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SABE – Sistema Aberto de Educação

Av. Cel. José Alves, 256 - Vila Pinto


Varginha - MG - 37010-540
Tele: (35) 3219-5204 - Fax - (35) 3219-5223

Instituição Credenciada pelo MEC – Portaria 4.385/05


Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS/MG
Unidade de Gestão da Educação a Distância – GEaD

Mantida pela
Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas - FEPESMIG

Varginha/MG

1
Guia de Estudo – FÍSICA II
532
R696g RODRIGUES, Adriano
Guia de Estudo – FÍSICA II. Unid. 1-2 –
Adriano Rodrigues. Varginha: GEaD-UNIS/MG,
2007.
53p.

1. Mecânica de Fluidos . 2. Ondas 3.


Oscilações I. Título.

Atualizado e Revisado em junho/2008

2
Guia de Estudo – FÍSICA II
REITOR
Prof. Ms. Stefano Barra Gazzola

GESTOR
Prof. Ms. Tomás Dias Sant’ Ana

Supervisor Técnico
Prof. Ms. Wanderson Gomes de Souza

Coord. do Núcleo de Recursos Tecnológicos


Profª. Simone de Paula Teodoro Moreira

Coord. do Núcleo de Desenvolvimento Pedagógico


Profª. Vera Lúcia Oliveira Pereira

Revisão ortográfica / gramatical


Profª. Maria José Dias Lopes Grandchamp

Design/diagramação
Prof. César dos Santos Pereira

Equipe de Tecnologia Educacional


Profª. Débora Cristina Francisco Barbosa
Jacqueline Aparecida da Silva
Prof. Lázaro Eduardo da Silva

Autor
ADRIANO RODRIGUES

Licenciado em Matemática pela Universidade Vale do Rio Verde – UNINCOR no ano de


1996. Licenciado em Física pelo Centro Universitário de Formiga – UNIFOR-MG no ano de
1998. Especialista em Ensino de Matemática de 1º e 2º Graus pela Universidade Federal de
Juiz de Fora – UFJF no ano de 1999. Mestre em Matemática e Estatística pela
Universidade Vale do Rio Verde – UNINCOR no ano de 2006. Doutorando em Estatística e
Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras – UFLA atualmente.

3
Guia de Estudo – FÍSICA II
TABELA DE ÍCONES
REALIZE. Determina a existência de atividade a ser realizada.
Este ícone indica que há um exercício, uma tarefa ou uma prática
para ser realizada. Fique atento a ele.

PESQUISE. Indica a exigência de pesquisa a ser realizada na


busca por mais informação.

PENSE. Indica que você deve refletir sobre o assunto abordado


para responder a um questionamento.

CONCLUSÃO. Todas as conclusões, sejam de idéias, partes ou


unidades do curso virão precedidas desse ícone.
IMPORTANTE. Aponta uma observação significativa. Pode ser
encarado como um sinal de alerta que o orienta para prestar
atenção à informação indicada.
HIPERLINK. Indica um link (ligação), seja ele para outra página
do módulo impresso ou endereço de Internet.
EXEMPLO. Esse ícone será usado sempre que houver
necessidade de exemplificar um caso, uma situação ou conceito
que está sendo descrito ou estudado.

SUGESTÃO DE LEITURA. Indica textos de referência utilizados


no curso e também faz sugestões para leitura complementar.

APLICAÇÃO PROFISSIONAL. Indica uma aplicação prática de


uso profissional ligada ao que está sendo estudado.

CHECKLIST ou PROCEDIMENTO. Indica um conjunto de ações


para fins de verificação de uma rotina ou um procedimento
(passo a passo) para a realização de uma tarefa.
SAIBA MAIS. Apresenta informações adicionais sobre o tema
abordado de forma a possibilitar a obtenção de novas
informações ao que já foi referenciado.
REVENDO. Indica a necessidade de rever conceitos estudados
anteriormente.

4
Guia de Estudo – FÍSICA II
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 7
EMENTA ..................................................................................................................... 8
AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9

UNIDADE 1: OSCILAÇÕES ..................................................................................... 10


OBJETIVOS.............................................................................................................. 10
OSCILAÇÕES .......................................................................................................... 10
Período e freqüência................................................................................................. 12
O pêndulo simples .................................................................................................... 16
Energia no MHS ....................................................................................................... 18
Movimento Harmônico Amortecido ........................................................................... 20
Ressonância ............................................................................................................. 22

UNIDADE 2: ONDAS ............................................................................................... 25


OBJETIVOS.............................................................................................................. 25
ONDAS MECÂNICAS UNIDIMENSIONAIS.............................................................. 25
Diferença de Fase .................................................................................................... 25
Ondas Transversais .................................................................................................. 26
Polarização de uma Onda Transversal ..................................................................... 27
Ondas Longitudinais ................................................................................................. 27
ELEMENTOS DE UMA ONDA ................................................................................. 29
Equação da Onda ..................................................................................................... 30
Princípio de Superposição ........................................................................................ 32
Ondas Estacionárias ................................................................................................. 33
SOM E ACÚSTICA ................................................................................................... 35
Velocidade das Ondas Sonoras ............................................................................... 36
ONDAS SONORAS HARMÔNICAS ......................................................................... 37
ONDAS EM TRÊS DIMENSÕES – INTENSIDADE .................................................. 39

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Guia de Estudo – FÍSICA II
INTENSIDADE SONORA E NÍVEL DE INTENSIDADE ........................................... 40
REFLEXÃO, REFRAÇÃO E DIFRAÇÃO .................................................................. 43
EFEITO DOPPLER ................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 56

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Guia de Estudo – FÍSICA II
APRESENTAÇÃO

Caro (a) aluno (a),

A disciplina Física II abordará temas relevantes para o seu processo de


formação tais como Oscilações, Ondas, Acústica, Hidrostática e Termodinâmica.
Estes assuntos serão tratados de uma forma bastante didática, procurando sempre
relacioná-los ao nosso cotidiano.
Este Guia de Estudos apresenta textos cuidadosamente selecionados, bem
como exemplos de aplicação e exercícios para fixação, proporcionando uma auto-
aprendizagem complementada por atividades e discussões propostas no Ambiente
Virtual de Aprendizagem.
Após ler a teoria e estudar os exemplos apresentados, sugerimos que realize
as atividades propostas, sempre recorrendo à ajuda do professor quando
necessário.
Desde já, desejamos sucesso, não só nesta disciplina, mas em todo o curso.

Um grande abraço,

Profº. Ms. Adriano Rodrigues e Equipe GEaD – Unidade de Gestão em Educação a


Distância-UNIS/MG

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Guia de Estudo – FÍSICA II
EMENTA

A ementa desta disciplina é a seguinte:


 Oscilações: Movimento Periódico, Movimento Harmônico Simples e Pêndulos;
 Ondas: Ondas Mecânicas, Interferência, Modos Normais, Som e Audição;
 Mecânica dos Fluidos: Densidade, Pressão, Princípio de Arquimedes e
Princípio de Pascal;
 Termodinâmica: Temperatura e a Lei Zero, Escalas de Temperatura,
Dilatação Térmica, Calor e Primeira Lei da Termodinâmica, Teoria Cinética
dos Gases, Gases Ideais, Expansões Térmicas, Entropia e Segunda Lei da
Termodinâmica, Máquinas Térmicas;
 Gravitação (Opcional).

AVALIAÇÃO

Você será avaliado no decorrer do curso por meio de atividades e provas que
ocorrerão da seguinte forma:
 Avaliação a Distância: (Etapa I)
Serão 45 (quarenta e cinco) pontos distribuídos para a produção e a interação
através do Ambiente Virtual de Aprendizagem. Essa produção e essa interação
envolverão análise e aplicação de conhecimentos mostrados através das
participações nas atividades previstas no Fórum, Chat, Portfólio e auto-avaliação.

 Avaliação Presencial: (Etapa 2)

Totalizará 55 (cinqüenta e cinco) pontos. Será realizada de acordo com o


calendário divulgado e exigirá a aplicação prática do conteúdo trabalhado durante o
desenvolvimento da disciplina.

8
Guia de Estudo – FÍSICA II
INTRODUÇÃO

O objetivo principal desta disciplina é desenvolver o senso crítico, de modo a


colaborar para uma formação científica adequada aos professores que lecionarão
Física para a educação básica.

Neste guia de estudos, abordaremos inicialmente, nas Unidades 1 e 2, os


fenômenos oscilatórios, abordando temas como movimento harmônico simples,
pêndulos simples, as ondas e fenômenos ondulatórios e a acústica.

Posteriormente, na Unidade 3, trataremos da Mecânica dos Fluidos,


estudando tópicos como densidade, pressão, Teoremas de Pascal e de Arquimedes.
Finalmente na Unidade 4 estudaremos a Termodinâmica e Máquinas Térmicas. A
Gravitação Universal é colocada como um tópico especial.

Desejamos que você aproveite o máximo desta disciplina e, desde já,


colocamo-nos à disposição para facilitar sua aprendizagem.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
UNIDADE 1: OSCILAÇÕES

OBJETIVOS

 Entender os movimentos periódicos, procurando relacioná-los com fatos do


cotidiano;
 Aplicar corretamente as equações dos movimentos periódicos para resolver
situações-problema.

A palavra física tem sua origem no termo grego physiké, que


significa “natureza”. Quando nos referimos a este termo, temos
que pensar na palavra episteme, também de origem grega,
significando “conhecimento”. Portanto, podemos definir Física
como a ciência que estuda a natureza.

OSCILAÇÕES

Qualquer movimento que se repete em intervalos de tempos iguais constitui


um movimento periódico. Como exemplos de movimentos periódicos temos:

a) pêndulo simples;
b) um corpo preso a uma mola oscilante;
c) uma corda de violino;
d) um pistão no cilindro de uma máquina, etc.

Se a partícula em movimento periódico se movimenta para diante e para trás,


na mesma trajetória, seu movimento é denominado oscilatório ou vibratório.
Muitos corpos oscilantes não se movem para diante e para trás entre limites
precisamente definidos devido às forças de atrito que dissipam a energia do
movimento, como, por exemplo, o movimento de um pêndulo que logo deixa de
balançar. Como será visto, o movimento periódico de uma partícula pode ser
expresso em função de senos e co-senos, razão pela qual ele é denominado
também movimento harmônico, uma vez que estas funções são chamadas de
funções harmônicas.

10
Guia de Estudo – FÍSICA II
Um sistema típico que exibe movimento harmônico simples é o constituído
por um corpo preso a uma mola, como ilustrado na figura seguinte:

Nesta figura, o corpo está ligado a uma mola sobre uma superfície sem atrito.
O deslocamento x é medido em relação à posição de equilíbrio. O deslocamento
pode ser positivo ou negativo, conforme a mola seja esticada ou comprimida em
relação ao seu comprimento natural.
No equilíbrio, a força da mola sobre o corpo é nula. Quando o corpo for
deslocado x em relação à posição de equilíbrio, a mola exerce uma força  Kx ,
conforme a lei de Hooke:
F   Kx (1)
O sinal negativo na lei de Hooke é devido ao fato de a força ser sempre
dirigida em oposição à direção do deslocamento.
Combinando a equação (1) com a 2ª Lei de Newton, temos:

d 2x
Fx   Kx  ma  m
dt
ou
d 2x K
a    x (2) .
m
2
dt
A aceleração é proporcional ao deslocamento e tem direção oposta a este
deslocamento.

Condição do movimento harmônico simples


Sempre que a aceleração de um corpo for proporcional ao
deslocamento e tiver direção oposta ao deslocamento, o corpo se
move em movimento harmônico simples.

Não apenas os sistemas mecânicos podem oscilar. As ondas de rádio, as


microondas e a luz visível resultam de campos elétricos e magnéticos oscilantes.

11
Guia de Estudo – FÍSICA II
Período e freqüência

Se deslocarmos um corpo de sua posição de equilíbrio e o libertamos depois,


o corpo oscila em torno da posição de equilíbrio. O período T de um movimento
harmônico é o tempo necessário para que a partícula móvel percorra uma vez a
trajetória fechada, isto é, para completar uma oscilação ou ciclo. A unidade de
período no SI (Sistema Internacional) é o segundo (s).
A freqüência f do movimento é o número de oscilações (ou ciclos) realizadas
por unidade de tempo. Ela é igual, portanto, ao inverso do período, isto é

1
f  (3)
T

A unidade de freqüência no SI é o hertz (símbolo Hz), ou ciclos/s.

Pode-se registrar, experimentalmente, o deslocamento x de um corpo


oscilante em função do tempo t , obtendo-se uma curva senoidal, como na figura a
seguir:

A equação desta curva é


x  A cos(t   )

O deslocamento máximo em relação ao equilíbrio é a amplitude A. O


argumento da função co-seno é a fase do movimento, t   , e a constante  é a
constante de fase. Durante um ciclo completo do movimento, a fase aumenta de
2 . No final do ciclo, o corpo está na posição original e tem a mesma velocidade
que tinha ao iniciar o ciclo. Podemos determinar o período T pelo fato de a fase, no
instante t  T , ser exatamente igual a 2 mais a fase no instante t, obtendo:

2 (4)
T

12
Guia de Estudo – FÍSICA II
Pela equação (3), obtemos a freqüência:

1 
f  
T 2
(5)

A constante   2f é a freqüência angular. Sua unidade é radiano por


segundo.
A constante de fase  depende da origem dos tempos t  0 . Se escolhermos
t  0 quando x  a , a constante de fase é nula e x  A cost . Fazendo t  0 na
equação (4) encontramos a expressão para a posição inicial

x0  A cos  (7 )
A primeira derivada de x em relação ao tempo dá a velocidade v:

dx
v   A .sen(t   )
dt (8)

Derivando a velocidade (equação 8) em relação ao tempo, consegue-se a


aceleração do corpo:

dv d 2 x
a  2   2 A cos(t   )
dt dt
que é equivalente a

a   2x
(9)

13
Guia de Estudo – FÍSICA II
A freqüência e o período de um corpo oscilando, preso a uma mola, estão,
então, relacionados à constante da mola K e à massa de m por

 1 K
f   (10)
2 2 m

1 m
T  2
f K
(11)

Por este resultado, podemos ver que, quando K for grande, como é o caso
com uma mola rígida, a freqüência será grande. Analogamente, se a massa do
corpo oscilante for grande, a freqüência será pequena.

 
Uma partícula tem o deslocamento x dado por x  0,3 cos 2t   ,
 6
onde x está em metros e t em segundos.
(a) Qual a freqüência, o período, a amplitude, a freqüência angular
e a constante de fase do movimento?
(b) Onde está a partícula em t  1s ?
(c) Achar a velocidade e a aceleração em qualquer instante.
(d) Achar a posição inicial e a velocidade inicial da partícula

Solução:
(a) Ao comparar esta equação com a equação (4) , vemos que a amplitude é

A  0,3m , a freqüência angular é   2rad / s e a constante de fase é   rad .
6
 2 1
A freqüência será f    0,318Hz . O período é T   3,14s .
2 2.3,14 f

(b) Em t  1s , a posição da partícula é


 
x  0,3 cos 2(1)    0,245m .
 6

14
Guia de Estudo – FÍSICA II
(c) A velocidade se obtém por

dx    d (2t )  
v  0,3sen 2t    0,6sen 2t   .
dt  6  dt  6

Para obter a aceleração, basta derivar outra vez

dv    d (2t )  
a  0,6 cos 2t    1,2 cos 2t   .
dt  6  dt  6

(d) Para encontrarmos a posição inicial e a velocidade inicial da partícula, basta


fazer t = 0 nas expressões de x e de v. Assim,


x0  0,3 cos  0,260m e
6

v0  0,6sen  0,300m / s .
6

Um bloco de massa 0,1kg, fixo a uma mola, realiza MHS em


torno da posição O, na ausência de forças dissipativas.
Determine o período de oscilação, considerando K = 10N/m.

Solução:
m
O período de oscilação é dado por T  2 , portanto,
K
0,1 1 
T  2  2 .  T s.
10 10 5

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Guia de Estudo – FÍSICA II
O pêndulo simples

O pêndulo simples consiste de uma partícula de


massa m suspensa por um fio sem massa e inextensível
de comprimento L. Afastada da posição de equilíbrio,
sobre a linha vertical que passa pelo ponto de suspensão,
e abandonada, a partícula oscila. Para pequenas
amplitudes, a partícula descreve um MHS.
Ignorando a resistência do ar, as forças que atuam
sobre a partícula são a força peso, exercida pela Terra, e a
tensão, exercida pelo fio (ver figura). Na direção do
movimento atua a componente do peso cujo módulo vale
mg sen .
A partícula do pêndulo descreve um arco de
circunferência. Mas, se a amplitude do movimento é muito
menor que o comprimento do fio, ou seja, se o ângulo  é
pequeno, podemos aproximar o arco por um segmento de
reta horizontal sobre o qual fixamos o eixo X, com origem
O onde a vertical tirada do ponto de suspensão do pêndulo
corta esse eixo. Então, fazendo sen   x/L, o módulo da força resultante sobre a
partícula fica:

 mg 
F ( x)     x.
 L 

O sinal negativo aparece porque a força resultante aponta na mesma direção


que aquela escolhida como positiva para o eixo X quando a elongação é negativa e
na direção oposta quando a elongação é positiva.
Podemos ver que, no caso de ângulos suficientemente pequenos para que a
aproximação sen   seja válida, a aceleração é proporcional ao deslocamento.
Então, o movimento do pêndulo é aproximadamente harmônico simples quando os
deslocamentos forem pequenos.
Por outro lado, o módulo da força que atua sobre a partícula em MHS é dado
genericamente por F =  Cx com C = m2, de modo que o período fica dado pela
2
fórmula T  . Comparando esta expressão para a força com aquela obtida para o

mg g
pêndulo simples, temos C  e daí,  2  e:
L L

16
Guia de Estudo – FÍSICA II
L
T  2
g
Observe que o período é independente da massa suspensa.

Um pêndulo simples de comprimento 10 cm realiza um MHS num


local onde g = 10m/s2. Qual é:
a) o período dessa oscilação?
b) o período de oscilação se ele for levado para um local onde a
gravidade é o quádruplo da terrestre.

Solução:
(a) Sendo L = 10 cm = 0,1m e g = 10 m/s2, da expressão do período do pêndulo
simples temos que:
L 0,1 1 
T  2  2  2 .  T  s.
g 10 10 5

(b) Sendo g’ = 4g, temos g’ = 40 m/s2. A expressão do novo período é dada por:
L 0,1 1 
T '  2  2  2 .  T ' s .
g' 40 20 10

Com o uso de um pêndulo simples, podemos determinar o valor da


aceleração gravitacional local. Tomando um pêndulo simples de 1 m
de comprimento, por exemplo, e medindo o tempo t levado para que
ele complete 10 oscilações, temos:
g  L 2  / T   (1m) 20  /  t   3.948 m /(  t )2 .
2 2

e se t = 20 s, por exemplo, vem:

g  3.948 m /(20 s)2  9,87 m / s2 .

17
Guia de Estudo – FÍSICA II
Um modo de aumentar a precisão do experimento é
aumentar o número de oscilações para a medida do tempo t, de
modo que qualquer imprecisão nesta medida tenha seu efeito no
cálculo de g reduzido na mesma proporção.

Além do pêndulo simples, que estudamos detalhadamente,


existem ainda outros tipos de pêndulo, como o Pêndulo Físico, o
Pêndulo de Torção e o Pêndulo Cônico. Faça uma pesquisa
sobre esses pêndulos, usando, para isso, a bibliografia de
referência no final do guia.

Energia no MHS

Para estudar a energia do oscilador harmônico, vamos tomar como exemplo o


sistema corpo-mola. A energia cinética do sistema está no corpo de massa m. A
mola não tem energia cinética porque é uma mola ideal, isto é, além de obedecer à
lei de Hooke, tem massa nula. Por outro lado, tomando o nível de referência para a
energia potencial gravitacional na altura do centro de gravidade do corpo de massa
m, a energia potencial gravitacional do sistema é nula. Mas existe uma energia
potencial elástica, associada e localizada na mola. Levando em conta que a energia
potencial elástica é dada por EP = ½ kx2 e que, para um oscilador harmônico, x (t) =
A cos t, temos:

EP  21 kA 2 cos2 t ,

e levando em conta que EC = ½ mv2, que, para um oscilador harmônico, v (t) =  A


sen t, e que para o sistema corpo-mola k = m2, temos:

EC  21 kA 2 sen2 t .

E como sen2 t + cos2 t = 1, a energia (mecânica) total do sistema corpo-


mola, E = EP + EC, fica:

E  21 kA 2 .

18
Guia de Estudo – FÍSICA II
Observe que a energia total não
depende do tempo, ou seja, é constante. A
figura a seguir mostra os gráficos de EP, EC e
E em função de t, para um intervalo de tempo
correspondente a um período do movimento. A
partir daí, os gráficos se repetem
periodicamente.

A figura ao lado mostra algumas configurações do


sistema. As linhas verticais são para referência: linha 1,
mola comprimida e corpo parado, linha 2, mola com seu
comprimento de equilíbrio e corpo com velocidade máxima
e linha 3, mola distendida e corpo parado. As flechas
indicam o módulo e o sentido da velocidade nas
configurações correspondentes.
Em t = 0 (configuração A), o sistema se encontra na
configuração correspondente à mola comprimida com uma
elongação x =  A e o corpo parado:

E  EP  21 kA 2 e EC  0 .

Então (configuração B), o corpo é acelerado pela força que a mola exerce
sobre ele, a energia potencial da mola diminui enquanto que a energia cinética do
corpo aumenta. Em t = /2 (configuração C), o sistema alcança a configuração em
que a mola tem elongação nula e a velocidade do corpo é máxima:

EP  0 e E  EC  21 kA 2 .

Assim (configuração D), o corpo é desacelerado pela força que a mola exerce
sobre ele, sua energia cinética diminui enquanto que a energia potencial da mola
aumenta. Em t = / (configuração E), o sistema alcança a configuração em que a
elongação da mola vale x = A e o corpo está parado:

E  EP  21 kA 2 e EC  0 .

19
Guia de Estudo – FÍSICA II
De t = / até t = 2/ = T (configurações F, G, H e A), o movimento se repete
com o corpo se deslocando em sentido contrário. Em t = 2/ = T, o sistema alcança
a mesma configuração que em t = 0. Daí por diante, o movimento se repete
periódica e indefinidamente.
Se existe atrito no sistema, uma parte da energia total é dissipada a cada
oscilação e o movimento do corpo é amortecido. Para que o movimento não seja
amortecido, isto é, para que a energia mecânica seja constante, deve então existir
uma fonte externa que forneça energia para o sistema.
Para o pêndulo simples, a discussão é completamente análoga e,
escolhendo-se o nível de referência para a energia potencial gravitacional na altura
em que se encontra a partícula que faz parte do pêndulo simples quando este se
encontra na vertical, a discussão se torna idêntica. Assim, por exemplo, na
configuração em que x =  A, a energia cinética da partícula é nula e a energia
potencial gravitacional do sistema partícula-Terra é máxima e igual à energia total;
na configuração em que x = 0, a energia cinética da partícula é máxima e igual à
energia total e a energia potencial gravitacional do sistema partícula-Terra é nula; e
na configuração em que x = A, a energia cinética da partícula é nula e a energia
potencial gravitacional do sistema partícula-Terra é máxima e igual à energia total.
Nas configurações intermediárias, a partícula está acelerada ou desacelerada,
conforme o caso, tendo então energia cinética não nula e diferente da energia total,
de modo que o sistema partícula-Terra tem certa energia potencial também não
nula.
No sistema corpo-mola, a energia cinética, quando existe, está localizada no
corpo, e a energia potencial (elástica), quando existe, está localizada na mola. No
pêndulo simples, a energia cinética, quando existe, está localizada na partícula que
faz parte do pêndulo, mas a energia potencial está distribuída entre as partes que
constituem o sistema partícula-Terra, já que depende da massa da partícula, da
massa da Terra e da distância relativa entre elas.

Movimento Harmônico Amortecido

Até agora supusemos que nenhuma força de atrito atuasse no oscilador. Se


tal suposição fosse completamente certa, um pêndulo ou um peso em uma mola
oscilariam indefinidamente. Em realidade, a amplitude da oscilação, devido ao atrito,
decresce gradualmente até anular-se. O movimento diz-se amortecido por atrito e
denomina-se movimento harmônico amortecido. Freqüentemente, o atrito provém
da resistência do ar ou de forças internas. O módulo da força de atrito usualmente
depende da velocidade; em muitos casos de interesse ela é proporcional à
velocidade do corpo, embora de sentido oposto.
Um exemplo de oscilador amortecido está mostrado na figura a seguir. Um
disco é ligado à massa m e mergulhado em um fluido que exerce nele a força
dx
amortecedora  b . A força restauradora elástica é  kx .
dt

20
Guia de Estudo – FÍSICA II
Outro exemplo típico dessa situação é a porta dos saloons dos filmes de
bang-bang. Quando alguém passa pela porta ela inicia a oscilação com uma grande
amplitude, que vai diminuindo com o tempo.
A equação de movimento do oscilador harmônico simples amortecido obtém-
se aplicando a segunda lei do movimento, F  ma , em que F é a resultante da força
dx
restauradora  kx e da força amortecedora  b , sendo b uma constante positiva.
dt
Obtem-se F  ma , ou
dx d 2x
 kx  b m 2
dt dt
ou ainda,
d 2x dx
m 2  b  kx  0
dt dt

Se b for pequeno, a solução dessa equação diferencial (dada sem prova) é a


seguinte:
 bt

x  Ae 2m
cos( ' t   ) , (I)
sendo
2
k  b 
 '  2v'    (II)
m  2m 
Na figura a seguir, representa-se o deslocamento x como função do tempo t ,
para um movimento oscilatório de pequeno amortecimento.

21
Guia de Estudo – FÍSICA II
A interpretação dessa solução é a seguinte. Em primeiro lugar, a freqüência é
menor e o período maior quando existe atrito, que diminui o movimento, como era de
k
se esperar. Se não houvesse atrito, b seria nulo e  ' igualaria ou  , a
m
freqüência angular do movimento não amortecido. Existindo atrito,  ' é menor que
.
Em segundo lugar, a amplitude do movimento decresce gradualmente, até
1
anular-se. O intervalo de tempo durante o qual a amplitude reduz-se a de seu
e
 bt
valor inicial denomina-se vida média da oscilação. O fator de amplitude é Ae , 2m

2m
portanto,   . Mais ainda, se não houvesse atrito, b seria nulo e a amplitude
b
teria o valor constante A ; a vida média seria infinita.
Se a força de atrito for suficientemente grande, b aumenta a ponto de a
equação (I) não ser mais solução da equação de movimento. O movimento deixará
então de ser periódico; o corpo simplesmente retorna à sua posição de equilíbrio,
quando largado na posição de deslocamento inicial A.
No movimento harmônico amortecido a energia do oscilador é gradualmente
dissipada pelo atrito, anulando-se com o tempo.

Ressonância

Quando a freqüência com que um agente externo perturba um corpo é igual à


freqüência própria (ou uma das freqüências próprias) de vibração ou de oscilação do
corpo, este passa a oscilar com amplitude cada vez maior. Este fenômeno é o que
se chama de ressonância. Se o agente externo perturba continuamente o corpo com
o qual está em ressonância, a amplitude das vibrações ou oscilações pode ficar
extraordinariamente grande a ponto de destruir o corpo, desde que as forças de
resistência ou de dissipação sejam pequenas. Além disso, o fluxo de energia do
agente externo para o corpo é máximo quando eles estão em ressonância.

22
Guia de Estudo – FÍSICA II
Um exemplo de ressonância mais ligado ao cotidiano é aquele de uma
criança andando de balanço. Ao andar de balanço, a criança encolhe as pernas
quando ela e o balanço se movem para trás e estica-as, quando ela e o balanço se
movem para frente. Se a freqüência do movimento das pernas da criança é igual à
freqüência própria do pêndulo constituído por ela e o balanço, a amplitude das
oscilações aumenta cada vez mais.

Outro exemplo de ressonância é a ponte de Tacoma Narrows (figura abaixo).


Em 1º de julho de 1940 a ponte em Puget Sound, em Washington, foi completada e
entregue ao tráfego. Exatamente quatro meses depois, uma brisa suave fez a ponte
oscilar até que o vão principal rompeu-se, soltando-se dos cabos e caindo na água.
O vento produzira uma força resultante que flutuava com a freqüência natural da
estrutura, que entrou em ressonância. Houve um aumento contínuo de amplitude,
até que a ponte foi destruída. Muitas outras pontes, posteriormente, tiveram de ser
reprojetadas, a fim de se tornarem aerodinamicamente estáveis.

1. Por que em algumas máquinas usam-se dispositivos


amortecedores? Dar um exemplo.
2. Dar alguns exemplos de fenômenos comuns em que a
ressonância desempenha papel importante.

Um corpo de 3kg está preso numa mola que oscila com amplitude
de 4cm e o período de 2s.
(a) Qual a energia total?
(b) Qual a velocidade escalar máxima do corpo?

23
Guia de Estudo – FÍSICA II
Solução:
(a) A constante da mola K está relacionada ao período por
m (2 ) 2 m
T  2 , de modo que K  . Assim,
K T2
(4 2 )(3kg)
K  29,6 N / m .
4s 2

A energia total é, portanto


1 1
Etotal  KA2  (29,6)(0,04) 2
2 2
 Etotal  2,37 x102 J .

(b) Vamos usar a energia total para achar a velocidade máxima. Quando a
velocidade for máxima, a energia potencial é nula e a energia total é a energia
cinética:
1 2
Etotal  mv max
2
1
2,37 x10 2  .3.v 2 max  v  0,126m / s .
2

Caro (a) aluno (a), neste momento, é hora de realizar atividades sobre
esta unidade. As atividades serão colocadas no ambiente pelo professor,
devendo, você, realizá-las e publicá-las.

24
Guia de Estudo – FÍSICA II
UNIDADE 2: ONDAS

OBJETIVOS

 reconhecer os movimentos ondulatórios como periódicos;


 aplicar as equações da ondulatória;
 identificar os fenômenos ondulatórios;
 entender a acústica e ondas sonoras para resolver problemas aplicados.

ONDAS MECÂNICAS UNIDIMENSIONAIS

Onda mecânica é um distúrbio que se propaga através de um meio elástico.


Não existe transporte de matéria, e sim de energia pela onda. Se cada ponto do
meio elástico executa um MHS, a onda é dita harmônica.

Diferença de Fase

Para discutir o conceito de diferença de fase, consideremos duas partículas, A


e B, com movimentos circulares uniformes idênticos. Em t = 0, a partícula A ocupava
a posição Po (Figura). As partículas estão separadas por uma distância 2R/4,
medida sobre a trajetória comum de raio R. Esta distância corresponde a um ângulo
de /2 entre os segmentos de reta que unem as partículas ao centro da trajetória ou
a um intervalo de tempo /2. Dizemos que entre os dois movimentos circulares
uniformes das partículas A e B existe uma diferença de fase  = /2 radianos.

25
Guia de Estudo – FÍSICA II
Por outro lado, o movimento harmônico simples pode ser visto como a
projeção ortogonal do movimento circular uniforme sobre qualquer diâmetro (ou
qualquer reta paralela a qualquer diâmetro) da circunferência que constitui a
trajetória da partícula. Assim, os movimentos circulares uniformes das partículas A e
B, projetados ortogonalmente sobre as retas verticais DD’ e EE’, respectivamente,
constituem os movimentos harmônicos simples das partículas A’ e B’. Observando
os respectivos gráficos das elongações em função de t, vemos que a diferença de
fase entre os movimentos circulares uniformes e, agora, entre os movimentos
harmônicos simples, aparece como um deslocamento de um gráfico em relação ao
outro ao longo do eixo t, deslocamento este dado por  = /2 radianos.
A equação horária de movimento para uma partícula em MHS é:

x (t )  A cos(  t  ) .

Aqui, o argumento (t + ) é chamado fase, com  sendo a fase inicial já que dá a
posição da partícula em t = 0. No exemplo discutido,  = 0 para a partícula A’ e  = 
/2 para a partícula B’, de modo que as respectivas equações horárias ficam:

x A (t )  R cos  t e xB (t )  R cos (  t   / 2) .

Discutimos o conceito de diferença de fase considerando o exemplo de dois


movimentos com uma diferença de fase de /2 radianos. De modo geral, os
movimentos podem ter qualquer diferença de fase.

Ondas Transversais

Se os pontos do meio pelo qual passa uma onda oscilam numa direção
perpendicular à direção de propagação da onda, esta é chamada de onda
transversal.
A figura ao lado
representa as posições de onze
pontos de um meio elástico em
três instantes de tempo
sucessivos: t, t + t e t + 2t.
Observe que o movimento de um
ponto qualquer tem sempre uma
diferença de fase negativa em relação ao movimento do ponto adjacente a sua
direita e que é justamente isso que torna o movimento coletivo uma onda transversal
que se propaga para a direita. Se a diferença de fase fosse positiva, a onda se
propagaria na direção oposta.

26
Guia de Estudo – FÍSICA II
A onda gerada numa corda horizontal pelo movimento para cima e para baixo
da mão que segura uma de suas extremidades é um exemplo de onda transversal.
Outro exemplo de onda transversal, só que não mecânica, é a onda
eletromagnética, na qual os campos elétrico e magnético oscilam
perpendicularmente um ao outro e à direção de propagação da onda .

Polarização de uma Onda Transversal

A direção do movimento das partículas do meio, quando por ele passa uma
onda transversal, é perpendicular à direção de propagação da onda. Mas existem
infinitas direções que são perpendiculares à direção de propagação da onda. Caso
as partículas do meio se movimentem sempre na mesma direção, ou seja, caso a
onda permaneça sempre no mesmo plano, dizemos que ela é linearmente
polarizada. Qualquer onda transversal pode ser considerada como combinação de
duas ondas linearmente polarizadas em direções perpendiculares. Se os
deslocamentos das partículas do meio, têm todos o mesmo módulo, mas direções
diferentes, de modo que a onda tenha forma helicoidal, dizemos que a onda é
polarizada circularmente. Nesse caso, cada partícula do meio descreve uma
circunferência em torno da reta que passa pelos pontos de equilíbrio das partículas
do meio.

Ondas Longitudinais

Se os pontos do meio, pelos quais passa uma onda, oscilam numa direção
paralela à direção de propagação da onda, esta é chamada de onda longitudinal.
A figura abaixo representa, na horizontal, as posições de treze pontos de um
meio elástico em onze
instantes de tempo
sucessivos: t0 = t, t1 = t + t, t2
= t + 2t, ...t10 = t + 10t. Os
pontos de equilíbrio dos
movimentos harmônicos das
partículas do meio estão
sobre as linhas verticais, e as
linhas curvas servem para
explicitar esses movimentos.
Observe, em particular, a
segunda partícula do meio,
que oscila ao redor do ponto
de equilíbrio sobre a linha
tracejada e cujas elongações
estão representadas pelas flechas. Observe, também, que as distâncias relativas
entre o primeiro, o segundo e o terceiro pontos no instante t são as mesmas que

27
Guia de Estudo – FÍSICA II
entre o segundo, o terceiro e o quarto pontos em t + t, e assim por diante,
mostrando que a onda se propaga para a direita. O movimento de qualquer ponto
tem sempre uma diferença de fase negativa em relação ao movimento do ponto
adjacente a sua direita e é justamente isso que torna o movimento coletivo uma
onda longitudinal que se propaga para a direita.

A onda gerada numa mola, golpeando ritmicamente uma de suas


extremidades na direção do seu eixo (Fig. (a)), é uma onda longitudinal. Uma onda
sonora no ar, gerada pelo movimento de vai e vem da membrana de um alto-falante
(Fig. (b)), e uma onda sonora em um sólido qualquer, gerada golpeando-se
ritmicamente qualquer região dele, são outros exemplos de ondas mecânicas
longitudinais.

As ondas do mar são, ao mesmo tempo, transversais e longitudinais. Cada


partícula da água descreve um movimento circular ou elíptico que pode ser
considerado como a superposição de dois movimentos harmônicos simples de
mesma freqüência, um na horizontal e outro na vertical. A onda pode, assim, ser
considerada como a superposição de duas ondas, uma longitudinal e outra
transversal, com uma diferença de fase de /2 rad, com amplitudes diferentes.

Para diferenciar ondas longitudinais e transversais você pode


acessar o site:
http://www.kettering.edu/~drussell/Demos/waves/wavemotion.html
e assistir animações destes dois tipos de ondas.

28
Guia de Estudo – FÍSICA II
ELEMENTOS DE UMA ONDA

O padrão espacial, que caracteriza a forma da onda, se desloca para a direita


à medida que o tempo passa, com uma velocidade dada por v = d/t.
O período de oscilação de um ponto qualquer do meio, ou seja, o intervalo de
tempo levado para realizar exatamente uma oscilação, é igual ao período da onda. A
distância percorrida pela onda durante um dos seus períodos é o que se chama de
comprimento de onda. Assim, representado por T o período e por  o comprimento
de onda, a velocidade de propagação da onda pode ser escrita:

v  / T .

De modo análogo, a freqüência do MHS associado a cada ponto do meio


elástico pelo qual se propaga a onda é, também, a freqüência da onda, ou seja, o
número de comprimentos de onda contidos dentro da distância percorrida pela onda
na unidade de tempo. Assim, representada por f a freqüência da onda, temos:

f   / 2 1/ T ,

e definindo o número de onda, representado por k, pela expressão k = 2/, a


velocidade de propagação da onda pode ser escrita:

v  f   / k

A velocidade de propagação de uma onda é constante em um dado meio e é


determinada apenas pelas propriedades físicas e pelo estado desse meio. Portanto,
ondas mecânicas com freqüências ou comprimentos de onda diferentes se
propagam, no mesmo meio, com velocidades iguais. Como v = f, uma onda com
uma dada freqüência só pode ter um único comprimento de onda. Se a freqüência é
grande, o comprimento de onda é pequeno e vice-versa. Isso possibilita caracterizar
as ondas mecânicas em um meio tanto pela freqüência quanto pelo comprimento de
onda.
Por outro lado, a freqüência é característica da fonte emissora da onda.
Assim, ao passar de um meio para outro, a freqüência de uma onda não muda.
Como f = v/ e como a velocidade de propagação da onda muda quando essa passa
de um meio para outro, já que é função das propriedades físicas e do estado do
meio, muda também o comprimento de onda. Isso faz com que se possa caracterizar
apenas pela freqüência uma onda que muda de meio.

29
Guia de Estudo – FÍSICA II
A figura a seguir ilustra uma onda mecânica que se propaga numa
velocidade 3,0m/s. Qual é a sua freqüência?

Solução:
Aos pontos mais altos da onda, damos o nome de cristas e aos pontos mais
baixos, vales. A distância entre duas cristas (ou vales) consecutivas corresponde ao
comprimento de onda (  ).
Nesta figura, temos a distância 0,60m representada indicando a distância
0,60
entre duas cristas que não são consecutivas. Logo,    0,30m .
2
v 3
Assim, pela equação v  . f , temos f    10 Hz .
 0,30

Equação da Onda

Para estabelecer a equação da onda, vamos tomar uma onda transversal que
se propaga na direção do eixo X e no mesmo sentido desse eixo, com velocidade de
módulo v (ver figura abaixo). O padrão espacial da onda se desloca no espaço com
o passar do tempo. Na figura, representamos a onda no instante de tempo
considerado como inicial (t = 0) e
num instante posterior genérico (t 
0). Como estamos estudando
ondas harmônicas, em qualquer
instante de tempo, o padrão
espacial da onda é dado por uma

30
Guia de Estudo – FÍSICA II
função harmônica (seno ou cosseno). Assim, para t = 0:

y ( x, t  0)  A senkx

onde A representa a amplitude da onda, , o comprimento de onda e k = 2/, o


número de onda. No argumento da função seno, aparece a variável x multiplicada
por k pela própria definição do seno como função periódica (e da onda como
fenômeno periódico no espaço). Por isso, devemos ter y (x + ,t = 0) = y (x,t = 0)
que, usando a expressão acima, fica A sen (kx + k) = A sen kx. Essa expressão é
uma identidade trigonométrica porque k = 2.
Tomando os pontos x’ e x tal que x  x’ = vt, ou seja, tal que x  x’ representa
a distância percorrida pela onda durante o intervalo de tempo t, temos:

y ( x, t )  y ( x', t  0)
ou:
y ( x, t )  y ( x  vt, t  0) ,

e usando a expressão acima para y(x,t = 0) com v = /k vem:

y ( x, t )  A sen(kx   t ) .

Nesta equação está implícita a condição y = 0 para x = 0 e t = 0, o que não é


necessário para uma onda arbitrária. A equação geral da onda que se propaga
sobre o eixo X no mesmo sentido que aquele considerado positivo para esse eixo é:

y ( x, t )  A sen(kx   t  )

onde  é chamada fase inicial.


Fazendo v   v na demonstração acima, obtemos a equação da onda que
se propaga em sentido contrário àquele considerado positivo para o eixo X:

y ( x, t )  A sen(kx   t  ) .

Observe que tomando  = 0 e x = /k na primeira equação geral da onda,


obtemos y (/k,t) = A sen (  t), e levando em conta que sen (  ) = sen , temos
que y (/k,t) = A sen t. Esta é a equação de movimento de uma partícula em MHS
com elongação nula em t = 0. Assim, a partícula do meio pelo qual passa a onda, na

31
Guia de Estudo – FÍSICA II
posição x = /k, é um oscilador harmônico. O mesmo cálculo pode ser feito para
outra posição, levando a conclusão de que a partícula correspondente tem, também
ela, um MHS, mas com uma diferença de fase em relação ao MHS da primeira
partícula. Isso já era de se esperar já que estamos considerando ondas harmônicas.
Embora a discussão acima tenha sido baseada nas ondas transversais por
questões didáticas, as fórmulas obtidas valem também para as ondas longitudinais.

A função de onda de uma onda harmônica numa corda é


y( x, t )  0,03sen(2,2 x  3,5t )
onde y e x estão em metros e t está em segundos. Achar a
amplitude, o comprimento de onda, a freqüência, o período e a
velocidade da onda.

Solução:
Comparando esta função de onda com a equação geral da onda, podemos
ver que a amplitude é A = 0,03m, o número de onda é K = 2,2m -1 e a freqüência
2
angular é   3,5s 1 . Então o comprimento de onda é    2,86m e o período é
K
2
T  1,80s . A velocidade da onda é, portanto,

 2,86m
v  . f    1,59m / s .
T 1,80s

Princípio de Superposição

Duas ou mais ondas podem se cruzar na mesma região do espaço, movendo-


se independentemente. Então, o deslocamento de qualquer partícula do meio em
um dado instante é a soma vetorial dos deslocamentos que seriam produzidos pelas
ondas individualmente. Este constitui o princípio de superposição e ele só vale para
ondas em meios elásticos, onde as forças de restauração são proporcionais às
deformações. Inversamente, qualquer movimento ondulatório pode ser analisado
como combinação de movimentos ondulatórios simples (harmônicos, por exemplo).
Os efeitos físicos associados à superposição de duas ou mais ondas são chamados
de interferência. Como exemplo, consideremos duas ondas de mesma direção e
sentido, com freqüências, amplitudes e velocidades iguais, uma atrasada em relação
à outra:
y1 ( x, t )  A sen(kx  t  ) e y2 ( x, t )  A sen(kx  t ) .

32
Guia de Estudo – FÍSICA II
Em um instante de tempo qualquer (t fixo), y1 e y2 representam duas ondas
separadas por uma distância  / k sobre o eixo X (Fig.(a)). Numa dada posição (x
fixo), y1 e y2 representam dois movimentos harmônicos simples defasados por um
intervalo de tempo  / . A onda resultante da superposição de y1 e y2 é dada por:

y1  y2  A [ sen(kx  t  )  sen(kx  t )] ,

e pela fórmula trigonométrica sen A + sen B = 2 sen[ ½ (A + B)] cos [½ (A  B)],


temos:

y1  y2  [2A cos  / 2] sen(kx  t   / 2) .

A onda resultante tem a mesma freqüência angular  que y1 e y2. Mas a


amplitude, agora, é dada pelo fator 2A cos  / 2. Para  = 0, temos y1 = y2, a
amplitude da onda resultante vale 2A (Fig.(b)) e dizemos que existe interferência
construtiva entre y1 e y2 (condição de máximo). Para  =  temos y1 =  y2, a
amplitude da onda resultante vale zero (Fig.(c)) e dizemos que existe interferência
destrutiva entre y1 e y2 (condição de mínimo).
De modo geral, pode haver interferência entre ondas com quaisquer
freqüências e/ou amplitudes e com qualquer diferença de fase.

Ondas Estacionárias

Consideremos uma corda ao


longo do eixo X, com uma das
extremidades fixa em x = 0, ao longo
da qual se propaga uma onda
transversal no sentido contrário
àquele tomado como positivo para o

33
Guia de Estudo – FÍSICA II
eixo. Ao alcançar o ponto 0, a onda é refletida, propagando-se no sentido contrário
(ver figura). As ondas incidente e refletida são descritas, respectivamente, pelas
expressões:
yI ( x, t )  A sen(kx  t ) e yR ( x, t )  A' sen(kx  t ) .

O movimento de qualquer partícula da corda é o resultado da superposição


das duas ondas:
y( x, t )  yI ( x, t )  yR ( x, t )

ou
y( x, t )  A sen(kx  t )  A' sen(kx  t ) .

Como a partícula da corda em x = 0 permanece em repouso, y (0,t) = 0 para


qualquer t. Usando a propriedade sen ( ) =  sen , temos que 0 = A sen t  A’
sen t = (A  A’) sen t e daí, A = A’, ou seja, as ondas incidente e refletida têm a
mesma amplitude e uma diferença de fase de  rad uma em relação à outra. E como
sen A  sen B = 2 sen [ ½ (A  B)] cos [½ (A + B)], temos:

y( x, t )  2A senkx cos t .

Como as fases (kx + t) e (kx  t) não aparecem em y(x,t), a expressão
acima não descreve uma onda viajante mas o que se chama de onda estacionária.
Observe que todas as partículas da corda descrevem movimentos harmônicos
simples de mesma freqüência [y ~ cos t] e que a amplitude de cada movimento [2A
sen kx] depende da posição da partícula em questão.
A amplitude da onda estacionária é nula para kx = n onde n = 0, 1, 2, ...
Como k = 2/, podemos escrever:
x  n ( / 2) .

Os pontos dados por essa expressão são chamados nós. Dois nós
consecutivos estão separados por uma distância /2. O comprimento de onda  é
determinado pela freqüência e pela velocidade de propagação, pela fórmula  = v/f.
Se em x = L a corda tem a outra extremidade fixa, y (L,t) = 0 para qualquer t.
Então, 0 = 2A sen kL cos t, ou seja, sen kL = 0, kL = n’ onde n’ = 1, 2, 3, ... e:
  2L / n, .

Essa expressão dá os comprimentos de onda das ondas estacionárias


possíveis na corda. Correspondentemente, as freqüências possíveis são dadas por:

34
Guia de Estudo – FÍSICA II
f  n, ( v / 2 L) ,

e as posições dos nós, por:


x  nL / n,

com n = 0, 1, 2, ... n’.


Nas figuras a, b e c, estão representadas as formas de uma corda com ondas
estacionárias para n’ = 1 [ = 2L, dois nós (n = 0 e n = 1), um em cada extremidade
fixa], n’ = 2 [ = L, três nós (n = 0, n = 1 e n = 2)] e n’ = 3 [ = 2L/3, quatro nós (n = 0,
n = 1, n = 2 e n = 3)], respectivamente, em cinco instantes de tempo sucessivos. As
flechas indicam a direção instantânea do movimento da corda. Podem existir ondas
estacionárias com qualquer número de nós.

Uma corda está esticada entre dois suportes fixos, separados por
1m, e a tensão da corda ajustada até sua freqüência fundamental
ser 440Hz. Qual a velocidade das ondas transversais nesta corda?

Solução: Pela condição de onda estacionária, o comprimento de onda do primeiro


harmônico é   2L  2m . Então a velocidade da onda é
v  . f  2 x440  880m / s .

SOM E ACÚSTICA

As ondas sonoras são ondas longitudinais de compressão e de rarefação


num gás, ou num líquido, ou num sólido. São provocadas quando um corpo – um
diapasão ou uma corda de violino – vibra e acarreta uma perturbação da densidade

35
Guia de Estudo – FÍSICA II
de um meio. A perturbação é propagada no meio graças às interações moleculares.
A vibração das moléculas ocorre na direção de propagação da onda. Como no caso
das ondas numa corda, apenas a perturbação se propaga; as moléculas apenas
vibram, para frente e para trás, em torno das respectivas posições de equilíbrio.

Velocidade das Ondas Sonoras

A velocidade das ondas sonoras, como a velocidade das ondas em cordas,


depende das propriedades do meio. No caso de ondas sonoras num fluido como o
ar, ou como a água, a velocidade v é dada por

B
v

onde  é a densidade do meio em equilíbrio e B é o módulo de compressibilidade.


Nas ondas sonoras num gás, como o ar, o módulo de compressibilidade é
proporcional à pressão que, por sua vez, é proporcional à densidade  e à
temperatura absoluta do gás T. Podemos mostrar que a equação anterior é
equivalente a

RT
v
M

Nesta equação, T é a temperatura absoluta medida em Kelvin (K), que está


relacionada à temperatura Celsius tC por

T  tC  273 .
A constante R é a constante universal dos gases que tem o valor
R  8,314 J / mol.K .
A constante M é a massa molecular do gás (ou seja, a massa de um mol do gás),
que para o ar é
M  29 x103 Kg / mol ,

36
Guia de Estudo – FÍSICA II
e  é uma constante que depende da espécie do gás e tem o valor 1,4 para o ar.

Calcular a velocidade do som no ar a (a) 0ºC e (b) 20ºC.

Solução:
(a) A temperatura absoluta correspondente à temperatura Celsius 0ºC é
T  tC  273  0  273  273K .
A velocidade do som a 0ºC é, portanto,
RT (1,4)(8,31J / mol.K )(273K )
v   331m / s .
M 29 x10 3 Kg / mol

(b) A fim de achar a velocidade a 20ºC = 293K, observamos que a


velocidade do som é proporcional à raiz quadrada da temperatura
absoluta. O seu valor a 293K, v293 , está então relacionado ao seu valor
a 273K, v273 , por

v293 293

v273 273
ou
293
v (331m / s)  343m / s .
273

ONDAS SONORAS HARMÔNICAS

As ondas sonoras harmônicas podem ser geradas por uma fonte que vibra
com um movimento harmônico simples, como um diapasão, ou um alto-falante
excitado por um oscilador de áudio. A fonte vibratória provoca a oscilação das
moléculas de ar que estão nas suas vizinhanças, e essas moléculas se movem com
um movimento harmônico simples em torno das posições de equilíbrio. Estas
moléculas colidem com as moléculas que estão um pouco mais afastadas e
provocam também a oscilação destas moléculas, e assim se propaga a onda
sonora. O deslocamento das moléculas s( x, t ) pode ser escrito

37
Guia de Estudo – FÍSICA II
s( x, t )  s0 sen( Kx  t )

onde s0 é o deslocamento máximo de uma molécula de gás em relação à sua


posição de equilíbrio, K é o número de onda
2
K ,

e  é a freqüência angular
2
  2f  .
T

Como ocorre com todas as ondas harmônicas, a velocidade da onda é


igual à freqüência vezes o comprimento de onda:

v  f  .
K

O ouvido humano pode perceber sons dentro de uma faixa de


freqüência que vai de 20Hz a 20.000Hz (embora muitas pessoas
tenham audição muito limitada acima de 15.000Hz). Se a velocidade
do som no ar for de 340 m/s, quais são os comprimentos de onda
que correspondem a estas freqüências extremas?

Solução:
Se a velocidade do som no ar for 340 m/s, o comprimento de onda
correspondente à freqüência audível mais baixa é

v 340m / s
   17m ,
f 20 Hz

e a correspondente à freqüência audível mais alta é

v 340m / s
   1,7cm .
f 20.000 Hz

38
Guia de Estudo – FÍSICA II
ONDAS EM TRÊS DIMENSÕES – INTENSIDADE

O movimento de um
conjunto de frentes de onda
pode ser indicado pelos raios,
que são retas perpendiculares
às frentes de onda (ver figura).
No caso de ondas circulares,
ou de ondas esféricas, os raios
são retas radiais.
Se uma fonte
puntiforme emite
uniformemente ondas em todas
as direções, a energia a uma distância r da fonte estará uniformemente distribuída
sobre uma superfície esférica de raio r e área 4r 2 . Se P for a potência emitida pela
fonte, a potência por unidade de área à distância r da fonte será P / 4r 2 . A potência
média por unidade de área, perpendicular à direção de propagação, é a
intensidade:

Pm
I .
A

As unidades da intensidade são watt por metro quadrado. A uma distância r da


fonte puntiforme, a intensidade é

Pm
I .
4r 2

A intensidade de uma onda tridimensional varia inversamente com o quadrado da


distância à fonte puntiforme.
Há uma relação simples entre a intensidade de
uma onda e a energia por unidade de volume no meio por
onde passa a onda. Consideremos a onda esférica que
atingiu a distância r1 (ver figura). O volume no interior da
esfera de raio r1 contém energia em virtude de as
partículas, nesta região, estarem oscilando com
movimento harmônico simples. A região externa da região
r1 não contém energia, pois a onda ainda não atingiu esta
região. Depois de um curto intervalo de tempo t , a onda se move para além de r1 e

39
Guia de Estudo – FÍSICA II
percorre uma pequena distância r  vt . A energia total no meio aumenta pela
energia na casca esférica de área superficial A, espessura vt e volume v  Avt .
A energia adicional na casca esférica é

E  v  Avt ,

onde  é a energia média por unidade de volume na casca que agora passou a ter
energia. A taxa de aumento de energia é a potência injetada na casca esférica. A
fonte dessa energia é a energia gerada no centro da esfera de onde a onda está
sendo irradiada. Então, a potência média incidente é

E
Pm   Av ,
t

e a intensidade da onda é
Pm
I  v .
A

Assim, a intensidade é igual ao produto da velocidade da onda v pela energia média


por unidade de volume  . Esse resultado vale para todas as ondas.
O ouvido humano pode perceber uma extensa faixa de intensidade de
ondas sonoras, desde cerca de 10-12 W/m2 (que se toma usualmente como limiar da
audição) até cerca de 1 W/m2 (que provoca a sensação de dor na maioria das
pessoas). As variações de pressão que correspondem a estas intensidades
extremas vão desde 3 x 10-5 Pa para o limiar da audição até 30Pa no limiar doloroso.

INTENSIDADE SONORA E NÍVEL DE INTENSIDADE

Em virtude da enorme faixa de intensidade a que o ouvido é sensível e


também em virtude de a sensação psicológica da intensidade sonora não variar
diretamente com a intensidade, mas, com melhor aproximação, com o logaritmo da
intensidade, usa-se uma escala logarítmica para descrever o nível de intensidade de
uma onda sonora. O nível de intensidade  medido em decibéis (dB) se define por

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Guia de Estudo – FÍSICA II
I
  10 log
I0

onde I é a intensidade do som, e I 0 é um nível de referência, que tomaremos como


o do limiar da audição:

I 0  1012W / m2 .

I0
Neste caso, o limiar da audição é   10 log  0dB , e o limiar de audição dolorosa
I0
1
é   10 log 12
 10 log1012  120dB .
10
Então, a faixa de intensidade sonora vai de 1012W / m2 até 1W / m2 , o que
corresponde a uma faixa de níveis de intensidade de 0 dB até 120dB. Na tabela
abaixo, estão os níveis de intensidade de algumas fontes sonoras comuns.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
Um cachorro, ao ladrar, emite cerca de 10-3 W de potência.
(a) Se esta potência estiver uniformemente distribuída em todas
as direções, qual o nível de intensidade a uma distância de 5 m?
(b) Qual seria o nível de intensidade de dois cachorros latindo
em uníssono, cada qual emitindo 10-3 W de potência?

Solução:
(a) A intensidade a uma distância de 5m é a potência dividida pela área:
P 103W
I   3,18 x10 6W / m2 .
4r 4 (5m) 2

O nível de intensidade a esta distância é:


I 3,18 x106
  10 log  10 log
I0 1012

 10 log( 3,18x106 )

 10(log 3,18  log106 )


= 10(0,50+6) = 65,0dB.

(b) Se forem dois os cachorros latindo, ao mesmo tempo, a intensidade


será duas vezes maior, ou seja,
I  2 x(3,18x106W / m2 )  6,36 x105W / m2 .
I
Então I / I 0 será  6,36 x106 , e o nível de intensidade será
I0

  10 log( 6,36 x106 )  68,0dB .

Podemos ver, por este exemplo, que se a intensidade for duplicada, o nível de
intensidade aumentará 3 dB.

Um absorvedor de som atenua 30 dB do nível sonoro. Qual o


fator pelo qual a intensidade diminui?

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Guia de Estudo – FÍSICA II
Solução:
Pela tabela das intensidades e nível de intensidade de alguns ruídos,
podemos ver que para cada 10dB de diminuição no nível de intensidade, a
intensidade diminui por um fator de 10. Então, uma queda de 30 dB corresponde a
uma diminuição da intensidade por um fator de 103 = 1000.

A sensação de sonoridade
depende da freqüência e também da
intensidade do som. A figura ao lado é
um gráfico do nível de intensidade contra
a freqüência para sons de igual
sonoridade ao ouvido humano. Nesta
figura, a freqüência está plotada numa
escala logarítmica a fim de cobrir o largo
intervalo de freqüência que vai de 20 Hz
até 10 KHz. A curva mais baixa
corresponde ao limiar de audição de
pessoas com o ouvido muito sensível.
Podemos ver que o limiar da audição é 0
dB a 1KHz, mas cerca de 50 dB a 60 Hz. Aproximadamente 1% da população tem
esse limiar da audição muito baixo. A segunda curva de baixo para cima, é uma
curva de limiar de audição mais típica, que vale para cerca de 50% da população. A
curva superior assinala o limiar da audição dolorosa. Esta curva não varia tanto com
a freqüência, como as curvas que estão mais embaixo. Observa-se nesse gráfico,
que o ouvido humano é mais sensível a cerca de 4 KHz, para todos os níveis de
intensidade.

REFLEXÃO, REFRAÇÃO E DIFRAÇÃO

Na propagação do som, observam-se os fenômenos gerais da propagação


ondulatória. Dada sua natureza longitudinal, o som não pode ser polarizado; sofre,
entretanto, os demais fenômenos, a saber: difração, reflexão, refração,
interferência e efeito Doppler.

DIFRAÇÃO

A difração depende do comprimento de onda; é a propriedade que a onda


apresenta em contornar (devido ao modelo de fontes secundárias, posto na teoria
da ondulatória, no princípio de Huyghens) os obstáculos que encontra durante sua
propagação. Como o comprimento de onda () das ondas sonoras é bastante
grande (enorme, em relação ao comprimento de onda da luz), a difração sonora é
intensa.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
REFLEXÃO

A reflexão de uma onda é seu retorno ao meio de origem após incidir em


outro meio.

A freqüência f da onda refletida é igual à da onda incidente e o valor v da


velocidade de propagação também é igual para ambas. Consequentemente, o
comprimento de onda também se mantém após a reflexão.

Leis da Reflexão

Na figura a seguir temos uma superfície refletora na qual uma onda incide e
sofre reflexão.

Nesta figura, temos:

RI : raio incidente

RR: raio refletido

N: reta normal (perpendicular) à superfície refletora, passando pelo ponto de


incidência i.

i: ângulo de incidência (é o ângulo entre RI e N)

r: ângulo de reflexão (é o ângulo entre RR e N)

1ª. Lei: RI, RR e N são coplanares.


2ª. Lei: i = r

Reflexão de Ondas em Superfícies Líquidas

Para as ondas bidimensionais, os princípios gerais da reflexão de ondas


continuam válidos. O estudo se simplifica se analisarmos o comportamento dos
raios de onda, em vez das frentes de onda. Na figura abaixo, mostra-se esta
simplificação.

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Reflexão de Ondas Transversais em Cordas

Quando a reflexão se dá numa extremidade fixa, ocorre inversão de fase:

Esta inversão de fase explica-se pelo Princípio da Ação e Reação. Ao atingir



a parede (extremidade fixa), o pulso agiu neste ponto com a força F , tendendo a
produzir um deslocamento para cima. A parede reagiu com a mesma intensidade,

porém de sentido oposto  F , que age sobre a corda, produzindo a onda refletida
invertida.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
Quando a reflexão se dá numa extremidade livre, não ocorre inversão de
fase:

Neste caso, quando o pulso chega no anel, por este ser leve e estar livre,
não reage sobre a corda, comportando-se como qualquer ponto da corda, o anel
sobe e desce, e o pulso retorna à corda (reflete) sem inverter-se e, com velocidade
v. Ocorre, portanto, uma reflexão sem inversão de fase quando a extremidade for
livre.

Reflexão do Som: Eco e Reverberação

Consideremos uma pessoa diante de uma parede.

Quando a pessoa grita, ela ouve dois sons: um ao gritar e outro que chega a
ela após sofrer reflexão na parede. Se este último demorar mais de 0,1s para ir até
a parede e voltar à pessoa, ele será ouvido separado do primeiro: é o eco. Se
demorar menos que 0,1s será percebido como uma continuação do primeiro: é a
reverberação. A reverberação atrapalha o entendimento de conversas, e a audição
musical. Por isso, os auditórios são projetados de modo que suas paredes
absorvam intensamente o som, reduzindo as reflexões.

 Consideremos que o som propaga-se no ar a 340 m/s, em


0,1s ele percorrerá 34m. Portanto, para se perceber o eco, a
parede deve estar a mais de 17m da pessoa.
 Quando recebemos um som, a sensação sonora persiste em
nós por aproximadamente 0,1s. A esse fenômeno dá-se o
nome de persistência acústica.
 Quando o som, propagando-se num meio (ar, por exemplo),
incide num outro meio mais rígido (uma parede, por
exemplo), sofre reflexão com inversão de fase.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
REFRAÇÃO

A refração é a passagem de uma onda de um determinado meio para outro


de características diferentes, sempre ocorrendo com isso uma alteração do valor
da velocidade de propagação da onda.

Um fato extremamente importante na refração é que a freqüência da onda


refratada é igual à da onda incidente. Suponhamos, por exemplo, uma emissora
de rádio transmitindo ondas que se propagam pelo ar com freqüência de 89 MHz.
Se essas ondas penetrarem na água (refração), a freqüência delas continuará igual
a 89 MHz. Assim, se um banhista mergulhar com um rádio (protegido) sintonizado
nessa emissora, ele continuará ouvindo a mesma emissora.

Lembrando da expressão v  . f e sabendo que f não se altera e que v se


altera, concluímos que o comprimento de onda também se altera na refração.

Sempre que ocorre refração, na fronteira entre os meios ocorre


também uma reflexão parcial da onda incidente.

Leis da refração

Na figura ao lado, N é uma reta normal à


fronteira F entre os dois meios 1 e 2. Ondas
periódicas (ondas retas, por exemplo) propagando-se
no meio 1 com velocidade v1 incidem na fronteira F e
penetram no meio 2, onde passam a se propagar
com velocidade v2.

Notemos que v2 é menor que v1. De fato, à


medida que uma frente de onda atravessa a
fronteira, a parte que passa para o meio 2 se atrasa
em relação à parte que ainda está se propagando no
meio 1: isso explica o desvio da onda. Notemos
também que  2 é menor que 1 , o que está de
acordo com a expressão v  . f , pois v2 é menor
que v1 e f é constante.

1ª. Lei: Os raios incidente e refratado e a reta normal N que


passa pelo ponto de incidência são coplanares.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
2ª. Lei (Lei de Snell)
Na figura temos:
 1 : ângulo de incidência – é o ângulo entre o raio incidente e N
ou entre a frente de onda incidente e F
 2 : ângulo de refração – é o ângulo entre o raio refratado e N ou
entre a frente de onda refratada e F
sen1 v1 1
A lei de Snell é expressa por:   .
sen 2 v2 2

Para provar essa lei, observemos a figura acima.

No mesmo intervalo de tempo t em que a onda se desloca S1 no meio 1,


S
ela se desloca S 2 no meio 2. Lembrando que v  e, portanto S  v.t , temos:
t

 No triângulo destacado no meio 1:

S1 v .t
sen1   sen1  1 (I)
AB AB

 No triângulo destacado no meio 2:

S 2 v .t
sen 2   sen 2  2 (II)
AB AB

Dividindo, membro a membro, a expressão (I) pela expressão (II), temos:

sen1 v1

sen 2 v 2

Então:

sen1 v1 1 . f 
   1
sen 2 v2 2 . f 2

Refração de Ondas Transversais na Fronteira entre Duas Cordas Esticadas

Consideremos duas cordas homogêneas A e B interligadas. Suponhamos


que a densidade linear da corda B seja maior que a da corda A: isso significa que a
corda B possui mais massa que a corda A numa mesma unidade de comprimento
(em 1 cm, por exemplo).

Quando uma onda transversal incide na fronteira entre elas, ocorre refração
e reflexão, havendo dois casos a considerar:

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Guia de Estudo – FÍSICA II
Na figura 1 temos a onda incidente dirigindo-se da corda de menor para a corda de
maior densidade linear: a onda refratada está em fase com a onda incidente; a
onda refletida está em oposição de fase em relação à onda incidente.

Na figura 2 temos a onda incidente dirigindo-se da corda de maior para a de menor


densidade linear: a onda refratada está em fase com a onda incidente; a onda
refletida também está em fase com a incidente.

Luz de freqüência f = 6,00.1014 Hz propagando-se no ar (meio 1)


passa a se propagar num bloco de vidro (meio 2). Sendo v1 =
3,00 . 108 m/s e v2 = 2,13.108m/s as velocidades dessa luz no ar
e no vidro, respectivamente:
a) calcule o comprimento de onda da luz incidente;
b) qual a freqüência, a velocidade e o comprimento de onda da
luz refletida?
c) qual o freqüência e o comprimento de onda da luz refratada.
Solução:

a) v1  1 . f  3.108  1 .6.1014  1  5,00.10 7 m

b) A freqüência não se altera, pois é característica exclusiva da luz utilizada. A


velocidade de propagação e o comprimento de onda também não se alteram,
porque o meio de propagação não mudou.

c) A freqüência não se altera: f  6,00.1014 Hz .

v2  2 . f  2,13.108  2 .6.1014  2  3,55.10 7 m

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Guia de Estudo – FÍSICA II
INTERFERÊNCIA

Quando duas ondas se propagam através de um meio, elas podem se


encontrar numa dada região. Observa-se que, quando duas ondas se encontram
elas agem independentemente uma das outras e continuam a se propagar
posteriormente como se a outra não existisse, conservando características que
possuíam inicialmente.

No ponto em que as ondas se superpõem, os seus efeitos se superpõem


dando origem ao fenômeno da INTERFERÊNCIA.

Consideremos duas ondas de mesma amplitude se propagando numa corda


na mesma direção e sentidos opostos. A amplitude de oscilação no ponto de
encontro é a soma algébrica das amplitudes de cada onda agindo isoladamente.

Assim, quando duas cristas (ou dois vales) se encontram, seus efeitos se
somam; o efeito de uma onda é reforçado pelo efeito de outra. Esse fenômeno é
chamado de interferência construtiva.

Interferência construtiva: no encontro dos pulsos, há um reforço do efeito produzido pelas


ondas.

Mas, se uma crista e um vale de mesma amplitude se encontram, o efeito de


uma onda é compensado pelo efeito de outra onda na região de encontro e,
portanto, não há oscilação naquela região. Esse fenômeno é chamado de
interferência destrutiva.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
Interferência destrutiva: no encontro dos pulsos há um enfraquecimento do efeito produzido
pelas ondas (um completo aniquilamento, se as amplitudes forem iguais e de sinal contrário).

Dois pulsos propagam-se numa corda flexível, superpondo-se no


ponto P.

Determine:
a) a amplitude do pulso resultante no instante da superposição
b) qual a configuração da corda após a superposição.
Solução:

a) O pulso da esquerda apresenta amplitude +1cm e o da direita -5cm. O pulso


resultante no ponto P é dado pelo princípio da superposição:

a = a1 + a2

a = +1 + (-5)

a = -4cm

b) Após a superposição, os pulsos originais se reconstituem e seguem sua


trajetória independentemente um do outro. Assim, a configuração seria:

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EFEITO DOPPLER

O efeito Doppler é a conseqüência do movimento relativo entre o


observador e a fonte sonora, o que determina uma modificação aparente na altura
do som recebido pelo observador. Quando um se move em direção ao outro, a
freqüência observada é maior que a freqüência da fonte; quando os dois se
afastam, a freqüência observada é menor que a freqüência da fonte. Exemplo
comum deste efeito é o da mudança da altura de uma buzina de carro quando o
carro está se aproximando ou afastando.

Consideremos inicialmente o caso de uma fonte em movimento. Neste caso,


as ondas na frente da fonte estão comprimidas, de modo que as frentes de onda
estão mais próximas do que estariam no caso da emissão por uma fonte
estacionária, enquanto atrás da fonte as frentes de onda estão mais afastadas.
Podemos calcular o comprimento de onda na frente da fonte  f e o comprimento
da fonte atrás da fonte a como segue. Seja f 0 a freqüência da fonte. Num certo
intervalo de tempo, t a fonte emite um número de ondas N dado por N  f 0t . A
primeira frente de onda desloca-se à distância vt , enquanto a fonte se desloca
uS t , onde u S é a velocidade da fonte em relação ao meio. Uma vez que as N
ondas emitidas estão contidas na distância (v  uS )t , o comprimento de onda na
frente da fonte se calcula pela divisão desta distância por N:

(v  uS )t (v  uS )t
f  
N f 0 t

ou

v  uS v u 
f   1  S  .
f0 f0  v 

Atrás da fonte, as N ondas ocupam a distância (v  uS )t , e então o


comprimento de onda atrás da fonte é

v  uS v u 
a   1  S  .
f0 f0  v 

A velocidade v das ondas depende somente das propriedades do meio e


não do movimento da fonte. No caso de uma fonte que se aproxima do receptor, a
freqüência f ' que as ondas passam por um meio em repouso em relação ao meio
é, então,
v f0
f'  
f 1  uS / v

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Guia de Estudo – FÍSICA II
(Fonte se aproximando)

No caso de uma fonte afastando-se do receptor, a freqüência é

v f0
f'  
a 1  uS / v
(Fonte se afastando)

Quando a fonte estiver em repouso e o receptor em movimento em relação


ao meio, não há variação no comprimento de onda, mas a freqüência com que as
ondas chegam ao receptor aumenta quando o receptor se move em direção à fonte
e diminui quando o receptor se afasta da fonte. O número de ondas que passam
pelo receptor estacionário, num intervalo de tempo t ,é igual ao número de ondas
na distância vt , ou seja, vt /  . Quando o receptor estiver em movimento em
direção à fonte, com velocidade ur , recebe também um número adicional de ondas
ur t /  . O número total de ondas que passam pelo receptor no intervalo de tempo
t é, então,

vt  ur t v  ur
N  t .
 

A freqüência observada é igual a este número de ondas dividido pelo intervalo de


tempo:

N v  ur
f'  
t 

ou  u 
f '  f 0 1  
 v  (Receptor se aproximando)

Se o receptor estiver se afastando da fonte, com velocidade ur , raciocínio


semelhante leva à freqüência

( u 
f '  f 0 1  r 
 v
(Receptor se afastando)

Quando a fonte e o receptor estiverem em movimento em relação ao meio, as


equações acima podem ser combinadas:
(1  ur / v)
f'  f0
(1  uS / v)

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A escolha correta dos sinais mais e menos é fácil de memorizar observando
que a freqüência aumenta quando a fonte e o receptor se aproximam, e diminui
quando um se afasta do outro. Assim, por exemplo, se a fonte estiver em
movimento para o receptor e se o receptor estiver em movimento para a fonte, o
sinal positivo aparece no numerador e o negativo no denominador.

Se o meio estiver em movimento (por exemplo, se houver um vento


soprando), a velocidade da onda v será substituída por v'  v  uV , onde uV é a
velocidade do meio.

A freqüência da buzina de um carro é 400 Hz. Qual a freqüência


observada se o carro se move no ar tranqüilo, na direção de um
receptor estacionário, com uma velocidade uS  34m / s (cerca de
122 km/h)? A velocidade do som no ar é aproximadamente
340m/s.
Solução:
Quando a fonte se aproxima, temos que a freqüência será
f0 400
f '   444 Hz .
1  us / v 1  34 / 340

A freqüência observada é 11% mais alta que a freqüência de emissão da buzina do


carro.
A buzina de um carro estacionário tem freqüência de 400 Hz.
Qual a freqüência que um receptor observa se estiver em
movimento através do ar tranqüilo, na direção do carro, com
velocidade de 34 m/s?

Solução:
No caso de um receptor móvel, o comprimento de onda não se altera; o
receptor simplesmente recebe mais ondas num certo intervalo de tempo. A
freqüência observada é:
 u   34 
f '  f 0 1  r   (400 Hz)1    440 Hz .
 v  340 

Neste caso, o aumento da freqüência observada é 10%.

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Caro (a) aluno (a), neste momento é hora de realizar atividades sobre
esta unidade. As atividades serão colocadas no ambiente pelo
professor, devendo você realizá-las e publicá-las.

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Guia de Estudo – FÍSICA II
REFERÊNCIAS

Bibliografia Básica:

ALONSO & FINN. Física – Um curso Universitário. V.1-4. Edgard Blucher Ltda.

EISBERG, R. M. & LENER. Física – Fundamentos e Aplicações. V.1-4. McGraw-


Hill.

TIPLER, P. Física. V.1-4, 4ª ed. São Paulo: LTC.

Bibliografia Complementar:

HALLIDAY, D. & RESNICK, R. Fundamentos da Física. V.1-4, 4ª ed. Edgard


Blucher Ltda.

NUSSENZWEIG, H. M. Curso de Física Básica. V.1-4, 3ª ed. Edgard Blucher Ltda.

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