Novas relações entre servos e senhores feudais, como o contrato de arrendamento (empréstimo da terra por preço e tempo determinado), assim como, o uso do sistema trienal (rodízio de terras), novas áreas de plantio (com a derrubada de florestas e drenagens dos pântanos) e inovações tecnológicas, tal como, charrua (arado grande puxado por bois) e a ferradura, foram algumas das invenções responsáveis pelo aumento da população e pela queda da mortalidade por falta de alimentos. O aumento da produção agrícola impulsionou o comercio, redes de estradas interligavam Constantinopla com toda a Europa, criando rotas comerciais. Nos cruzamentos destas rotas, surgiram burgos (termo indicando cidade que se fortaleceu com as feiras comerciais, entreposto comercial). Com esse desenvolvimento surgiram as corporações de ofícios (guildas ou grêmios de profissionais), que defendiam os interesses dos artesãos, controlando fornecimento, qualidade e preço. Já as rotas marítimas eram controladas no sul por Gênova e Veneza e ao norte pela Liga Hanseática. Nos burgos surgiram comerciantes e artesãos independentes dos feudos, estes receberam a referencia de burguês. Com o fortalecimento dessas cidades, os burgueses lutaram contra a nobreza e o clero. Para livrar as cidades de sua ligação com os feudos, essas cidades independentes ficaram conhecidas como comunas.
A crise do feudalismo (séc. XIV - XV)
A mudança de alguns aspectos e o sistema feudal entrou em crise. A retomada da vida urbana, o crescimento do comércio, o surgimento da burguesia e o fortalecimento do poder real, desestruturaram o sistema feudal, que culminou com uma serie de acontecimentos para piorar a situação. No fim do século XIII com a alteração climática ocorrida pelo desmatamento e drenagens dos pântanos e a estagnação da expansão das terras plantadas, causaram uma escassez de alimentos. Famintos e desnutridos, os europeus sofreram com epidemias mortais como a "peste negra" (peste bubônica), transmitida pela pulga do rato, matando entorno de 25% a 35% da população na Europa. As guerras contra os pagãos (variante da palavra paganis, que significa camponês, rústico; mas normalmente usado para referir a tradições politeístas européias e não cristã), terminaram causando guerras internas, fortalecendo o poder real.