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TANQUES DE ARMAZENAMENTO

Publicado em 28 de agosto de 2017

Sidnei Cavassani

1 – INTRODUÇÃO:

Considerando-se que estamos tratando sobre o assunto específico TANQUES DE


ARMAZENAMENTO, definimos que os mesmos são equipamentos pertencentes e classificados
como “caldeiraria pesada”, sujeitos à pressão aproximadamente atmosférica e destinados,
com maior frequência, ao armazenamento de petróleo e seus derivados.

O presente trabalho tratará, exclusivamente, de tanques de armazenamento atmosféricos,


cilíndricos, verticais, não enterrados, de fabricação soldada e construídos com chapas de aço
carbono, cujos equipamentos são frequentemente encontrados em refinarias, terminais,
oleodutos, bases de distribuição, parques industriais etc.

Esses equipamentos estáticos são regulamentados pelas normas API 650 – “Welded Steel
Tanks for Oil Storage” do American Petroleum Institute (API). No Brasil, utiliza-se, também a
norma NBR 7821 – “Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e Derivados”,
publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Os tanques de armazenamento, são construídos numa ampla faixa de capacidades, desde 100
barris (16 m³) até aproximadamente 550.000 barris (87.500 m³). Como o custo do barril
armazenado decresce com o aumento de capacidade do tanque, haverá, normalmente, o
interesse na construção de tanques de armazenamento com capacidade cada vez maior. Desta
forma, construções especiais, projetos mais elaborados, materiais de alta resistência mecânica
e de elevada tenacidade, permitem capacidade superior a 1.000.000 de barris (159.000 m³).

A construção e montagem de um tanque de armazenamento merece a mais cuidadosa


atenção possível, principalmente devido aos seguintes motivos:

Ø Elevado investimento de capital envolvido;

Ø São equipamentos imprescindíveis ao funcionamento de uma unidade operacional.

2 – CLASSIFICAÇÃO DOS TANQUES DE ARMAZENAMENTO:

Os tanques de armazenamento são classificados, didaticamente, conforme a natureza do teto:

Ø Tanques de teto fixo;


Ø Tanques de teto Móvel;

Ø Tanques de teto com Diafragma Flexível;

Ø Tanques de teto flutuante.

Observações:

Ø Não discriminaremos as funções específicas dos tipos de tetos citados, mas estaremos
sempre à disposição, para apresentarmos explicações com mais detalhes.

Ø A norma N-270, recomenda o tipo de tanque de armazenamento a ser adotado, em função


do produto a ser armazenado, além de um estudo econômico levando em consideração o
custo do tanque e o custo das perdas por evaporação.

Ø Efetuamos um trabalho, o qual podemos chama-lo de “Resumão das principais normas”,


daqueles itens que consideramos, nesse momento, essenciais, principalmente para quem irá
atuar no acompanhamento de fabricação ou fiscalização desses equipamentos.

3 – LOCALIZAÇÃO DE UM PARQUE DE ARMAZENAMENTO:

Deveremos considerar que a localização adequada para o parque de armazenamento e


transferência dos produtos, é aquele local que foi minuciosamente estudado e planejado,
principalmente levando-se em consideração os seguintes aspectos:

Ø Natureza do solo, sendo considerado um dos mais importantes fatores a analisar, pois uma
escolha inadequada implicará, inevitavelmente, em elevado custo de fundação para os
equipamentos estáticos.

Ø Ampliações futuras, o local escolhido deverá apresentar área suficiente para as expansões
necessárias.

Ø Operacional, a elevação do terreno, na região dos tanques, deverá facilitar as condições de


sucção das bombas de movimentação do produto armazenado.

Ø Segurança operacional, a área a ser ocupada pelo parque de armazenamento deverá ser de
fácil acesso, completamente limpa, desmatada e destocada. Essa área deverá sempre visar a
segurança operacional, com a máxima redução de riscos para as áreas vizinhas. Normalmente,
espera-se que a construção e montagem dos tanques, não sejam efetuadas dentro de zonas
densamente construídas e deverá ser isolada do livre acesso de pessoas e animais. Essas áreas
deverão possuir fácil acesso para equipamentos de combate à incêndio.
4 – CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO:

A capacidade de armazenamento ou tancagem, dependerá de diversos fatores, entre os quais


citaremos:

Ø Tipo de unidade operacional: refinaria, base de distribuição, terminal marítimo etc...

Ø Produto armazenado.

Ø Produção ou demanda da unidade operacional.

Ø Consumo da região.

Ø Tipo de transporte utilizado para o suprimento da unidade operacional.

Observação:

Ø A Agência Nacional do Petróleo (ANP), dispõe sobre o armazenamento mínimo e o estoque


de segurança de petróleo e seus derivados. (Resolução 5 de 2015).

5 – DETERMINAÇÃO DO Nº DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO:

Fixada a capacidade de armazenamento, conforme apresentado anteriormente, iremos agora


determinar o volume a ser adotado para cada tanque, isto é, determinar qual o número de
tanques a ser construído em função do produto armazenado, onde diversos aspectos,
necessitam serem considerados:

Ø Custo do barril armazenado, o qual decresce com a capacidade do tanque de


armazenamento.

Ø Segurança da continuidade operacional, pois quanto maior for o número de tanques de


armazenamento, para um determinado produto armazenado, maior será a segurança da
continuidade operacional.

Ø Manutenção e inspeção, as quais apenas agregarão valores positivos ao empreendimento,


porque quanto maior for o número de tanques de armazenamento, maiores deverão ser as
atividades e tarefas relacionadas a manutenção e inspeção minuciosa dos equipamentos
estáticos.

Ø Exigências de serviço, que em algumas situações, próprio serviço determina o número de


tanques a ser adotado. Assim por exemplo, em região de produção, normalmente são
construídos diversos tanques de pequena capacidade, para minimizar o problema de
contaminação do produto armazenado. Um outro exemplo bastante interessante é o de
um Terminal Marítimo, no qual o número de tanques de armazenamento e suas respectivas
capacidades, dependem principalmente da capacidade dos petroleiros, da frequência de
chegada dos mesmos ao terminal, da possibilidade ou não de misturar produtos, do risco de
pagamento de sobre estadia etc.

Ø Perdas por evaporação, ocorrerão em menor quantidade para tanques de teto fixo, onde o
aquecimento e resfriamento do espaço vapor ocorrem através da superfície metálica do
costado e teto. Obteremos uma menor quantidade de perdas por evaporação, devido ao
aquecimento e resfriamento do meio ambiente, quanto menor for a superfície de exposição
térmica, para um dado volume de líquido armazenado e mesma diferença de temperatura.
Assim, um tanque de grandes dimensões apresentará menor perda por evaporação, do que
vários tanques menores, com a mesma capacidade de armazenamento e armazenando o
mesmo volume total.

6 – DIMENSÕES PARA TANQUES DE ARMAZENAMENTO:

Após fixação do número de tanques, com as respectivas capacidades nominais, necessitamos


estabelecer as dimensões principais de cada equipamento, diâmetro e altura, que nos
conduzirão ao projeto mais econômico, isto é, ao de menor custo global.

A utilização de um método analítico para fixar a melhor relação “diâmetro x altura” é


praticamente impossível, devido ao grande número de variáveis que interagem na sua
determinação. Apesar dessa dificuldade, a literatura tem indicado algumas relações.

Ø Tanques de pequena e média capacidade: D aprox.. H.

Ø Tanques de grande capacidade: D aprox.. 8/3H.

Tais relações, fixadas após simplificada análise do problema, devem ser encaradas como
primeira aproximação. A determinação definitiva das dimensões do equipamento será sempre
realizada após análise acurada dos seguintes aspectos:

Ø Altura:

I. O corte de chapas, paralelamente ao comprimento, não é prática


recomendável. Desta forma, a altura de um tanque de armazenamento deve ser fixada a partir
das larguras comerciais das chapas que serão utilizadas no costado.
II. Procura-se utilizar no costado, sempre que possível, as chapas com o máximo
comprimento e a máxima largura. Tal procedimento objetiva minimizar as operações de
soldagem e de controle da qualidade.

III. Procura-se evitar a construção de tanques de armazenamento com grande


altura e pequeno diâmetro pois, neste caso, se a carga de vento não for considerada, o fato
poderá ocasionar sérios problemas estruturais. Como regra geral, a carga de vento não deve
ser desprezada em tanques com altura superior a 3 vezes o diâmetro.

Ø Diâmetro:

I. Um grande diâmetro poderá ser conveniente quando se desejar uma maior


distribuição da carga do equipamento sobre a fundação, em função da qualidade do solo na
região onde o tanque será construído.

II. Um grande diâmetro implicará num maior afastamento entre tanques e,


consequentemente, numa maior área de ocupação para o parque de armazenamento.

III. Um grande diâmetro implicará num menor volume útil para o tanque de
armazenamento.

7 – DIQUES E BACIA DE CONTENÇÃO:

Diques apropriados são normalmente construídos em torno de cada tanque, ou conjunto de


tanques, limitando uma região que se denomina “bacia de contenção”.

Os diques e a bacia de contenção objetivam a segurança da instalação de armazenamento,


apresentando basicamente as seguintes finalidades:

Ø Conter o produto armazenado em caso de rompimento do tanque de armazenamento ou


tubulação de interligação.

Ø Conter o produto armazenado em caso de falha de operação ou qualquer outro eventual


vazamento proveniente do tanque de armazenamento ou de suas tubulações.

Ø Limitar um incêndio a uma pequena área.

Ø Os diques de terra devem ser construídos com camadas sucessivas e uniformes, de


espessura não superior a 30 cm, havendo sempre compactação antes da deposição da camada
seguinte.
Ø A superfície do dique deve ser protegida da erosão utilizando-se o plantio de grama ou
asfaltamento. Os diques de terra são os mais baratos, porém apresentam elevado custo de
manutenção.

Ø Uma sobre altura, de aproximadamente 20 cm, normalmente é adicionada à altura teórica


do dique para compensar a redução devida à compactação e/ou à erosão do terreno.

Ø Os diques de concreto são os mais caros, porém o gasto de manutenção é praticamente


desprezível.

Ø A bacia de contenção deve possuir um adequado sistema de drenagem, constituído de


drenos de bacia e drenos pluviais.

Ø A norma NBR 7505-1 fixa os requisitos básicos para localização, disposição, construção e
segurança das instalações de armazenamento.

8 – BASES E FUNDAÇÕES:

O projeto e a construção das bases e fundações dos tanques de armazenamento devem ser
orientados de modo que os recalques máximos, absoluto e diferencial, sejam compatíveis com
a segurança do equipamento. Tais recalques, se excessivos, poderão ocasionar:

Ø Deformações e tensões elevadas no equipamento, colocando em risco sua estabilidade.

Ø Esforços elevados nos bocais e tubos conectados ao equipamento, caso não haja suficiente
flexibilidade na tubulação para acomodar os recalques.

Ø Erros na medição de nível.

Ø Funcionamento inadequado de componentes do tanque de armazenamento como, por


exemplo, o sistema de selagem em tanques de teto flutuante.

Ø A base de um tanque de armazenamento deve ser construída pelo menos 30 cm mais


elevada que o fundo da bacia de contenção. Tal procedimento visa garantir uma drenagem
conveniente, mantendo o fundo do tanque praticamente seco.

Ø A norma N-1822 fixa as condições exigidas para o tratamento da superfície da base de


assentamento de tanques de aço para armazenamento de petróleo e seus derivados.

Ø Nos casos mais frequentes de uma fundação direta com anel de concreto, o tratamento da
superfície da base do tanque será constituído de uma base drenante e de um revestimento.
Ø Os tanques de armazenamento podem ser construídos sobre 2 tipos de fundação:

I. Fundação direta:

a) Aterro compactado, onde a fundação consiste na remoção da camada superficial do


terreno e substituição por material adequado e compactado.

b) Anel de concreto, onde a fundação consiste num anel de concreto centrado sob o costado
do tanque de armazenamento. A profundidade do anel de concreto, que poderá inclusive ser
estaqueado, dependerá das condições locais do solo. Devem ser previstos rebaixos para
acomodar as portas de limpeza, drenos do fundo ou qualquer outro acessório que interfira
com o anel de concreto. Recomenda-se esse tipo de fundação direta em qualquer uma das
seguintes situações:

· Terreno de qualidade duvidosa.

· Grandes diâmetros (D ≥ 100 ft ou pés). Sendo 1 pé é igual a 12 polegadas.

· Grandes alturas (H ≥ 40 ft ou pés). Sendo 1 pé é igual a 12 polegadas.

· Tanques de teto flutuante.

II. Fundação profunda:

a) É o tipo de fundação mais caro e só utilizado quando as condições do solo impossibilitarem


o emprego da fundação direta. Apresenta uma série de estacas sob uma laje de concreto
armado em cima do qual se apoiam as chapas do fundo e o costado do tanque de
armazenamento.

b) Tal tipo de fundação procura distribuir a carga total do equipamento sobre uma superfície
suficientemente grande, de modo a não ocorrer um recalque excessivo.

c) Devem ser previstos os rebaixos para acomodar as portas de limpeza, drenos do fundo ou
qualquer outro acessório que interfira com a laje de concreto.

9 – COMPORTAMENTO DO SOLO E TIPOS DE RECALQUES:

A previsão do comportamento do solo e, consequentemente, a avaliação do nível de recalque


admissível, podem ser obtidas por meio de sondagens, testes de carga e experiências
anteriores com estruturas semelhantes construídas no mesmo local.
O recalque da fundação de um tanque de armazenamento, em relação à linha horizontal
teórica do fundo do equipamento, pode ser considerado como a soma dos seguintes
componentes:

Ø Recalque uniforme, quando todos os pontos do fundo se deslocam de uma mesma distância.
Normalmente não apresenta problema caso haja flexibilidade suficiente na tubulação para
acomodar tal movimento.

Ø Recalque do centro do fundo do tanque em relação à sua periferia, ocorre normalmente


pela declividade contrária da fundação.

Ø Inclinação do fundo do tanque, é um movimento que ocorre do corpo rígido não


provocando deformações ou tensões no costado. Normalmente o seu efeito é desprezível
devido às tolerâncias de nivelamento exigidas na construção da fundação.

Ø Recalque circunferencial diferencial, é o movimento mais crítico, pois provoca deformações


(ovalização) e tensões no costado. É muito mais crítico em tanques de teto flutuante devido a
necessidade do sistema de selagem absorver tal deformação, podendo ocasionar perdas por
evaporação ou prender o teto no costado.

10 – MEDIÇÃO DOS RECALQUES:

A norma N-1807 fixa as condições exigíveis na medição de recalques de fundação durante o


teste hidrostático de tanques de armazenamento. Os recalques são medidos utilizando-se
pinos de referências chumbados a cerca de 10 cm abaixo da face superior da fundação ou, no
caso de uma fundação direta com aterro compactado, fixados em cantoneiras de aço soldadas
no costado do equipamento.

Ø A quantidade mínima de pinos de referência é dada pela norma, de acordo com o diâmetro
do equipamento.

Ø Os recalques devem ser medidos durante os seguintes estágios do teste hidrostático: 0%,
25%, 50%, 75% e 100%.

Ø Os tanques de teto flutuante, devem ser enchidos até o ponto máximo de elevação do teto.

Ø Os tanques de teto fixo devem ser cheios até o topo da cantoneira de reforço da borda
superior do costado.

Ø O tempo mínimo de enchimento e esvaziamento, para cada estágio, deve ser de 2 dias.
Ø As leituras são registradas em folhas de controle de recalque. Após o término do controle de
recalques, deve ser preparado um relatório final, do qual constem as folhas de controle de
recalque, os gráficos tempo-recalque e as conclusões pertinentes.

11 – RECALQUES ADMISSÍVEIS:

Conforme vimos anteriormente, os recalques da fundação produzem ovalização e tensões no


costado de um tanque de armazenamento. A fixação dos valores de recalques admissíveis será
função, principalmente, da:

Ø Qualidade do solo.

Ø Carga considerada no projeto da fundação.

Ø Dimensões do equipamento.

Ø Tipo de teto utilizado.

A Norma N-270 indica os seguintes valores máximos de recalques admissíveis, medidos na


periferia da base sob o costado do tanque:

Ø Recalque absoluto em qualquer ponto da periferia = 300 mm.

Ø Recalque diferencial entre dois pontos da periferia = 38 mm. em 9.000 mm, medido ao longo
do perímetro.

Ø Recalque diferencial entre dois pontos quaisquer da periferia = 50 mm.

A Norma N-270 exige também que:

Ø O recalque diferencial entre qualquer ponto da periferia da base (sob o costado do tanque) e
um ponto interno a 1150 mm de distância (medido ao longo do raio) deve ser no máximo 70
mm.

Ø O recalque em qualquer ponto da parte central da base do tanque, deve ser tal que
mantenha a declividade estabelecida pelo projeto.

12 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:

Ø Chapas:

· As chapas utilizadas em tanques de armazenamento são normalmente fabricadas em


usinas siderúrgicas. Com relação às bordas, podem ser fornecidas:
a) Com bordas universais (naturais): Apresentam as bordas naturais de laminação.

b) Com bordas aparadas: As bordas de laminação foram eliminadas por meio de aparamento
lateral. São normalmente utilizadas no fundo e teto de tanques de armazenamento. Para o
costado, devido as tolerâncias de montagem, haverá necessidade de esquadrejamento.

c) As chapas, conforme a espessura, podem ser classificadas em:

ü Chapas grossas: Com espessura igual ou superior a ¼”.

ü Chapas finas: Com espessura inferior a ¼”.

Ø Perfis estruturais:

· Devem estar de acordo com a última edição de uma das especificações listadas na norma
API 650.

Ø Tubos e forjados:

· Devem estar de acordo com a última edição de uma das especificações listadas na norma
API 650.

Ø Flanges:

A norma N-270 especifica que:

· Os flanges até 24 in, inclusive, devem ter todas as dimensões conforme a norma ANSI
B.16.5 e os flanges maiores que 24 in até 42 in, inclusive, devem obedecer à norma MSS-SP-44.
Para diâmetros acima de 42 in devem seguir a norma API 605.

· Os flanges de diâmetro até 14 in, assim como as luvas, devem ser de aço forjado ASTM A
105. Para diâmetros de 16 in e acima, os flanges podem ser de chapa ASTM A 285 Gr. C, ASTM
A 515 Gr. 60 ou ASTM A 516 Gr 70, desde que devidamente calculados de acordo com o
Apêndice II do ASME, Seção VIII, Divisão I. e obedecendo aos demais requisitos das normas N-
270 e N-253.

Ø Parafusos e porcas:

· Para bocais:
a) Os parafusos e estojos devem ser de aço liga ASTM A 193 Gr. B7, dimensões conforme
ANSI B 18.2.1 e classe de ajuste 2ª da ANSI B 1.1. As porcas devem ser de aço carbono ASTM A
194 2H, dimensões conforme ANSI B 18.2.2 e classe de ajuste 2B da ANSI B 1.1.

· Para bocas de visita e portas de limpeza:

a) Devem ser de aço carbono ASTM A 307 Gr B e ASTM A 194 2H, dimensões conforme ANSI B
18.2.1 e 18.2.2 e classes de ajuste 2A e 2B da ANSI B 1.1, respectivamente, para parafusos e
porcas.

Ø Eletrodos:

· Os eletrodos para soldagem manual a arco elétrico, de materiais com limite de resistência
à tração inferior a 80.000 psi, devem pertencer às séries E 60 ou E 70 da classificação contida
na última edição da especificação AWS A 5.1. Para materiais com limite de resistência à tração
de 80.000 psi até 85.000 psi, os eletrodos devem pertencer às séries E 80XX-CX da classificação
contida na última edição da especificação AWS A 5.5. Eletrodos básicos (baixo hidrogênio)
devem ser utilizados, obrigatoriamente, na soldagem manual a arco elétrico, nas seguintes
condições:

a) Soldagem de chapas do costado com espessura superior a 0,5 in para materiais dos grupos
I a III.

b) Soldagem de chapas do costado, independentemente do valor da espessura, para


materiais dos grupos IV a VI.

13 – PROJETO DO FUNDO:

Ø Declividade:

· Os tanques der armazenamento devem ter o fundo cônico, com caimento mínimo de
1:120 do centro para a periferia. Os tanques pequenos, com diâmetro até 6 m, podem ter o
fundo plano.

· No caso de armazenamento da gasolina de aviação (GAV) e do querosene de aviação


(QAV) o fundo do tanque deve ser cônico com o caimento da periferia para o centro e com o
dreno posicionado na sua parte central.

Ø Disposição, material e dimensões das chapas:


· O contorno do fundo de um tanque de armazenamento, pode ser realizado adotando-se
dois tipos de disposição de chapas:

a) Chapas anulares (anular plates);

b) Chapas recortadas (sketch plates).

Para todas as chapas do fundo, o material deve ter, como qualidade mínima, o aço carbono
ASTM A 283 Gr. C.

As chapas anulares, devem ser da mesma especificação de material, utilizada no primeiro anel
do costado.

As chapas do fundo, devem apresentar as bordas aparadas e espessura mínima de ¼”, excluída
qualquer sobre espessura de corrosão.

A sobre espessura para corrosão, só deve ser adotada, quando o produto armazenado
provocar corrosão uniforme no fundo do equipamento e caso a corrosão seja localizada, a
proteção do fundo normalmente é realizadas por pintura ou outro tipo de revestimento anti
corrosivo adequado.

Caso haja necessidade, complementa-se com proteção catódica.

As normas API-650, NBR 7821 e N-270, resumem as exigências e recomendações, a respeito


das dimensões e da disposição das chapas do fundo de um tanque de armazenamento.

Ø Métodos de construção:

· As chapas do fundo de um tanque de armazenamento podem ser unidas por dois tipos de
juntas:

a) Juntas de topo:

As juntas soldadas de topo, são normalmente empregadas na união, entre si, das chapas
anulares. É um método praticamente não utilizado para união das chapas centrais. As chapas
devem possuir suas extremidades preparadas para solda de topo, com as bordas
paralelas ou chanfradas em V simples. Na junta de topo, soldada por um só lado, deve ser
utilizado um cobre-junta ponteado na face inferior de uma das chapas do fundo.

b) Juntas sobrepostas:

São normalmente empregadas na união, entre si, das chapas centrais.


São também utilizadas nas ligações entre chapas centrais e chapas recortadas, bem como das
chapas centrais com as chapas anulares.

As chapas são soldadas apenas na face superior (juntas sobrepostas simples), com transpasse
mínimo, após soldagem, de cinco vezes a espessura nominal da chapa mais fina (sem
necessidade de exceder a 1”) ou de 60 mm no caso da união das chapas centrais com o anel
periférico das chapas anulares.

As sobreposições devem ser realizadas, sempre que possível, no sentido de facilitar a


drenagem.

As chapas do fundo, sob o primeiro anel do costado, devem ser preparadas adequadamente,
com a finalidade de formar uma superfície razoavelmente lisa para apoio das chapas do
costado.

Ø Diâmetro do fundo:

Para evitar a penetração de água pluvial, sob as chapas de fundo de um tanque de


armazenamento, e permitir a soldagem adequada entre o fundo do equipamento e o primeiro
anel do costado, as chapas da periferia do fundo devem exceder a solda externa, que une o
fundo ao costado ou a qualquer chapa de reforço existente no costado, no mínimo, de:

· 25 mm: para a disposição com chapas recortadas;

· 50 mm: para a disposição com chapas anulares.

· Para evitar-se a penetração de águas pluviais sob as chapas do fundo e a erosão da base
do tanque, a norma N-270 indica a utilização de um dispositivo para escoamento da água.

Ø Soldas do fundo:

As juntas sobrepostas do fundo são soldadas, somente na face superior, com solda de ângulo
integral (full-fillet weld). Define-se como solda de ângulo integral, a solda de ângulo, cuja
dimensão é igual à espessura da chapa mais fina da união. Na sobreposição de três
chapas deve ser feito o arredondamento do canto da chapa superposta.

As chapas anulares são ligadas, entre si, por solda de topo. Essa solda de topo, pode ser
realizada por um só lado (com cobre junta), ou pelos dois lados (sem cobre junta).

Todas as soldas do fundo, quando realizadas com eletrodo revestido, devem ser executadas
no mínimo em dois passes, visando obter um comportamento mais dútil, mais resistente e
evitar mordeduras. Porém, na soldagem das chapas centrais com as chapas anulares,
recomenda-se um mínimo de 3 passes.

As soldas do fundo, contendo três sobreposições (juntas sobrepostas) ou formadas por três
chapas (juntas de topo), devem estar distanciadas de, no mínimo, 12” uma da outra, e, no
mínimo, 12” do costado. Para a disposição com chapas anulares, esta última exigência deve ser
aumentada para 24”.

A executante dos trabalhos de construção e montagem dos tanques de


armazenamento, deverá sempre, apresentar um plano sequencial de soldagem adequado,
visando obter o mínimo de empeno produzidos pela contração de soldagem.

Ø Reforços no fundo:

Reforços no fundo, são normalmente empregados nas regiões de apoio da estrutura de


sustentação do teto fixo suportado (19,0 mm de espessura), nas regiões de apoio das pernas
de sustentação do teto flutuante (6,3 mm de espessura) e nas regiões afetadas pela presença
de acessórios

Nas regiões do fundo, afetadas pela ação de misturadores mecânicos, recomenda-se a


utilização de chapas com 2,0 mm a mais de espessura.

14 – PROJETO DO COSTADO:

Ø O dimensionamento do costado de um tanque de armazenamento depende, basicamente,


da norma de projeto adotada e seus respectivos apêndices.

Ø O costado deve ser projetado, de modo que todos os seus anéis estejam em posição vertical,
respeitando-se as tolerâncias fixadas por norma.

Ø Quanto ao alinhamento das chapas do costado, existem as seguintes possibilidades:

a) Disposição simétrica:

É o tipo de disposição mais recomendável estruturalmente, porém de montagem praticamente


impossível.

b) Disposição com alinhamento pela face externa:

É o tipo de disposição mais recomendável esteticamente, de fácil montagem e bom


acabamento.
c) Disposição com alinhamento pela face interna:

É a disposição usual na prática. Apresenta fácil montagem e acabamento regular. É a mais


recomendável para o funcionamento do teto, no caso de tanques com teto flutuante.

Ø As juntas verticais de dois anéis adjacentes do costado, devem estar de


preferência, defasadas de pelo menos 1/3 do comprimento de cada chapa, admitindo-se um
mínimo, para as chapas de fechamento de anel, de 5 vezes a espessura nominal do anel mais
espesso dos anéis considerados.

Ø Tal defasagem mínima, não precisa ser aplicada nos anéis cujas espessuras foram fixadas
pelo valor mínimo estrutural de montagem.

Ø As juntas verticais do primeiro anel do costado e as juntas das chapas anulares do fundo,
devem também atender aos requisitos de distância mínima entre as juntas verticais do
costado. Não deve haver acúmulo de juntas verticais em uma mesma região do costado do
tanque.

15 – JUNTAS DO COSTADO:

Ø As chapas do costado de um tanque de armazenamento, devem ser devidamente


esquadrejadas, para permitir uma montagem satisfatória.

Ø As juntas do costado, devem ser de topo, soldadas pelos dois lados (exceto quando utilizado
um processo especial de soldagem, como por exemplo, o arco submerso), com penetração
total e fusão completa.

Ø A face mais larga de uma junta de topo assimétrica (V ou U), pode ser dirigida para o lado
interno ou externo do costado, a critério do projetista do equipamento.

Ø A executante dos trabalhos de construção e montagem dos tanques de


armazenamento, deverá sempre, apresentar um plano sequencial de soldagem adequado,
visando obter o mínimo de empeno produzidos pela contração de soldagem.

15.1 – Juntas verticais:

A norma API 650, ilustra as juntas verticais do costado de um tanque de armazenamento, onde
são apresentadas as preparações recomendadas, para as bordas das chapas de juntas verticais
do costado, quando utilizado o processo de soldagem com eletrodo revestido.

15.2 – Juntas horizontais:


A norma API 650 ilustra as juntas horizontais típicas do costado de um tanque de
armazenamento, onde são apresentadas as preparações recomendadas, para as bordas das
chapas de juntas horizontais do costado, quando utilizado o processo de soldagem com
eletrodo revestido.

16 – ABERTURAS NO COSTADO:

Ø Todas as aberturas no costado, com diâmetro nominal superior a 2”, devem ser
devidamente reforçadas. A área mínima da seção transversal do reforço, não deve ser inferior
ao produto do diâmetro vertical do furo aberto no costado pela espessura requerida, à chapa
do costado, na região da abertura.

Ø A área da seção transversal do reforço será medida segundo um plano vertical que contenha
o diâmetro da abertura.

Ø O reforço só é considerado efetivo se situado numa faixa limitada pela distância de um


diâmetro da abertura do costado, medida a partir da linha de centro da abertura, para cima e
para baixo.

Ø O reforço da abertura, pode ser obtido empregando-se qualquer uma das seguintes soluções
ou combinações das mesmas:

a) Flange de conexão soldado no costado;

b) Chapa de reforço;

c) Parte do pescoço da conexão, dentro de limites estabelecidos pela norma;

d) Excesso de espessura da chapa do costado além do valor requerido;

e) Chapa inserida (insert plate).

OBS.:

Ø As portas de limpeza e as conexões do tipo “flush-type” do costado, apresentam reforços


dimensionados por procedimentos específicos (API 650 itens 3.7.7 e 3.7.8 respectivamente.

Ø Todas as aberturas do costado exigindo reforço, tais como bocais, bocas de visita e portas de
limpeza, devem ser soldadas com penetração total na chapa do costado do tanque, exceto
quando se usa chapa inserida, caso em que se permite a penetração parcial.
Ø O item 3.7.3 do API 650, fixa o espaçamento entre as soldas periféricas de uma abertura no
costado e as soldas de topo das chapas do costado, bem como o espaçamento entre as soldas
periféricas de uma abertura no costado e a solda do costado e a solda do costado ao fundo do
equipamento.

17 – PROJETO DO TETO:

O projeto do teto de tanques de armazenamento, será em função do tipo de teto a ser


aplicado, que poderão ser:

Ø Teto Cônico Suportado.

Ø Teto Cônico Autoportante.

Ø Teto Curvo Autoportante.

Ø Teto Flutuante.

OBS.:

Quanto a sobrecarga necessária e segundo o API 650, todos os tipos de teto e estruturas de
sustentação, devem ser projetados para suportar sua carga morta (peso próprio das chapas do
teto e da estrutura de sustentação) mais uma carga viva uniforme (homem, equipamentos e
carga de neve quando aplicável), não inferior a 120 kgf/m² (25 lb/ft²) de área projetada. O
valor da sobrecarga exigida varia consideravelmente conforme a norma de projeto adotada,
sendo:

Ø NBR 7821 = 60 kgf/m² de área projetada.

Ø N 270 = 100 kgf/m² de área projetada.

Ø BS 2674 = 1,2 kN/m² ( aprox.. 120 kgf/m²) de área projetada.

17.1 – Materiais:

A espessura mínima das chapas do teto é de 4,75 mm. (3/16”), devendo essa espessura ser
adotada sempre que possível. Para tal espessura o material deve ser o aço carbono, de
qualidade estrutural, ASTM A 570 Gr.33 ou ASTM A 283 Gr.C, com largura mínima de 1500
mm.
Maiores espessuras podem ser requeridas aos tetos autoportantes. Havendo a necessidade de
adicionar a sobre espessura de corrosão ao valor calculado (teto autoportante) ou ao valor
nominal mínimo (teto suportado e teto flutuante).

Para chapas com espessura igual ou superior a 6,3 mm. (1/4”) o material deve ser o ASTM A
283 Gr.C com largura mínima de 2.440 mm.

Os perfis, da estrutura de sustentação de um teto suportado, devem ser de aço carbono,


qualidade estrutural, ASTM A 36. Devem apresentar uma espessura nominal. De alma e aba,
no mínimo de:

Ø API 650 e NBR 7821 = 4,4 mm. (0,17 in).

Ø N 270 = 6,35 mm.

Para as demais informações referentes ao projeto e construção, consultas deverão ser feitas,
diretamente nas normas específicas.

18 – BOCAIS E ACESSÓRIOS:

Os principais bocais e acessórios de um tanque de armazenamento serão descritos e


selecionados, a seguir, em função da sua localização no equipamento. Assim teremos:

Ø Bocais e acessórios do fundo.

Ø Bocais e acessórios do costado.

Ø Bocais e acessórios do teto.

18.1 – Bocais e acessórios do fundo:

Basicamente só encontramos o sistema de drenagem do equipamento.

18.2 – Bocais e acessórios do costado:

No costado de tanques de armazenamento encontramos bocais com diversas finalidades:

Ø Movimentação de produto.

Ø Sistema de drenagem (dreno de fundo e dreno de teto flutuante).

Ø Sistema de aquecimento (entrada de vapor e saída de condensado).

Ø Sistema de combate à incêndio (câmara de espuma).


Ø Misturadores, limpeza com vapor etc.

Ø Bocas de visita (Shell Manhole).

As bocas de visita do costado devem ser orientadas na direção dos ventos predominantes no
local de construção do tanque. Tal procedimento visa facilitar o arejamento do equipamento
durante as paradas de manutenção.

Nos tanques de teto flutuante, para evitar a interferência durante a descida do teto e,
consequentemente, aproveitar ao m áximo a capacidade do equipamento, as bocas de visita
do costado devem ser do tipo baixo (low type) com chapas de reforço formando 90° com o
fundo do tanque.

Ø Portas de limpeza (Cleanout).

As portas de limpeza devem ser de construção soldada e do tipo rente ao fundo (flush type).

Quando houver duas ou mais portas de limpeza no costado, duas delas devem ser
posicionadas diametralmente opostas e orientadas na direção dos ventos predominantes no
local. Havendo somente uma porta de limpeza no costado, deve-se posicionar uma boca de
visita diametralmente oposta a ela e ambos os acessórios devem ser orientados na direção dos
ventos predominantes no local.

O API 650 fixa as dimensões máximas da porta de limpeza, em função do material utilizado no
costado do equipamento.

Ø Plataformas (platforms), passadiços (walkways) e escadas (stairways).

Todos os tanques devem ter sua própria escada de acesso ao topo do equipamento, com
corrimão e terminando em uma plataforma sobre o costado.

Tanques para óleos lubrificantes, água e outros produtos não perigosos podem dispensar a
escada ao topo do costado quando, estiverem interligados por passadiços.

As escadas devem ser de preferência do tipo helicoidal. Escadas verticais do tipo marinheiro,
só são permitidas para tanques com até 6 metros de altura, sendo que acima de 1,80 m. exige-
se guarda-corpo para diminuir o risco de acidentes.

A plataforma do topo do costado, deve ser apoiada diretamente no último anel do costado, no
caso dos tanques de teto fixo.
Para os tanques de teto flutuante, a plataforma deve ser suportada por chapas de extensão do
costado e se projetar por cima do teto.

As escadas, patamares entre lances da escada, plataformas de topo do costado e passadiços


de ligação entre tanques devem ser construídos com material antiderrapante.

Ø Câmaras e aplicadores de espuma contra incêndio.

Todos os tanques devem ter um sistema fixo de proteção contra incêndio.

Para os tanques de teto fixo, a proteção deve ser por meio de “câmaras de espuma”, com selo
de vidro, localizadas no costado e acima do nível máximo do produto armazenado.

Para os tanques de teto flutuante, a proteção é realizada por “aplicadores de espuma”,


localizados em chapas de extensão do costado e que lançam a espuma na região do sistema de
selagem do teto, envolvida por um anel de contenção de espuma.

O número, tipo e tamanho dos dispositivos de aplicação de espuma podem ser determinados
pela Norma N-1203, que fixa as condições exigíveis para a elaboração de projetos de sistemas
fixos de combate a incêndio com água e espuma, destinados às áreas de processamento,
armazenamento e transferência de petróleo e seus derivados.

Para as áreas de armazenamento e transferência de álcool etílico, anidro ou hidratado, são


utilizadas as indicações da Norma N-1886.

Ø Misturadores (mixers).

Ø Anéis de contraventamento.

Ø Anéis de contraventamento intermediário.

18.3 – Bocais e acessórios do teto:

Ø Bocais (roof nozzles).

São normalmente utilizados para conexão de acessórios do teto e podem ser flangeados ou
rosqueados.

Ø Bocas de visita (roof manholes).


Todo tanque de armazenamento, independente da forma do teto, deve apresentar pelo
menos uma boca de visita no teto, com as seguintes finalidades, durante os trabalhos de
limpeza e manutenção:

ü Ventilação.

ü Iluminação.

ü Acesso eventual ao interior do equipamento.

Ø Dispositivos de proteção contra a sobre ou sub-pressão interna.

O tipo de dispositivo a ser utilizado depende da forma do teto, que poderão ser:

ü Tanques de teto fixo:

· Respiro aberto (free vent): normalmente utilizado quando o produto armazenado tiver
ponto de fulgor igual ou superior a 38°C.

· Válvula de pressão e vácuo (pressure and vacum relief valve): dispositivo de


funcionamento conjugado, a pressão e vácuo, normalmente utilizado quando o produto
armazenado tiver ponto de fulgor inferior a 38°C.

· Dispositivo de emergência (emergency vent): normalmente utilizado quando da


impossibilidade da ligação entre teto e cantoneira de topo do costado ser considerada de
baixa resistência mecânica. Tal dispositivo pode ser, por exemplo, uma tampa especialmente
construída para a boca de visita do teto.

ü Tanques de teto flutuante:

· Quebra-vácuo (automatic bleeder vent): permite a saída de todo ar ou gás, acumulados


sob o teto, por ocasião di enchimento inicial. O quebra-vácuo fecha automaticamente assim
que o teto comece a flutuar. Quando o tanque for esvaziado, os quebra-vácuos abrem antes
do teto atingir a posição de repouso e evitam, portanto, o desenvolvimento de vácuo sob o
teto.

· Dispositivos de alívio de pressão: evita possíveis danos ao teto causados por pressões de
gases, anormalmente altas, desenvolvidas de vácuo sob o teto.

Ø Escotilha de medição (Gauge Hatch).

Ø Guarda corpo (Safety rail).


Ø Drenos do teto flutuante (Floating roof drains).

Ø Escada de acesso ao teto flutuante (Rolling ladder).

Ø Pernas de sustentação do teto flutuante (Supporting legs).

Ø Selo do teto flutuante (Seal).

Ø Guia anti-rotacional do teto flutuante (Centering and antirotation device).

19 – PLACA DE IDENTIFICAÇÃO:

Em todo tanque de armazenamento deve existir uma placa de identificação, fixada ao costado
no equipamento, junto ao início da escada de acesso ao topo do costado.

20 – FOLHA DE DADOS:

A Norma N-1541 padroniza formulário da folha de dados para tanques de armazenamento.

21 – FABRICAÇÃO:

Os tanques de armazenamento, normalmente são fabricados em oficinas de caldeiraria


pesada. A fabricação consiste na preparação adequada das chapas, perfis, estruturas, escadas,
drenos, bocais e demais acessórios.

21.1 – Operações, equipamentos e normas de fabricação:

Ø A fabricação de um tanque de armazenamento, envolve operações de desempeno,


traçagem, esquadrejamento, corte, abertura de chanfro, calandragem, usinagem, soldagem,
ensaios não destrutivos, tratamento térmico, ensaio de estanqueidade, teste hidrostático,
teste de capilaridade, caixa de vácuo, controle dimensional, etc...

Ø Os equipamentos normalmente utilizados na fabricação de um tanque de armazenamento


são: banco de corte, tartaruga de corte, guilhotina, calandra, prensa hidráulica, furadeira
radial, tesoura para perfis, máquina de corte pantográfica, ponte rolante, guincho, torno,
forno para tratamento térmico de alívio de tensões, estufas para tratamento de secagem e
manutenção de consumíveis, cochichos, etc...

Ø A Norma N-1888 fixa as condições exigíveis para a fabricação executada em oficinas, bem
como para o transporte de tanques atmosféricos. Tal fabricação deve também atender às
exigências de projeto da Norma N-270, aos requisitos da Seção 4 do API 650 e visar uma
adequada montagem de acordo com a Norma N-271.
21.2 – Armazenamento de materiais:

Ø As chapas não calandradas, devem ser armazenadas sobre berços de madeira adequados
para evitar deformações.

Ø Para as chapas calandradas, quando deitadas, os berços devem ter a mesma curvatura das
chapas e a quantidade máxima de chapas, por pilha, deve ser tal que não deforme as chapas
inferiores.

Ø As chapas devem ser armazenadas, pelo menos, 20 cm. Acima do nível do solo.

Ø As peças pequenas, tais como flanges, luvas, parafusos, porcas e arruelas, devem ser
armazenadas em caixotes e em locais secos. As superfícies usinadas, devem ser protegidas
contra corrosão por meio de graxa ou outros compostos adequados. As faces dos flanges, além
da proteção citada anteriormente, devem ser cobertas com discos de madeira.

21.3 – Desempeno de chapas:

Ø A operação deve ser executada por prensagem ou outro método a frio, que não prejudique
o material.

Ø O desempeno deve ser realizado antes da traçagem e das subsequentes operações de


acabamento.

Ø Não deve ser permitido aquecimento localizado ou o martelamento, a menos que o material
seja aquecido à temperatura de forjamento.

21.4 – Reparo de defeitos:

Ø Os defeitos encontrados, devem ser reparados por soldagem, conforme prescrito nas
Normas N-133 e N-1888.

Ø Após a execução do reparo, devem ser realizados os ensaios não destrutivos previstos na
norma N-1888.

Ø Os defeitos, devidamente reparados, são então registrados num mapa (Mapa dos Defeitos
Reparados) que permite a exatas localização dos pontos reparados no próprio equipamento.

21.5 – Corte e preparação das Bordas das Chapas:

Ø O corte e o chanfro das bordas das chapas podem ser feitos por cisalhamento (com máquina
tipo plaina, talhadeira automática, guilhotina ou tesoura mecânica) ou por oxi-corte.
Ø O cisalhamento é limitado às chapas com espessura até 3/8” in (aprox.. 10 mm.) para as
juntas de topo e até 5/8” in (aprox.. 16 mm.) para as juntas sobrepostas.

Ø As arestas das chapas cortadas a oxigênio e destinadas à soldagem, devem ser deixadas lisas,
uniformes e livres de carepas, escórias e rebarbas. Tais irregularidades devem ser removidas
com talhadeiras automáticas e/ou esmeril.

Ø As chapas de contorno do fundo, do contorno do teto e as de fechamento dos anéis do


costado, devem ser deixadas para corte no local de montagem.

21.6 – Calandragem das chapas do costado:

Ø Objetivando a facilidade de montagem e o devido enquadramento das tolerâncias, é sempre


recomendável a calandragem de todas as chapas do costado, independente do diâmetro do
tanque e espessura da chapa.

21.7 – Aberturas nas chapas para construção de acessórios e realização de tratamento térmico
de alívio de tensões:

Ø Toda abertura que exigir tratamento térmico de alívio de tensões, em conformidade com as
exigências da Norma API 650 em seu item 3.7.4, deve ser fabricada, montada, soldada, testada
e tratada termicamente na fábrica.

Ø As aberturas que não exigirem tratamento térmico de alívio de tensões, podem ser
fabricadas e realizadas no campo.

Ø Os bocais interligados a tubulações, que não exigirem tratamento térmico de alívio de


tensões, devem ser realizados no campo.

Ø Os furos das chapas de reforço, para saída dos gases de soldagem e realização do ensaio de
estanqueidade (ensaio pneumático), devem ser realizados antes da montagem das chapas de
reforço.

Ø Tais furos, após a fabricação do componente do tanque, devem ser deixados abertos e
protegidos com graxa.

Ø A Norma N-1888, exige que o ensaio de estanqueidade, citado anteriormente, seja realizado
antes do tratamento térmico de alívio de tensões.

21.8 – Soldagem:
Ø A soldagem executada deverá estar em conformidade com as Normas N-133 e N-1888.

Ø Todas as soldas provisórias, devem ser removidas após a realização de suas funções. As
superfícies sob tais soldas, devem ser adequadamente esmerilhadas e, para os materiais com
exigência de teste de impacto, obrigatoriamente inspecionadas com partículas magnéticas ou
líquido penetrante.

Ø A Norma N-1888 exige que todas as soldas existentes nos componentes tratados
termicamente para alívio de tensões, sejam inspecionadas, por meio de líquido penetrante ou
partícula magnética, antes e após a realização do tratamento térmico.

Ø Se algum reparo for necessário, sua realização deve obedecer à Norma N-133. Os ensaios
não destrutivos, previstos para a junta soldada original, devem ser igualmente repetidos.

21.9 – Inspeção de fabricação:

Ø Somente os materiais corretamente identificados e aprovados pela inspeção de


recebimento, devem ser utilizados na fabricação do tanque de armazenamento.

Ø A inspeção de fabricação deverá atender às exigências da Norma N-1888.

Ø Todas as peças fabricadas, devem ser devidamente marcadas, acondicionadas, embaladas


(se necessário), rastreadas e embarcadas de maneira a evitar qualquer dano durante o
transporte.

22 – MONTAGEM:

A montagem de um tanque de armazenamento é de suma importância para o seu futuro


funcionamento. As etapas à serem desenvolvidas, devem obedecer a um procedimento
escrito, contendo no9 mínimo as seguintes indicações:

a) Equipamentos a serem utilizados em cada fase de montagem e soldagem, incluindo o tipo


e disposição dos andaimes e o tipo de iluminação, quando necessária.

b) Sequência e descrição resumida de cada etapa de montagem.

c) Descrição das condições para montagem e soldagem em cada etapa de montagem.

d) Métodos de ajustagem e acessórios de montagem a serem utilizados em cada etapa.

e) Tipo e extensão da inspeção das juntas soldadas.


f) Cuidados com as soldas provisórias, incluindo o método utilizado para a sua remoção.

g) Procedimentos de soldagem da executante e seus registros de qualificação.

h) Procedimentos de ensaios não destrutivos e seus respectivos registros de qualificação.

i) Métodos de inspeção dimensional e tolerâncias de montagem.

j) Ocasião em que serão realizados os ensaios ou testes previstos.

k) Procedimentos de execução de cada teste previsto, incluindo os equipamentos utilizados.

l) Plano de registros dos resultados de ensaios não destrutivos das juntas soldadas, por
soldador.

m) Procedimento de levantamento do teto, quando o mesmo é montado sobre o fundo.

n) Métodos de grauteamento.

o) Quaisquer outras atividades não citadas anteriormente.

OBS.:

1 – A construção de um tanque de armazenamento, pode envolver diversas firmas


empreiteiras. Assim normalmente, a execução da fundação do tanque é de responsabilidade
de determinada empresa, enquanto a montagem é da responsabilidade de outra empreiteira.

2 – Assim sendo, é de grande importância que todo contrato estabeleça perfeitamente as


responsabilidades de cada firma envolvida, bem como a quem compete o fornecimento de
materiais, água doce, energia elétrica, máquinas de solda, consumíveis, instrumentos, etc...

22.1 – Normas e rotinas de fiscalização:

Ø A Norma N-271, fixa as condições exigíveis para a montagem de tanques de armazenamento


cilíndricos verticais, soldados, operando a pressões atmosféricas e temperatura entre -6 e
150°C ou pressões até 98kPa (1 kgf/cm²) e temperaturas entre -50 e 95°C.

Ø A soldagem deve ser executada de acordo com a Norma N-133 e os ensaios não destrutivos
conforme as seguintes normas:

1) Qualificação de pessoal = N-1590.

2) Estanqueidade = N-1593.
3) Radiografia = N-1595.

4) Líquido penetrante = N-1596.

5) Visual = N-1597.

6) Partículas magnéticas = N-1598.

7) Ultra-Som = N-1594.

8) Descontinuidades em geral = N-1738.

Ø A Rotina Técnica de Fiscalização, relaciona todos os serviços a executar, bem como o critério
de aceitação a ser adotado, referentes ao controle da qualidade a ser empregado na
montagem e condicionamento de tanques de armazenamento, a qual está dividida em 7
capítulos:

1) Recebimento, Armazenamento e Preservação:

· Documentação;

· Equipamentos recebidos prontos;

· Chapas;

· Flanges e bocais;

· Parafusos, porcas, grampos, estojos, arruelas e chumbadores;

· Acessórios;

· Elementos estruturais;

· Consumíveis de soldagem.

2) Fundações e bases:

3) Qualificações:

4) Montagem:

· Fundo;

· Costado;
· Teto fixo;

· Teto flutuante;

· Acessórios.

5) Testes:

6) Preservação após montagem:

7) Preparação para a operação assistida:

OBS.:

Os executantes das atividades de inspeção e/ou fiscalização, deverão montar uma planilha,
onde deverão constar, para capítulo acima acima citado, quais os serviços que serão
executados, quais os critérios que serão seguidos, normas e itens de referência e observações
gerais.

22.2 – Inspeção e armazenamento de materiais:

Ø Só podem ser utilizados na montagem de um tanque de armazenamento, os materiais


corretamente identificados e rastreados, com os seus certificados conferidos e devidamente
aprovados pela inspeção de recebimento.

Ø O armazenamento de materiais, deverá ser realizado, adotando-se os mesmos cuidados já


citados, anteriormente, para a etapa de fabricação (Item 21.2).

22.3 – Verificação da base:

Ø O marco padrão existente na região onde o tanque está sendo construído, servirá como
referência para os serviços topográficos a serem realizados.

Ø A base de um tanque de armazenamento, deve ser verificada conforme exigências das


normas N-271 e N-1644, pelo menos, quanto aos seguintes aspectos:

a) Orientação e elevação.

b) Diâmetro da base.

c) Nivelamento.

d) Declividade.
e) Dimensões da fundação (Ex.: largura do anel de concreto).

f) Orientação da linha de centro e as dimensões do rebaixo de acessórios que interferem com


a fundação do tanque (porta de limpeza e dreno de fundo).

g) Impermeabilização.

22.4 – Montagem do fundo:

Ø As chapas do fundo devem ser montadas conforme a disposição estabelecida no projeto,


observando-se a orientação em relação aos eixos coordenados e a sobreposição das chapas.

Ø A colocação da primeira chapa no fundo é de fundamental importância, normalmente


realizada com o auxílio de instrumentos de topografia.

Ø As chapas do fundo são arrastadas até suas posições por meio de cordas e grampos e a
colocação na posição definitiva é realizada com alavancas.

Ø Deve-se ter o máximo cuidado para não danificar a impermeabilização do fundo do tanque.

Ø A sobreposição das chapas do fundo, devem ser marcadas com tinta para facilitar sua
verificação durante a montagem. Normalmente, tal marcação é realizada a uma distância da
borda da chapa igual à sobreposição mais 20 mm.

Ø A sobreposição mínima entre as chapas da periferia e o miolo do fundo deve ser ampliada
(aprox.. 20 mm.) para compensar a contração da soldagem.

Ø O ponteamento e a soldagem das chapas do fundo, devem obedecer a sequência de


soldagem indicada no projeto, de tal forma a resultar o mínimo de deformação.

Ø A sequência de soldagem a ser adotada em todo o equipamento, deve ser submetida à


aprovação da fiscalização, antes do seu início.

Ø As soldas entre o costado e o fundo devem ser realizadas após a soldagem das juntas
verticais do primeiro anel do costado (preferencialmente após a montagem do segundo anel) e
antes da soldagem do miolo do fundo com as chapas periféricas. A sequência tradicionalmente
adotada é a seguinte:

1) Execução da solda interna;

2) Inspeção da solda interna;


3) Execução da solda externa.

22.5 – Montagem do costado:

Ø A montagem do costado é iniciada com a marcação do diâmetro interno do tanque sobre as


chapas do fundo e deve sempre começar pelas chapas que contêm as portas de limpeza.

Ø A montagem das chapas do costado exige, além de uma boa sequência de soldagem, uma
série de cuidados adicionais:

· Proteção contra deformações em consequência de ventos intensos. As chapas devem ser


estaiadas durante toda a montagem.

· No caso de tanques com teto flutuante, o anel de contraventamento poderá ser


provisoriamente fixado nos anéis inferiores do costado, servindo como andaime e enrijecendo
o costado em relação às cargas de vento.

· Obediência rigorosa às práticas de segurança industrial, saúde ocupacional e proteção ao


meio ambiente.

· Verificação rigorosa quanto às tolerâncias dimensionais exigidas por norma.

· A Norma N-271 apresenta diversas exigências de montagem para o costado de tanques


de armazenamento.

22.6 – Montagem do teto:

22.6.1 – Montagem de tetos fixos:

É normalmente adotada a seguinte sequência:

Ø Marcação, no topo do costado, dos quatro pontos indicativos dos eixos coordenados do
equipamento.

Ø Marcação, no fundo, das posições das sapatas das colunas de sustentação.

Ø Posicionamento vertical das colunas.

Ø Soldagem, no fundo, das guias das sapatas das colunas de sustentação.

Ø Estaiamento das colunas, as quais devem permanecer estaiadas até a montagem final do
polígono formado pelas vigas transversais. Na coluna central o estaiamento deve ser mantido
até que todas as vigas radiais estejam montadas e fixadas no polígono adjacente ou no
costado, conforme o caso.

Ø Montagem das vigas transversais e radiais. Não deve ser permitido o ponteamento das
ligações aparafusadas da estrutura de sustentação do teto.

Ø Arrumação das chapas do teto conforme estipulado no projeto, observando-se a orientação


em relação aos eixos coordenados e a sobreposição das chapas.

Ø A sobreposição das chapas do teto, devem ser previamente assinalada para facilitar a
verificação durante a montagem, de forma semelhante à adotada no fundo.

Ø A sobreposição entre as chapas da periferia e o miolo do teto, deve ter um adicional (aprox..
20 mm.) para compensar a contração de soldagem.

Ø Deve ser evitada qualquer sobrecarga na estrutura, devido ao empilhamento das chapas
num mesmo local.

Ø Ponteamento e soldagem das chapas do teto, obedecendo a sequência de soldagem


indicada no projeto (semelhante à do fundo do equipamento).

Ø As soldas da periferia do teto à cantoneira de topo do costado devem ser executadas antes
da soldagem do miolo com as chapas periféricas do teto.

Ø Visando a obtenção da ligação fraca, entre teto e costado, as chapas do teto não podem ser
soldadas à estrutura de sustentação.

Ø Posicionamento e soldagem dos bocais e acessórios.

Ø Os bocais e acessórios não interligados a tubulações podem ter suas posições ligeiramente
alteradas para evitar interferências.

22.6.2 – Montagem de tetos flutuantes:

É normalmente adotada a seguinte sequência:

Ø Marcação, na face interna do costado, das coordenadas de projeto.

Ø Montagem de uma estrutura provisória de sustentação do teto flutuante durante a


montagem.
Ø Tal estrutura normalmente é constituída por andaimes tubulares, com sapatas ajustáveis e
estrado de madeira, na parte superior, para apoio da chaparia do teto.

Ø A estrutura provisória não deve ser soldada ao fundo do tanque e sua altura deve ser
suficiente para permitir a execução de todas as soldas previstas no teto.

Ø Arrumação das chapas do teto conforme estipulado no projeto.

Ø A sobreposição das chapas do teto deve ser assinalada previamente para facilitar a
verificação durante a montagem, de forma semelhante à adotada no fundo.

Ø A sobreposição entre as chapas da periferia e o miolo do teto deve ser ampliada (aprox.. 20
mm.) para compensar a contração de soldagem.

Ø Ponteamento e soldagem das chapas do teto, obedecendo à sequência de soldagem


indicada no projeto.

Ø Posicionamento e soldagem dos bocais e acessórios.

Ø Os tubos guias das pernas de sustentação e outros acessórios que atravessem verticalmente
o flutuador do teto pontão ou os compartimentos do teto duplo, devem ser montados e
soldados simultaneamente com a chaparia do teto para tornar menos difícil sua operação de
soldagem.

Ø Retirada da estrutura provisória e sustentação do teto pelas próprias pernas de sustentação.

23 – INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA INDUSTRIAL:

A fiscalização, o emitente da Permissão de Trabalho (conforme Norma N-2162) e o pessoal


especializado da Segurança, Saúde e Proteção ao Meio Ambiente, podem paralisar qualquer
serviço no qual evidencie risco iminente, ameaçando a segurança ou saúde das pessoas, ao
meio ambiente ou a integridade das instalações.

24 – QUALIFICAÇÕES, MÉTODOS DE INSPEÇÃO E TESTES:

Durante a montagem de um tanque de armazenamento, o controle da qualidade das juntas


soldadas do equipamento, normalmente é realizado utilizando-se as seguintes qualificações,
métodos de inspeção e testes:

· Qualificação de Procedimento de Soldagem, Qualificação de Soldadores e Operadores de


Soldagem:
ü O fabricante e/ou montador devem realizar testes de qualificação dos procedimentos de
soldagem que serão utilizados no tanque de armazenamento, mostrando a adequação e o
atendimento às Normas ASME Section IX, API 650 – Section 7 e N-133.

ü Devem, também, realizar testes de qualificação da qualidade na execução de soldas, em


todos os soldadores e operadores de soldagem participantes da construção do tanque de
armazenamento, conforme previsto nas normas anteriormente citadas.

ü Todas as qualificações devem ser devidamente registradas conforme exigido na Norma N-


133.

ü A Seção 7 da Norma API 650 apresenta requisitos complementares ao Código ASME Section
IX, específicos quanto à qualificação de procedimentos, de soldadores e operadores de
soldagem em tanques de armazenamento.

· Método de Inspeção Visual:

ü O ensaio visual deve ser conduzido de acordo com a Norma N-1597.

ü Todas as soldas do costado, devem ser examinadas visualmente, observando-se no mínimo


os aspectos de: mordedura, reforço, desalinhamento, limpeza de raiz e limpeza entre passes,
conforme exigências da Norma API 650 (Section 5).

· Método de Inspeção Radiográfica:

ü A inspeção radiográfica, deve ser realizada somente nas juntas soldadas de topo, onde foram
exigidas fusão e penetração completas. Desta forma, a inspeção radiográfica é requerida nas
soldas de topo do costado, nas soldas de topo das chapas anulares e nas soldas de topo das
conexões do tipo rente ao fundo (flush type).

ü A inspeção radiográfica não é requerida nas soldas do teto, nas soldas do fundo (miolo e
miolo com as chapas anulares), nas soldas do teto com a cantoneira de topo do costado, nas
soldas da cantoneira de topo com as chapas do costado, nas soldas do constado com o fundo e
nas soldas de acessórios.

ü A execução do ensaio radiográfico deve ser conduzida de acordo com a Norma N-1595.

ü Os critérios para o número e localização das radiografias para tanques dimensionados pelo
API 650, deverá ser observado nessa Norma com algumas ressalvas constantes na Norma N-
271 as quais deverão ser respeitadas.
ü A técnica radiográfica e avaliação dos resultados, deverá estar baseada nas determinações
da Norma ASME Boiler and Pressure Vessel Code V, “Nondestructive Examination”.

ü Na inspeção radiográfica por amostragem, a cada junta soldada examinada e rejeitada, deve-
se aumentar a amostragem conforme descrito na Norma API 650 – Item 6.1.6.

ü Os defeitos detectados devem ser totalmente removidos mecanicamente (esmerilhamento)


ou por fusão (goivagem). A remoção deve ser a estritamente necessária para a correção dos
defeitos.

ü O procedimento de reparo, deve sempre ser submetido à aprovação da fiscalização e todas


as soldas reparadas devem ser re-inspecionadas em toda a sua extensão e mais 75 mm. para
cada lado do reparo.

ü A execução do ensaio radiográfico deve ser conduzida de acordo com a Norma N-1595.

· Método de Inspeção por Seccionamento.

ü É um método destrutivo de inspeção das juntas soldadas, a qual consiste na retirada de um


corpo de prova, por trepanação, contendo parte de ambas as chapas da junta soldada.

ü Após retirada, os corpos de prova são tratados quimicamente e examinadas pera verificação
da existência de defeitos.

ü Depois do exame, todos os cortes realizados, para a retirada dos corpos de prova, devem ser
fechados utilizando-se um procedimento devidamente qualificado.

ü Em tanques de armazenamento, o método de inspeção por seccionamento, praticamente só


é utilizado como decisão final para aceitação ou rejeição das soldas em ângulo, nas quais a
inspeção visual indicou a possibilidade de soldas insatisfatórias.

ü Pela Norma API 650, a fiscalização de montagem tem o direito de retirar 1 corpo de prova
para cada 100 ft de solda de ângulo executada (aprox.. 30 metros).

ü Atualmente, o método de seccionamento para o controle da qualidade das juntas soldadas


de topo, só é permitido pela Norma NBR 7821.

ü Normalmente, o método de seccionamento só é aceito na inspeção da qualidade das juntas


soldadas horizontais do costado, quando a penetração completa não tenha sido especificada.
Entretanto, caso seja aceito pelo comprador / cliente do equipamento, o método de
seccionamento pode ser até empregado como alternativa ao método de inspeção radiográfica.
· Método de Inspeção por Partículas Magnéticas:

ü A execução do ensaio por partículas magnéticas deve ser conforme a Norma N-1598.

ü Pelo API 650, o método de inspeção por partículas magnéticas deve ser realizado conforme o
item 6.2.

ü Para materiais submetidos a teste de impacto, todos os locais de soldas provisórias, após a
devida remoção, devem ser examinados por partículas magnéticas ou líquido penetrante.

· Método de Inspeção por Ultra-Som:

ü A execução do ensaio por ultra-som deve ser conforme a Norma N-1594.

ü Pelo API 650, o método de inspeção pór ultra-som deve ser realizado conforme descrito no
item 6.3.

· Método de Inspeção por Líquido Penetrante:

ü A execução do ensaio por meio de líquido penetrante deve ser conforme a Norma N-1596.

ü Pelo API 650, o método de inspeção por líquido penetrante deve ser realizado conforme o
item 6.4.

· Ensaio de Estanqueidade:

ü A Norma N-1593 fixa as condições exigíveis na realização do ensaio de estanqueidade por


meio da passagem de gases pressurizados (formação de bolhas) ou pela penetração de
líquidos por capilaridade.

ü A função única do ensaio de estanqueidade é a detecção de eventuais vazamentos, não


visando a análise da resistência mecânica, deformação ou recalques estruturais.

ü Sob a designação de ensaio de estanqueidade, podemos identificar os seguintes tipos de


ensaios:

I. Ensaio de formação de bolhas com pressão positiva:

· Normalmente utilizado na inspeção de soldas das chapas de reforço das aberturas do


costado (pressão de ensaio até 15 psig) e na inspeção das soldas das bóias do teto flutuante
tipo “buoy-roof” (pressão de ensaio até 2 psig).

II. Ensaio de formação de bolhas com pressão negativa:


· Normalmente utilizado na inspeção das soldas do teto e do fundo de um tanque de
armazenamento.

· A caixa de vácuo deve ter dimensões convenientes e uma vedação adequada para
possibilitar a formação de vácuo parcial durante o ensaio, conforme descrito em 6.6 do API
650.

III. Ensaio de capilaridade:

· Normalmente utilizado na inspeção da solda interna entre o costado e o fundo do tanque


de armazenamento, antes da execução da solda externa.

· É também utilizado na inspeção das soldas de ângulo das câmaras estanques dos tetos
flutuantes.

· O líquido do ensaio deve ter alto efeito de capilaridade, sendo frequentemente utilizado o
óleo diesel ou querosene.

· Caso seja necessário o uso de um revelador, este deve ser de grande eficiência de absorção
e propiciar contraste adequado para visualização das descontinuidades.

· Os reveladores comumente utilizados são: tinta à base de alvaiade, talco ou revelador


empregado no ensaio com líquido penetrante.

· Teste Hidrostático:

ü Todos os tanques devem ser testados hidrostaticamente.

ü O teste hidrostático visa verificar a estanqueidade das soldas do costado e a qualidade da


fundação do equipamento.

ü O teste hidrostático visa também, para os tanques de teto flutuante, verificar a


flutuabilidade do teto.

ü O teste hidrostático normalmente requer grande quantidade de água, cujo fornecimento


deve ser previsto com antecedência.

ü O emprego de água salgada não é recomendado, pois poderá provocar severa corrosão
interna do equipamento.

ü Pinos para controle de recalque, de acordo com a Norma N-1807, devem ser fixados à base
do tanque antes da realização do teste hidrostático.
ü As juntas das portas de limpeza e das bocas de visita, instaladas antes do teste hidrostático,
devem ser provisórias.

ü Para tanques de teto fixo, o enchimento deve ser realizado até 2 in (aprox.. 50 mm.) acima
da parte superior da cantoneira do topo do costado.

ü Para tanques de topo aberto, o enchimento deve ser realizado até a parte superior da
cantoneira de topo do costado ou até um vertedouro (ladrão), limitante da altura máxima de
enchimento do equipamento.

ü Nos tanques de teto flutuante o enchimento máximo não deve colocar em risco a
movimentação nem a flutuabilidade do teto do equipamento.

ü Na realização do teste hidrostático, as seguintes condições devem ser verificadas, conforme


exigências da Norma N-271:

I. Adequação da temperatura da água de teste ao material das

chapas do costado.

II. Disponibilidade da água doce.

III. Caso somente esteja disponível água salgada, é obrigatório o uso de inibidor de
corrosão.

IV. Condição de segurança, antes e durante o teste, incluindo o fechamento dos diques
da bacia de contenção.

V. Abertura das válvulas dos drenos articulados do teto flutuante.

VI. Funcionamento da escada articulada do teto flutuante.

VII. Estanqueidade dos drenos articulados do teto flutuante.

VIII. Possíveis vazamentos do fundo, costado e teto (inclusive no interior dos


compartimentos do teto flutuante). Quando houver suspeita de vazamento no fundo,
recomenda-se o uso de corantes na água do teste hidrostático para facilitar a detecção dos
mesmos.

IX. Possíveis deformações no costado.

X. Deslocamento do teto flutuante, devendo o teto baixar até a altura de operação.


XI. Espaçamento entre o costado e o teto flutuante, devendo tal valor respeitar a
tolerância da projetista do selo de vedação.

XII. Medidas de recalque da base.

ü As alíneas I / II / III / IV e V devem ser verificadas antes do teste hidrostático.

ü Temperatura mínima da água do teste hidrostático em função do material e da espessura


das chapas do costado.

ü Qualquer vazamento revelado durante o teste hidrostático, deve ser reparado antes do
prosseguimento do mesmo, conforme recomendações da Norma API 650 (Section 5 – Item
5.4.4).

ü O procedimento de reparo deve ser submetido à aprovação da fiscalização de montagem do


equipamento.

ü Após a realização do teste hidrostático, o interior do equipamento deve ser perfeitamente


limpo.

25 – PINTURA E PROTEÇÃO CATÓDICA:

25.1 – Pintura:

Ø Um tanque de armazenamento só deve ser pintado após o teste hidrostático.

Ø As superfícies de aço que serão pintadas devem ser inicialmente submetidas ao processo de
intemperismo, conforme determinações da Norma N-11.

Ø Tal processo visa promover o desprendimento da carepa de laminação, que são óxidos duros
e extremamente aderentes, formados durante o processo de laminação da chapa.

Ø A retirada de carepa de laminação é conseguida por meio de oxidação natural resultante da


exposição das superfícies de aço às intempéries. Portanto, o processo de intemperismo visa,
também, facilitar a operação posterior de jateamento abrasivo.

Ø Este processo deverá ser imediatamente interrompido quando a corrosão atmosférica


começar a se tornar prejudicial.

Ø A aplicação de pintura em tanques de armazenamento deve atender aos requisitos das


seguintes normas:
· N-13 : Aplicação de Tinta.

· N-1201 : Pintura interna de tanques.

· N-1205 : Pintura externa de tanques.

Ø A pintura de um tanque de armazenamento abrange uma série de operações:

· Inspeção Visual:

Segundo a Norma N-1204, anotando os pontos contendo imperfeições decorrentes de corte e


soldagem, vestígios de óleo, graxa, cimento, concreto, gorduras, carepa de laminação, pontos
de corrosão e outros materiais estranhos. O grau de corrosão da superfície inspecionada deve
ser classificado (A, B, C ou D) conforme padrões visuais da Norma ISSO 8501-1. Anotar,
também, os pontos em que a pintura, se existente, estiver danificada.

· Limpeza por ação físico-química:

Segundo a Norma N-5, atuando nas superfícies contaminadas através de solventes, emulsões,
desengraxantes, detergentes, água, vapor ou outros materiais e métodos físico-química.

· Tratamento da superfície a pintar:

Segundo a Norma N-9, por meio de jato abrasivo (areia molhada, areia seca, granalha de aço,
óxido de alumínio sintetizado ou outros abrasivos) ou hidrojateamento (água sob alta
pressão), retirando crostas de ferrugem, restos de carepa de laminação e deixando a superfície
a pintar com o acabamento exigido. O hidrojateamento só deve ser utilizado em serviços de
manutenção.

· Aplicação da tinta de fundo:

Conforme determinações da projetista / cliente.

· Aplicação da tinta de acabamento:

Conforme determinações da projetista / cliente.

· Controle da continuidade da película:

Com o emprego de detector de descontinuidades, conforme Norma N-2137 (Holiday


Detector).
Ø Apesar da Norma N-271 exigir que o tanque seja pintado após o teste hidrostático, algumas
situações, como por exemplo evitar o jateamento abrasivo e acelerar a aplicação do sistema
de pintura no canteiro de obra, podem justificar a preparação da superfície a pintar e a
aplicação da tinta de fundo, já na oficina do fabricante do equipamento.

Ø Evidentemente, as regiões que serão soldadas (bordas das chapas), só receberão o preparo
e a aplicação do esquema de pintura no canteiro de obras. Nesse caso é fundamental o
cuidado no manuseio e transporte da chaparia pré-pintada.

25.1.1 – Pintura Interna:

Ø Quando o teto fixo for pintado internamente, a Norma N-271 exige que a estrutura de
sustentação, seja devidamente pintada antes da colocação das chapas do teto.

Ø A área central de cada chapa deve ser pintada antes da montagem, sendo as bordas
pintadas após a soldagem.

Ø Em tanques de teto flutuante, a Norma N-271 recomenda a retirada do selo PW antes da


pintura do teto.

Ø O esquema de pintura interna deve ser selecionado pela Norma N-1201, levando-se em
conta o tipo de tanque de armazenamento (teto fixo ou flutuante), o ambiente corrosivo, o
produto armazenado e a temperatura de armazenamento.

25.1.2 – Pintura Externa:

Ø Os esquemas de pintura externa, normalizados pela Norma N-1205, foram estabelecidos,


levando-se em conta a redução de perdas por evaporação, o ambiente corrosivo, a
temperatura do produto armazenado e se o equipamento possui isolamento térmico.

25.2 – Proteção Catódica:

Ø Um tanque de armazenamento pode ser protegido catodicamente, desde que o fluído, ao


qual esteja em contato, seja condutor. Assim, em tanques de armazenamento, a proteção
catódica pode ser aplicada nas seguintes regiões:

· Fundo:

Parte externa e interna.

· Todo o interior:
Somente nos tanques de armazenamento de água e de lastro de navios.

· Toda a parte externa e interior:

(Caso haja presença de lastro de água), nos tanques enterrados e submersos.

25.2.1 – Proteção catódica interna:

Ø Os tanques de petróleo normalmente apresentam uma certa quantidade de água salgada no


fundo e, portanto, podem receber proteção catódica nessa região.

Ø Para outros produtos, a necessidade de proteção catódica é definida em função da


existência de água, dos valores de resistividade, das condições de aeração etc.

Ø O tipo de proteção catódica normalmente adotado é a “proteção catódica galvânica” com


anodos de zinco ou alumínio.

Ø Anodos de magnésio são utilizados apenas quando o produto armazenado for água doce.

Ø Desta forma, a proteção interna anticorrosiva do fundo de tanques de armazenamento de


petróleo e seus derivados é normalmente realizada, de maneira econômica, com uma pintura
de excelente qualidade (prolongando-se ao costado até uma altura de 1 metro) e
complementada, caso necessário, por uma proteção catódica galvânica.

25.2.2 – Proteção catódica externa:

Ø Apenas os tanques montados sobre bases de concreto elevadas e com excelente


impermeabilização, entre a base e a chaparia do fundo, podem ser considerados isentos de
corrosão externamente ao fundo.

Ø Desta forma, do ponto de vista econômico, é normalmente interessante o emprego de


proteção catódica externamente ao fundo do equipamento.

Ø O tipo de proteção mais utilizado é por “corrente impressa”.

Ø O projeto de um sistema de proteção catódica de um tanque de armazenamento, deverá


atender os requisitos constantes na Norma N-1983.

26 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Ø Tanques de Armazenamento – Eng° Stenio Monteiro de Barros;

Ø API 650 – “Welded Steel Tanks for Oil Storage” do American Petroleum Institute (API);
Ø NBR 7821 – “Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e Derivados”;

Ø N-270 – Projeto de tanque Atmosférico;

Ø N-271 – Montagem de Tanques de Armazenamento – (procedimento);

Ø Entre outras citadas no “presente resumão”.

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