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Segundo Leme (1999), é a partir desta data que começam a serem feitos os
zoneamentos, bem como a legislação urbanística de controle do uso e
ocupação do solo. Villaça (1999), entretanto, argumenta que desde 1866 já
existiam dispositivos que consistiam em rudimentos de zoneamento, uma vez
que proibiam a instalação de cortiços e vilas operárias em determinadas áreas
da cidade.
Ainda segundo Leme (1999), o plano é dividido em três partes: a primeira traz
um estudo sobre os componentes antropogeográficos do Rio de Janeiro e os
grande problemas sanitários; a segunda pode ser considerada a essência do
plano, e define o modelo de cidade ideal e as proposições para alcançá-la; a
terceira dedica-se ao saneamento.
Uma Ideia de Prestes Maia: O Plano de Avenidas da Cidade de São
Paulo
Francisco
Prestes Maia
A partir de então, a ideia central do plano vem à tona. Prestes Maia tinha em mente que a
estrutura que São Paulo apresentava era insuficiente para o número de paulistanos da época
e, com certeza, não daria conta no caso da cidade crescer espetacularmente.
Ele propôs então que a cidade se organizasse com um sistema radial perimetral e apresentou
suas ideias e conceitos em três capítulos diferentes. “O Perímetro de Irradiação”, primeiro
desses capítulos, traz à tona a proposta de um anel viário em torno do centro da cidade.
Dessa forma, segundo sua teoria, o problema dos congestionamentos na região central
estaria resolvido e, ao mesmo tempo, aconteceria a expansão do centro que envolveria seu
perímetro e um sistema de avenidas e viadutos. Desta forma transpunha os obstáculos
físicos para a expansão do centro, de um lado o Vale do Anhangabaú e, do outro, a Várzea
do Carmo.
Importante destacar que o Plano de Avenidas tem uma concepção de cidade implícita no
projeto de sistema radial perimetral, na preferência por um sistema de transporte em
superfície e na proposta de expansão do centro histórico.
Este plano orientou a atuação de dois prefeitos de São Paulo Fabio Prado e o próprio Prestes
Maia, no período entre 1934 e 1945, quanto à remodelação e extensão do sistema viário da
cidade. Esta característica de um plano que foi executado o distingue dos outros planos
elaborados para São Paulo.