Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
e tardia intraparto;
Recém-nascido que teve necessidade de
1. INTRODUÇÃO:
ressuscitação.
RN estão mais propensos a desenvolver sepse
do que crianças mais velhas, pois seu sistema
4. PATOGÊNESE
imunológico ainda é imaturo
Sepse de início precoce é habitualmente
RNPT tem maior risco para a patologia
ocasionada por transmissão vertical de
Sepse precoce está associada com
bactérias do líquido amniótico contaminado ou
organismos adquiridos da mãe, via
durante o parto vaginal por bactérias do trato
placentária, via ascendente do colo uterino,
genital materno
adquirida, de uma infecção urinária materna
Corioamnionite aumenta a chance de sepse
ou, ainda, durante a passagem no canal do
neonatal
parto.
Sepse de início precoce é definida como o
Mais frequente na infecção precoce: EGB e E.
aparecimento de sintomas dentro dos
coli
primeiros dias de vida
Sepse de início precoce é definida como
2. EPIDEMIOLOGIA
infecção da corrente sanguínea em ≤ 72 horas
A incidência é menor em RNT, e é
de vida, embora, como referido anteriormente,
inversamente proporcional à idade gestacional
a maioria, 85%, manifeste-se nas primeiras 24
ao nascimento
horas de vida
Mais sepse em RNBP
A sepse de início tardio pode ser adquirida por
Infecção pelo EGB tem diminuído em razão da
infecção transversal materna, com
profilaxia intraparto
colonização neonatal e manifestação clínica
tardia, por transmissão horizontal com contato
3. FATORES DE RISCO
direto com trabalhadores (médicos,
o Fatores intrauterinos
enfermeiras, auxiliares de enfermagem,
Desnutrição materna e fetal; profissionais paramédicos, etc.) ou por
Abortos recorrentes; instrumentos e materiais contaminados das
Febre materna; unidades neonatais. Lesões de pele, cateteres
Ruptura prematura de membranas amnióticas vasculares, tubos endotraqueais, etc. são
> 18 horas; fontes de colonização e desenvolvimento de
Falta de prénatal ou pré-natal incompleto; infecções neonatais tardias
Mães com membranas íntegras mas que Fatores metabólicos, incluindo hipoxemia,
foram submetidas à cerclagem ou acidose metabólica, hipotermia, doenças
amniocentese; metabólicas herdadas, como galactosemia,
Mãe portadora de EGB sem profilaxia contribuem para maior risco de doença
intraparto ou profilaxia incompleta; infecciosa
Corioamnionite;
Taquicardia materna (> 100 bpm); 5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Taquicardia fetal (160 movimentos/min.). Alguns podem, inicialmente, apresentar
o Intraparto apenas uma estase gástrica, instabilidade da
Parto prolongado; temperatura, hipotermia, que é muito
líquido amniótico fétido. frequente nos prematuros, taquipneia, apneia.
o Infecção urinária materna Abaulamento de fontanela e convulsões
Mãe internada em UTI; podem ser manifestações clínicas em um
Febre materna; recém-nascido com sepse tardia.
Ruptura prematura de membranas. Hipoatividade e vômitos também são
o Fatores neonatais manifestações frequentes na suspeita de
Sexo masculino; sepse.
Índice de Apgar baixo; Queda da saturação de oxigênio, hipotensão
Prematuridade, principalmente muito baixo arterial, má perfusão e hipotonia
peso e extremo muito baixo peso; O médico deve sempre fazer uma boa história
Líquido amniótico tinto de mecônio; da evolução do trabalho de parto, do parto, dos
dados maternos e das condições de
nascimento.
Os exames laboratoriais contribuem para o
diagnóstico.
6. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
O isolamento de uma bactéria patogênica por
hemocultura é o único método que realmente
confirma o diagnóstico de sepse neonatal
Em torno de 10% são falso-negativos.
Portanto, a avaliação clínica e solicitação de
outros exames laboratoriais além do início do
tratamento empírico, tem sido uma rotina nos
centros de neonatologia.
O diagnóstico clínico é difícil, uma vez que não
existe um achado específico que caracterize
sepse e que muitas manifestações clínicas
sejam confundidas com outros problemas
clínicos.
Em razão da dificuldade do diagnóstico
exclusivamente clínico de sepse neonatal,
exames laboratoriais são utilizados no
diagnóstico clínico.
Na prática, um diagnóstico presuntivo de
sepse autoriza o médico iniciar uma terapia
antimicrobiana baseado nos sintomas e sinais,
tempo de evolução, fatores de risco materno e
neonatal, situação de mãe portadora de EGB,
ruptura prolongada de membranas e até
mesmo mãe que recebeu antibiótico intraparto
adequadamente, caso haja indicação.
Profissionais devem valorizar mães que
tiveram no pré-natal cultura para EGB negativa
e recém-nascidos de termo que
desenvolveram manifestação clínica de sepse
precoce por essa bactéria
O prognóstico de sepse é ruim e a malícia
clínica deve ser aguçada em razão das
sequelas, assim como maior mortalidade
A suspeita de sepse por EGB deve ser
levantada em qualquer recém-nascido cuja
mãe realizou ou não pré-natal, em mães com
corioamnionite (comprovada ou suspeita) e
recém-nascidos cujas mães tinham indicação
para profilaxia de antibiótico intraparto.