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Anais P&D Design 2000. FEEVALE, Novo Hamburgo, RS. 29 out. a 01 nov. 2000.

Moraes A., Dresch A., Schonblum R., Diagnóstico Ergonômico dos Postos de Trabalho de uma Empresa de Engenharia

Diagnóstico Ergonômico dos Postos de Trabalho de uma Empresa de Engenharia


Ergonomic diagnosis of the Workstations of a Engineering Company

Anamaria de Moraes, D.sc.


LEUI, Laboratório de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces de Sistemas Humano-Tecnologia
Alexandre Miranda Dresch
Professor do Curso de Desenho Industrial, Ergonomia da PUC-Rio
Rosane Schonblum
Especialista em Ergonomia pela PUC-Rio

Palavras-chave: Estação de trabalho, Conforto, Mobiliário

Neste trabalho foram feitas avaliações do mobiliário existente, utilizando questionário especial para explicitação dos
incômodos na sua utilização e uma analise antropométrica utilizando manequins em 3D gerados a partir de CAD,
utilizando as medidas da menor mulher (percentil 2,5%) e do maior homem (percentil 97,5%).

Key-words: work Station, Comfort, Furniture

In this study evaluations of the existent furniture were made, using specific questionnaire to provide information about
discomfort in its use and one anthropometric analyzes using for that CADs mannequins in 3D of the smallest woman
measures (percentile 2,5%) and of the largest man (percentile 97,5%).

Apresentação trabalho. Aplicaram-se então questionários em 33


Os computadores a algum tempo já são uma funcionários da empresa. Através destes objetivava-
realidade no dia a dia da maioria das pessoas, seja no se identificar as dores e desconfortos causados pelo
trabalho e até mesmo em casa. Para alguns tipos de mobiliário. Fizeram-se, também, registros em vídeo
trabalhos que necessitam de rapidez e precisão esta para uma avaliação mais detalhada dos problemas.
ferramenta tornou-se fundamental.
Fazendo uma analise das observações
Existe uma defasagem muito grande, se formos levantamos alguns aspectos relacionados a
comparar o nível de tecnologia empregada nos utilização do mobiliário pelos usuários.
computadores com o nível de evolução dos
mobiliários que são desenvolvidos para trabalhos
informatizados.

Esta defasagem esta começando a ser percebida na


medida em que as pessoas começam a adquirir
doenças relacionadas ao trabalho decorrentes da
inadequação deste mobiliário.

Este presente estudo mostra uma avaliação


ergonômica dos postos de trabalho, em um escritório
de engenharia, onde o mobiliário existente foi
desenvolvido dentro da própria empresa. Seja qual
for a função, tarefa e/ou atividade o posto de
trabalho é padrão.
imagem 1
Desenvolvimento Posição inadequada do monitor fazendo com que o
usuário assuma posturas prejudiciais, inclinação do
Em um primeiro momento foram feitas observações
pescoço para frente e rotação e elevação do ombro,
assistemáticas para identificar e compreender as causando dores nas costas e pescoço.
atividades realizadas nos diversos postos de
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imagem 2 imagem 5
Alturas do monitor e da mesa inadequadas fazendo com Altura inadequada da mesa, fazendo com que o usuário
que o usuário mantenha o pescoço em extensão, e os assuma posturas prejudiciais, principalmente para a
braços elevados com contração dos ombros coluna. Falta de apoio para os punhos

imagem 6
Altura inadequada da mesa e dos apoios para braços e
imagem 3 falta de apoio para os punhos. Ocorrem contrações no
Altura da mesa inadequada, falta de apoio para punhos, pescoço e nos ombros.
causando dores nos ombros, punhos e braços

imagem 7
imagem 4
A falta de espaço para as pernas faz com que o usuário
Altura inadequada da mesa, fazendo com que o usuário
assuma posturas inadequadas e sinta dores nas pernas e
assuma posturas prejudiciais, principalmente para a
na bacia.
coluna. Devido à falta de apoio para os punhos utiliza-se
para sustentar o braço o apoio de documentos.
Anais P&D Design 2000. FEEVALE, Novo Hamburgo, RS. 29 out. a 01 nov. 2000.
Moraes A., Dresch A., Schonblum R., Diagnóstico Ergonômico dos Postos de Trabalho de uma Empresa de Engenharia

Análise e comparação dos dados Para verificar a intensidade e distribuição destes


Após a análise dos dados obtidos a partir dos incômodos, foi feita uma escala de avaliação.
questionários, geraram-se gráficos onde
confirmaram-se as hipóteses levantadas quando das Distribuição de Intensidade do desconforto/dor
primeiras observações. 39,4
Pescoço 48,5
12,1
42,4
Incômodos/desconfortos/dor Região Cervical 39,4
18,2
sentidos nos últimos 30 dias 57,6
Costas Superior 30,3
12,1
Pescoço 45,5 57,6
Costas Médio 39,4
Ombros 33,4 3
45,5
Cotovelos 9,1 Costas Inferior 42,4
12,1
Punhos e Mãos 33,3 84,8
Bacia 12,1
3
Costas Superior 39,4
0 20 40 60 80 100
Costas Inferior 54,5 Nenhum Moderado Bastante
Quadril/Nádegas 12,1 gráfico 3: Resultados para a região do tronco
Uma/ambas Coxas 3
Umas/ambas Pernas 18,2 Observamos acima, que a região cervical
0 10 20 30 40 50 60 70 apresenta a maior intensidade do
n=33 desconforto/dor. No pescoço a intensidade deste
gráfico 1 desconforto/dor é moderada, porém abrange o
maior número de pessoas.
Incômodos/desconfortos/dor
sentidos nos últimos 12 meses Intensidade do desconforto/dor no lado direito
60,6
Ombro 30,3
Pescoço 51,5 9,1
81,8
Ombros 36,4 Braço 3
15,2
93,9
Cotovelos 12,1 Cotovelo 0
6,1
69,7
Punhos e mãos 42,4 Antebraço 30,3
0
Costas Superior 27,3
Punho 36,4
51,5
12,1
Costas Inferior 51,5 66,7
Mão 3
30,3
Quadris/Nádegas 6,1
97
Coxa 3
Uma/ambas Coxas 3 0
78,8
Uma/ambas Pernas 24,2 Perna 3
18,2

0 10 20 30 40 50 60 0 20 40 60 80 100 120

n=33 Nenhum Moderado Bastante

gráfico 2 gráfico 4

Como podemos observar nos gráficos acima, Intensidade do desconforto/dor no lado esquerdo
66,7
ocorrem altos índices de incômodos, desconfortos e Ombro 3
30,3
dores, principalmente no pescoço e nas costas, e um Braço 12,1
87,9
número significativo, também, nos ombros e 0
90,9
punhos/mãos, seja nos últimos 12 meses ou nos Cotovelo 0
9,1
72,7
últimos 30 dias. Antebraço 0
27,3
69,7
Punho 24,2
Estes resultados são explicados pela inadequação da 6,1
75,8
altura e posição dos monitores e altura das mesas, Mão 3
21,2
97
juntamente com a falta de apoio para os braços e Coxa 0
3
punhos, fazendo com que o usuário assuma posturas 78,8
Perna 18,2
prejudiciais, acarretando inclinação e rotação do 3
0 20 40 60 80 100 120
pescoço e tronco, assim como uma contração dos
Nenhum Moderado Bastante
ombros para sustentar os braços e punhos sem apoio
gráfico 5
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Nos gráficos anteriores (gráfico 4 e 5) observa-se Nesta representação do mobiliário modular utilizado
que os membros do lado direito do corpo, sofrem na maioria dos postos de trabalho da empresa, fica
com mais intensidade os desconfortos/dores por claro que o suporte de monitor deve ser utilizado de
serem os mais exigidos, como verificamos nos maneira adequada para não prejudicar o pescoço e a
questionários aplicados. (destros 84,8%, canhotos visibilidade da tela. A mesa é alta, impedindo que o
9,1% e os ambidestros 6,1%). usuário digite/escreva numa postura adequada.
(figura 2)
Analise dos Postos de Trabalho
Após a análise dos gráficos, foi feita uma avaliação Cadeiras
ergonômica dos postos de trabalho/mobiliários da
empresa – administração, cadistas e projetistas -
utilizando manequins antropométricos (percentis
2,5%( 1,49 m ) e 97,5%(1,88 m), representando os
extremos da população geral de usuários.

Posto de trabalho da Administração

Figura 3

A cadeira, mesmo nas suas regulagens mínimas, não


supre as necessidades da mulher do percentil 2,5%
na altura do assento e dos apoio para os braços. Cabe
Figura 1 observar que quanto ao homem percentil 97,5 %,
esta apresenta-se adequada: os pés tocam o chão,
Como podemos observar nesta representação do introduz-se a perna sob a mesa sem restrições, e o
mobiliário da sala da administração, o monitor, para antebraço acessa o teclado sem constrangimentos
a maior parte da população de usuários, acionais.
principalmente os de menor estatura, não está dentro
do ângulo de conforto de visão. A mesa é alta, Recomendações para sala da administração
impedindo que o usuário digite/escreva numa Cumpre observar que as recomendações abaixo,
postura adequada, implicando a flexão do antebraço aplicam-se apenas, aos postos de trabalho da
e a abdução do braço superior.(figura 1) empresa.

Posto modular de trabalho dos cadistas e Reduzir a mesa em 7,5 cm, ficando com 70 cm de
projetistas altura, para que se adeque ao trabalho, sem
prejudicar o homem percentil 97,5 %.

Remover a parte em que estão os monitores hoje,


criando, juntamente com os suportes de monitor,
uma maior flexibilidade nos ajustes de altura destes.

Propõe-se que para a utilização de monitores de 14",


as seguintes faixas:
-Para usuários de até 1,60 m não há necessidade de
suporte para o monitor, ficando a superfície de apoio
do monitor sobre a superfície da mesa
-Para usuários entre 1,60 m e 1,70 m utilizar 1
Figura 2 suporte , ficando a superfície de apoio do monitor
com altura de 79,2 cm do chão
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-Para usuários acima de 1,70 m, utilizar 2 suporte entre 59 cm e 70 cm para oferecer mais conforto
sobrepostos. ficando a superfície de apoio do para maioria dos usuário que utilizam este posto
monitor com altura de 88,4 cm do chão evitando o cansaço e futuramente a LER/DORT.
Colocar suportes de teclado e mouse com apoios (figura 4)
para os punhos com altura da superfície até o chão

Figura 4

Recomendações para o posto padrão -Para usuários acima de 1,80 m, utilizar 2 suporte
Cabe reforçar que as recomendações abaixo, sobrepostos, ficando a superfície de apoio do
aplicam-se apenas, aos postos de trabalho da monitor com altura de 91,4 cm do chão
empresa.
Para os postos que trabalham com monitor de 14"
Propõe-se que para a utilização de monitores de 17", seguir a recomendação da sala de administração.
as seguintes faixas.
-Para usuários de até 1,65 m não há necessidade de Posicionar o monitor / teclado sempre a frente do
suporte para o monitor, ficando a superfície de apoio usuário evitando torções de tronco e pescoço.
do monitor sobre a superfície da mesa
-Para usuários entre 1,66 m e 1,80 m utilizar 1 Colocar suportes de teclado e mouse com apoios
suporte , ficando a superfície de apoio do monitor para os punhos com altura da superfície até o chão,
com altura de 82,2 cm do chão entre 57 cm e 73 cm, para oferecer mais conforto
para maioria dos usuário que utilizam este posto
evitando o cansaço e futuramente a LER/DORT.
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Figura 5

Recomendações para cadeiras Verifica-se que os aspectos do usuário e do trabalho


Apesar de não atender a todos os usuários, esta não são levados em conta. Ocorrem, então,
cadeira possui as regulagens básicas, como altura do problemas para as empresas, tanto em relação aos
assento, altura do encosto, inclinação do encosto e seus funcionários que não percebem melhorias
altura dos apoios de braço. Estas devem ser quanto em relação a produtividade.
ajustadas individualmente, suprindo as necessidades
de cada um com maior conforto evitando fadigas e Muitas vezes as empresas acabam tendo que fazer
problemas posturais. estudos para detectar o problema e descobrem que
todo material adquirido e o projeto do ambiente,
Recomenda-se informar os usuários sobre as faixas como por exemplo a distribuição da iluminação,
de regulagens de altura do assento em relação ao estão totalmente fora das recomendações
chão. ergonômicas para um melhorar as condições de
trabalho. Isto tudo não seria necessário se este
Recomendações Gerais estudo fosse realizado antes das mudanças.

Pausas de 10 a 15 min a cada duas horas de trabalho,


para um relaxamento físico e mental do trabalhador. Bibliografia
Coletânia de Normas de Móveis para Escritórios.
Exercícios de alongamento, principalmente, para as Rio de Janeiro, ABNT, Editora, 1998, p 68.
mãos e punhos, antes de começar a trabalhar,
durante as pausas e no final do turno, prevenindo as MORAES Anamaria de, MONT’ALVÃO Claudia,
LER/DORT. Ergonomia Projetos e Aplicações, Rio de Janeiro,
2AB Editora, 1998, p 119.
Conclusão
Neste trabalho observamos uma questão que se PHEASANT Stephen, Bodyspace Anthropometry,
repete constantemente quando da renovação ou Ergonomics and the Design of Work, London, Taylor
remodelagem do ambiente de trabalho e seus postos. & Francis Ltd, Editora, 1996, p 244

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