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Falta
15, 19-25]. Essas técnicas apresentam bons resultados,
C1\2 C1\2
entretanto aumentam o custo de implementação o que a torna
inviável para a realidade das concessionárias.
Sendo assim, devido às limitações das técnicas propostas Figura 2. Modelo para sistema de distribuição monofásico.
até o momento, esse trabalho visa apresentar um novo Onde:
algoritmo para localização de faltas monofásicas em sistemas v1 é a tensão instantânea medida no ponto de instalação do
de distribuição. O algoritmo não necessita de nenhum relé;
treinamento prévio e da instalação de equipamentos adicionais i1 é a corrente instantânea medida no ponto de instalação do
de medição. Além disso, utiliza uma frequência de relé (A);
amostragem compatível com os relés atuais. O comportamento iL1 é corrente instantânea no ramo série (A);
do alimentador, durante uma falta monofásica, é modelado em iC1 é a corrente instantânea no ramo capacitivo do lado da
função da distância e da resistência de falta. Esses dois fonte (A);
parâmetros são estimados através de uma rede neural de iCF1 é a corrente instantânea no ramo capacitivo do lado da
treinamento online, ou seja, que não necessita de nenhum falta (A);
treinamento prévio. R1 é a resistência série por unidade de comprimento (Ω/m);
O método foi validado no sistema teste IEEE 34 barras. Os L1 é a indutância série por unidade de comprimento (H/m);
resultados comprovam a precisão e robustez do método para C1 é a capacitância paralela por unidade de comprimento
diferentes pontos de falta, resistência de curto-circuito e (F/m);
carregamento do alimentador. vF1 é a tensão instantânea no ponto de falta (V);
O restante desse trabalho é organizado da seguinte maneira: iF1 é a corrente instantânea no ponto de falta (A);
na Seção II é apresentado uma descrição detalhada do método Durante uma falta, a tensão instantânea medida no local
proposto para localização de faltas. A seção III apresenta o onde o relé está instalada é dada por (1):
sistema teste utilizado para validar o método proposto, bem
como os resultados e discussões das simulações realizadas. A v 1 (t) = D F .[R1 .i L1 (t)+ L1 .i' L1 (t)] + v F1 (t) (1)
Seção IV apresenta as conclusões obtidas ao fim desse Onde:
trabalho. i ' L1 (t ) é a derivada primeira da corrente i L1 .
II. ESTIMAÇÃO DA DISTÂNCIA DA FALTA
Na equação (1), i L1 é a corrente no ramo série do modelo
O objetivo desta seção é apresentar um modelo matemático da Fig. 2, entretanto essa corrente não é a efetivamente medida
para a rede de distribuição que represente o comportamento pelo relé. Para utilizar (1) com os dados efetivamente
dessa rede durante faltas monofásicas. Para isso, a Fig. 1 medidos, utiliza-se (2) para calcular a corrente no ramo
apresenta o diagrama unifilar de um sistema de distribuição capacitivo. Após isso, utiliza-se (3) e (4) para calcular i L1 em
durante uma curto-circuito. Nessa, ZSE é a impedância
equivalente do sistema, “L” é o comprimento total do função de i1 .
alimentador, “DF” é a distância do local onde o relé está 1
instalado e o ponto de falta, “Zcarga” é a carga equivalente do i C1 (t) = .D F .C.v' 1 (t) (2)
2
sistema após o ponto de falta.
i L1 (t) = i1 (t) - iC1 (t) (3)
L
DF 1
i L1 (t) = i1 (t) - .D F .C.v' 1 (t) (4)
2
Substituindo (4) em (1), resulta-se em:
ZSE
Relé v 1 (t) = D F .[R1 .i1 (t)+ L1 .i1'(t)]
Zcarga (5)
va 1
- .D F 2 [R1 .C.v1'(t)+ L1 .C.v1''(t)] + v F1 (t)
2
Figura 1. Diagrama unifilar do modelo do sistema de distribuição durante a Onde:
falta.
v1’ é a derivada primeira de v1;
Segundo [26], o modelo exato de uma linha aérea de v1’’ é a derivada segunda de v1.
distribuição, para um sistema monofásico, é o apresentado na A equação (5) modela o comportamento do sistema
Fig. 2. Esse modelo é utilizado para representar o trecho que monofásico da Fig. 2 durante a ocorrência de uma falta. Esse
conecta o local onde o relé está instalado com o ponto de falta. mesmo raciocínio pode ser utilizado para o sistema trifásico
apresentado na Fig. 3. Entretanto, para esse sistema, os sinais
de tensão e corrente de (5) são substituídos por vetores
contendo as informações das três fases. Além disso, os
ESCALANTE FARIAS et al.: FAULT LOCATION IN DISTRIBUTION 4743
Zabc H 1c (n)
ia ila icfa vFa
va
ica iFa H 2a (n)
ib ilb icfb vFb H (n) = - 1 [R .C .v ' + L .C .v '' ]
Zcarga
vb
2b abc abc abc abc abc abc (18)
icb iFb 2
ic ilc vFc H 2c (n)
vc
icc Swa Swb Swc
icfc As equações (14), (15) e (16) possuem como parâmetros
RFa RFb iFc RFc
desconhecidos a distância de ocorrência da falta e a tensão no
½ Cabc ½ Cabc ponto do defeito. Os outros parâmetros são diretamente
SwF
medidos ou calculados com os dados da rede e com as tensões
RFg iFg
e correntes medidas na subestação.
A partir desse instante, toda formulação apresentada
Figura 3. Modelo trifásico para o sistema de distribuição. considera uma falta monofásica envolvendo a fase “A”.
v abc (t) = D F .[R abc .i abc (t)+ Labc .i abc'(t)] Entretanto, os mesmos procedimentos podem ser efetuados
(6) para faltas envolvendo as fases “B” ou “C”. Sendo assim, a
1
- .D F 2 [R abc .C abc .v abc'(t)+ Labc .C abc .v abc''(t)] + v Fabc (t) tensão no ponto de falta é dada por (19).
2
v Fa (n) = R Fa .i Fa + R Fg .i Fg (19)
Onde:
Onde:
v abc = [ v a vc ]
T
vb (7) RFa é a resistência de falta da fase “A”, referente ao caminho
elétrico entre a fase “A” e a terra;
i abc = [i a ic ]
T
ib (8)
iFa é a corrente instantânea de falta na fase “A”;
v Fabc = [ v Fa v Fb v Fc ]
T
(9) RFg é a resistência de falta para terra;
iFg é a corrente instantânea de falta para terra.
R aa R ab R ac Para o caso de uma falta monofásica, a consideração abaixo
R abc = Rba Rbb Rbc (10) pode ser feita. Onde iF é a corrente instantânea que flui do
ponto de falta para a terra.
Rca Rcb Rcc
i Fa = i Fg = i F (20)
L aa Lab L ac
Considerando a resistência total de falta (RF) conforme
L abc = Lba Lbb Lbc (11) (21):
Lca Lcb Lcc R F = R Fa + R F g (21)
C aa C ab C ac A equação (19) pode ser reescrita conforme (22).
C abc = C ba C bb C bc (12) v Fa (n) = R F .i F (n) (22)
C ca C cb C cc Substituindo (22) em (14), a tensão medida na fase “A”
pelo relé, durante uma falta monofásica é dada por (23).
DF 0 0
D F = 0 DF 0 (13) v a (n)= D F .H 1a (n)+ D F 2 .H 2a (n)+ R F .i F (n) (23)
0 0 D F A equação (23) pode ser reescrita conforme (24).
A equação (6) modela o comportamento de um sistema v a (n)= [ H 1a (n) H 2a (n) i F (n)] . [D F D F 2 R F ] T (24)
trifásico durante um curto-circuito. Essa equação pode ser A equação (24) possui três termos desconhecidos e é escrita
reescrita conforme (14), (15) e (16) de forma independente para um determinado instante de tempo. Para determinar os
para cada fase. A variável t foi substituída pela variável n, pois valores desses termos são necessárias, no mínimo, três
a partir desse momento, todo equacionamento apresentado equações, ou seja, três amostras consecutivas dos sinais de
será direcionado a aplicações com sinais digitais. tensão e corrente medidos no relé da subestação. Sendo assim,
v a (n)= D F .H 1a (n)+ D F 2 .H 2a (n)+v Fa (n) (14) considerando uma janela de dados que possua um número
igual ou maior que três amostras, (25) pode ser escrita. Nessa,
v b (n)= D F .H 1b (n)+ D F 2 .H 2b (n)+v Fb (n) (15) o índice k inicia com um valor igual a 1 e é incrementado, a
2 cada instante de tempo, até que a distância estimada para falta
v c (n) = D F .H 1c (n)+ D F .H 2c (n)+v Fc (n) (16) (DF) respeite a condição de convergência que será descrita a
Onde: seguir.
Sendo assim, a equação (25) modela o comportamento de
um alimentador, durante um curto-circuito monofásico, em
função da distância de incidência e da resistência de falta.
4744 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 14, NO. 12, DECEMBER 2016
Tensão (kV)
Y1: 0,078 Y2: 9,594 Y3: 1,023 Falta
utilizada. Para isso, cada configuração de condutor irá ser 11
2
modelada conforme a Fig. 3 e serão conectadas em cascata. 1 3
Uma determinada seção será analisada caso a distância 0
estimada para a falta seja maior que o comprimento total da -11
seção anterior. Sendo assim, para aplicar a metodologia 2600 2800 3000 3200 3400 3600
proposta na próxima seção, as tensões e correntes no nó inicial Amostra
são necessárias. Os sinais de tensão e corrente podem ser (a)
propagados para o próximo nó utilizando (6). X4: 2619 X5: 3148 X6: 3646
Corrente (A)
A. ESTIMAÇÃO DA CORRENTE DE FALTA (IF) Y4: 35,44 Y5: 77,06 Y6: -80,48
150
Um dos parâmetros de entrada de (25) é a corrente elétrica 5
que flui do ponto de falta para a terra (iF). Esse parâmetro não 0 4 6
é diretamente medido e, por isso, deve ser estimado. Uma Janela de Referência
-150
aproximação razoável para iF pode ser feita através de (26),
onde a corrente de falta é calculada através da diferença entre 2600 2800 3000 3200 3400 3600
as correntes pós e pré-falta de mesmo índice. Amostra
(b)
i F (n) = i a pós (n) - i a pré (m) (26) Figura 4. (a) Tensão na fase em falta medida na subestação. (b) Corrente na
fase em falta medida na subestação.
Onde:
iF é a corrente instantânea no ponto de falta; i F (n) = i a (n) - i a (m)
ia pós é a corrente instantânea na fase “A” após o início do i F (n+1) = i a (n+1) - i a (m+1)
curto-circuito; (27)
iapré é a corrente instantânea na fase “A” antes da ocorrência
do curto-circuito (corrente de carga); i F (n+ k) = i a (n+ k) - i a (m+ k)
n é o índice referente a amostra após o início da falta; Onde:
m é o índice referente a amostra anterior a falta. ia é a corrente instantânea na fase “A” medida no relé;
Diversos algoritmos utilizam essa mesma metodologia n é o índice referente a primeira amostra após a falta que
como aproximação para a corrente de carga, entretanto esses atendeu aos critérios “a” e “b” (ponto 6 da Fig. 4-b);
utilizam um ciclo de posição fixa, antes da falta, como sendo m é o índice referente a primeira amostra anterior a falta que
referente a corrente de carga. Por exemplo, consideram atendeu aos critérios “a” e “b” (ponto 4 da Fig. 4-b);
sempre o último ciclo, antes da falta, como a janela de dados k é o tamanho da janela de referência.
que será considerada como a corrente de carga. Essa Para exemplificar o resultado da estimação da corrente de
metodologia não é a mais adequada quando é utilizada uma falta, a Fig. 5 apresenta a corrente no ponto de falta simulada
baixa taxa de amostragem como no algoritmo proposto (64 (linha continua) e a estimada (linha tracejada) para um defeito
amostras por ciclo). Essa amostragem faz com que surjam monofásico com resistência linear de 10 Ω.
erros computacionais como, por exemplo, amostras de mesmo X1: 3646
índice, de ciclos diferentes, possuem valores muito distintos. 100 Y1: -45,04
Corrente (A)
Fig. 7. Esse nó está distante 54,7 km da subestação. O curto- medição a um terminal, sem necessidade de treinamentos
circuito ocorreu no instante 0,5 s. prévios e frequência de amostragem compatível aos relés
A Fig. 8 apresenta a corrente na fase “A” medida na atuais.
subestação (vermelho), além da corrente no ponto de falta Conforme pode ser visto na Fig. 10, no instante que a
obtida através de simulação no software ATPDraw (azul) e a estimação de DF convergiu, foi estimado uma resistência de
estimada através da metodologia descrita na seção II-A falta (RF) de 8,7Ω. Apesar desse parâmetro não ser o objetivo
(preto). O sincronismo entre a corrente pré e pós-falta, principal do algoritmo proposto nesse trabalho, ele pode ser de
conforme os critérios “a” e “b” da seção II-A, foi obtido no grande utilidade, por exemplo, em estudos de curto-circuito
instante 0,364s e 0,6144s. Sendo assim, a partir desses para ajustes da proteção.
instantes, a equação (27) foi utilizada para estimar a corrente 12
no ponto de falta. X: 0.625
A diferença de amplitude, entre as correntes simuladas e 10 Y: 8.711
RF (ohm)
estimadas, deve-se a diferença entre a corrente de carga
durante a falta e a pré-falta. Essa variação na corrente de carga 8
se deve ao aumento da queda de tensão no alimentador após a
falta. Sendo assim, a corrente pré-falta, utilizada em (27), não
6
será exatamente igual a corrente de carga durante a falta.
300
Ia IF sim. IF est. 4
200 0.615 0.62 0.625 0.63
Corrente (A)
Y: 53.85 Y: 53.86 -2
55
50 ohms
X: 0.6245 X: 0.6248 10 20 30 40 50 60
50 Y: 53.86 Y: 53.86
Distância (km)
Figura 11. Influência da resistência de falta.
Apesar do erro na estimativa da distância da falta ter
45 variado com o aumento da resistência da falta, em 80% dos
0.615 0.62 0.625 0.63
casos testados a diferença entre os erros obtidos, para a mesma
Tempo (s) distância de falta, permaneceu abaixo de 1,2%. Isso demonstra
Figura 9. Estimação da distância de falta.
que, para a faixa de valores de resistências utilizadas, a
A estimação da distância da falta (DF) convergiu, conforme
resistência de falta não interfere significativamente nos erros
os critérios (28), (29) e (30) a partir do instante 0,625s, ou
de estimação.
seja, 0,125s após a detecção do curto-circuito. Considerando
(34), o erro obtido na estimação da distância da falta foi de - C. INFLUÊNCIA DO CARREGAMENTO DO ALIMENTADOR
0,92%. Esse erro é satisfatório, quando comparado a outros A análise da influência do carregamento do alimentador na
métodos com base na mesma metodologia [30-33], ou seja, localização de faltas, foi realizada através de simulações de
ESCALANTE FARIAS et al.: FAULT LOCATION IN DISTRIBUTION 4747
curtos-circuitos na fase “A”, com resistência de falta de 10 Ω. caso, o maior erro encontrado foi de -1,7% para uma falta a
Foram simuladas faltas nos mesmos quinze nós utilizados nos 58,9 km da subestação. Esses baixos erros demonstram que a
testes anteriores. Além disso, foram consideradas duas metodologia proposta nesse trabalho, através de (25), é
situações de carregamento do alimentador, sendo adequada para modelar o comportamento de um alimentador
carregamento leve e pesado. O valor da carga, utilizado para o durante a ocorrência de uma falta monofásica.
carregamento pesado foi o apresentado na Fig. 7. Para carga Quando a corrente de falta é estimada conforme a seção II-
leve, foi considerada a metade de cada uma das cargas desse A, são acrescentados erros na estimação da distância da falta.
mesmo sistema. A magnitude desse erro depende da diferença entre as
O erro na estimação da distância dessas faltas pode ser correntes de carga antes e durante a falta. Para esse caso, o
visualizado na Fig. 12. Através dessa figura, pode-se perceber maior erro encontrado foi de 3,4% para uma falta a 35 km da
que o erro na estimação aumenta quando o carregamento do subestação.
alimentador é maior. Esse aumento pode ser explicado pela Apesar do aumento do erro, a máxima diferença entre os
presença dos ramais laterais no alimentador. A presença erros encontrados foi de 2,4% para uma falta a 35 km da
desses ramais, entre a subestação e o ponto de falta, faz com subestação. Além disso, em 80% dos casos testados a
que a corrente medida pelo relé não seja apenas a que flui diferença entre os erros, para um mesmo local de curto-
entre a subestação e o ponto de falta, mas sim uma circuito, permaneceu abaixo de 1%. Sendo assim, devido a
composição dessa corrente e da corrente dos ramais. Essa essa reduzida diferença e da simplicidade do método, pode-se
característica irá influenciar nas quedas de tensão ao longo do considerar a metodologia de estimação da corrente de falta
alimentador. Esse efeito é mais evidente conforme o local de satisfatória para utilização na estimação da distância da falta.
incidência do curto-circuito se afasta da subestação, pois o 4
número de ramais entre a subestação e o ponto de falta irá
aumentar. 2
Erro (%)
Apesar do aumento do erro, a máxima diferença obtida na
estimação da falta, para um mesmo local de curto-circuito, foi 0
de 0,7% para uma falta a 35 km da subestação.
4 Simulada
Carga Leve -2
Carga Pesada Estimada
2
Erro (%)
10 20 30 40 50 60
0 Distância (km)
Figura 13. Influência da estimação da corrente de falta.
IV. CONCLUSÕES
-2
O presente trabalho propôs um novo método para
localização de faltas monofásicas em redes de distribuição. O
10 20 30 40 50 60 método faz uso de um equacionamento no domínio do tempo
Distância (km) para modelar o comportamento do alimentador durante a falta.
Figura 12. Influência do carregamento do alimentador. A principal originalidade do método está na utilização de uma
D. INFLUÊNCIA DA ESTIMAÇÃO DA CORRENTE DE FALTA RNA, de treinamento online, para estimação dos parâmetros
Uma das vantagens do método proposto é não necessitar da desconhecidos das equações que modelam o comportamento
instalação de equipamentos adicionais de medição ao longo do do alimentador durante as faltas. Outro diferencial do método
alimentador, pois todas as informações necessárias para os é a utilização dos dados de tensão e corrente medidos a um
cálculos são adquiridas através da tensão e corrente já medidas terminal. Esses dados são adquiridos através de uma
na subestação, além dos parâmetros da rede. Uma dessas frequência de amostragem adequada a realidade dos relés
informações é a corrente no ponto de falta que é estimada atuais.
através do processo descrito na seção II-A. O desempenho da metodologia proposta foi avaliada diante
Sendo assim, a fim de avaliar a metodologia proposta para de diferentes situações. A variação da resistência de falta e do
estimação da corrente de falta e seu impacto na determinação nível do carregamento do alimentador influenciaram nos erros,
da distância do curto-circuito, o algoritmo de localização foi entretanto pode-se considerar que essas variáveis não
executado utilizando a corrente de falta estimada conforme a interferem de forma significativa no resultado do método, pois
seção II-A e também a obtida através das simulações no a maior diferença obtida para faltas no mesmo local foi de
software ATPDraw. 2,9%.
O caso utilizado para essa análise foi o que apresentou os A análise da influência da estimação da corrente de falta
maiores erros entre os casos testados, ou seja, resistência de demonstrou que o processo de estimação dessa variável
falta de 50 Ω e carregamento pesado. Os resultados obtidos acrescenta erros na determinação da distância da falta. Apesar
com o uso da corrente de falta simulada e estimada podem ser disso, considerando a simplicidade, baixo custo e erros
visualizados na Fig. 13. relativamente baixos, pode-se considerar que a metodologia
Como pode ser observado na Fig. 13, os erros na estimação para estimação da corrente de falta é satisfatória.
da distância da falta foram menores quando a corrente De modo geral, o maior erro obtido pelo algoritmo proposto
simulada de curto-circuito é utilizada nos cálculos. Nesse foi de 3,4% para um curto-circuito com resistência de falta de
4748 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 14, NO. 12, DECEMBER 2016
50 Ω e carregamento pesado. Além disso, em 91% dos casos [20] A. Campoccia, M. L. Di Silvestre, I. Incontrera, E. Riva Sanseverino, G.
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testados o erro permaneceu abaixo de 2%. Esse erro é on under fault voltages and currents”, Electric Power Systems Research,
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na literatura [30-38]. Aliado a isso, a simplicidade e baixo [21] S. M. Brahma, “Fault Location in Power Distribution System with
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
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Atualmente é professor da Universidade Federal de Santa
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ESCALANTE FARIAS et al.: FAULT LOCATION IN DISTRIBUTION 4749