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Universidade Federal do Espírito Santo

Centro de Ciências Humanas e Naturais


Departamento de Psicologia
Disciplina: Ética Profissional 2014/2
Professora: Priscila Silva de Oliveira

Exercícios: (Valor Total 6,0)

Questão 1: (Valor 2,5)


Com base em Machado (1999), 'Ética', no trabalho de Yves de La Taile(2006),
‘Moral e Ética: dimensões intelectuais e afetivas’,no texto de José Célio Freire
(2003),‘A Psicologia a Serviço do Outro: Ética e Cidadania na Prática Psicológica’ e
no artigo de Suely Rolnik (1992), ‘À sombra da cidadania: alteridade, homem da
ética e reinvenção da democracia’discorra sobre como os autores abordam a
discussão da ética e da moral. Ressalta-se que é necessário referenciar os autores
e apontar as diferenciações e aproximações entre os conceitos filosóficos de Ética e
Moral.

Observação: Temos também trabalhado na disciplina o conceito de Ética


para Baruch Spinoza (Textos de Deleuze sobre Spinoza - disponíveis na
xerox), Michel Foucault (A ética do cuidado de si como prática de liberdade -
disponível na internet) e Friedrich Nietzsche (Livro Genealogia da Moral -
disponível na Biblioteca). Se achar que tem condições, seria interessante
utilizar tais bibliografias na elaboração de sua resposta.

O homem é um ser social, está é uma máxima da filosofia desde os gregos.


Partindo deste princípio, não nos é possível viver isoladamente. A
convivência com os outros implica em, sempre, conjugar nossos desejos com
os desejos dos outros, o que promove uma série de desacordos. Os
conceitos de moral e ética se direcionam a esta problemática. Segundo, DE
LA TAILLE (2006) o campo da moral refere-se ao dever enquanto o da ética
ao querer, em suas palavras: como devo agir, referente à esfera moral, e que
vida quero viver, referente à ética.

A origem do termo ética remete, segundo CHAUI (2004), as palavras gregas


êthos que significa caráter, índole, temperamento, modo de ser e éthos que
significa hábitos, usos, costumes de uma pessoa. A ética estaria, deste
modo, relacionada a educação do caráter visando a felicidade, a vida justa e
livre, o que para os gregos somente seria possível como vida política
(MACHADO, 1999, p.3-4). Para uma conduta ética, nestes parâmetros, seria
necessário um exercício de pensamento e escolha entre o considerado bom
ou mau. Já a moral, é um termo que deriva do latim, mores, e significa
costumes, apresentando-se como as regras e valores sociais, um conjunto
prescritivo baseado em concepções de bem e de mal (MACHADO, 1999,
p.4). A moral pode apresentar-se como um conjunto prescritivo absoluto,
categórico, como um Bem válido para todos em qualquer tempo ou lugar, ou
relativo, derivado, condicionado a sua época.

DE LA TAILLE (2006) considera que o conteúdo da moral, apesar de


variável, possui algo de comum a todos os sistemas que é o sentimento de
dever ou da obrigatoriedade, o que lhe confere um caráter psicológico. O
dever moral, no entanto, não é um absoluto, ele depende das conseqüências
a que se vincula, por exemplo, mentir para proteger um inocente. Na
compreensão do autor, à Psicologia deve se ocupar prioritariamente com a
força do sentimento de dever, e não com a classificação de pessoas em
morais ou imorais, porque o mais fundamental é o entendimento do plano
ético, que se refere à energética das ações morais.

Os termos moral e ética estão, como vimos com as abordagens acima,


relacionados. Dependendo da perspectiva que assumimos, eles podem se
tornar mais próximos ou mais distantes. MACHADO (1999) chama atenção
para o fato de que a discussão sobre moral e ética evidencia dualismos: uma
é prática e a outra é teórica, uma é individual e a outra é social, uma é interior
ao sujeito e a outra é exterior ao sujeito, uma se vincula ao desejo e a outra
às leis e às normas. A autora, sustentada pelos filósofos Foucault e
Espinosa, conclui expondo sua perspectiva: ela não concebe moral e ética a
partir de uma dicotomia ou oposição, mas sim a partir de suas diferenças.
Ética e moral podem aparecer misturadas ou distanciadas, elas expressam
um jogo de forças que adquire formas variadas em cada época.

MACHADO (1999), retoma Foucault, e afirma que o que temos são códigos
de comportamento e formas de subjetivação. A relação estabelecida entre o
código e a ação não é direta, há possibilidade da interação pelo meio da
obediência, da submissão, da resistência, da negligência da recusa, etc.
Essa multiplicidade expressa variações presentes no conjunto social quanto
ao sistema prescritivo que implícita ou explicitamente é propagado em uma
cultura. Neste sentido, ética e moral não são idênticos nem opostos. Ao
contrário, trata-se de vetores que expressariam em nossas vidas uma
dimensão visível – do já dado, do que se cristalizou- e uma invisível – das
virtualidades, dos fluxos intempestivos que rompem o instituído. A ética não
seria uma reprodução mas uma criação, não seria uma aplicação de regras
preestabelecidas mas o uso de regras facultativas, um processo de
pensamento e não a efetuação de soluções preconcebidas. Tal como
indicamos anteriormente, se a ética é um exercício de pensamento, ela deve
excluir processos de reprodução-manutenção dos preconceitos.

Questão 2:(Valor 2,0)


Com Base nas bibliografias estudadas na disciplina, faça um texto dissertativo de no
mínimo 15 linhas e no máximo 20 linhas com o seguinte título: “A dimensão ético-
político da subjetividade e a prática do Psicólogo”.

A psicologia abarca uma multiplicidade de teorias que apresentam formas distintas


de tratar a subjetividade. A prática psicológica, por sua vez, parte dessas teorias
para produzir subjetividades diferentes. Segundo FREIRE (2003 p. 12), se cada
abordagem, escola ou sistema psicológico cria seu próprio objeto de estudo à sua
imagem e semelhança, devem-se levar em conta as diferenças de uma para a outra,
respeitando-as enquanto alteridade de discurso. A alteridade se faz presente na
psicologia tanto na diversidade das teorias que a compõe como nos diferentes
sujeitos que ela envolve, sejam psicólogos ou pacientes. Uma prática ético-política
da subjetividade precisa ter o seu compromisso firmado com o sujeito e em propiciar
suporte para a afirmação da sua diferença, e não na reafirmação do seu eu. Esta
prática também tem a dimensão política de possibilitar o encontro do sujeito com os
outros e suas diferenças, com a exterioridade que exige produção de diferença.
Estar a serviço do outro, sustentando sua produção de diferença, proporcionando
um lugar para encontrar e a sua diferença, estranheza, também é um modo de
ajudá-lo em sua busca de qualidade de vida, para si e para os outros.

Questão 3:(Valor 1,5)


Considere o trecho a seguir:

“O fato de sermos psicólogos define, aparentemente, como PSICOLÓGICAS as


demandas a que atendemos, enquanto que – sabemos disso muito bem – a Análise
Institucional tem um conteúdo quase exclusivamente POLÍTICO. (...) Se a análise
institucional não profissionaliza, este não é seu DEFEITO, mas seu EFEITO: ao exigir a
análise permanente da implicação do psicólogo na intervenção que efetua, provoca o
questionamento da ‘naturalidade’ tanto do seu lugar de perito quanto, até mesmo, de seu
suposto ‘objeto natural’ (...) (‘o psíquico’ ou ‘o indivíduo’)”.
Rodrigues, H. de B. C. & Souza, V. L. B. (2002). Análise institucional e a profissionalização do psicólogo.
In Saidon, O. &Kamkhagi, V. R. Análise institucional no Brasil. Rio de Janeiro: Rosa dos Ventos, pp.39-
40).

Com base no texto, discorra sobre como as autoras abordam a instituição formação-
profissional-psicólogo.

A perspectiva da análise institucional questiona a neutralidade do pesquisador e o


distanciamento em relação ao objeto de estudo. Esta crítica a política positiva da
pesquisa implica que o pesquisador instaure uma prática que dê voz ao
acontecimento político, ao experimento social. O profissional precisa romper com a
psicologia enquanto prática “normalizadora da sociedade” e questionar os
especialismos instituídos. A prática da análise institucional não se restringe às
instituições, aos estabelecimentos. O psicólogo precisa apostar que qualquer
acontecimento cotidiano possa servir para interrogações, conhecimento e invenção
macro-sociais. Neste sentido, o psicólogo deve estar atento para produzir formas de
provocar a análise em qualquer nível de intervenção.

Outro ponto importante da formação-profissional-psicólogo é a ênfase dada a


análise da implicação. A análise institucional compreende a análise dos vínculos
afetivos, profissionais e políticos com todo o sistema institucional. Neste sentido,
propõe que em todas as situações particulares, o sujeito se situe nas relações de
poder. A análise de implicação destitui o lugar privilegiado e inquestionável
concedido aos especialistas. O psicólogo precisa se posicionar implicado,
analisando o seu pertencimento institucional, pensando cotidianamente como as
suas intervenções estão sendo realizadas.

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