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Todavia, como toda regra parece comportar uma exceção (e talvez esta
regra também comporte exceções...), não é diferente com o princípio da
relatividade subjetiva dos efeitos do contrato. Nos próximos tópicos,
abordaremos três modalidades de estipulações contratuais relacionadas
com terceiros.
Nessas modalidades, uma pessoa convenciona com outra que concederá uma
vantagem ou benefício em favor de terceiro, que não é parte no contrato.
Dá-se a estipulação em favor de terceiro, pois, quando, no contrato
celebrado entre duas pessoas, denominadas estipulante e promitente,
convenciona-se que a vantagem resultante do ajuste reverterá em
benefício de terceira pessoa, alheia à formação do vínculo contratual.
A peculiaridade da estipulação em favor de terceiros está em que estes,
embora estranhos ao contrato, tornam-se credores do promitente.
Percebe-se, com isso, que o terceiro, estranho ao negócio, será por ele
afetado, situação esta que excepciona a regra geral da relatividade dos
efeitos do contrato.
O principal efeito peculiar desta modalidade especial de contratação é
a possibilidade de exigibilidade da obrigação tanto pelo estipulante
quanto pelo terceiro; registre-se, porém, que esta dupla possibilidade
somente é aceitável se o terceiro anuir às condições e normas do
contrato, na forma do transcrito art. 436 do CC/2002.