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Batista
do
Nascimento
Para
Que
Todos
Sejam
UM
Para Que Todos
Sejam UM
Um Estudo Sobre Unidade e
Diversidade
... a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu
em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu
me enviaste. Jesus Cristo (João 17.21)
Introdução
O presente texto nasceu de algumas palestras que ministrei em
um retiro em Caldas Novas-GO., nos dias 15 e 16 de novembro
de 1996, com a participação das mocidades presbiterianas de Vila
Formosa, Anápolis-GO., e Gama-DF.
Fui convidado a abordar a temática da unidade e da diversi-
dade, tendo em vista a necessidade específica da Igreja de Anápolis,
que estava recuperando-se de uma dolorosa divisão. Naqueles dias
pude, junto com aqueles jovens, aprofundar alguns conceitos e
levantar algumas questões, sempre buscando entender o que a
Bíblia tem a dizer sobre o assunto. E o resultado foi edificante,
graças a Deus.
Depois daquele acampamento, participando da equipe pas-
toral da Igreja Presbiteriana Central do Gama, pude perceber o
quanto precisamos praticar a Unidade e respeitar a Diversidade.
Uma vida em contato com as outras pessoas, e com nós mesmos,
torna imperativa a compreensão e a vivência dessa dinâmica da
união e da aceitação, do Uno e do Múltiplo dentro do Corpo de
Cristo.
Admito que o assunto me apaixona. O amigos já sabem que
a eclesiologia é minha disciplina preferida. Por isso meu ânimo
(talvez presunção adolescente) de publicar estes escritos, numa
forma muito parecida com as palestras originais. Nada muito
extenso ou polido; nada selado com o imprimatur da infalibili-
dade. Tudo questionável à luz das Escrituras. Desta forma, escrevo
não apenas para compartilhar letras, mas para aprender com a
correção dos irmãos. E, quem sabe, para ajudar alguém. Quem eu
não sei. Mas Deus, às vezes usa galhos secos e tortos para produzir
calor e luz. Espero que assim seja com este livreto.
Sou grato aos irmãos de Anápolis, que, de certo modo, foram
os fomentadores destas reflexões. Agradeço também à Mirian,
Carol e Bruna, minha família, por compreenderem minha neces-
sidade de usar tanto tempo escrevendo, e por me amarem assim
mesmo.
O que escrevi, escrevi (Jo 19.22).
Misael Batista do Nascimento
Abril de 1998
3
01
O Propósito de Deus para a Igreja
02
Criação e Diversidade
04
A Unidade e a Obra de Cristo
05
Diferenças e Missão
06
O Esforço Prático Pela Unidade
Vimos até agora quais são as bases para a diversidade e uni-
dade. Meu objetivo agora é que observemos o modo prático de
funcionamento das mesmas. Faremos isso adentrando em Efésios
4, observando alguns princípios gerais e logo depois alguns prin-
cípios específicos.
A primeira coisa a afirmar é que unidade já foi plenamente efeti-
vada através da obra de Deus em nosso benefício. Os vv. 1-6 falam
da unidade da fé, alertando para um fato: fomos profundamente
unidos através do chamado de Deus (a “vocação a que fostes
chamados” – v.1). Ao atendermos tal chamado, fomos mesclados
com o restante do Corpo de Cristo numa unidade indissolúvel
(vv. 4-6). Nesse sentido não precisamos fazer mais nada. Foi o
Espírito Santo que nos uniu de forma poderosa ao Corpo místico
do Senhor, para a glória de Deus. Nenhum cristão, em nenhum
lugar, precisa esforçar-se por produzir a unidade.
Outro ensino precioso do texto é este: devemos agir, andando
de “modo digno da vocação” a que fomos chamados (v.1). Tal
unidade espiritual precisa ser preservada com esforço (a palavra no
original é spoudazontez – lit. “fazer todo o esforço possível”,
usada também em Gl 2.10; 1 Ts 2.17; 2 Tm 2.15; Hb 4.11; 2 Pe
1.10, 15, 3.14 – Ginghich & Danker, 1984: 191-192). A Bíblia
Ecumênica traduz bem o versículo 3: “Aplicai-vos a guardar a uni-
dade do espírito pelo vínculo da paz”. Phillips traduz: “Tenham
como propósito ser um só no Espírito, e vocês estarão ligados uns
aos outros em paz” (Phillips, 1994: 114).
18 O esforço exigido denota um objetivo a ser perseguido pelos
cristãos, com muita vontade, firmeza e trabalho. A unidade é
espiritual mas não deve ser espiritualizada. Pelo contrário, precisa
manifestar-se de modo concreto, visível, palpável, e isso só se con-
segue quando agimos mediante uma forte motivação que alavanca
os músculos de nossa vontade obediente. Nossa motivação é a glória
de Deus. Nosso desejo deve ser andar de acordo com a vontade
desse Deus magnífico que nos alcançou e nos salvou mediante
Jesus Cristo. Daí nosso desejo de sermos fiéis, e lutarmos corajo-
samente, contra nós mesmos e o inimigo, de modo que a unidade
conquistada por Cristo seja revelada no universo, através da Igreja
(3:10).
19
07
Unidade e santidade
08
Alguns Obstáculos
Bibliografia
Brand, Paul e Yancey, Philip. (1989). As maravilhas do corpo: A
Igreja refletida no corpo humano. São Paulo:Vida Nova.
Ginchich, F. Wilbur e Danker, Frederick W. (1984). Léxico do
N.T. Grego/Português. São Paulo: Vida Nova.
Goleman, Daniel. (1995). Inteligência Emocional. Rio de Janeiro:
Objetiva,.
Hendriksen, William. (1992). Efésios: Série Comentário do Novo
Testamento. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana.
Phillips, J. B. (1994). Cartas para hoje. São Paulo: Vida Nova.
Rienecker, Fritz e Rogers, Cleon. (1985). Chave linguística do
Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova.