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TOMAZELLI, L.J. & VILLWOCK, J.A. 2000. O Cenozóico Costeiro do Rio Grande do Sul. In: HOLZ, M & DE
ROS, L. F. (eds.). Geologia do Rio Grande do Sul. P. 375-406.
1. ABSTRACT
The Rio Grande do Sul Coastal Plain is an elongate (620 km) and wide (up to 100 km)
lowland underlain by the Pelotas Basin, where it onlaps the Precambian Sul-Rio-Grandense shield
and the Paleo-Mesozoic sedimentary and volcanic rocks of the Paraná Basin. The basin was
formed in the Early Cretaceous during the opening of the South Atlantic Ocean and contains the
most complete record of the Cenozoic in Rio Grande do Sul. The maximum thickness of coastal
plain sediments is around 1,500 m, near the shoreline, while offshore in depocenters the basin
contains almost 12,000 m of mainly shale and sandstone with minor carbonates and volcanics.
Two major depositional systems form nearly all the Cenozoic sediments of the coastal
plain: an alluvial fan system covering an almost continuous strip along the inner part of the coastal
plain, and a more extensive barrier-lagoon complex that consists of four distinctive transgressive-
regressive cycles. The sediments of the alluvial fan system were derived from the rocks of the
Precambrian shield and Paraná Basin and reworked by the transgressions and regressions.
Probably, each barrier of these systems originated at the landward limit of a transgression and was
preserved due to regression of the shoreline forced by glacio-eustatic sea level fall. These four
barrier-lagoon systems are believed to have formed during the last 400 ka assuming a correlation
with the highstands represented by the last major peaks on the oxygen isotopic record curve.
During the evolution of the coastal plain, important mineral resources have been formed
associated with the various coastal plain sedimentary environments and facies. These include
large accumulations of heavy minerals along the beach and coastal dunes (mainly ilmenite, rutile,
magnetite and zircon), sands for the building and glass industries, clays for ceramics, diatomite,
shells accumulations, and large peat deposits.
2. HISTÓRICO DO CONHECIMENTO
O registro sedimentar Cenozóico no Rio Grande do Sul encontra-se preservado, na sua
forma mais completa, na Bacia de Pelotas, uma bacia marginal aberta desenvolvida no extremo
sul da margem continental brasileira.
A porção mais superficial e proximal do pacote sedimentar da Bacia de Pelotas encontra-
se exposta na Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS), uma área de terras baixas que,
cobrindo cerca de 33.000 km2, se constitui na mais ampla planície litorânea do território brasileiro
(Fig. 1).
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Fig. 1 – Mapa de localização e mapa geológico simplificado da Planície Costeira do Rio Grande do
Sul (Modificado de Tomazelli & Villwock, 1996).
Fig. 2 – Coluna estratigráfica da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, como publicada por
Delaney (1965).
3.1. Introdução.
Cobrindo cerca de 33.000 km2 e alcançando, em alguns setores, mais de 100 km de
largura, a PCRS constitui-se na mais ampla planície costeira do país, o que lhe permitiu preservar
bastante bem o registro geológico e geomorfológico do Cenozóico e, em especial, do Quaternário.
Vários estudos têm demonstrado que a PCRS cresceu, durante o Quaternário, através do
desenvolvimento de um amplo sistema de leques aluviais, situado em sua parte mais interna,
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3.3. O Clima
A análise geológica-geomorfológica de uma determinada região requer um conhecimento
apropriado das condições de seu clima, pois este é um dos parâmetros básicos que governam os
processos sedimentares que nela se desenvolvem. De acordo com Nimer (1977), esta análise
climática envolve a avaliação dos diversos fatores – alguns de ordem estática, outros de ordem
dinâmica – que atuam na região de estudo em constante interação.
Os mais importantes fatores estáticos de controle do clima de uma região são a sua
posição geográfica e o seu relevo. Quanto à primeira, a situação latitudinal da PCRS –
aproximadamente entre os paralelos 29º e 43º de latitude sul – e a adjacência ao mar incluem-na
dentro da Zona Subtropical Sul sob o controle básico de massas de ar marítimas, de origem
tropical e polar (Hasenack & Ferraro, 1989). A influência do relevo se faz sentir principalmente no
setor norte da planície costeira, devido à presença do Planalto da Serra Geral. A escarpa do
planalto que, em certos locais, atinge quase 1000 m de altura, atua como um elemento estático de
considerável importância no controle de alguns parâmetros climáticos como, por exemplo, na
condensação das massas úmidas provenientes do oceano e sua conseqüente precipitação.
Devido à ação deste fator, a taxa de precipitação tende a ser maior na parte norte da planície
costeira (Hasenack & Ferraro, 1989). A presença desta escarpa afeta também o regime de ventos
da região, modificando o padrão de circulação proveniente tanto do mar quanto do continente.
Quanto aos fatores dinâmicos controladores do clima, a PCRS encontra-se influenciada
principalmente por dois poderosos centros de ação: o Anticiclone Semipermanente do Atlântico
Sul (Anticiclone de Santa Helena) e o Anticiclone Móvel Polar (Nimer, 1977; Hasenack & Ferraro,
1989).
O Anticiclone do Atlântico Sul, posicionado de maneira semifixa em uma faixa de latitudes
entre 18º e 35º, é um ativo centro de alta pressão formador de uma massa de ar tropical marítima
de temperatura elevada – devido à intensa radiação solar – e de elevado grau de umidade –
devido à intensa evaporação marítima. Em conseqüência, o seu predomínio na área de estudo
implica, normalmente, em condições de estabilidade do tempo com ocorrência de dias
ensolarados.
O Anticiclone Móvel Polar, posicionado ao sul da Argentina, é alimentado por massas frias
provenientes da Antártica e que se deslocam no sentido SW-NE, em direção ao território sul-
brasileiro. O deslocamento destas frentes frias implica no aparecimento de uma zona
depressionária (descontinuidade frontal) na região situada entre os dois centros de alta pressão
para a qual convergem os ventos provenientes desses centros. Tais ventos convergentes – ou
ciclônicos – normalmente são acompanhados da instabilidade do tempo e precipitação
pluviométrica (precipitação do tipo frontal).
O comportamento dinâmico das massas de ar provenientes destes dois Anticiclones
modifica-se ao longo das estações do ano. Durante os meses de primavera-verão, em função de
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uma maior insolação no Hemisfério Sul, o Anticiclone do Atlântico fortalece-se e desloca-se para
posições mais meridionais. O Anticiclone Móvel Polar, por sua vez, retrai-se e não apresenta o
mesmo poder de penetração. Em conseqüência, durante estes meses, o tempo da PCRS é,
normalmente, quente e ventoso, com ventos provenientes principalmente de NE e E, da borda do
Anticiclone do Atlântico. Durante o outono-inverno, devido à menor insolação, o Anticiclone do
Atlântico enfraquece e desloca-se para posições mais ao norte. O Anticiclone Móvel Polar passa
então a penetrar mais e o clima da área de estudo fica dominado pelas frentes frias que se
deslocam do rumo SW-NE, muitas vezes com grande regularidade (Nimer, 1977; Hasenack &
Ferraro, 1989).
Como conseqüência da interação dos fatores de controle acima descritos, o clima da
PCRS pode ser caracterizado como um clima mesotérmico brando, superúmido, sem estação
seca definida (Nimer, 1977). A temperatura média anual oscila entre 16º e 20ºC e a precipitação
pluviométrica anual varia entre 1000 e 1500 mm.
dunas situadas entre Cidreira e Pinhal revelou valores entre 10 e 38 m/ano. O monitoramento
direto no terreno, feito em dunas de 8 a 10 m de altura e realizado durante o intervalo de tempo de
3 anos, revelou uma migração média de 26 m/ano. Estes valores, bastante elevados quando
comparados com os dados da literatura, refletem a grande eficiência do vento como agente
transportador de areia na região costeira estudada.
Fig. 3 – Diagrama das freqüências percentuais das direções de proveniência dos ventos nas
estações meteorológicas de Torres, Imbé e Rio Grande (Tomazelli, 1993).
São muito raros os estudos realizados na costa do Rio Grande do Sul que se ocuparam da
deriva litorânea de sedimentos e, em especial, de sua determinação quantitativa, reduzindo-se
estes, praticamente, às contribuições dadas pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisas
Hidráulicas da UFRGS, como os trabalhos de Motta (1967, 1969) e Pitombeira (1975).
Embora a determinação quantitativa de deriva, envolvendo medidas diretas no terreno ou
cálculos a partir do registro de ondas, não seja uma tarefa muito fácil ou precisa, é possível fazer
importantes observações qualitativas a partir da análise de indicadores geomorfológicos na costa
e de considerações genéricas sobre o regime de ondas. Muitos estudiosos consideram, inclusive,
que esta abordagem da deriva litorânea através de indicadores geomorfológicos é mais vantajosa
e precisa, na avaliação da deriva resultante, do que deduções feitas a partir de medidas diretas no
terreno (Jacobsen & Schwartz, 1981; Schwartz, 1990).
No caso do Rio Grande do Sul, como concluiu Motta (1967), a deriva processa-se em
ambos os sentidos da linha de costa, mas com predominância final no sentido NE. Tal situação
reflete a dominância de uma ondulação proveniente do SE e que incide obliquamente uma costa
de configuração retilínea, sem reentrâncias maiores que poderiam fazer divergir as direções de
deriva (Motta, 1967; Tomazelli & Villwock, 1992).
Vários indicadores geomorfológicos confirmam esta deriva resultante em direção NE ao
longo de toda a costa do Rio Grande do Sul (Tomazelli & Villwock, 1992). Dentre eles, os mais
evidentes associam-se às desembocaduras não estabilizadas dos rios, arroios e lagunas que,
invariavelmente, se deslocam no sentido desta deriva resultante. Assim, antes de ser fixada, a
migração no sentido NE da barra livre do Arroio Chuí, no extremo sul do País, ocasionou alguns
problemas nas questões limítrofes entre Brasil e Uruguai. Os molhes construídos para fixar a
barra de Rio Grande, na desembocadura da Lagoa dos Patos, promoveram uma acentuada
deposição de areia no seu lado W, enquanto que o lado E encontra-se submetido à erosão. O
rápido deslocamento da desembocadura da Laguna de Tramandaí no sentido NE somente foi
bloqueado em 1960/61, quando foi construído um guia de correntes ao longo de sua margem NE.
Há registros de que antes de sua fixação a desembocadura migrava, em média, cerca de 200 m
por ano. A desembocadura livre da Lagoa do Peixe, próximo a Mostardas, migra constantemente
em direção NE, inclusive fechando completamente a barra nos períodos de estiagem. No extremo
norte, a desembocadura do Rio Mampituba também ilustra de maneira muito clara esta migração
para NE.
4.1. Introdução.
A coluna estratigráfica proposta por Delaney (1965) para as litologias aflorantes na PCRS
foi adotada na maioria dos trabalhos subseqüentes realizados na região (Fig. 2). Com o passar do
tempo e com o aumento do conhecimento da área, vários autores propuseram modificações e
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complementações ao quadro estratigráfico original (Bigarella & Andrade, 1965; Jost, 1971; Jost et
al., 1971; Villwock, 1972; Soliani Jr., 1973; Godolphim, 1976; Jost & Soliani Jr., 1976; Zeltzer,
1976; Villwock,1984). Como resultado, as sucessivas modificações propostas deformaram as
descrições originais das unidades estratigráficas e dificultaram a compreensão de sua distribuição
espacial e temporal (Villwock, 1984).
O programa de mapeamento geológico da PCRS desenvolvido na década de 80 pelos
pesquisadores do Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica (CECO), do Instituto de
Geociências da UFRGS, levantou novos dados e mostrou que a utilização dos quadros
estratigráficos até então existentes não permitia efetuar um mapeamento que conduzisse a uma
melhor compreensão da história evolutiva da região. Como resposta a esta constatação, esses
pesquisadores apresentaram uma nova proposta de mapeamento, abandonando as
denominações estratigráficas formais e passando a reconhecer e a mapear os depósitos da PCRS
como Fácies Sedimentares agrupadas em Sistemas Deposicionais (Villwock et al., 1986). O
procedimento deu ótimos resultados e permitiu a concretização de mapas geológicos mais
coerentes e que melhor retratam a história geológica da região e, em conseqüência, permitem
uma melhor compreensão da distribuição dos diferentes depósitos e dos recursos econômicos
associados.
Na nova abordagem, os autores utilizaram o conceito abrangente de “sistema
deposicional” na acepção original de Fisher & McGowen (1967): sistema deposicional é uma
assembléia tridimensional de litofácies interligadas geneticamente por processos e ambientes
ativos (sistemas deposicionais modernos) ou inferidos (sistemas deposicionais antigos).
Nessa ótica, as fácies sedimentares da PCRS passaram a ser entendidas como produtos
de processos de acumulação desenvolvidos em ambientes pertencentes, basicamente, a dois
tipos de sistemas deposicionais siliciclásticos: (1) Sistema de Leques Aluviais e (2) Sistema Tipo
Laguna-Barreira (Fig. 1).
A natureza das litofácies acumuladas nestes dois sistemas deposicionais foi moldada, por
um lado, pelos processos internos, específicos a cada sistema e, por outro, pelos processos
externos representados basicamente pelas variações climáticas e pelas flutuações do nível
relativo do mar (NRM) que atuaram nesta região costeira durante o Cenozóico.
constituído por grânulos de quartzo e feldspato, encontra-se sustentado por uma matriz lamítica
maciça, sugerindo uma gênese a partir de processos do tipo fluxo de detritos. Já as fácies médias
e distais são geralmente bem estratificadas e refletem deposição a partir de fluxos torrenciais
canalizados e não-canalizados. A presença comum de corpos de arenitos e conglomerados com
geometria lenticular apresentando internamente cruzadas de médio porte do tipo planar/tabular e
acanalada reflete a migração de formas de leito (2 D e 3 D) associadas, provavelmente, a canais
fluviais do tipo entrelaçado (“braided”) desenvolvidos nas partes médias e distais dos sistemas de
leques (Fig. 4).
Fig. 4 – Fácies do sistema de leques alimentado pelo escudo. Areias grossas, feldspáticas, e
cascalhos com estratificação cruzada acanalada. Deposição associada à migração de formas de
leito em canais entrelaçados (“braided”) em uma posição média a distal no sistema de leques.
Fig. 5 – Fotomicrografia das areias do sistema de leques aluviais alimentado pelo escudo
mostrando a grande imaturidade textural e composicional da rocha. Entre os grãos ocorre argila
infiltrada mecanicamente (Foto de Gerson S. Terra).
Fig. 7– Modelo da geometria dos depósitos do sistema de leques aluviais alimentados pelo
escudo. A espessura das fácies aumenta no sentido da bacia, revelando a erosão e recuo
progressivo da área fonte (Modelo baseado em Bull, 1972).
resultando, no final, na formação de uma rampa que ficou bordejando as formações sedimentares
e vulcânicas da Bacia do Paraná. Episódios de fluxos de detritos continuam ocorrendo na região,
alguns deles de proporções catastróficas, como os de 1974, registrados por Gomes (1976), e,
mais recentemente, os que ocorreram em 1995.
As fácies aqui mapeadas como pertencentes ao sistema de leques aluviais alimentado
pelo planalto correspondem, em parte, aos depósitos reconhecidos em trabalhos anteriores como
integrantes da Formação Gravataí (Morris, 1963). Dentre os principais trabalhos que se ocuparam
da descrição destes depósitos podem ser citadas as contribuições de Morris (1963), Fensterseifer
(1979), Arienti (1986) e Frank (1989).
Fig. 10 – Fotomicrografia das areias eólicas da Barreira I. Areias bem selecionadas, bem
arredondadas, com bimodalidade textural. Espaço intergranular ocupado por material
argilo/ferruginoso infiltrado mecanicamente (Foto de Gerson S. Terra).
O elevado conteúdo em matriz síltico-argilosa (às vezes superior a 15%) é uma das
características marcantes dos sedimentos da Barreira I. Sua origem, claramente pós-deposicional,
parece estar associada à alteração diagenética dos minerais, especialmente dos feldspatos, e a
processos de infiltração (iluviação) das argilas. Arienti (1986) demonstrou claramente este
comportamento verificando um aumento progressivo do conteúdo de argilas com a profundidade.
Os solos dos altos do embasamento sobre os quais as dunas se ancoraram provavelmente
contribuíram no fornecimento do material síltico-argiloso constituinte da matriz. A mistura de areias
eólicas com grânulos do embasamento envoltos numa matriz siltico-argilosa maciça indica que
muitas vezes houve um processo de redeposição dos sedimentos eólicos que, misturados aos
solos locais, foram retransportados ao longo das encostas do embasamento.
Composicionalmente as argilas constituintes da matriz dos sedimentos da Barreira I
revelaram pertencer quase que exclusivamente à família das caolinitas (Arienti, 1986).
Embora na maior parte dos afloramentos as estruturas sedimentares primárias tenham
sido destruídas, é possível observar, em muitos locais, a ocorrência de estruturas biogênicas
(traços fósseis), especialmente aquelas associadas ao crescimento de raízes. As feições
aparecem como tubos verticalizados de coloração esbranquiçada, devido à redução local do óxido
de ferro. A concentração destas estruturas em determinados níveis dos afloramentos pode ser
indicativa de paleossolos e sua recorrência nos afloramentos seria mais um registro das
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interpretadas como sendo de origem praial e marinho raso, recobertas por depósitos eólicos,
dispostas numa sucessão vertical claramente indicativa de um processo progradante (regressivo).
Os sedimentos praiais são compostos por areias quartzosas claras, finas, bem selecionadas, com
estratificações bem desenvolvidas que incluem, entre outros tipos, a laminação plano-paralela
com truncamentos de baixo ângulo e as cruzadas planar, acanalada e “hummocky” (Fig. 11). Em
muitos afloramentos é notável a ocorrência de uma grande quantidade de icnofósseis
representados por tubos de ophiomorpha (Callichirus sp.), além de moldes de conchas de
moluscos (Fig. 12).
da Barreira III pelo método da termoluminescência. Portanto, os sedimentos da Barreira III podem,
com grande segurança, ser correlacionados com os depósitos marinhos reconhecidos em muitas
das regiões costeiras do mundo e identificados com o evento de mar alto correspondente ao
subestágio isotópico de oxigênio 5e, ou seja, com o último pico interglacial pleistocênico (Fig. 9).
Fig. 12 – Areias praiais da Barreira III, com a presença de tubo fóssil de Callichirus sp. Nesta
ocorrência, a complexa construção biogênica atinge 1,15 m de altura e apresenta várias
ramificações laterais (Foto de Gerson S. Terra).
com o Sistema Lagunar II, a transgressão rápida das águas lagunares foi responsável pela
elaboração de um terraço de abrasão (superfície transgressiva) nos depósitos do Sistema de
Leques Aluviais, posicionado entre 8-15 m de altitude.
Em trabalhos anteriores, as fácies arenosas das barreiras II e III e as fácies areno-síltico-
argilosas dos correspondentes sistemas lagunares foram mapeadas como pertencentes,
respectivamente, ao Membro Taim e ao Membro Santa Vitória, ambos pertencentes à Formação
Chuí (Soliani Jr., 1973).
Barreira IV
No máximo da última Transgressão Pós-Glacial, atingido há cerca de 5 ka, o nível do mar
alcançou, na região costeira em estudo, aproximadamente 4 a 5 m acima do nível atual (Villwock
& Tomazelli, 1989, 1998) e possibilitou a formação de uma barreira transgressiva que progradou
durante a fase regressiva que se seguiu. Esta progradação desenvolveu-se principalmente
através da construção de cordões litorâneos regressivos (“beach ridges”) cujas características
ainda podem ser observadas ao norte de Tramandaí e ao sul da cidade de Rio Grande.
As areias praiais da Barreira IV são quartzosas, de granulação fina a muito fina (Martins,
1967; Villwock, 1972) e, em certos locais, apresentam elevadas concentrações de minerais
pesados (Villwock et al., 1979; Munaro, 1994). Areias e cascalhos bioclásticos, formados
basicamente por conchas de moluscos, aparecem como importantes constituintes dos sedimentos
da praia atual no trecho situado entre Rio Grande e Chuí (Calliari & Klein, 1993).
O campo de dunas eólicas da Barreira IV mostra uma largura variável entre 2 e 8 km e
estende-se praticamente ao longo de toda a linha de costa. Em resposta a um regime de ventos
de alta energia proveniente do NE, as dunas livres - predominantemente do tipo barcanóide -
migram no sentido SW, transgredindo terrenos mais antigos e avançando para dentro dos corpos
lagunares adjacentes (Tomazelli, 1990, 1993) (Fig. 13).
Nos últimos anos, vários trabalhos sobre características morfodinâmicas da praia oceânica
da Barreira IV têm sido desenvolvidos como, por exemplo, os estudos de Calliari & Klein (1993),
Toldo Jr. et al. (1993) e Weschenfelder (1996). O campo eólico da Barreira IV foi estudado
principalmente por Martins (1967), Tomazelli (1990, 1993, 1994) e Zomer (1997).
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Fig. 13 – Sistema eólico ativo da Barreira IV. Dunas transgressivas, do tipo barcanóide, migrando
sobre terreno vegetado mais antigo. Campo de dunas entre Pinhal e Cidreira.
Sistema Lagunar IV
O espaço de retrobarreira, situado entre a Barreira IV e os sedimentos pleistocênicos da
Barreira III, foi ocupado, no pico transgressivo holocênico, por grandes corpos lagunares que,
acompanhando a posterior progradação da barreira, evoluíram para um complexo de ambientes
deposicionais. Dentro deste conjunto podem ser destacadas a Lagoa Mangueira, na região sul da
planície costeira, a Lagoa do Peixe, na parte média, e o rosário de lagoas interligadas existentes
no Litoral Norte do Estado. Além disso, a ingressão marinha no máximo transgressivo estendeu-
se pelos terrenos baixos situados entre os depósitos das barreiras pleistocênicas e o sistema de
leques aluviais, restabelecendo mais uma vez o Sistema Lagunar Patos-Mirim, como definido por
Villwock (1984).
O Sistema Lagunar IV do Litoral Norte do Estado foi descrito com maiores detalhes por
Tomazelli (1990) e Tomazelli & Villwock (1991). Esses autores mostraram que, nessa região, o
sistema é constituído por um conjunto complexo de ambientes e subambientes deposicionais que
incluem: corpos aquosos costeiros (lagos e lagunas), sistemas aluviais (rios meandrantes e
canais interlagunares), sistemas deltaicos (deltas flúvio-lagunares e deltas de “maré lagunar”) e
sistemas paludiais (pântanos, alagadiços e turfeiras). Ao longo do tempo de existência do sistema
deposicional, estes ambientes coexistiram, lado a lado, ou então gradaram temporal e/ou
espacialmente uns nos outros. De modo especial a passagem temporal gradativa “laguna-lago-
pântano costeiro” parece marcar uma clara tendência evolutiva entre estes importantes
componentes do sistema. Tais transformações são controladas basicamente por quatro
mecanismos principais: (1) as variações do nível de base regional, incluindo o lençol freático, que
acompanharam as flutuações holocênicas do NRM; (2) o progressivo avanço da vegetação
marginal dos corpos aquosos; (3) o aporte de sedimentos clásticos trazidos pelos cursos fluviais e
(4) a migração das dunas eólicas livres que avançam pelo flanco leste destes ambientes. Estes
mecanismos controlam não somente a velocidade em que transcorrem os processos evolutivos,
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mas também a natureza textural e composicional das fácies que se acumulam nos diversos
ambientes deposicionais.
A Lagoa dos Patos, com 10.360 km2, se destaca como o mais importante corpo lagunar da
PCRS. Seus sedimentos de fundo têm sido tema de estudo de diversos autores. De um modo
geral, ao analisar-se a variação dos teores de areia, silte e argila, observa-se que os sedimentos
apresentam uma distribuição que não se afasta muito dos padrões apresentados por outros
corpos lagunares. As fácies arenosas ocupam as partes mais rasas (0,0 a 4,0 m). As fácies
sílticas distribuem-se pelas partes centrais e mais profundas (4,0 a 10,0 m) ocorrendo também ao
longo dos canais de acesso ao porto de Rio Grande. Fácies argilosas ocorrem em pequenas
áreas nas zonas mais profundas e ainda numa ampla zona situada em frente ao delta do Rio
Camaquã. Fácies mistas, areno-silto-argilosas, têm ocorrência restrita nas partes mais profundas
das baías que se situam na porção mais meridional do corpo lagunar.
A análise da fração grossa destes sedimentos mostra que nas fácies arenosas, quartzo e
fragmentos de conchas de moluscos são os constituintes essenciais, ocorrendo ainda, em
pequenas quantidades, minerais pesados, mica, fragmentos de madeira, foraminíferos,
concreções ferruginosas e fragmentos de rocha. Nas fácies sílticas e argilosas predominam os
fragmentos de conchas e o quartzo, ocorrendo os demais componentes em pequenas
proporções. Os maiores teores em matéria orgânica são encontrados nas imediações do delta do
Rio Camaquã, o mesmo acontecendo com a quantidade de minerais pesados. No que diz
respeito aos argilo-minerais presentes nas fácies finas, ocorrem, em ordem de abundância,
esmectitas, caulinita, interestratificados do tipo illita-esmectita e clorita. É uma assembléia
detrítica, herdada das áreas-fonte.
A carga de material em suspensão oscila entre 70 a 30 mg/l na parte norte, influenciada
pelas maiores descargas fluviais, passando por 15 mg/l na porção média e por fim, na parte
estuarina, ocorrem variações entre 4 mg/l na superfície e 32 mg/l junto ao fundo, condicionadas,
ali, pelos processos de floculação. Avaliações das taxas de sedimentação mostram resultados
que oscilam entre 5 e 8 mm/ano.
De um modo geral, os sedimentos que estão sendo acumulados na laguna têm sua fonte
nas rochas polimetamórficas, ígneas e sedimentares, pré-cambrianas e paleozóicas do
embasamento cristalino, além das seqüências sedimentares e ígneas, paleozóicas e mesozóicas,
da Bacia do Paraná, todas constituintes do embasamento da Bacia de Pelotas. Uma importante
contribuição surge do retrabalhamento dos depósitos do Sistema de Leques Aluviais, a oeste, e
da Barreira III, ao leste, que constituem os terrenos cenozóicos das margens do corpo lagunar.
Dentre os principais trabalhos voltados à geologia, geomorfologia e sedimentologia da
Lagoa dos Patos podem ser destacadas as contribuições de Martins (1963, 1966), Martins &
Gamermann (1967), Martins (1971), Villwock (1977), Herz (1977), Calliari (1980), Martins et al.
(1983) e Toldo Jr. (1989, 1994).
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Outros importantes corpos lagunares da PCRS, como a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira,
são praticamente desconhecidos do ponto de vista geológico/geomorfológico. O trabalho de Vieira
(1995) sobre a sedimentologia da Lagoa Mirim é um dos raros estudos efetuados neste importante
corpo lagunar.
Corpos lagunares menores, especialmente os situados no Litoral Norte do Estado, têm
sido objeto de estudo de vários pesquisadores, como Delaney (1960), Schwarzbold (1982),
Santos (1986), Dillenburg (1994) e Tabajara (1994).
5. A EVOLUÇÃO PALEOGEOGRÁFICA
Apesar da escassez de dados geocronológicos e da baixa fidelidade dos dados
altimétricos existentes na área, razão da não elaboração de curvas de variação de nível do mar
ali aplicáveis, a análise da sedimentação e da edificação geomorfológica da PCRS permite
retratar os principais momentos de sua evolução. O modelo evolutivo proposto se encontra
sintetizado em um conjunto de mapas paleogeográficos apresentados por Villwock & Tomazelli
(1995).
De acordo com este modelo, um pacote de sedimentos clásticos terrígenos se acumulou,
a partir do final do Terciário, em um sistema de leques aluviais coalescentes desenvolvido ao
longo da margem oeste da planície, na base das terras altas. Estes depósitos foram
retrabalhados, em suas porções distais, por no mínimo quatro ciclos transgressivos-regressivos,
os quais podem ser correlacionáveis aos quatro últimos eventos glaciais que caracterizaram o
final do Cenozóico.
margem oceânica, ao sul, uma barreira arenosa isolou a Lagoa Mirim e, ao norte, um pontal
arenoso recurvado, ancorado na base das encostas do planalto da Serra Geral, começou a isolar
a área que viria a ser ocupada pela Lagoa dos Patos.
O terceiro ciclo adicionou mais um sistema do tipo laguna-barreira, fazendo progradar a
Barreira Múltipla Complexa, completando o fechamento da Lagoa dos Patos. Pertence a este
evento a depressão lagunar que hoje é drenada pelo Arroio Chuí e onde são encontrados os
mamíferos fósseis da Fauna Pampeana. No interior do Sistema Lagunar Patos-Mirim, a terceira
linha de costa pleistocênica está muito bem preservada sob a forma de uma escarpa, limite
interno de um terraço (15 - 8 m), cristas de praia e pontais arenosos. A barreira que continuou a
desenvolver-se na fase regressiva é a que melhor se preserva na região, mostrando depósitos
praiais e marinhos rasos contendo tubos fósseis de Callichirus sp., cobertos por um manto de
areias eólicas. Correlacionável a depósitos muito semelhantes que ocorrem ao longo de quase
toda a costa brasileira, a idade deste sistema tem sido considerada como de 120 ka, subestágio
isotópico de oxigênio 5e.
A fase regressiva que se seguiu atingiu seu máximo há aproximadamente 17 ka. Uma
ampla planície costeira ocupava o que hoje é a plataforma continental e o Sistema Lagunar
Patos-Mirim estava transformado numa grande planície fluvial, área de passagem dos cursos de
água que erodindo depósitos antigos aprofundavam seus vales até chegar à linha de costa
situada a aproximadamente 120 m abaixo do atual nível do mar.
Fig. 14 – Erosão praial junto ao Farol da Conceição, Litoral Médio do RS. A linha de costa recuou
mais de 50 m no período coberto pelas fotos. Observe-se a presença de uma camada contínua de
turfa ao longo da praia, na base da escarpa erosiva, que pode ser acompanhada lateralmente por
uma distância de cerca de 100 km.
31
A erosão severa que atinge a maior parte da costa do Rio Grande do Sul foi descrita pela
primeira vez por Tomazelli & Villwock (1989) e Tomazelli (1990) e registrada em vários trabalhos
posteriores (Tomazelli & Villwock, 1992; Martins et al., 1993; Tomazelli et al., 1995,1997,1998;
Tomazelli & Dillenburg, 1998; Calliari et al., 1996,1998). Várias causas têm sido postuladas para
explicar o processo erosivo, como: (1) elevação atual do nível relativo do mar (Tomazelli &
Villwock, 1989; Tomazelli, 1990; Tomazelli et al., 1995, 1997, 1998; Villwock & Tomazelli, 1998);
(2) efeito das marés meteorológicas associadas a eventos de tempestades (Calliari et al, 1996);
(3) concentração de energia de ondas devido à refração em feições morfológicas submersas
(Calliari et al., 1998); e (4) concentração de energia de ondas controlada por feições morfológicas
de grande escala associadas à topografia pleistocênica precedente à última grande transgressão
(Dillenburg et al., 1998). As causas apontadas não são excludentes e é possível, inclusive, que o
fenômeno erosivo resulte da superposição das mesmas. Na realidade, com exceção das causas
3 e 4, atribuídas à topografia submarina e, portanto, desempenhando um papel “passivo” no
fenômeno, as duas primeiras podem estar controladas por um mesmo fator que é a variação
climática que atinge o planeta nos dias de hoje e que está levando ao seu aquecimento. O
aumento da temperatura média global pode ser responsável tanto pela elevação do nível do mar
(por efeito glácio-eustático e de variação térmica de volume) como pelo aumento da freqüência
e/ou magnitude das tempestades.
6. RECURSOS MINERAIS
A ocorrência de recursos minerais de importância econômica em uma determinada região
depende diretamente de sua origem e evolução geológica. Deste modo, ao caracterizar-se a
PCRS como pertencente a uma bacia marginal preenchida por seqüências sedimentares detríticas
terrígenas acumuladas sobre um embasamento mais antigo constituído em parte por terrenos
cristalinos, em parte por terrenos sedimentares e vulcânicos, define-se o seu potencial em
recursos minerais.
Nas áreas onde aflora o embasamento cristalino, muitas de suas litologias são utilizadas
como materiais para a indústria da construção civil. Granitos de diversos tipos fornecem brita,
pedras de cantaria em estado bruto ou beneficiadas para uso como revestimentos e peças de
arte. Quase o mesmo emprego têm os basaltos da Bacia do Paraná e os arenitos da formação
Botucatu. Eluviões, coluviões e aluviões derivados das seqüências do embasamento fornecem
argilas para cerâmica, areias e cascalhos para produção de agregados.
Não se pode deixar de mencionar as grandes jazidas de carvão que são conhecidas no
substrato da região nordeste da planície costeira, incluídas na formação Rio Bonito, cujas
características são apresentadas por Bortoluzzi et al. (1980) e Camozzato et al. (1982).
Na planície costeira propriamente dita, os recursos minerais são de natureza terrígena
(cascalhos, areias e lamas) e organógena (turfas, diatomitos e biodetritos carbonáticos).
32
Efetivamente, as planícies aluviais dos principais rios que chegam à região costeira, os
terraços e praias lagunares, os terraços marinhos e os depósitos eólicos têm sido explotados de
modo intenso nas proximidades de todas as concentrações urbanas, fornecendo-lhes diversos
materiais para a indústria da construção civil. Neste contexto destacam-se em importância as
areias praiais e marinho-raso da Barreira III.
Areias para a indústria do vidro têm sido explotadas ao longo das praias de lagunas e
lagos costeiros.
Apesar da pobreza em acumulações carbonáticas que ali se observa, são conhecidas
importantes concentrações de conchas calcárias de moluscos, como as que ocorrem na Praia dos
Concheiros, ao sul de Rio Grande (Calliari & Klein, 1993) e nas margens da Lagoa Mirim (Ponta
Alegre e Ponta dos Latinos). Entretanto, é na Plataforma Continental que se encontram os
maiores volumes de carbonatos biodetríticos, conforme se depreende das descrições de
Figueiredo Jr. (1975) e Corrêa & Ponzi (1978).
Ocorrências de diatomitos foram mencionadas por Delaney (1965) e Villwock et al. (1980).
A presença de concreções fosfáticas na plataforma continental foi reportada por Klein et al.
(1992).
Grandes depósitos de turfas, ocupando zonas paludiais que evoluíram a partir do
assoreamento de antigas lagoas costeiras foram descritas por Villwock et al. (1980). O seu
aproveitamento como fonte energética alternativa e como recondicionador de solos para uso
agrícola foi discutido por Villwock et al. (1983 a, 1983b). Wildner et al. (1988) apresentam um
levantamento sobre as ocorrências de turfa ao longo de toda a planície costeira.
Pláceres praiais e eólicos, contendo elevadas concentrações de ilmenita (Ti), rutilo (Ti),
magnetita (Fe) e zircão (Zr) ocorrem ao longo da linha de costa atual. Eles foram estudados por
Silva (1976), Villwock et al. (1978, 1979), Loss & Dehnhardt (1983) e Munaro (1994).
Água para abastecimento de pequenas populações tem sido obtida de aqüíferos
subterrâneos armazenados nas formações arenosas. Nem sempre ela é de boa qualidade. Por
outro lado, rios e corpos lacustres são responsáveis pelo abastecimento das grandes
concentrações urbanas e centros industriais, como é o caso da região metropolitana de Porto
Alegre, das cidades de Pelotas e Rio Grande e dos balneários do Litoral Norte.
7. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e à Fundação de
Amparo à Pesquisa do Esdado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) pelo apoio financeiro recebido.
8. LEITURA RECOMENDADA
Delaney, P.J.V. 1965. Fisiografia e geologia da superfície da planície costeira do Rio Grande do
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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