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IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 4, NO.

5, SEPTEMBER 2006 345

Sistema Digital de Detecção e Classificação de


Eventos de Qualidade de Energia
Augusto S. Cerqueira, Carlos A. Duque, Member, IEEE, Moisés V. Ribeiro, Member, IEEE, e Rogério
M. Trindade

 de onda de tensão. Considerando a forma de onda de tensão,


Abstract-- Este trabalho introduz um novo algoritmo de baixo podemos encontrar vários tipos de eventos tais como notches,
esforço computacional para a detecção e a classificação de harmônicos, faltas, sobre-tensão (swell), afundamentos (sag),
eventos elétricos relacionados com a qualidade de energia flickers, impulsos (spikes, notches), transitórios de
elétrica. A detecção dos eventos é realizada com base na análise
de características estatísticas da energia do sinal de erro que é
chaveamento, etc. [18]. Estes eventos podem ter duração entre
definido como a diferença entre o sinal amostrado e sua 50ns e vários minutos com componentes espectrais atingindo
componente senoidal fundamental, gerada pelo algoritmo 5 MHz (no caso de transitórios impulsivos). Desta forma,
proposto. Para a classificação de eventos, é proposta a utilização quando tais eventos são monitorados por oscilógrafos, geram
da técnica de processamento multi-taxa para a extração de arquivos de dados de grande extensão que, além de serem
vetores reduzidos de parâmetros dos sinais de erro. Estes vetores difíceis de armazenar, trazem muitas vezes informações
são apresentados a uma rede neural perceptron multicamada
desnecessárias para a avaliação da QEE.
para que a mesma aproxime as superfícies de separação entre as
diferentes classes de eventos associadas aos distúrbios Deve-se ressaltar que a análise dos eventos, acima listados,
comumente encontrados nas redes elétricas. Resultados demanda o uso de sofisticadas técnicas de processamento de
numéricos, obtidos através de simulações computacionais, sinais e inteligência computacional, uma vez que tais eventos
apontam para uma eficiência bastante satisfatória da técnica são aleatórios e podem ocorrer conjuntamente.
proposta para a classificação de eventos. Neste trabalho, apresenta-se um novo algoritmo capaz de
detectar e classificar eventos de QEE. A detecção é feita a
Index Terms— neural network, pattern recognition, power
quality, signal processing, instrumentation.
partir da monitoração do sinal de erro, definido como a
diferença entre o sinal de tensão, obtido da rede elétrica e a
I. INTRODUÇÃO componente senoidal fundamental do sistema, gerada pelo
próprio algoritmo. Recentes contribuições evidenciam que o
O tema qualidade de energia tem se tornado um assunto de
extrema importância no mercado atual de energia
elétrica. Dentre os vários motivos para esta importância,
uso de tal abordagem apresenta desempenho bastante razoável
para a detecção de eventos de QEE [3]-[6].
Uma proposta inovadora deste trabalho é realizar a
podemos ressaltar os seguintes: (1) a falta de padrões
classificação com base no sinal de erro obtido pelo algoritmo
definidos para estabelecer índices capazes de estimar de forma
de detecção numa direção diferente daquela adotada em [7].
consistente a qualidade da energia fornecida pelas
De fato, a presente contribuição, diferentemente das
concessionárias, (2) o desenvolvimento e a utilização cada vez
antecessoras [7]-[14], extrai um conjunto de parâmetros,
maior de equipamentos, tais como, como inversores e
constituído de amostras do sinal erro, baseando-se no
conversores para acionamento de cargas de potências cada vez
processamento multi-taxa de sinais [15]. A vantagem dessa
maiores, (3) a proliferação de sistemas microprocessados
abordagem reside no fato de que um baixíssimo custo
bastante sensíveis às perturbações do sistema elétrico e ainda,
computacional é necessário para a extração deste vetor de
(4) a crescente interligação dos sistemas de potência com
parâmetros. A seguir, uma rede neural perceptron
diferentes matrizes geradoras de energia [1]-[2]. Estes
multicamada [16] é aplicada para a classificação de eventos.
aspectos, levantados como motivadores das discussões sobre
Na próxima seção, é apresentada uma visão geral do
qualidade de energia, tornam a preocupação com a
funcionamento de todo o algoritmo, na seção III, a estrutura
confiabilidade e o bom funcionamento do sistema elétrico um
de obtenção do sinal de erro e detecção de evento é mostrada,
compromisso não apenas das concessionárias, mas também
considerando a utilização de processamento multi-taxa para a
dos consumidores.
estimação dos parâmetros da componente fundamental. O
De maneira geral, os eventos de qualidade de energia
sistema de classificação é abordado na seção IV e os
elétrica (QEE) se manifestam como deformidades nas formas
resultados obtidos são mostrados na seção V. As
considerações finais são resumidas na seção VI.
Este trabalho foi financiado pela CAPES, CNPq (Proc. no. 550178/2005-8
e 150064/2005-5) e FAPEMIG (EDT 231/05), Brasil.
Os autores estão vinculados ao Departamento de Engenharia Elétrica da II. VISÃO GERAL DO SISTEMA DE DETECÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 36036-330, Brasil. (e- DE EVENTOS DE QUALIDADE DE ENERGIA
mails: santiago@lacee.ufjf.br, carlos.duque@ufjf.edu.br, mribeiro@ieee.org,
rogerio_marques@yahoo.com.br ). O sinal amostrado nas redes elétricas pode ser modelado
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pela a adição de vários tipos de eventos e expresso por formas de onda de tensão e do sinal de erro referentes ao
x( n) f (n)  h( n)  i ( n)  t (n)  v ( n) (1) evento detectado.
onde, Conforme mostrado na Fig. 1 o sinal monitorado f(n) é
subtraído da sua componente fundamental estimada. Caso o
f (n) A0 cos(nZ0  T 0 ) (2-a)
, sinal f(n) sofra uma alteração, por exemplo um deslocamento
M (2-b)
h( n ) ¦ i 1
Ai cos(nZ i  T i ) , de ângulo de fase na sua componente fundamental, o sinal de
erro será alterado, e pelo princípio da inovação do erro um
J (2-c) novo evento de QEE será detectado. Caso a componente
i ( n) ¦ j 1
AI , j cos(nZ I , j  T I , j ) , fundamental entre num novo regime permanente, o gerador da
componente fundamental será atualizado para o novo estado,
K (2-d)
t ( n) ¦ t
k 1 k
( n) reduzindo assim a energia do sinal do erro. Neste caso, o
sistema entenderá que esta variação foi devida a um ajuste do
e a seqüência {v(n)} é constituída de amostras i.i.d., as quais gerador e não ao acontecimento de um novo distúrbio no
sistema, conforme descrito em [3].
são independentes de f (n) , h(n) , i (n) e t (n) e têm
No bloco Classificação de Eventos, técnicas de
distribuição Gaussiana N (0, V v2 ) . Note que f (n ) , h(n) , processamentos de sinais e de inteligência computacional são
i (n) e t (n) representam as componentes fundamental, aplicadas para a classificação dos eventos monitorados, vide
Seção III.
harmônicas, inter-harmônicas e os transitórios (notches,
spikes, etc), respectivamente.
III. GERAÇÃO DO SINAL DE ERRO E DETECÇÃO DE EVENTOS
A Fig. 1 mostra um diagrama de blocos da estrutura
completa do algoritmo de detecção e classificação de eventos. Vários eventos de QEE apresentam componentes de alta
Conforme observado, o bloco Evento de QEE representa as freqüência como chaveamento de bancos de capacitores e
amostras da forma de onda de tensão do sistema elétrico que transitórios rápidos, desta forma, para que os dados
está sendo monitorado. Estas amostras alimentam o Estimador armazenados representem o distúrbio ocorrido com uma
de Parâmetros, que é o bloco responsável por estimar a ampla faixa de freqüência, se faz necessário o uso de uma alta
amplitude, freqüência e fase da componente fundamental do taxa de amostragem. O algoritmo proposto utiliza uma taxa de
sistema. O Gerador Senoidal utiliza as características amostragem f s 256 u 60 Hz. No entanto, tal consideração
estimadas no bloco anterior para reproduzir a componente aumenta o custo computacional da técnica adotada para a
senoidal fundamental do sistema e subtraí-la do sinal x (n) , estimação dos parâmetros da componente fundamental e a
resultando no sinal de erro dado por, geração de uma estimativa da sua forma de onda.
e(n) e f (n)  h(n)  i(n)  t (n)  v(n) (3) Objetivando diminuir a complexidade computacional, é
proposto neste trabalho o uso combinado de técnicas de
onde e f ( n) f (n)  fˆ ( n) é o resíduo que surge devido ao filtragem e decimação para fazer o pré-processamento deste
fato de que a componente fundamental não é perfeitamente sinal (vide Fig. 2). Conseqüentemente, a versão do sinal x (n )
estimada. Adotando-se o estimador de parâmetros senoidais e na entrada do bloco Estimador de parâmetros é dada por,
o gerador senoidal discutidos na Seção III, tem-se que Lh 1 (4)
e f (n)  1 .
x d ( n) ¦i 0
h(i) x( Mn  i )
L 1
onde M é o fator de decimação e {h( n)}n h 0 é a resposta
impulsiva do filtro passa-baixa (filtro decimador) cuja
freqüência angular de corte é Zc . Deste modo, a estimação
dos parâmetros é realizada em uma freqüência mais baixa que
a utilizada para amostrar o sinal do sistema elétrico. Como o
Fig. 1. Visão geral do algoritmo.
sinal fˆ (n) é gerado no bloco Gerador Senoidal à taxa f , s
tem-se que o sobre-amostrador (up-sampler) e o filtro de
A estrutura destacada na Fig.1 por um retângulo tracejado interpolação [15] do sinal não são necessários.
tem um comportamento semelhante ao de um filtro notch com O bloco Controle de Atualização do Gerador monitora,
freqüência de sintonização ajustada para w0 (n) 2Sf 0 (n) f s através do cálculo de estatísticas de 2ª ordem do sinal [3], os
rad/s, sendo f 0 ( n ) a freqüência da componente fundamental parâmetros estimados da componente fundamental e faz com
que o Gerador Senoidal seja atualizado sempre que um novo
e f s a freqüência de amostragem. regime permanente se estabelecer no sinal de tensão. Além
O comportamento do sinal de erro é monitorado no bloco disso, não permite que o gerador seja atualizado durante os
de Detecção de Eventos, onde o princípio de inovação da distúrbios do sistema elétrico, que normalmente causam
energia do sinal de erro [3] é utilizado para detectar a oscilações dos parâmetros estimados.
ocorrência de um evento no sistema elétrico sob
monitoramento e disparar a gravação em mídia digital das
S. CERQUEIRA et al.: DIGITAL SYSTEM FOR DETECTION 347

Evento de x(n) e(n) janelas arquivadas do sinal monitorado. Estas janelas foram
Qualidade + Detecção de
Eventos
de Energia obtidas através da simulação de eventos típicos de QEE, em
Filtro - fˆ (n) (a) é mostrado um evento oscilatório, em (b) e (c) são
Passa-baixa
Classificação
de Eventos
apresentados um afundamento e sobre-tensão,
respectivamente, em (d) e (e) aparecem a presença de notches
M e spikes no sinal de entrada. Cada janela é composta por 1024
Estimador Controle de
xd (n) de Atualização
Gerador amostras. As janelas armazenadas do sinal de erro referentes
Senoidal
Parâmetros do Gerador
aos eventos mostrados na Fig. 4 podem ser vistas na Fig. 5.
Fig. 2. Processamento multi-taxa utilizado na estimação dos parâmetros da O processo de classificação é descrito na seção seguinte.
componente fundamental do sistema.

Na Fig. 3 é apresentada a estrutura de detecção de eventos a


partir da análise do sinal de erro. O primeiro passo é gerar o
valor RMS, H (n) , do sinal de erro através de um filtro de
média móvel de ordem N.

Fig. 3. Estrutura de detecção de eventos. Fig. 4 Janelas típicas armazenadas do sinal de entrada com seus respectivos
distúrbios: (a) evento oscilatório, (b) afundamento de tensão, (c) sobre-tensão,
(d) notches, e (e) spikes.
As N amostras do sinal H (n) são agrupadas formando a Janelas do sinal de erro
1

janela de dados j, cuja média E ( j ) é calculada. A seguir é 0 (a)


estimada a relação de estacionaridade e não-estacionaridade -1
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
SNSR (Stationary to Non- Stationary Ratio) definida por [3] 1

ª§ 1 N 1
ˆ 2 (n ) · / E ( j )º
0 (b)
SNSR 10 log10 « ¨ ¦ A0 ¸ » (5) -1
¬© N n 0 ¹ ¼, 1
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

onde Aˆ 0 (n) é a estimativa da amplitude da componente 0 (c)

-1
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
fundamental. O valor de SNSR expressa a relação entre a 1

componente estacionária do sinal, f 0 (n) , e a componente não 0 (d)

estacionária, e(n) dada por (3). Se o valor de SNSR for menor -1


1
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

que um limiar K, o nível de não estacionaridade é alto, e 0 (e)


provavelmente ocorreu um evento dentro da j-ésima janela de -1
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
sinal. O limiar K está associado à relação sinal ruído (SNR) do Amostras
sistema elétrico que está sendo monitorado e com a Fig. 5 Janelas típicas armazenadas do sinal de erro com seus respectivos
sensibilidade de detecção do algoritmo [3]. O próximo passo distúrbios: (a) evento oscilatório, (b) afundamento de tensão, (c) sobre-tensão,
(d) notches, e (e) spikes.
consiste em analisar a janela do sinal de erro para descobrir se
esta contém alguma inovação. A prática tem mostrado que o
IV. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS
uso de estatística de 2ª ordem é suficiente para detectar
inovações na janela de sinal de erro. Portanto, se o módulo da A classificação dos eventos diretamente a partir do vetor de
diferença entre a energia do sinal de erro na janela atual e a amostras do sinal monitorado não é indicado por duas razões
energia de referência ER for maior que o limiar de variação da [17]: i) o vetor de amostras dado pela seqüência ^x(n)`nL 10
energia entre as janelas ETh, então fica caracterizada a apresenta informações redundantes que podem reduzir o
ocorrência de um novo evento. desempenho das técnicas de classificação de eventos e ii) o
Quando um evento é detectado, as respectivas janelas do
sinal de erro e do sinal monitorado são gravadas e a Energia uso da seqüência ^x(n)`nL10 quando L é grande aumenta
de Referência ER é atualizada. A Fig. 4 mostra algumas consideravelmente a complexidade computacional da técnica
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de classificação de eventos. Visando minimizar estes coeficientes) que identifica a amostra onde o evento se inicia.
problemas, técnicas de extração de padrões têm sido aplicadas O número de coeficientes do filtro foi escolhido de forma a
para a obtenção de parâmetros representativos dos sinais tornar o sistema robusto, mas com a preocupação de evitar
monitorados. aumento do custo computacional.
A principal abordagem utilizada para a extração de Depois do alinhamento, é necessário definir o comprimento
parâmetros é a projeção do sinal {x (n)} em um espaço da janela de erro a ser apresentada à rede. A utilização de um
vetorial que revele as características dos distúrbios. Tais comprimento pequeno, como 64 amostras do sinal (1/4
espaços vetoriais, obtidos a partir de técnicas de período da fundamental), se mostra inadequada uma vez que a
transformação (Wavelet, Short-time Fourier Transform, classificação dos eventos seria realizada através das
transformada S, transformada Lapped, FFT, etc) [7]-[15] características transitórias do sinal de erro. Isto limitaria o
permitem que conjuntos representativos de parâmetros sejam desempenho da classificação, já que é desprezada a
extraídos dos sinais monitorados e bons resultados têm sido informação de estado permanente do sinal, ocasionando
alcançados. dificuldade para a classificação de eventos que possuem
Geralmente o esforço computacional necessário para características periódicas como os afundamentos e sobre-
realizar a projeção do sinal {x (n)} no espaço vetorial tensões, spikes e notches. Conseqüentemente, a janela é
truncada com 512 amostras, o que corresponde a 2 ciclos do
associado a um técnica de transformação é proibitivo para as
sinal senoidal de 60 Hz.
aplicações de monitoramento descentralizado da QEE com
A última etapa de pré-processamento do sinal consiste
equipamentos que demandam baixo custo.
numa diminuição, ainda maior, da dimensão dos eventos a
Objetivando propor uma alternativa a esta abordagem
serem apresentados à rede, uma vez que o fator de redução
tradicional, aplicada para a classificação de eventos, uma
conseguido através do alinhamento e truncamento do sinal foi
proposta inovadora é realizar a classificação dos eventos com
de apenas 2. Com esta dimensão dos dados na entrada da rede,
base nas janelas de erro armazenadas pela etapa de detecção
resultando num sinal de 512 amostras, a complexidade
do algoritmo, conforme discutido na Seção II. Tal estratégia
computacional ainda é bastante alta, influenciando também no
pode ser representada pelo diagrama de blocos mostrado na
desempenho do processo de classificação.
Fig. 6.
A redução no número de amostras foi obtida através da sub-
A principal motivação para a utilização desta estratégia é
amostragem do sinal. O fator de sub-amostragem utilizado foi
considerar que a maior parcela da energia do sinal amostrado
8, resultando num sinal de 64 amostras. No total, o pré-
que contém o evento é devida à presença da componente
processamento reduziu a dimensão da janela original de erro
fundamental do sinal, que não contribui para a classificação.
por um fator de 16.
Por outro lado, na janela de erro, a energia do sinal é, em sua
É importante lembrar que o processo de sub-amostragem do
maior parte, proveniente da ocorrência do distúrbio. Esta
sinal de erro introduz aliasing [15] no sinal original, uma vez
janela de erro é então aplicada diretamente a uma técnica de
que o filtro anti-aliasing não foi implementado visando uma
reconhecimento de padrões para a classificação dos eventos de
menor complexidade computacional. Como o objetivo não é a
QEE. Sabe-se que os resultados ótimos de classificação são
reconstrução do sinal de erro, mas sim sua classificação, este
obtidos quando os classificadores Bayesianos são aplicados
aliasing não é problema, como fica claro através dos
[17]. No entanto, tais técnicas apresentam elevada
resultados obtidos na classificação e que serão descritos na
complexidade computacional, além de seu desempenho
próxima seção. Esta afirmação pode ser generalizada para
depender da restrição apresentada acima. Desta forma, é
qualquer situação, no sentido de que quando deseja-se
proposta a aplicação da rede neural perceptron multicamada
classificar eventos, podem-se usar formas de pré-
[16] para aproximar as superfícies de separação entre as
processamento diversas que podem inclusive inserir
classes de distúrbios.
“deformidades” no sinal original, como o aliasing. No
A. Etapa de Pré-Processamento do Sinal de Erro entanto, para cada caso deve-se analisar se a performance do
A primeira etapa de pré-processamento consiste no algoritmo de classificação melhora ou piora.
alinhamento dos eventos pelo seu início dentro da janela de O diagrama de blocos de todo o processo pode ser visto na
erro. Na Fig. 5, pode-se observar pelas janelas dos cinco Fig. 6. A forma típica dos vetores de parâmetros apresentados
eventos selecionados, que inicialmente o erro é próximo de ao classificador para cada classe de eventos é mostrada na Fig.
zero, e a partir de um instante distinto para cada evento, o erro 7. Estes vetores de parâmetros são referentes aos eventos
torna-se diferente de zero caracterizando o início do distúrbio mostrados na Fig. 4.
no sinal de erro. B. Os Classificadores Ótimo e Sub-Ótimo
O alinhamento é necessário para que se evite a utilização de
sinal sem informação relevante na classificação, uma vez que Seja Ei [ PEi ,1 " PEi , M ]T , i 1, ..., C a matriz de
as amostras anteriores ao início do evento (ruído) são vetores de parâmetros associados à i-ésima classe de distúrbio
descartadas no alinhamento. e qn [eq (n) " eq (n  Lq  1)]T o n-ésimo vetor de
Portanto, a janela de erro, que contém 1024 amostras, passa
por um algoritmo baseado num filtro de média móvel (10 parâmetros extraídos do sinal {e(n)} de acordo com o
S. CERQUEIRA et al.: DIGITAL SYSTEM FOR DETECTION 349

esquema mostrado na Fig. 6 e C o número de classes de A técnica ML escolhe a hipótese cuja função de
distúrbios. verossimilhança ou a função logaritmo da verossimilhança
seja maximizada, ou seja,
Janela do sinal de erro e(n) Alinhamento 512 H i* arg max ln P( H i | q n ), i 1,..., C (7)
(1024 amostras) do evento amostras Hi ,
Supondo-se que as incertezas em torno dos elementos dos
vetores μ Ei , j , j 1,..., M , sejam modeladas por uma variável
64 e p (n) Classi- Evento aleatória com distribuição Gaussiana N(0,ı2q), tem-se que a
8
amostras ficador classificado
densidade conjunta de probabilidade do vetor qn
Fig. 6 Diagrama esquemático do processo de classificação.
condicionada à hipótese H i é dada por
Entrada da Rede Neural M
1
P(H i | q n ) ¦ P( PEi , j )p(q n | PEi , j )
j 1
0 (a)
(8)
M
ª 1 T
¦ P1Ei , j q n  PEi , j º» ,
-1

1
10 20 30 40 50 60
j 1

¦ P ( PEi , j ) exp «  q n  PEi , j
¬ 2
¼

0 (b)
onde Ȉ μ E V q2 I , μ Ei , j  Ei e I é a matriz identidade.
i ,k
-1
1
10 20 30 40 50 60
Levando-se em consideração que a probabilidade a priori é
0 (c)
dada por
-1 1
1
10 20 30 40 50 60 P(μ Ei , j ) , i 1,..., C , j 1,..., M (9)
C ,,
0 (d)
tem-se que a função de verossimilhança pode ser aproximada
-1
10 20 30 40 50 60
por
1
l (H i | qn ) #
0 (e)

M
1 T (10)
¦ exp «¬ª  2 q q
 PEi , j ȼ
-1
10 20 30
Amostras
40 50 60
n  PEi , j 6 P1E n
Fig. 7 Janelas apresentadas à rede referentes aos eventos mostradas na Fig. 4. j 1
i, j
¼
Em (a) evento oscilatório, (b) afundamento, (c) sobre-tensão, (d) presença de
notches, (e) spikes.
Logo, a probabilidade condicional de erro é dada por,

Baseando-se na teoria de Bayes, tem-se que a classificação P(erro | H i ) 1  P[l ( H i | q n )  l ( H j | q n ), i z j ]


(11)
do distúrbio no sinal {x(n)} , a partir do vetor de parâmetros ,
e, conseqüentemente, a probabilidade de erro é expressa por
qn , atinge a taxa mínima de erro quando a probabilidade a- C
1
posteriori máxima é encontrada em
Pe
C ¦ P(erro | H )
i 1
i (12)
P(Ei | qn ) p(q n | Ei )P(Ei )
Note que P[l ( H i | q n )  l ( H j | q n ), i z j ] fornece, de
M (6)
¦ p(qn | PEi , j )P(PEi , j ), i 1, ...,C acordo com o critério ML, a que classe pertence o distúrbio
j 1

ou seja, quando o critério MAP (maximum a posteriori) é associado ao vetor de parâmetros q n . Supondo-se que outras
maximizado. Supondo-se que a probabilidade a priori de distribuições de probabilidade sejam usadas para modelar as
ocorrência dos distúrbios seja uniforme e que os mesmos são incertezas em torno dos elementos dos vetores
independentes, então o classificador ótimo dos distúrbios é μ Ei , j , j 1,..., M , diferentes funções de verossimilhança e de
denominado classificador de máxima verossimilhança
probabilidade de erro são obtidas.
(maximum likelihood - ML). Note que o classificador ML
Apesar do classificador baseado na teoria de Bayes ser
acha a probabilidade condicional máxima dentre as
ótimo, tem-se que o mesmo apresenta elevada complexidade
probabilidades condicionais p(q n | Ei ), i 1,..., C para a computacional para a implementação das superfícies de
classificação dos distúrbios. separação entre as C classes de distúrbios. Soluções sub-
Baseando-se nestas informações e na teoria de detecção, a ótimas podem ser derivadas com técnicas de classificação
classificação dos distúrbios pode ser considerada como testes baseadas em inteligência computacional [17]. Dentre as
de hipóteses acerca das C classes de distúrbios. Neste caso, a técnicas de inteligência computacional encontradas na
hipótese é representada por H i : a classe é i 1,..., C . literatura, o uso da rede neural MLP (multi-layer perceptron)
[16] tem sido, recentemente, empregada para tais tipo de
problemas, uma vez que a mesma permite aproximar com
razoável desempenho as superfícies de separação entre as
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classes de distúrbios e não demanda elevada carga wJ (w ( n))


computacional. wz ( n)
^
 B( n) ªe( n) : M ' (u( n)) º
¬ ¼ `, (19-b)
A rede MLP com uma camada escondida pode se expressa
T
por uma formulação de matrizes de estados dada por: wz (n) '
ª wM (s(n)) wM (s( n)) º
ªx(n) º M (s(n)) « " » (19-c)
s( n) AT ( n ) « (13) ws(n) «¬ ws1 (n) ws N n ( n) »¼ ,
»
¬ 1 ¼,
ws( n) ª x ( n) º
A ( n) [a1 (n) " a N n (n)]  ƒ ( N e 1)u N n , (14) « 1 » (19-d)
wa( n) ¬ ¼,
e
T T
z ( n) M (s(n)) ªM ( s1 (n)) " M ( s N ( n)) º (15) wM(u (n)) ª wM (u ( n)) wM (u (n)) º
¬ n ¼ , '
M (u (n)) « " » (19-e)
wu (n) «¬ wu1 (n) wu N s (n) »
¼
T § ª z ( n) º · resultando em
y ( n) ª y1 (n) " y N (n) º
¬ ¼ M ¨¨ BT (n) « » ¸¸ (16-a)
S
© ¬1 ¼ ¹ , ’J A ( n ) (w (n))

[b1 (n ) " bNs (n )]  ƒ(N n  1)uNs


T
B(n ) ª x( n) º ª ' (20)
,
(16-b) «
¬ 1 ¼ ¬«
» ¬^
M (s(n)) : B(n) ªe(n) : M ' (u(n)) º º
¼ ¼» `
M (˜) tanh(˜) (16-c)
, e
Onde x(n ) é o vetor de entrada da rede, A(n ) é a matriz de
ª z ( n) º ' T
pesos entre a entrada da rede e a camada escondida; z(n ) é o ’J B ( n ) (w (n))  « » ª M u ( n ) : e( n ) º (21)
¬ ¼
vetor de saída da camada escondida, y(n ) é o vetor de saída ¬ 1 ¼ ,
onde : é o produto de Hadarmard entre dois vetores,
da rede, B(n ) é a matriz de pesos entre as camadas escondidas
,
conforme
e de saída e M (˜) é a função de ativação dos neurônios da
ª r1 º ª s1 º ª r1s1 º
rede. « » « » « »
Seja w(n ) o vetor constituído por todos os pesos da rede r:s «# »:« # » « # »
MLP, conforme a Equação (17-a), o critério a ser minimizado «r » «s » «r s »
é o erro médio quadrático na saída (Equação (17-b)). ¬« p ¼» ¬« p ¼» ¬« p p ¼» .
Portanto, a regra de atualização do vetor de pesos, w (n ) ,
T
w(n ) ª aT (n ) " aT (n ) bT (n ) " bT (n )º (17-a) utilizada para o treinamento da rede neural MLP é dada pela
¬ 1 L ¼ por
,
1 2 1 2 w(n  1) w(n )  K’J w(n )  D w(n  1) (22)
J (w (n)) e ( n) ªy d (n)  y (n) º¼ , (17-b)
2 2¬ onde K  ƒ é o passo de adaptação e 0  D  1 é a constante
de momento.
onde yd (n ) [y1,d (n ) " yNs ,d (n )]T é o vetor de saída Para a classificação sub-ótima de distúrbios baseada na
desejada. rede MLP considerou-se N e 64 e N s 4 . Note que o vetor
Similarmente ao algoritmo least mean square (LMS) [16], de entrada da rede é constituído de amostras do sinal
o gradiente descendente instantâneo é utilizado para obtenção {e p (n)} .
da atualização dos parâmetros livres da rede, ou seja, dos
Com base nos sinais de erro pré-processados (ver Fig. 7),
pesos w(n ) . Na Equação (18), vemos o gradiente aplicado ao
foram definidas 4 classes de eventos: i) a dos chaveamentos
critério de minimização. de capacitor, ii) dos afundamentos e sobre-tensões, iii) dos
T
ª’J TA ( w ( n)) ’J TB (w ( n)) º
’J ( w ( n)) (18) notches e a iv) dos spikes. Como pode ser observado, as
¬ ¼ janelas referentes aos eventos de afundamento e sobre-tensão,
,
Os vetores gradiente ’J A (w (n)) e ’J B (w (n)) são submetidas à rede, apresentam o mesmo perfil de parâmetros,
relativos as matrizes dos pesos entre a camada de entrada e a desta forma, estes dois eventos foram agrupados em uma
camada escondida e entre a camada escondida e a saída da única classe.
rede, equações (14-a) e (15-a) respectivamente. Os padrões de resposta apresentados à rede foram os
Utilizando a regra da cadeia, pode-se calcular o termo de seguintes: yd [1 1 1 1]T para eventos oscilatórios
atualização dos pesos, como: (classe 1), yd [ 1 1 1 1]T para afundamentos e sobre-
§ wJ (w (n)) wz (n) · § ws(n) ·
’J A ( n ) (w (n)) ¨ : ¸¨ ¸ (19-a) tensão (classe 2), yd [1 1 1 1]T para a presença de
© wz (n) ws(n) ¹ © wa(n) ¹ ,
notches (classe 3), e finalmente, yd [1 1 1 1]T
S. CERQUEIRA et al.: DIGITAL SYSTEM FOR DETECTION 351

representando a presença de spikes. Desta forma, o critério Depois de terminado o período de treinamento, com os
adotado para definição da classe do evento foi o do neurônio valores das sinapses fixos, foram utilizados mais 100 eventos
com maior valor de saída. de cada classe, que não haviam sido utilizados previamente,
Sucessivos testes foram realizados com o objetivo de com a finalidade de simular a implementação do sistema.
definir o número de neurônios da camada intermediária da As taxas de classificação alcançadas foram de 100% para
rede, estes testes mostraram que um bom compromisso entre a eventos oscilatórios, 99% para afundamentos e sobre-tensão,
performance alcançada na classificação e o tempo de 99% para a presença de notches e 98% para a presença de
processamento, foi obtido utilizando-se 8 neurônios na spikes, totalizando um desempenho médio igual a 99%. A
camada intermediária. Tab. 3 resume as taxas de classificação obtidas durante o teste
A complexidade computacional do sistema de classificação do classificador proposto.
de eventos pode ser calculada através do pré-processamento
TABELA 1
da janela de erro e pela projeção do sinal resultante na rede ESFORÇO COMPUTACIONAL PARA ALINHAR OS EVENTOS
neural. Na Tab. 1, temos o número máximo de operações Operações Numero máximo de operações
realizadas durante o processo de alinhamento dos eventos,
Adições: N J / 2  N  1 5030
lembrando que, devido ao processo de detecção utilizado, o
Multiplicações: J / 2  N 1 503
início do evento sempre ocorre na primeira metade da janela,
não sendo necessário que o filtro percorra toda a janela. As TABELA 2
letras J e N nas equações da primeira coluna da Tab. 1 ESFORÇO COMPUTACIONAL DA REDE NEURAL MLP
representam o número total de amostras da janela armazenada Operações Total
Multiplicações: N N  N N 544
do sinal de erro (1024) e o número de coeficientes do filtro de e n n s
média móvel (10), respectivamente. Adições: Ne Nn  Nn Ns 544
Na Tab. 2, vemos um resumo do esforço computacional Busca da função de ativação: 12
para a classificação dos eventos pela rede neural.A Nn  Ns
complexidade computacional do sistema de classificação de
eventos pode ser calculada através do pré-processamento da TABELA 3
janela de erro e pela projeção do sinal resultante na rede. RESULTADOS DO CLASSIFICADOR
Evento Número de Taxa de
Ainda na Tabela 2, vemos um resumo do esforço eventos Classificação
computacional para a classificação dos eventos pela rede (%)
neural quando N e 64 , N n 8 e N s 4 . Oscilatório 100 100
Afundamentos e sobretensão 100 99
A preocupação com a complexidade computacional do
Notches 100 99
algoritmo visa sua implementação on-line. Neste tipo de Spikes 100 98
aplicação, quanto maior a complexidade computacional, maior
é o tempo para execução da tarefa, o que pode até inviabilizar VI. CONCLUSÃO
a aplicação ou requerer um hardware com custo elevado para
Este trabalho apresentou um algoritmo de detecção,
atender às necessidades de tempo real.
armazenamento e classificação de eventos relacionados com
QEE. As principais contribuições são:
V. RESULTADOS
i) a aplicação de processamento multi-taxa para a estimação
Para verificação do funcionamento do sistema proposto, dos parâmetros da componente fundamental do sistema de
dois grupos de eventos foram utilizados, um na fase de forma eficiente e a proposta de classificação utilizando o sinal
treinamento da rede que foi dividido em conjunto de de erro gerado pelo algoritmo;
treinamento e de teste, e um para simular a implementação do ii) a implementação do processo de estimação dos
sistema. Para os resultados mostrados a seguir adotou-se o parâmetros da componente fundamental do sistema em baixa
fator de decimação M 8 . Todos os sinais foram taxa de amostragem para gerar uma redução no tempo de
corrompidos com ruído Gaussiano de modo a produzir uma processamento e ainda, o uso do filtro passa-baixa utilizado no
signal-to-noise ratio SNR de 27 dB. estágio de decimação do sinal de entrada contribui para
Um conjunto de dados com 120 eventos para cada classe minimizar as distorções causadas pelas componentes de alta
foi utilizado na etapa de treinamento da rede. Dentre os 120 freqüência na estimação dos parâmetros;
eventos de cada classe, 80 foram utilizados para atualização iii) a classificação de eventos de QEE através do sinal de
dos pesos da rede e os 40 restantes (eventos de teste) foram erro aplicado diretamente a uma rede neural se mostrou
utilizados apenas para verificar o desempenho da rede na eficiente na solução do problema de classificação.
classificação de eventos que não foram apresentados a ela Adicionalmente, a utilização de redes neuronais associa
previamente. Isto indica uma boa generalização da rede, ou portabilidade ao algoritmo, uma vez que a mesma pode ser
seja, uma boa performance mesmo para eventos que não treinada para diferentes padrões de eventos de acordo com a
participaram do processo de atualização dos pesos. necessidade e a origem dos dados monitorados.
Durante o processo de treinamento, a rede alcançou uma Uma característica importante do sistema de classificação é
taxa de classificação de 100% em todas as classes analisadas.
352 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 4, NO. 5, SEPTEMBER 2006

a sua independência do tamanho do evento de QEE ocorrido, Augusto S. Cerqueira nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1974. Tornou-se
Engenheiro Eletrônico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
ou seja, com apenas 64 amostras, correspondendo a 2 ciclos Brasil, em 1998 e, Doutor em Engenharia Elétrica pela COPPE/UFRJ, em
do sinal da rede elétrica, o sistema é capaz de classificar, com 2002. Desde 2003 ele é Professor Adjunto da Faculdade de Engenharia da
elevada taxa de acerto, eventos de qualquer duração. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Atualmente ele desenvolve
A continuidade do trabalho será dada pela inclusão de mais pesquisas nas área de processamento analógico e digital de sinais,
instrumentação eletrônica e análise da qualidade de energia.
eventos de QEE para serem analisados pelo sistema de
classificação e, posteriormente, pela implementação on-line de Carlos A. Duque (M’91) nasceu em Juiz de Fora, Brasil, em 1962. Ele
todo o sistema de detecção e classificação. recebeu o grau de Bachareu em Engenharia Elétrica em 1986 pela UFJF e os
títulos M.Sc e Dr. Eng. respectivamente em 1990 e 1997 na PUC-RJ. Desde
1989 é professor do Departamento de Circuitos Elétricos da Faculdade de
VII. REFERÊNCIAS Engenharia da UFJF. Suas áreas de interesse são: qualidade de energia,
[1] J. Arrilaga, M. H. J. Bollen, and N. R. Watson, “Power quality following instrumentação digital, processamento digital de sinais e automação industrial.
deregulation,” Proc. of the IEEE, vol. 88, no. 2, pp. 246-261, Feb. 2000.
[2] IEEE Recommended Practice for Monitoring Electrical Power Quality, Moisés Vidal Ribeiro (S’03-M´05) nasceu em Três Rios, Brasil, em 1974.
IEEE Std. 1159, 1995. Recebeu o diploma de engenheiro eletricista pela Universidade Federal de Juiz
[3] C. A. Duque, M. V. Ribeiro, F. R. Ramos, and J. Szczupak, “Power de Fora (UFJF) em 1999, os diplomas de mestre e doutor em Engenharia
quality event detection based on the principle of divide to conquer and Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas em 2001 e 2005,
innovation concept,” IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 20, no. 4, pp. respectivamente.
2361-2369, Oct. 2005.
[4] O. Poisson, P. Rioual, and M. Meunier, “Detection and measurement of
Atualmente, Dr. Ribeiro é professor visitante na Universidade Federal de Juiz
power quality disturbances using wavelet transform,” IEEE Trans. on
de Fora (UFJF), onde atua na Graduação e Pós-Graduação. Foi pesquisador
Power Delivery, vol. 15, no. 3, pp. 1039–1044, Jul. 2000.
visitante na Universidade da Califórnia, Santa Barbara, em 2004, pós-doutor
[5] H.-T. Yang and C.-C. Liao, “A de-noising scheme for enhancing
na UNICAMP entre Maio e Junho/2005. É editor convidado do EURASIP
wavelet-based power quality monitoring system,” IEEE Trans. on Power
Journal on Applied Signal Processing, Special Issue on Emerging Signal
Delivery, vol. 16, no. 3, pp. 353–360, Jul. 2001.
Processing Techniques for Power Quality Applications e Special Issue on
[6] M. Karimi, H. Mokhtari, and M. R. Iravani, “Wavelet based on-line
Advanced Signal Processing and Computational Intelligence Techniques for
disturbance detection for power quality applications,” IEEE Trans. on
Power Line Communications. É revisor de periódicos internacionais, publicou
Power Delivery, vol. 15, no. 4, pp. 1212–1220, Oct. 2000.
11 artigos em periódicos especializados e 26 trabalhos em anais de eventos.
[7] M. V. Ribeiro, J. M. T. Romano, and S. M. Deckmann, “Adaptive
Possui 1 patente e 6 pedidos de patente depositados. Recebeu 2 prêmios em
filtering, wavelet and Lapped transforms for power quality problem
congressos internacionais do IEEE. Atua na área de Engenharia Elétrica, com
detection and identification,” IEEE International Symposium on
ênfase em processamento de sinais, inteligência computacional, transmissão
Industrial Electronics, pp. 301–306, 2003.
digital de dados, rede de sensores, qualidade de energia, telemedicina e power
[8] S. Santoso, W. M. Grady, E. J. Powers, J. Lamoore, and S. C. Bhatt,
line communications.
“Characterization of distribution power quality events with Fourier and
wavelet transforms,” IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 15, no. 1, pp.
247–254, Jan. 2000. Dr. Ribeiro Recebeu 2 prêmios em congressos internacionais do IEEE
[9] M. Wang and A. V. Mamishev, “Classification of power quality events (IECON'01 e ISIE'03). É membro do technical program committee (TPC) do
using optimal time-frequency representations – Part 1: Theory,” IEEE IEEE-ISPLC'06, IEEE-CERMA’06 e IEEE-ANDESCOM’06. É membro do
Trans. on Power Delivery, vol. 19, no. 3, pp. 1488-1495, Jul. 2004. IEEE ComSoc Technical Committee on Power Line Communications.
[10] M. Wang, G. I. Rowe, and A. V. Mamishev, “Classification of power
quality events using optimal time-frequency representations – Part 2: Rogério M. Trindade nasceu em Santos Dumont, Brasil, em 1978. Recebeu o
Application,” IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 19, no. 3, pp. 1496- diploma de Engenheiro Eletricista pela Universidade Federal de São João del
1503, Jul. 2004. Rei (UFSJ), Brasil, em 2003 e, tornou-se Mestre em Engenharia Elétrica pela
[11] T. X. Zhu, K. Tao, and K. L. Lo, “Wavelet-based fuzzy reasoning Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Brasil, em 2005.
approach to power-quality disturbance recognition,” IEEE Trans. on
Power Delivery, vol. 19, no. 4, pp. 1928-1935, Oct. 2004
[12] Z.-L. Gaing, “Wavelet-based neural network for power disturbance
recognition and classification,” IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 19,
no. 4, pp. 1496-1503, Oct. 2004.
[13] J. V. Wijayakulasooriya, G. A. Putrus, and P. D. Minns, “Electric power
quality disturbance classification using self-adapting artificial neural
networks,” IEE Proc.-Gener. Trans. Distrib., vol. 149, no. 1, pp. 98-101,
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[14] M. S. Azam, Fang Tu, K. R. Pattipati and R. Karanamam, “A
dependency model-based approach for identifying and evaluating power
quality problems,” IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 19, no. 3, pp.
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[15] S. K. Mitra, Digital Signal Processing - A Computer Based Approach,
2nd Ed. NJ: McGraw-Hill, 2001.
[16] S. Haykin, Neural Networks. A Comprehensive Foundation, 2nd Ed.,
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[17] S. Theodoridis, K. Koutroumbas, Pattern Recognition, Academic Press,
San Diego, 1999.
[18] S. Santoso, H. W. Beaty, R. C. Dugan, and M. F. McGranaghan,
Electrical Power Systems Quality, 2nd Ed., McGraw-Hill, 2002.

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