4 dentes de alho com água fervente. Deixe ferver
e verifique o tempero.
250 mL de óleo
Pique o quiabo em rodelas finas
Sal
e frite em óleo pré-aquecido.
Quando estiver sem a baba, es-
Modo de preparo corra o óleo e reserve.
Quando a costelinha estiver co-
Descasque a fava e lave bem. zida acrescente a fava, deixe
Coloque-a para cozinhar e, as- ferver por uns 5 minutos, acres-
sim que estiver macia, escorra cente o quiabo e ferva mais um
bem a água (se ficar a água do pouco.

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Vinagreira ou Hibisco
Existe uma diversidade de espécies de Hibiscus e algumas são utilizadas
na culinária. No Brasil, as espécies mais consumidas são o Hibiscus sabdariffa
L., de folhas verdes e flores creme, e o Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern,
de folhas arroxeadas e flores rosas. São popularmente conhecidas como vi-
nagreira, hibisco, rosélia, quiabo-azedo, dentre outras denominações. Suas
folhas podem ser consumidas como hortaliça. As flores e frutos (capuchos)
são utilizados no preparo de sucos, chás, doces e geleias.

Celeia de vinagreira
l
Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes nagreira. Bata no liquidificador


os capuchos com um pouco de
3 kg de capuchos de vinagreira água. Despeje em um tacho e
sem sementes
acrescente o açúcar aos pou-
5 kg de açúcar cos e o restante da água. Utili-
6 litros de água ze uma peneira fina para retirar
a espuma durante a fervura.
Modo de preparo Mexa a mistura até que ela fi-
que com uma textura de geleia.
Selecione, lave e sanitize os ca- Despeje em potes e deixe esfriar
puchos já sem sementes da vi- destampados.

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Rocambole recheado com vinagreira vermelha (hibisco)


Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes Modo de preparo


Massa Bata as claras em neve bem fir-
me, junte as gemas peneiradas e
8 claras em neve
bata por mais 5 minutos. Acres-
8 gemas cente o açúcar, o amido de mi-
8 colheres de sopa de açúcar lho e a farinha de trigo. Despeje
4 colheres de sopa de amido de numa fôrma retangular untada e
milho enfarinhada. Leve ao forno mé-
4 colheres de sopa de farinha de dio até dourar e, ainda quente,
trigo (ou araruta) desenforme sobre um pano de
prato úmido, enrole e reserve
por, no mínimo, 1 hora.
Recheio
Desenrole o rocambole, espalhe
Geleia de vinagreira vermelha o recheio e enrole novamente.
com pedaços da flor. Polvilhe com açúcar refinado e
decore a gosto.

Mousse de hibisco
Chef Maria Alves de Deus, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Modo de preparo

1 lata de leite condensado Bata no liquidificador os capu-


1 lata de creme de leite chos com o leite condensado.
1 folha de gelatina incolor Depois acrescente o creme de
1 xícara (chá) de capuchos sem leite e o limão, coloque a gela-
sementes tina em folha dissolvida. Sirva ge-
Suco de ½ limão lado.

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Risoto de hibisco com camarões


Chef Maria Alves de Deus, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Modo de preparo


300 g de arroz arbóreo Arroz Arbóreo
340 g de camarões 7 barbas Numa panela, coloque o azei-
50 g de manteiga (sem sal) te refogue o alho até dourar.
Acrescente o arroz arbóreo e,
50 g de parmesão ralado em seguida, o vinho branco. Dei-
6 folhas de hibisco picadas xe evaporar.
50 mL de vinho branco seco Coloque o caldo de legumes e
deixe cozinhar al dente.
200 mL de caldo de legumes
Azeite Camarões
Cebola (picadinha) Tempere os camarões com sal e
Alho (picadinho) limão, refogue no azeite.
Sal Coloque o arroz arbóreo, misture,
cozinhe por, no máximo, 3 minutos.
Acrescente as folhas de hibisco, a
manteiga e o parmesão ralado.

EPAMIG 17
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Chá de flor de hibisco


Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes Modo de preparo


Leve a água ao fogo até a fervu-
3 xícaras de água
ra. Desligue. Coloque as pétalas
1 xícara de pétalas da flor de e deixe em infusão por 5 minutos.
hibisco (frescas ou desidratadas) Adoce se preferir. Beba quente
ou gelado!

Taro (inhame)
O taro (Colocasia esculenta (L.) Schott) é popularmente conhecido na
Região Sudeste do Brasil como inhame ou ainda como quiliu. São consu-
midos apenas os rizomas carnosos (parte subterrânea). Existem cultivares
classificadas como mansas ou bravas, de acordo com o grau de irritabili-
dade. Assim, deve-se ter conhecimento da cultivar e cuidado no consumo
de rizomas crus na forma de sucos, pois podem causar grande irritabilida-
de, sendo, por isso, mais consumido na forma de ensopados ou assados.

18 EPAMIG
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Caldo verde
Maria de Lourdes Freitas, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Modo de preparo


1 cabeça de taro (inhame) Bata tudo no liquidificador com
1 prato fundo de ora-pro-nóbis 1,5 L de água.
Cozinhe bem até engrossar, por
1 maço de couve
cerca de 30 minutos.
1 dente de alho Sirva com torradinha.
1 cebola média
Cebolinha e sal a gosto

Pudim de inhame com calda de hibisco


Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes Modo de preparo


250 g de inhame cozido Bata no liquidificador o inhame,
os ovos, o leite condensado, o
4 ovos
queijo, o sal e a margarina. Unte
2 L de leite
uma fôrma redonda com furo no
1 lata de leite condensado centro, despeje a mistura e leve
50 g de queijo curado ao forno para assar em banho-
1 pitada de sal maria por, aproximadamente,
40 minutos a 280 °C.
2 colheres de sopa de margarina
Depois de frio despeje em um re-
Calda de hibisco (pág. 20)
fratário e coloque o melado por
2 colheres de sopa de amido de cima.
milho A calda de hibisco pode ser
substituído por calda de açúcar.

EPAMIG 19
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Sorbet de inhame com calda de hibisco


Chef Maria Alves de Deus, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Modo de preparo


Sorbet Sorbet
1 lata de creme de leite Cozinhe o inhame e deixe esfriar.
1 lata de leite condensado Amasse-o. Bata no liquidificador
2 inhames grandes ou 4 médios o inhame e o leite condensado,
até que fique homogêneo.
Calda de hibisco Acrescente aos poucos o creme
1 xícara de flores e/ou capuchos de leite. Sirva gelado.
de hibisco
Calda de hibisco
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de água Numa panela coloque a água e
o açúcar e deixe ferver por mais
ou menos 6 minutos.
Quando começar a engrossar,
acrescente as flores de hibisco e
deixe ferver por mais 6 minutos.

20 EPAMIG
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Inhame assado na brasa com melado de cana


Dona Jandira, Jaboticatubas - MG

Ingredientes Modo de preparo


3 inhames grandes Asse os inhames com casca em
500 mL de melado de cana braseiro. Espete com um gar-
fo para verificar se está assado.
Retire das brasas, deixe esfriar
um pouco e descasque. Pique
em rodelas e coloque o melado
quando for comer.

Ora-pro-nóbis
O ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Mill.) é uma cactácea também co-
nhecida em Minas Gerais como lobrobo. Suas folhas, fonte de proteínas,
são utilizadas no preparo de deliciosos pratos.

EPAMIG 21
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Frango com ora-pro-nóbis


Dona Jandira, Jaboticatubas - MG

Ingredientes frango com todo o óleo. Quan-


do o frango estiver bem doura-
1 frango caipira (de preferência) do, retire o excesso do óleo e
em pedaços coloque o restante do alho e o
10 maços de galhos novos de colorau, espere fritar e cubra o
ora-pro-nóbis frango com água fervente. Dei-
2 colheres de chá de colorau xe ferver e verifique o sal.
(urucum) Enquanto o frango cozinha, co-
loque cerca de um litro de água
4 dentes de alho amassados
para ferver. Pique as folhas do
½ xícara de óleo
ora-pro-nóbis o mais fino pos-
Caldo de ½ limão sível. Assim que a água ferver
Sal coloque o ora-pro-nóbis pica-
do, deixe levantar fervura nova-
Modo de preparo mente. Escorra toda a água e
reserve.
Fervente o frango, tempere-o Assim que o frango estiver cozi-
com dois dentes de alho amas- do, coloque o ora-pro-nóbis já
sados, o caldo do limão e sal. Re- ferventado e deixe ferver por uns
fogue em uma panela grande o 5 minutos.

Frango à moda
Dona Itamar Martins Latorre, Santo Antônio do Pinhal - SP

Ingredientes 2 colheres de sopa de azeite de


1 kg de peito de frango cortado oliva
em cubinhos de 2 cm, temperado só 1 tomate inteiro, picado miúdo
com ervas a gosto (manjericão, oré- 1 cebola picada
gano, cominho, canela, etc.) 1 dente de alho picado miúdo

22 EPAMIG
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1 xícara bem cheia de folhas Coloque o tomate picadinho. Dei-


de ora-pro-nóbis, picadas em tiras xe desmanchar em fogo brando.
grossas Coloque ½ copo de vinho tinto e
½ copo de vinho tinto o ora-pro-nóbis.
Em fogo baixo, deixe o frango e
as folhas de ora-pro-nóbis amole-
Modo de preparo
cerem.
Coloque o azeite na panela já Se necessário, acrescente mais
aquecida. Refogue frango e dei- sal e adicione um pouco de
xe dourar. Coloque o sal com água.
cuidado, o alho, a cebola e dei- Sirva com purê de mandioquinha
xe refogar um pouco. e arroz branco.

Risoto de ora-pro-nóbis com costelinha


Chef Maria Alves de Deus, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Acrescente o arroz arbóreo, co-


loque o caldo de legumes e dei-
50 g de manteiga sem sal xe cozinhar al dente.
50 g de parmesão ralado
300 g de arroz arbóreo Ora-pro-nóbis
200 mL de caldo de legumes Coloque numa panela o azeite,
1 kg de costelinha o alho e, em seguida, o ora-pro-
2 xícaras (chá) de ora-pro-nóbis nóbis. Leve ao fogo e mexa até
Azeite secar a liga. Acrescente o caldo
Alho picadinho de legumes e deixe ferver. Colo-
Sal que no arroz árboreo já cozido.
Quando o risoto estiver quase
Modo de preparo seco, acrescente a mateiga e o
Arroz arbóreo queijo, mexa até que derreta e
Numa panela, coloque o azeite sirva quente.
e refogue o alho até dourar. Guarnição: Costelinha.

EPAMIG 23
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Torta de frango com ora-pro-nóbis


Aparecida Maria Silva, Santa Bárbara - MG

Ingredientes nha aos poucos e amasse bem.


A massa deve ficar lisa e desgru-
Massa dando do fundo do recipiente.
Reserve.
1 kg de farinha de trigo
Lave as folhas de ora-pro-nóbis,
300 g de banha vegetal seque e pique bem finas. Reserve.
5 ovos Cozinhe o peito de frango e des-
Sal fie. Em uma panela, aqueça o
óleo e refogue (com os temperos
Recheio a gosto) o frango desfiado com
1 peito de frango o ora-pro-nóbis. Deixe as folhas
cozinharem bem. Colocar pou-
1 prato fundo de folhas de ora- ca água para o cozimento, pois
pro-nóbis picadas o recheio deve ficar mais seco.
Sal, alho, cheiro verde a gosto Em uma mesa polvilhada com
farinha de trigo, abra com um
Modo de preparo rolo a massa e forre o fundo e as
laterais da fôrma (deve-se furar
Em um recipiente, coloque a fa- com o garfo a massa). Adicio-
rinha de trigo, o sal e 4 ovos. Mis- ne o recheio. Em seguida, forre
ture bem esses ingredientes até o recheio com outra camada
obter uma massa bem esfarela- de massa. Pincele a massa com
da. Em seguida adicione a ba- gema de ovo e leve para assar.

Tortinha de ora-pro-nóbis
Ana Lúcia Fernandes, Três Marias - MG

Ingredientes 200 g de queijo em cubinhos


2 copos de leite 2 copos de farinha de trigo
4 ovos 100 g de folhas de ora-pro-nóbis
1 copo de óleo picadas
1 colher de sopa de sal 1 colher de sopa rasa de fermen-
1 cebola pequena picada to em pó

24 EPAMIG
Hortaliças não convencionais - Saberes e Sabores

Modo de preparo e coloque o fermento e as folhas


picadas. Unte as forminhas de em-
Bata no liquidificador o leite, os pada, coloque a massa e um cubi-
ovos, o óleo, o sal e a cebola. nho de queijo no centro de cada
Acrescente a farinha de trigo aos fôrma. Leve para assar, em forno
poucos, despeje em uma tigela pré-aquecido, por 40 minutos.

Taioba
A taioba (Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott) tem suas folhas bastante
utilizadas na culinária de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os rizomas também
podem ser consumidos. Tanto as folhas quanto os rizomas devem ser con-
sumidos sempre refogadas ou cozidos.

EPAMIG 25
Hortaliças não convencionais - Saberes e Sabores

Farofa de taioba
Sandra Elias Evaristo, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Modo de preparo


2 dentes de alho Doure o alho e a cebola, depois
1 cebola média frite os ovos mexidos.
2 ovos Coloque a taioba picada e tam-
1 molho de taioba pe a panela.
1 xícara de farinha de mandioca Deixe suar e cozinhar bem. Colo-
1 colher de sopa de farinha de que a farinha de mandioca com
milho torrada. o fogo desligado.
2 colheres de sopa de óleo de
soja
Cheiro verde a gosto

Suflê de Taioba
Chef Maria Alves de Deus, Sete Lagoas - MG

Ingredientes Modo de preparo


1 maço de taioba Lave e pique as folhas de taioba.
Cozinhe em um pouco de água
2 colheres de manteiga
e escorra.
2 colheres de farinha de trigo Numa panela adicione a man-
Sal a gosto teiga e derreta. Coloque a taio-
ba, a farinha de trigo, o sal e as
½ xícara de leite gemas, mexendo bastante.
½ xícara de parmesão ralado Acrescente o leite aos poucos
em fogo moderado até que a
5 gemas
mistura engrosse um pouco.
5 claras em neve Retire do fogo, acrescente o
queijo parmesão e, por último, as
claras em neve.
Unte a fôrma com manteiga e
asse em forno quente.

26 EPAMIG
Projeto
Hortaliças não convencionais: alternativa de diversificação de
alimentos e de renda para agricultores familiares de Minas Gerais

Equipe técnica
Marinalva Woods Pedrosa
Maria Helena Tabim Mascarenhas
Maira Christina Marques Fonseca
Andréia Fonseca Silva
Izabel Cristina dos Santos
Maria Aparecida Nogueira Sediyama
Pesquisadores EPAMIG
Érika Regina de Oliveira Carvalho
Georgeton Soares Ribeiro Silveira
Extencionistas EMATER-MG
Nuno Rodrigo Madeira
Pesquisador Embrapa Hortaliças
Lygia de Oliveira Figueiredo Bortolini
Técnica Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Mário Puiatti
Professor Universidade Federal de Viçosa
Luana Sabrine Silva
Bolsista EPAMIG/FAPEMIG

Produção
Departamento de Publicações

Revisão
Rosely Aparecida Ribeiro Battista
Marlene A. Ribeiro Gomide

Projeto gráfico
Jucélia Alves Silva (estagiária)
Taiana Amorim (estagiária)

Fotos
Ana Lúcia Fernandes
Marinalva Woods Pedrosa
Quin Drummond
Distribuição Gratuita
EPAMIG-DPPU 09/2012
Apoio

Universidade Federal de Viçosa

Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais


EPAMIG Centro-Oeste
Rodovia MG 424, km 64 - Prudente de Morais-MG
Telefone: (31) 3773-1980 – Telefax: (31) 3773-1592
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