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DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO NORTE DE MINAS

DOCUMENTO REFERENCIAL DO
PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO
NORTE DE MINAS

Coordenação Geral
Francisco Mavignier Cavalcante França (Ambiente de Políticas)

Coordenação do Workshop
Ildemar Vieira ( Ambiente de Políticas)
João Carlos B. Santos (Gerente da Agência de Janaúba)

Equipe de Elaboração
Antônio Pereira Neto (Ambiente de Políticas)
Ricardo Lima de Medeiros Marques (Consultor - IICA)

Colaboração Técnica
Antônio Renan Moreira Lima (Ambiente de Políticas)
Carlos Antônio Geminiano da Costa (Etene)
Francisco Raimundo Evangelista (Etene)
Maurício Teixeira Rodrigues (Etene)
José Ivan Caetano Fernandes (Ambiente de Implementação)
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO NORTE DE MINAS

ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................3

2. INTRODUÇÃO .............................................................................................................5

2.1. ESTRUTURA DO DOCUMENTO ...................................................................................5


2.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA NORTE DE MINAS..............................................8
2.3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PÓLO NORTE DE MINAS ...........................................11

3. DIAGNÓSTICO DOS FATORES ALAVANCADORES E RESTRITIVOS...............18

3.1. DISCUSSÃO SOBRE OS TEMAS ESPECÍFICOS ...........................................................18


3.2. FATORES ALAVANCADORES E RESTRITIVOS ............................................................26
3.2.1. INFRA-ESTRUTURA ....................................................................................26
3.2.2. MEIO AMBIENTE .........................................................................................27
3.2.3. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA...............28
3.2.4.CAPACITAÇÃO,GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES ...........29
3.2.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS ..................................................30
3.2.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO ........................................................31
3.2.7. AGROINDÚSTRIA ........................................................................................33

4. AÇÕES PROPOSTAS...............................................................................................34

4.1. INFRA-ESTRUTURA ...........................................................................................34


4.2. MEIO AMBIENTE ................................................................................................34
4.3. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA ....................35
4.4. CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES.................36
4.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS ..........................................................37
4.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO.................................................................37
4.7. AGROINDÚSTRIA ...............................................................................................38

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................39

ANEXOS........................................................................................................................40
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 3

1. APRESENTAÇÃO

O Banco do Nordeste do Brasil S.A., em sua missão de promover o


desenvolvimento sustentável da região Nordeste, elegeu como uma das suas
macroestratégias a potencialização do desenvolvimento de setores dinâmicos da
economia regional, dentre os quais se assinala a cadeia agroalimentar, com foco
nos pólos agroindustriais e nas áreas de fronteira agrícola dos cerrados
nordestinos.

Não obstante as vantagens comparativas, os investimentos já realizados e os


significativos avanços alcançados em algumas dessas áreas, persistem, ainda,
vários fatores restritivos impedindo que suas potencialidades sejam plenamente
exploradas.

A adoção dessa estratégia objetiva dar sustentabilidade e competitividade às


atividades econômicas, gerando maiores e mais rápidos retornos econômicos e
sociais dos investimentos públicos e privados, contribuindo, assim, para a
redução das desigualdades inter-regionais, interiorização do desenvolvimento
com desconcentração industrial e, em conseqüência, promoção do bem-estar
econômico e social das populações envolvidas.

Na execução dessa estratégia, o Banco do Nordeste selecionou áreas


dinâmicas da região, a serem potencializadas no biênio 1997/98. O Pólo Norte
de Minas representa uma dessas áreas.

O Pólo Agroindustrial do Norte de Minas está localizado na área mineira


abrangida pelo Polígono das Secas, região Norte de Minas Gerais. Este Pólo
afigura-se como uma das áreas de grande potencial para o desenvolvimento do
complexo agroindustrial na região mineira do semi-árido. O Pólo detém recursos
naturais e vantagens comparativas significativas para seu crescimento e
dinamização de toda a área sob sua influência, pelo que tem atraído o interesse
crescente de governos e de investidores privados, internos e externos, dos
vários elos das cadeias produtivas.

Nesse contexto, surge o presente documento referencial, a partir do qual o


Banco do Nordeste, em parceria com segmentos do Governo com a iniciativa
privada e a sociedade civil organizada, desenvolverá ações que visam eliminar
ou reduzir significativamente os elementos restritivos à expansão da base
econômica produtiva local e regional, tendo como objetivo geral o
desenvolvimento sustentável do Pólo Norte de Minas.

Como resultados esperados deste trabalho, pode-se destacar:

• aumento da renda da população e conseqüente elevação do nível de


bem-estar;

• redução da taxa de analfabetismo a níveis desprezíveis;


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• melhoria no sistema de transporte multimodal e utilização generalizada;

• fortalecimento da infra-estrutura econômica e social para dar


sustentação ao dinamismo econômico do Pólo;

• integração horizontal e vertical das unidades produtivas;

• implantação de um complexo econômico formado pelos setores da


pecuária, fruticultura e olericultura.

• inserção do Pólo nos mercados consumidores nacional e internacional;

• viabilização de projetos e empreendimentos sustentáveis nos aspectos:


econômico, social, ambiental e político, no horizonte de tempo
adequado.
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2. INTRODUÇÃO

2.1. Estrutura do Documento

Entendendo o planejamento integrado como um processo dinâmico para o


alcance do desenvolvimento sustentável, o Banco do Nordeste elaborou este
trabalho constituído de seis fases:

1. Conhecimento da realidade do Pólo, a partir de estudos técnicos do


Banco e de outras instituições, realizados na própria área, bem como de
ações conjuntas com os agentes locais, que envolveram os seguintes
passos:
a) mobilização das comunidades que integram o Pólo para a realização
do trabalho;
b) realização de levantamentos preliminares de dados e estudos
técnicos sobre a área;
c) identificação das potencialidades naturais e econômicas da Região,
bem como da infra-estrutura existente;
d) identificação dos pontos que se apresentam como obstáculos à
potencialização das atividades econômicas do pólo.
2. Ampliação dos estudos técnicos com a realização de um workshop em
uma das cidades do Norte de Minas, ocorrido nos dias 23 e 24 de
outubro de 1997, contando com a participação de técnicos do Banco, do
Governo do Estado de Minas Gerais, do Ministério do Planejamento e
Orçamento e de outras instituições ligadas ao “agribusiness” (*) nacional,
especialmente da região Nordeste.
O workshop compreendeu: i) nivelamento global dos presentes com
palestras sobre agribusiness e sobre a metodologia e estratégias de
atuação nos Pólos, proferida por representante do Programa de Estudos
dos Negócios do Sistema Agroindustrial(Pensa/USP) e do Banco,
respectivamente; ii) palestras sobre o desenvolvimento local, proferidas
por representantes de outras instituições; iii) visitas técnicas; iv)
reuniões paralelas de grupos de trabalho sobre temas específicos; v) a
apresentação sumária dos resultados das discussões em grupo.
3. Consolidação dos dados e informações coletadas no evento e
sistematização dos resultados das discussões dos temas selecionados,

(*) “Agribusiness” - Negócio agropecuário que corresponde à soma total de operações de


produção e distribuição de suprimentos(insumos), operações de produção nas
unidades rurais e o armazenamento, processamento e distribuição dos produtos e
itens produzidos por ele.
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originando este documento.


4. Realização prevista para o início de 1998 de outros eventos no Pólo, os
quais têm como objetivo a apresentação do presente documento
referencial ao Governo do Estado e às lideranças econômicas, políticas
e sociais. Nestas oportunidades serão também firmados os
compromissos de apoio governamental, bem como do engajamento dos
demais órgãos, da sociedade civil organizada e dos agentes produtivos
atuantes nos municípios do Pólo.
5. Criação da gerência do Pólo (empreendimento integrado), do conselho
de articulação e da equipe executiva local.
6. Execução dos trabalhos pela sociedade local, pelas instituições públicas
envolvidas e pelos agentes produtivos, sob a coordenação de um
gerente indicado pelo Banco do Nordeste.
Os estudos técnicos do Banco e de outras instituições, juntamente com as
informações colhidas no workshop, serviram de base à elaboração desta
proposta.
O caráter multidisciplinar e multiinstitucional adotado, bem como a participação
democrática de todos os agentes da comunidade nas discussões, permitiu a
elaboração de um documento que refletisse a realidade do Pólo e o balizamento
das ações voltadas para o desenvolvimento da região. Estiveram presentes ao
workshop:
• Banco do Nordeste do Brasil S.A.

• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

• Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) – representado


pelo Dr. Marcos Pessoa Duarte (presidente).

• Ministério da Agricultura e Abastecimento (MA/SDR).

• Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia


Legal (MMA).

• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

• Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de Minas Gerais


– representada pelo Dr. Alysson Paulinelli (Secretário da Agricultura),
com participação em diversas áreas.

• Instituto Mineiro (IMA).

• Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).

• Superintendência do Desenvolvimento do Norte de Minas Gerais


(Sudenor).
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• Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial –


Universidade de São Paulo (Pensa/USP).

• Associação dos Bananicultores do Norte de Minas Gerais (Abanorte).

• Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

• Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

• Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais


(Emater-MG).

• Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (Pnud).

• Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

• Deputados da região Norte de Minas.

• Sindicato Rural de Janaúba.

• Prefeito de Salinas e Presidente da Associação dos Prefeitos da


Região Mineira da Sudene.

• Prefeitura Municipal de Janaúba (MG).

• Prefeitura Municipal de Jaíba(MG).

• Prefeitura Municipal de Nova Porteirinha(MG).

• Vereadores dos municípios do Pólo.

• KARAMBI Agroindustrial Ltda.

• Indústria Agrícola Norte Mineira S.A (Endagro).

• Escritórios privados de projetos.

• Cooperativa dos Produtores Rurais de Janaúba (Cooperjana).

• Cooperativa de Crédito do Vale do Gorutuba (Credivag).

• Cooperativa dos Fruticultores de Janaúba (Frucoop).

• Cooperativa dos Fruticultores de Nova Porteirinha (Coofrute).

• Outros produtores, suas associações e representações.


• Imprensa local e regional.
Naquele encontro de trabalho foram abordados diversos aspectos da realidade
do Pólo, levantando-se fatores alavancadores e restritivos que afetam sua
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sustentabilidade, identificando-se, também, as possíveis contribuições de cada


agente para a consecução dos objetivos propostos.
Para a sistematização dos temas tratados e discutidos, o público-alvo do
encontro foi dividido em equipes multidisciplinares e multinstitucionais que
abordaram assuntos referentes a infra-estrutura, meio ambiente, pesquisa e
desenvolvimento, capacitação e organização, produção e mercado de insumos,
promoção e comercialização e agroindústria.
A promoção do encontro de trabalho no Norte de Minas e, em continuidade, o
desenvolvimento de ações para implementação deste trabalho refletem a
decisão do Banco do Nordeste de construir, de forma ágil e efetiva, soluções
para os problemas regionais, em articulação com a sociedade civil organizada.
Entretanto, para os desdobramentos deste documento referencial faz-se
imprescindível o trabalho conjunto do Banco e de todos os parceiros envolvidos
com o processo de desenvolvimento sustentável do Nordeste e, em particular,
do Norte de Minas, uma vez que, para a superação dos obstáculos ao
desenvolvimento da área, exigem-se diferentes competências e recursos.

2.2. Características Gerais da Área Norte de Minas

O Norte de Minas Gerais fica encravado na parte Sul do Nordeste e está


incluído no Polígono das Secas, beneficiando-se dos incentivos fiscais e
creditícios proporcionados pelo Governo Federal através do Programa de
Financiamento do Nordeste(Finor) e do Fundo Constitucional de Financiamento
do Nordeste(FNE).

Apesar de estar incluído na área sobre influência das secas, as condições


naturais mudam em relação ao resto do Nordeste, especialmente em relação ao
sertão semi-árido Norte, onde predominam solos rasos e pedregosos e
vegetação de caatinga de porte baixo. No Norte de Minas predominam solos
profundos, bem drenados e uma vegetação que, na maior parte das áreas,
apresenta um porte elevado, quer seja de caatinga mesmo de porte alto, quer
seja de vegetação caducifólia.

Outro fator que diferencia mais ainda o Norte de Minas do Nordeste é a grande
disponibilidade de água do rio São Francisco e seus afluentes. Estima-se que
seja possível irrigar até 150 mil hectares. Atualmente existem quatro projetos
públicos de irrigação no Norte de Minas Gerais: o Pirapora, o Gorutuba, o
Projeto Jaíba e o Projeto Lagoa Grande. A área de atuação do Pólo conta hoje
com os projetos Jaíba, Gorutuba e Lagoa Grande. Juntos têm implantados e em
operação, aproximadamente, 18 mil hectares irrigados.

O Projeto Jaíba, cuja estrutura inicial de canais e estações de bombeamento foi


dimensionada para irrigar 100 mil hectares, está com mais 8 mil hectares
licitados e para implantação a curto prazo. Assim, o Pólo passará a contar com
26 mil hectares irrigados.
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A área atual de irrigação, explorada por colonos nesses projetos, é de 8.204


hectares, conforme dados da Codevasf. Cerca de 80% desses produtores são
analfabetos. Considerando-se toda a área irrigada no Pólo, com base nos dados
de área financiada pelo Banco do Nordeste, agência de Janaúba, estima-se que
mais de 90% seja ocupada com banana.

Não resta dúvida de que a região Norte de Minas já representa um grande


centro produtor, principalmente de frutas, capaz de responder à demanda
crescente, tanto nacional como internacional, desses produtos. O Projeto
Gorutuba tem vários anos de operação e valiosas experiências a serem
consideradas e assimiladas. Por fim, o Projeto Jaíba, que já está com sua
primeira etapa em operação e por ser o maior em superfície e ter iniciado dentro
de uma nova filosofia de gestão, deverá constituir-se o grande alavancador do
Pólo.

O desenvolvimento harmônico e sustentável dessa região representa o grande


desafio, uma vez que a irrigação que está sendo feita compõe-se de uma
mistura de pequenos agricultores profissionalizados com empresários rurais, o
que exigirá grandes esforços na área de capacitação técnica e gerencial, de
desenvolvimento de pacotes tecnológicos adequados à região, de ações na área
social e nos campos político, econômico e ambiental.

O espaço econômico da região Norte de Minas passou, do ponto de vista da


agropecuária, muito tempo "esquecido" pelas autoridades, notadamente na
década de 80, quando ocorreu uma paralisação geral dos investimentos
governamentais, inclusive no iniciado Projeto Jaíba. Apesar de ser uma área
com imenso potencial econômico, as obras de infra-estrutura pouco evoluíram.
Atualmente necessitam de uma retomada de forma a potencializar o
desenvolvimento dessa região tão importante.

Com o novo impulso, o governo federal resolveu retomar as obras do projeto


Jaíba. A expansão da fruticultura irrigada iniciou o processo de consolidação do
Pólo de Desenvolvimento Integrado do Norte de Minas Gerais, fundamentado no
sistema de agronegócios, otimizando o uso dos recursos naturais e a
capacidade empresarial.

Trata-se de área já conhecida no Brasil e em algumas regiões do mundo como


área promissora que necessita de um esforço de gestão para dinamizar a
produção e ação local a fim de garantir a sustentabilidade dos investimentos e
do seu desenvolvimento.

Em razão disso, a partir do início dos anos 90, o Norte de Minas passou para
uma nova fase de desenvolvimento, com a criação do Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste, agora baseado, principalmente, no investimento
privado.

Além da ação creditícia, o governo federal e o estadual vêm realizando esforços


conjuntos para atração de investidores privados, nacionais e internacionais, com
a utilização de um conjunto de instrumentos e ações, envolvendo incentivos
fiscais, apoio institucional, investimentos em segmentos estratégicos para o
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desenvolvimento da área, além de políticas destinadas à estabilidade da


economia, capazes de gerar um ambiente de tranqüilidade e confiabilidade dos
agentes do mercado.

A região Norte de Minas Gerais apresenta expressivas áreas vocacionadas para


irrigação, parte delas já utilizadas com os projetos de irrigação citados. A região
é vocacionada também para o criatório, onde já se desenvolve, em escala
relativamente grande e de forma predominantemente extensiva, uma pecuária
bovina de corte e leite.

No contexto da economia regional, o Norte de Minas tende a cumprir as funções


econômicas básicas a saber:

a) pólo de fruticultura e olericultura irrigada, com potencial para ampla


diversificação de culturas, destinadas ao mercado interno e à
exportação;

b) pólo de grãos (milho e feijão) e fibras (algodão), de alta produtividade e


produzidos em períodos de escassez, para consumo humano e
industrial, uma vez que a região já é tradicionalmente produtora desses
produtos;

c) pólo pecuário, integrado às áreas irrigadas, com produtos destinados


ao mercado interno e à exportação;

d) pólo agroindustrial processador de frutas e de produtos pecuários,


como o leite e a carne bovina, etc.

A exploração racional de todas as potencialidades do Norte de Minas através da


produção de grãos, agricultura irrigada com fruticultura, a existência de mão-
de-obra abundante, a capacidade empreendedora dos produtores e a
mobilização associativa das comunidades, aliadas à farta disponibilidade de
recursos naturais, são fatores de atração de agroindústrias, favorecendo o
estabelecimento das cadeias de produção e comercialização de frutas, grãos,
carnes e lácteos.

A combinação desses elementos, aliada aos aspectos de apoio governamental e


institucional, num ambiente econômico estável e confiável, devem constituir
fator potencializador de atração de investidores para a área em apreço.

A atuação sistêmica do agribusiness gera maior agregação de valor à produção


local, permitindo incrementos expressivos no nível de emprego e de renda,
contribuindo para o desenvolvimento sustentado da região.
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2.3. Características do Pólo Norte de Minas

O Pólo Norte de Minas Gerais, no contexto desse plano estratégico, é


composto, nessa primeira etapa, dos municípios de Janaúba, Jaíba, Matias
Cardoso, Manga, Porteirinha, Verdelândia e Nova Porteirinha. (Anexo 1.) Como
centro mais dinâmico da região destaca-se o município de Janaúba, localizado a
130 km da cidade de Montes Claros e a 541 km de Belo Horizonte. Sua
população é de 60 mil habitantes, aproximadamente.
Os principais dados sócio-econômicos do Pólo de Desenvolvimento Integrado
Norte de Minas são apresentados no Anexo 2.
O Banco do Nordeste tem duas agências em operação e conta com três agentes
de desenvolvimento atuando nesses municípios, além de técnicos
especializados em agricultura irrigada.

A proximidade do Pólo Norte de Minas com os grandes centros consumidores


que, por si sós, garantem logística vantajosa ao escoamento da produção, vem a
somar com a existência de condições naturais para o desenvolvimento de uma
moderna e eficiente agricultura irrigada, associada à implantação do complexo
agroindustrial.
Como o Projeto Jaíba é o grande alavancador do Pólo, convém que se façam
algumas considerações sobre esse projeto, de forma a dar a verdadeira
dimensão do seu potencial e da região como um todo.

Localizado entre o rio São Francisco e o rio Verde Grande, a partir do encontro
dos dois rios, abrange áreas de dois municípios, o de Matias Cardoso e o de
Jaíba. A concepção do Projeto é inovadora e moderna, tanto nos sistemas de
irrigação utilizados, como no modelo de gestão independente, posto em prática
com a participação de pequenos agricultores e empresários rurais.

De uma área total de 310 mil hectares, foram selecionados 100 mil para serem
irrigados . O projeto inicialmente foi dividido em duas etapas: a primeira com
área bruta de 32.754 ha e área irrigável de 17.443 ha; a segunda com uma área
bruta de 30.657 ha e área irrigável de 19.300 ha. Nas terceira e quarta etapas o
projeto atingirá a meta das áreas irrigáveis previstas.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 12

Figura 1

EM AÇÃ O

PÓLO
NORTE DE MINAS

Manga

Matias Cardoso

Porteirinha
Jaíba

Verdelândia Nova Porteirinha

Janaúba

NORTE DE MINAS GERAIS


PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 13

Figura 2
Localização do Pólo Norte de Minas
no Semi-Árido Nordestino

PI

MA CE

RN

PB

PE

AL

SE
BA

Pólo Norte de
Minas
MG
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 14

As características do sistema hidráulico principal das duas primeiras etapas são


as seguintes:

ESTRUTURA CAPACIDADE CARACTERÍSTICAS


• Canal de Chamada 80m3/s 1,2 km
• Est. Bomb. - EB 1 80m3/s 21.550 kw
• Canal Principal - CP 180m3/s 6,9 km
• Est. Bom. - EB 2 65m3/s 17.076 kw
• Canal Principal – CP 2 65m3/s 8,7km

EB1 - PROJETO JAÍBA

Uma grande quantidade de produtos agropecuários origina-se do Pólo Norte de


Minas: carne, leite e seus derivados. As três áreas irrigadas, já mencionadas,
dão expressão à região como produtoras de grande variedades de frutas e
hortaliças como: banana, mamão, goiaba, uva, limão-taiti, maracujá, manga,
coco, cebola e tomate. A cultura da banana, com participação de mais de 90%
da área ocupada, representa o destaque na fruticultura. Nos canais de
distribuição dágua de Jaíba desenvolve-se a piscicultura.

O produtor mineiro, em face do costume arraigado de se preocupar mais com a


produção do que com pós-colheita e a comercialização, começou a ter
problemas de mercado com a cultura da banana. A expansão da área de plantio
dessa cultura não foi acompanhada do esforço de dominar as variáveis da
logística e da comercialização.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 15

As potencialidades do Pólo Norte de Minas podem ser ainda evidenciadas pelos


seguintes fatores:

a) possibilidade de utilização de um sistema intermodal para transporte da


produção. O Pólo está a 541 km de Belo Horizonte, aproximadamente,
1.131 km de São Paulo, 1.026 km do Rio de Janeiro e 804 km do
Distrito Federal, principais centros consumidores internos, e a 1.000 km
do porto de Vitória;

b) disposição e vontade política do governos federal e estadual de


investirem no setor de infra-estrutura da região;
c) proximidade do Mercosul e dos principais portos do País, o que
permitirá exportar para outros países a custo mais baixo;

d) a área é contemplada com recursos dos fundos do Finor e FNE;

Figura 3

e) disponibilidade de terras irrigadas para serem ocupadas por produtores


e empresários;
f) tecnologia disponível para exploração da produção de frutas e
hortaliças;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 16

g) mão-de-obra disponível; parte dela com razoável grau de qualificação


para atividades agroindustriais;

h) topografia plana a suavente ondulada, possibilitando a exploração da


agricultura mecanizada e o emprego de alta tecnologia;

i) razoável grau de organização dos produtores rurais, em associações,


coopertivas, etc.;
j) investimentos realizados pela iniciativa privada na produção de frutas
com alta tecnologia;
l) vocação do Brasil como supridor mundial de frutas tropicais;
m) forte adoção de medidas preservacionistas (planos de trabalho
conservacionistas).

Apesar das potencialidades identificadas, a região apresenta pontos de


estrangulamento de caráter geral, identificados nas diversas comissões
temáticas no workshop. Nos capítulos seguintes deste documento serão
analisados, com maior profundidade, os fatores alavancadores e restritivos do
Pólo Norte de Minas, bem como as ações recomendadas pelos participantes
para potencializar seu desenvolvimento.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 17

Figura 4
Pólo Norte de Minas X Principais Mercados

EUROPA
ESTADOS
UNIDOS

ÁSIA
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3. DIAGNÓSTICO DOS FATORES ALAVANCADORES E


RESTRITIVOS

3.1. Discussão Sobre os Temas Específicos

INFRA-ESTRUTURA

O Pólo Norte de Minas, apesar de estar localizado num dos estados mais ricos
do Brasil, apresenta uma infra-estrutura que exige investimentos maciços de
forma a se minimizarem os marcos críticos que impedem o seu desenvolvimento
completo. As deficiências se relacionam às estruturas rodo-hidro-ferroviária,
energia elétrica, telefonia, armazenagem e aquelas pertinentes à qualidade de
vida e ao progresso social, como escolas, abastecimento dágua, esgotamento
sanitário e tratamento de resíduos líquidos e sólidos.

Os eixos de transporte, para serem competitivos, necessitam dos elementos de


logística. De uma forma geral, são os seguintes: a) packing houses nos locais
próximos de colheita das frutas; b) câmaras frias em locais estratégicos para
conservação de frutas e hortaliças; c) armazéns ao nível de projetos irrigados; d)
estradas vicinais; e) silos coletores; f) terminais intermodais; g) pátios
ferroviários; h) portos etc. Concomitantemente, há necessidade de ações de
coordenação aduaneira, navegação costeira e navegação transoceânica.

Os eixos de transporte com insumos de logística se transformam em sistemas de


logística, os quais, dotados das demais infra-estruturas econômicas (energia,
comunicação e telemática), se transformam em eixos de desenvolvimento.

Segundo Renato Pavan (1993), a matriz de transporte intermodal tem


significativa importância na formação dos custos globais dos produtos. O
transporte mais econômico e que gasta menos combustível, pela ordem, é o de
cabotagem, hidroviário, ferroviário e, por último, o rodoviário, na proporção
de 1: 2: 4: 8.

Tomando-se como referência o porto de Rottherdan, na Holanda, o custo total


de transporte nos Estados Unidos é de US$ 28,0/t, na Argentina, US$ 43,00/t e,
no Brasil, é de US$ 68,00/t. Esse diferencial diminui a renda do produtor
brasileiro, reduzindo a competitividade do setor exportador brasileiro (PAVAN,
1993). O segredo do custo reduzido de transporte nos Estados Unidos se deve
ao uso intensivo do sistema multimodal, com ênfase para o transporte hidroviário
e ferroviário.

O uso do sistema multimodal no Pólo Norte de Minas pode ser implementado


desde que uma série de investimentos sejam realizados para recuperar a malha
viária, seja modernizada a malha ferroviária e reativada e modernizada a
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 19

hidrovia do rio São Francisco que, a partir de Pirapora, torna-se navegável até
Juazeiro−Petrolina. Há necessidade de pavimentação da estrada que liga Matias
Cardoso−Jaíba−Janaúba. A partir desse ponto, a ligação pode ser por via
rodoviária (estradas pavimentadas) e ferroviária.

Dessa forma, o sistema de transporte constitui o principal ponto a ser atacado,


vez que impacta tanto o custo de produção, via custo com transporte de
insumos, quanto o de pós-colheita.

Janaúba conta com um aeroporto para pequenas aeronaves. Para o escoamento


de cargas (frutas) com vistas a atender janelas de exportação, seria necessária
a realização de estudos destinados à viabilização de aeroporto para operar
aeronaves de grande porte.

Em termos de infra-estrutura, merece destaque também o processo sistêmico de


armazenagem, que inclui unidades armazenadoras na propriedade agrícola,
coletora, intermediária e terminal. O Brasil ainda não dispõe de um sistema
nesse nível. Possui apenas um conglomerado de unidades, o mais diversas
possível, com predominância de armazéns coletores. Com isso, há uma perda
de aproximadamente US$ 3 bilhões de dólares/ano, ao longo de todo o sistema.
(PAVAN, 1993.)

Os municípios da área de influência do Pólo apresentam algumas deficiências


no que concerne à infra-estrutura urbana (saúde, educação, saneamento básico,
etc.) e serviços na área rural (energia e telefonia). Entretanto, uma série de
ações estão sendo desenvolvidas e em via de serem efetivadas no âmbito dos
governos federal, estadual e local, para solucionar ou minimizar esses
problemas.

MEIO AMBIENTE

A ação do homem para a exploração econômica dos recursos naturais provoca


uma série de modificações no meio ambiente. Se não forem controladas,
ocasionam deseconomias e sérios riscos à saúde humana.
No Pólo Norte de Minas, o uso intensivo dos solos com a irrigação está
causando impactos no meio ambiente como o desmatamento; a introdução
intensiva de espécies exóticas de frutas e hortaliças, necessitando de
constantes tratamentos fitossanitários; a erosão laminar dos solos e a
intensificação da urbanização causada pela atratividade das áreas de economia
dinâmica, com o lançamento, nos rios, de esgotos sanitários sem tratamento, e,
por fim, a poluição causada pelo lixo urbano etc.

Por outro lado, esse processo traz, também, aspectos positivos, como, por
exemplo: transforma solos anteriormente considerados marginais ou
improdutivos em solos economicamente aproveitáveis; introduz tecnologias
modernas; ocasiona grande quantidade de empregos diretos e indiretos;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 20

implanta agroindústrias; diversifica e dinamiza centros urbanos; gera uma


variedade de serviços correlatos e, principalmente, eleva a renda “per capita”.
A sociedade deve, então, criar salvaguardas que impeçam, ou, pelo menos,
minimizem as conseqüências danosas que podem influenciar o ambiente por
meio da ação do homem, a exemplo do Protocolo Verde (∗).

No Projeto Jaíba existem ações postas em prática que merecem ser


mencionadas, como: o Plano de Arborização e Revegetação, a formação de
brigadas contra incêndios florestais, o Plano de Desmatamento Controlado, o
Plano de Educação e Mobilização Ambiental e outros.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

A questão da Pesquisa e Desenvolvimento e Assistência Técnica é a mesma


nas diversas áreas irrigadas do Nordeste. Os recursos materiais e humanos,
além de poucos, se distribuem de forma dispersa, sem a capacitação condizente
com a complexidade das atribuições a que estão sujeitos e sem recursos
materiais necessários para desenvolverem um bom trabalho. A presença da
pesquisa pública nos pólos é considerada precária.

Evidentemente, essa constatação não invalida nem desqualifica os enormes


esforços dos técnicos que estão na labuta diária e dando o melhor de si para
atender a demanda crescente por novos materiais genéticos, adaptação de
novas variedades ao solo e clima da região, pesquisa básica etc. Além disso,
muitas vezes se observa certa falta de sintonia entre o que os técnicos
pesquisam e o que as classes trabalhadoras e empresariais demandam. Apesar
de a Embrapa não ter centro de pesquisa específico para a irrigação, os
técnicos estão se voltando para esse nicho da pesquisa.

Outra questão relevante a ser considerada na pesquisa é que, no geral, elas são
realizadas com foco no produto, deixando de lado importantes segmentos das
cadeias produtivas, a exemplo de pesquisas de mercado, qualidade, promoção
de produtos, definição de embalagens, etc. Ou seja, a pesquisa tem de se
preocupar com todos os elos do complexo agroindustrial.
Segundo Souza (1994), “um dos maiores gargalos no que toca à tecnologia
voltada para irrigação diz respeito à sua difusão. A assistência técnica pública é
extremamente precária, por falta de definição de prioridades, por manipulação
política, por ausência de programas de treinamentos e capacitação e por falta de
renovação de pessoal”. Com essa situação criada, os produtores passaram a
demandar a assistência técnica privada que aos poucos está tomando vulto


Protocolo Verde é um grupo composto por integrantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA),
Ministério da Fazenda (MF), Ministério do Planejamento (MPO), Ministério da Agricultura (MA), Banco
Central e os bancos oficiais (BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e
Basa), para apresentar diretrizes, estratégias, recomendações e mecanismos operacionais com o objetivo de
inserir a variável ambiental no processo de concessão e gestão do crédito e dos benefícios fiscais às
atividades produtivas.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 21

como meio de assistir, de forma rápida e eficiente, os produtores rurais em


irrigação.

CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES

A agricultura irrigada e, principalmente, a agricultura irrigada com fruticultura


requerem um nível de especialização bastante elevado. Os complexos
processos de produção, pós-colheita e comercialização necessitam de
profissionais especializados no campo da assistência técnica e de produtores
bastante capacitados.

A prática da agricultura irrigada com pessoas inabilitadas compromete o uso dos


recursos de solo, água e a própria vida dos trabalhadores e produtores rurais,
além do comprometimento de recursos financeiros próprios ou de terceiros, com
elevado ônus para a sociedade.

“O desenvolvimento agrícola e industrial da irrigação pressupõe a existência da


seguinte força de trabalho: a) nas Universidades: professores com treinamentos
a nível de mestrado e doutorado nas áreas de irrigação/ drenagem, fruticultura e
hortaliças; b) nos centros de Pesquisa: pesquisadores, que tenham também
formação e especialização nessas mesmas áreas do conhecimento; c) nas
Escolas Agrotécnicas: com professores habilitados ao ensino das disciplinas
relacionadas com a prática da agricultura irrigada; d) no campo: com
engenheiros agrônomos, engenheiros civis, técnicos agrícolas com formação em
irrigação/drenagem, fruticultura e hortaliça e trabalhadores rurais, com algum
nível de educação, que permita seguir, corretamente, as instruções implícitas no
uso de pacotes tecnológicos e que tenha consciência dos seus direitos, de
forma que haja correspondência de uma agricultura moderna com a qualidade
de vida de um padrão superior à da agricultura atrasada.”(Souza, 1994.)

Nos perímetros públicos predominou a ênfase nas estruturas de engenharia


hidráulica e de irrigação, esquecendo-se de investir no homem. Não ocorreu o
fortalecimento de estruturas organizacionais independentes do governo federal
que pudessem assumir a gestão. Somente em anos mais recentes é que está
ocorrendo uma mudança de atitude a esse respeito e se está incentivando a
emancipação desses perímetros. Emancipar significa entregar aos beneficiários
a responsabilidade da sua administração. Assim é que se está incentivando um
modelo de gestão em que o distrito de irrigação seja responsável pelo
bombeamento e a conservação das áreas comuns e as cooperativas ou
associações, juntamente com as empresas privadas, se responsabilizem pela
produção e comercialização.

Na prática, existem alguns casos em que o distrito está-se responsabilizando


pela assistência técnica também, entrando na área de produção. Em outros
casos, as associações ou cooperativas estão-se responsabilizando por tudo,
sem a figura jurídica do distrito.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 22

Cabe ressaltar que, no Banco do Nordeste, a capacitação é considerada


fundamental, em razão do que exixstem vários instrumentos em curso, inseridos
num contexto maior do Projeto de Capacitação, a exemplo do projeto Banco do
Nordeste/Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento(BN/PNUD), as
ações do agente de desenvolvimento e a ação capacitadora do Programa de
Reorientação da Pequena e Média Propriedade Rural(PRODESA), dentre
outras.

A questão da organização dos produtores não se deve restringir às associações


e cooperativas, mas à possibilidade de fusões, incorporações dessas entidades
associativas, alianças estratégicas com empresas nacionais ou transnacionais
que tenham know-how em pós-colheita e mercados e que possam aportar capital
e tecnologias voltadas para o desenvolvimento da atividade e da região.

PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS

No Pólo Norte de Minas a irrigação assumiu uma grande importância para o seu
desenvolvimento agrícola, sobretudo por aumentar a disponibilidade de terra
arável, por tornar possível uma sucessão intensiva de cultivos, uma maior
variedade de cultivos e um aumento nos níveis de produtividade.
Conseqüentemente, ao se substituir uma agricultura atrasada por uma de
padrão tecnológico superior, aumenta-se a produção e a renda, estabelecem-se
canais de comercialização e instalam-se as agroindústrias.

O desenvolvimento da irrigação tem também um impacto no desenvolvimento de


setores não-agrícolas da economia, tais como comércio, serviços, transportes,
aumento das exportações, e provê um mercado para a produção industrial de
insumos e equipamentos agrícolas. Todos esses fatores são externalidades que,
com o passar do tempo, criam um fato econômico e social que é o próprio
desenvolvimento.

No Pólo do Norte de Minas está ocorrendo uma situação idêntica à descrita


acima: os investimentos do Estado Brasileiro na irrigação com os projetos de
Jaíba, Gorutuba e Pirapora estão gerando fatores de desenvolvimento através
do aumento crescente da produção e, conseqüentemente, da geração de
demandas e serviços a montante (para trás) e a jusante (para frente) da
produção.

Como pode ser observado nos gráficos a seguir, a produção só em Jaíba


atingiu, em 1996, 30 mil toneladas de todos os produtos agrícolas considerados,
e o valor da produção alcançou 12 milhões de dólares.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 23

FONTE: DIJ-PLENA
VALOR DA PRODUÇÃO (1000US$)

12000
11000
10000
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0 90 91 92 93 94 95 96

FONTE: DIJ-PLENA

30000
PRODUÇÃO (t)

25000
20000
15000
10000
5000
0
90 91 92 93 94 95 96

PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

No que diz respeito à fruticultura irrigada, todos os estudos atuais, a respeito de


tendências de mercado, indicam que inexistem problemas quanto à demanda
potencial. A questão é a seguinte: os produtores têm de se organizar para
acessar esses mercados de forma contínua e segura. A organização pressupõe
a criação de condições para se fazerem avaliações precisas, metodológica e
sistematicamente, como forma de orientar, sinalizar os investimentos para as
culturas que devem ser implantadas.

A questão do mercado deve ser encarada como algo extremamente dinâmico,


que muda constantemente. Pensando assim é que se deve montar uma
estrutura mínima de técnicos, produtores, empresários que realizem estudos
constantes das tendências de mercado e desenvolvam políticas de “marketing”,
estabelecendo-se os elos das cadeias comerciais. Dentro desse escopo,
procurar-se-á identificar as diversas cadeias comerciais dos vários produtos,
suas interligações e interseções, de forma que, ao se abrirem as alternativas de
comercialização, haverá chance da obtenção de preços mais remuneradores
para os produtores.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 24

A questão da comercialização é fundamental para qualquer empreendimento


agrícola. O comércio mundial de alimentos está hoje totalmente interligado pelas
grandes cadeias comerciais

As perspectivas de mercado para os produtos da região são promissoras, haja


vista as tendências de crescimento mundial e regional da população e da renda.
Segundo projeções da Food Agriculture Service (FAS), até 2005 a renda mundial
crescerá em cerca de 5 trilhões de dólares. Isso sugere um significativo
incremento na demanda por produtos agrícolas, especialmente para aqueles
sensíveis ao aumento da renda. (Anais do Congresso do Symposium dos
Cerrados, 1997.)

Num quadro de economia estabilizada e com possibilidade de uma melhor


redistribuição de renda, as perspectivas são de um consumo ainda maior na
região Nordeste, haja vista a grande demanda reprimida por alimentos.

Amostra de frutas embaladas e padronizadas – Jaíba/MG

Deve-se contar também com uma política de divulgação dos nossos produtos
nos mercados nacionais e internacionais. Os especialistas em fruticultura têm
afirmado que existe no mercado internacional uma tendência para as frutas
exóticas como graviola, goiaba, cajá, dentre outras. Pode-se, portanto, através
de uma ação de marketing para esses produtos, criar uma grande alternativa de
escoamento da produção, no âmbito do mercado doméstico e externo.
As otimistas perspectivas de conquista e ampliação desses mercados só se
confirmarão se vencidos muitos obstáculos aos temas abordados.
A questão da promoção de investimentos é de fundamental importância para o
desenvolvimento da região, uma atribuição que cabe a todos os entes ligados à
fruticultura irrigada: governos federal, estadual, municipal, iniciativa privada e
demais instituições que tenham interesse na atividade.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 25

A esse respeito, cabe ressaltar o esforço que já vem sendo realizado pelas
diversas instâncias governamentais e o Banco do Nordeste, com uma
participação ainda muito tímida dos agentes privados, tais como: apoio à
realização "rodada de negócios" e à participação em feiras internacionais,
indução à vinda de missão de empresários externos, apoio a viagens de grupos
de empresários da região para outros países onde a atividade está em estágio
tecnológico e de desenvolvimento mais avançado, dentre outros.

O Banco do Nordeste, consciente da importância do assunto, elegeu a


promoção de investimentos como uma de suas prioridades e conta com uma
equipe de técnicos e consultores que cuida exclusivamente dessa questão.
Desde que hajam organizações de produtores locais bem estruturadas, com
ação participativa e democrática e atuando segundo as regras de mercado,
evidencia-se que haverá investidores externos dispostos a aplicar recursos na
região, nos segmentos de produção e, principalmente, em pós-colheita e
comercialização, inclusive com participação de capital de risco.

AGROINDÚSTRIA

A viabilização da agricultura irrigada, de um modo geral, está associada à


implantação de agroindústrias próximo às áreas produtoras de matéria-prima. Na
maioria dos casos, a agroindústria só se instala onde há matéria-prima,
alavancando o segmento produtivo.

Com a implantação de agroindústrias, abre-se um mercado adicional para os


produtos oriundos da irrigação, proporcionando a maximização da renda do
produtor pela agregação de valor aos produtos, criando-se empregos estáveis,
além de interiorizar o desenvolvimento. Adicionalmente, além dos efeitos diretos
e indiretos sobre a produção, ocorre uma série de externalidades positivas no
meio rural – a montante e a jusante da produção − destacando-se a geração de
atividades não-agrícolas fundamentais ao emprego de importantes segmentos
da população e a modernização tecnológica, dentre outras.

No Pólo Norte de Minas, por exemplo, várias frutas podem ser processadas
(banana, coco, goiaba, mamão, acerola etc.) além de tomate e outros legumes,
e os produtos como leite e carne. Há necessidade de se promover, na área, o
investimento privado neste negócio promissor. Outra forma de se dinamizarem
os investimentos no processamento seria incentivando-se as associações a
entrarem no segmento industrial como forma também de viabilizarem o comércio
de seus produtos. Para isso é necessário investir na formação de mão-de-obra
ligada, diretamente, ao beneficiamento como, de modo especial, a que se
encarrega do setor administrativo, para formar profissionais eficientes no “fazer”
e no “administrar”.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 26

3.2. Fatores Alavancadores e Restritivos

3.2.1. INFRA-ESTRUTURA

Alavancadores:

a) projetos de irrigação pública implantados e em implantação, com


sistemas de irrigação modernos, com disponibilidade de área para
expansão;

b) disposição política dos representantes da Região para imprimir ações


visando à realização de projetos de infra-estrutura;

c) disponibilidade de energia elétrica fornecida pela Centrais Elétricas de


Minas Gerais(Cemig), com capacidade de atender toda demanda;

d) todas as localidades são ligadas por linhas telefônicas, a maioria


também por celular; até o final de 1988 todo o Norte de Minas estará
interligado por celular;

e) possibilidade de utilização de sistema multimodal de transportes, dada a


existência de estradas pavimentadas de Janaúba aos grandes centros
consumidores, e ramal ferroviário que se recuperado, poderá reduzir o
custo com transporte de parte da produção;

Restritivos:

a) mau estado de conservação da malha viária municipal e estadual,


principalmente da estrada Jaíba−Janaúba, que requer pavimentação
asfáltica;
b) falta interligação com rodovias federais e acesso a portos e aeroportos
(ligação da produção aos centros consumidores);
c) ferrovias insuficientes e em precárias condições;
d) deficiente infra-estrutura de transporte refrigerado para frutas;

e) inadequado sistema de transporte aeroviário (não há aeroporto no Pólo


que possa operar com aviões cargueiros; o aeroporto de Confins fica
muito distante, encarecendo o frete);
f) pós-colheita e carga/descarga inadequadas; ausência de estrutura de
frios para armazenagem.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 27

3.2.2. MEIO AMBIENTE

Alavancadores:

a) processo de conscientização de irrigantes, iniciado com alguns


programas em execução;
b) novos irrigantes mais receptivos às orientações sobre a conservação do
meio ambiente;
c) satisfatório nível de conscientização quanto à necessidade de
preservação do meio ambiente;
d) desenvolvimento urbano com oferta mais eqüânime dos serviços sociais,
acarretando menor pressão sobre os recursos naturais, mais
precisamente sobre os recursos hídricos.

Restritivos:

a) uso de agrotóxicos sem os cuidados necessários;


b) inaplicação do receituário agronômico;
c) falta de registro de produtos agrotóxicos para diversas culturas;
d) precariedade e desinformação quanto ao tratamento das embalagens
dos agrotóxicos, implicando a contaminação do lençol freático;
e) falta de controle nos trabalhos de pulverização aérea;
f) exigência de barreiras fitossanitárias para exportação dos produtos e
baixo controle na importação de produtos de outros países;
g) descumprimento da lei ambiental por parte de muitos agentes
produtivos;
h) precariedade no monitoramento das águas; contaminação e uso
excessivo da água, por exemplo: rio Gorutuba, barragem do Itapera;
i) tratamento inadequado do lixo, ocasionando a sua deposição nos rios da
Região;
j) uso excessivo de água na irrigação, ocasionando perdas por lixiviação;
l) assoreamento de mananciais e degradação de matas ciliares;
m) uso dos solos muitas vezes fora das recomendações técnicas;
n) uso excessivo e sem autorização legal (outorga) dos recursos hídricos, o
que poderá comprometer, no futuro, os rios da região.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 28

3.2.3. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Alavancadores:

a) capacidade regional para a produção de sementes e mudas exóticas;


b) possibilidade de transformar os projetos públicos de irrigação existentes
em fontes geradoras de novas tecnologias, com a criação e instalação
de centros de pesquisa dentro dos perímetros irrigados;
c) existência de centros de pesquisa na Região, a exemplo da Empresa de
Pesquisa Agrícola de Minas Gerais(Epamig), Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária(Embrapa), Universidades, Companhia de
Desenvolvimento do Vale do São Francisco(Codevasf), Centro de
Pesquisa de Jaguariúna e os programas do Banco do Nordeste
Fundetec, Fundeci;
d) condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento de pesquisas na
área de fruticultura e olericultura;
e) resultados de pesquisas que mostram a evolução nos índices de
produtividade das principais culturas do Pólo;
f) existência de escritórios de assistência técnica da Emater-MG,
empresas particulares e órgãos de treinamento e capacitação como
Sebrae, Senar e diversos programas de treinamento de mão-de-obra;
g) bons resultados de pesquisa voltados para o desenvolvimento de
cultivares de banana mais produtivos e adaptados às condições locais;
h) incipiente parceria do Governo Estadual com instituições privadas para o
desenvolvimento de pesquisas;

Restritivos:

a) reduzido número de pesquisas;


b) dimensionamento inadequado dos equipamentos de irrigação, em
função da falta de reclicagem dos técnicos;
c) uso inadequado dos equipamentos de irrigação por inobservância dos
coeficientes técnicos;
d) mão-de-obra especializada insuficiente para atender às necessidades
de assistência técnica do Pólo;
e) precária interação entre o setor público e o setor privado;
f) pesquisa focada apenas na produção, deixando de lado importantes
elos da cadeia produtiva que exigem muitos estudos;
g) baixo nível de investimento em pesquisa de novas variedades que
atendam às exigências do mercado futuro;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 29

h) falta de estímulo ao pesquisador;


i) insuficientes recursos financeiros para o desenvolvimento de pesquisas
na área de fruticultura e olericultura;
j) ausência de oferta regular e magnitude adequada de sementes e mudas
na região;

3.2.4.CAPACITAÇÃO,GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES

Alavancadores:

a) existência de técnicos e multiplicadores de metodologias, processo e


mecanismos de capacitação, gestão e organização, capazes de
suprirem as necessidades iniciais de um esforço de soerguimento do
Pólo;
b) existência de instituições públicas e privadas com condições de
capacitar os produtores;
c) potencial político da Região para catalizar ações para o seu
desenvolvimento;
d) existência de uma estrutura escolar física(escola de agronomia na
Região);
e) existência de base organizacional dos produtores rurais (Associações,
Cooperativas e Sindicatos);
f) existência de meios de comunicação (rádios, TVs, jornais, telefonia etc.)

Restritivos:

a) baixa escolaridade e alto grau de analfabetismo;


b) pouca informação aos produtores;
c) cultura paternalista;
d) ausência de cursos específicos para utilização dos equipamentos e
máquinas agrícolas;
e) frágil estrutura das lideranças de produtores rurais e pouco
conhecimento para enfrentar os complexos problemas da produção
irrigada;
f) falta de integração interinstitucional (paralelismo);
g) descrença no sistema de cooperativas e associações devido às
experiências negativas no modelo anterior;
h) falta de comprometimento do associado;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 30

i) falta de capacitação tecnológica familiar( administrativa e financeira);


j) interferências políticas nas organizações;
l) recursos insuficientes para capacitação;
m) descontinuidade do trabalho educativo e capacitação pontual;
n) fragilidade das entidades associativas do ponto de vista da organização
e gestão;
o) falta de capacitação em qualidade total;
p) falta de capacitação da juventude rural.

3.2.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS

Alavancadores:

a) expansão da área irrigada, especialmente no Projeto Jaíba, com


possibilidade de plantio de largo espectro de culturas, com geração de
grandes volumes de produção;

b) condições edafoclimáticas favoráveis à produção de


fruticultura/horticultura e exploração pecuária;

c) possibilidade de diversificação de culturas de forma a dar


sustentabildade econômica e ambiental;

d) produção a partir de uma mesclagem de produtores locais com


empresários de outros estados ou países, com disponibilidade de
capital, de tecnologia e possibilidade de acesso aos mercados;

e) disponibilidade de crédito de longo prazo na rede oficial;

f) mecanismos alternativos de mercado para apoio à produção e


comercialização;

Restritivos:

a) desestímulo do produtor em razão do custo Brasil;


b) grande parte das tecnologias de plantio são inadequadas;
c) dificuldade de acesso ao crédito, por limitação de garantias e/ou por
inadimplência de créditos anteriores, em face da descapitalização dos
produtores;
d) baixa freqüência e precariedade da assistência técnica prestada aos
produtores;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 31

e) aumento de doenças de difícil controle;


f) concorrência com produtos importados altamente subsidiados;
g) elevada carga tributária;
h) planejamento inadequado da produção (desequilíbrio na oferta);
i) ineficiência na fiscalização fitossanitária de mudas, sementes e produtos
oriundos de outras regiões e de outros países;
j) mudas e sementes inadequadas para a região;
l) fiscalização inadequada de laboratórios e viveiristas;
m) ausência de empresas produtoras de sementes e mudas na Região;
n) inexistência de produção local e alto custo com aquisição de insumos
oriundos de outras regiões e de outros países (fertilizantes, defensivos,
inoculantes, corretivos, moléculas, embalagens, etc.);
o) inexistência de misturadora de calcário e fertilizantes na Região;
p) dificuldade com fertilizantes para fertirrigação (corrosivos e de baixa
solubilidade);
q) elevados custos decorrentes de demora na implantação dos projetos e
instalação dos equipamentos;
r) alto custo da energia para a irrigação;
s) reduzido número de indústrias com pequena escala de produção.

3.2.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Alavancadores:

a) excelente qualidade das frutas e verduras produzidas, conferindo boa


aceitação dos produtos no mercado;

b) posição geográfica do Norte de Minas privilegiada em relação aos


mercados consumidores do Centro–Sul, Brasília e Nordeste;

c) possibilidade de escoamento da produção por sistema intermodal;

d) mercado exterior com grande potencial de expansão para frutas tropicais


e ainda a ser conquistado;

e) lançamento do Programa de Fruticultura Irrigada do Nordeste, pelo


Ministério da Agricultura, que tem essa atividade como uma das cinco
grandes prioridades deste Ministério para a região;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 32

f) infra-estrutura de comunicação montada que pode ser acionada a


qualquer momento;

g) disponibilidade de mecanismos alternativos de mercado para


comercialização, como o sistema de comercialização de ativos
agropecuários em bolsas de mercadorias - Convênio do Banco do
Nordeste com as bolsas regionais para o mercado à vista;

h) existência de sistemas avançados de informação de preços e mercado,


inclusive em “real time”, a exemplo do Agrocast (Agência Estado) e do
Sistema de Informações de Preços Para Gerenciamento do Mercado
Agropecuário do Nordeste(Sigman), desenvolvido pelo Banco do
Nordeste.

Restritivos:

a) grande desorganização dos produtores na produção e comercialização;


b) baixo grau de consciência associativa dos produtores;
c) ausência de câmaras setoriais para tratar das questões relativas a
produtos específicos;
d) falta de maior divulgação das informações de mercado sobre oferta e
demanda;
e) amadorismo dos operadores de mercado, mostrando pouco
profissionalismo na questão do mercado e da promoção;
f) cadeia produtiva predatória, com encadeamento hostil ao produtor;
g) dificuldade de entrar no mercado institucional, como o da merenda
escolar;
h) falta padronização dos produtos e regras de embalagem;
i) desconhecimento dos agentes de linhas de financiamento para
montagem de empreendimentos âncoras, com controle da cadeia
produtiva/comercial;
j) reduzida disposição dos empresários, bem como desconhecimento das
linhas de financiamento, para montagem de estruturas de pós-colheita;
l) desconhecimento por parte dos produtores da necessidade e
importância de criação de marcas ou selo de origem, para a
comercialização dos produtos;
m) falta de viabilidade de mercado externo e de rodadas de negócios com
parceiros internacionais;
n) inexistência de campanhas institucionais;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 33

o) falta estímulo para a criação de novos empreendimentos na área de


prestação de serviços;
p) falta de promoção e marketing no exterior.

3.2.7. AGROINDÚSTRIA

Alavancadores:

a) disponibilidade de produção frutícola e olerícola para aproveitamento


agroindustrial (banana, goiaba, maracujá, limão, tomate, coco, dentre
outras);
b) projetos públicos de irrigação em expansão com grande potencial para
produção de matérias-primas;
c) disponibilidade de energia para implantação de agroindústria na região;
d) existência de incentivos fiscais e financeiros para implantação de
agroindústrias na região;
e) proximidade de centros consumidores, com destaque para a região
Sudeste, a de maior renda e de maior consumo no País.
f) agroindústria implantada que proporciona à Região uma grande
capacidade de potencialização da sua produção agropecuária.

Restritivos:

a) ausência de um fórum permanente de planejamento regional;


b) ausência de um grupo gerenciador nas definições de tipos de
agroindústrias para a Região;
c) inexistência de distritos agroindustriais;
d) falta de capital de giro para as agroindústris;
e) falta de custeio agrícola para a produção de matéria-prima;
f) falta de capacitação da mão-de-obra especializada;
g) elevadas taxas de juros para investimentos;
h) poucas agroindústrias na região.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 34

4. AÇÕES PROPOSTAS

Como resultado das discussões nas comissões de trabalho, foram sugeridas as


seguintes ações para potencializar os fatores alavancadores e minimizar os
restritivos:

4.1. INFRA-ESTRUTURA

a) criar um programa permanente de recuperação e manutenção de


estradas, evitando o uso da "Patroll" e o cascalhamento superficial, com
soluções pontuais;
b) criar um programa de logística para transporte multimodal;
c) interligar o rio São Francisco com os principais rios da Região (ex.: rio
Verde); ligar Jaíba a Janaúba, via sistema de carregamento por ferrovia
em Janaúba;
d) construir câmaras frias com containers refrigerados em locais
estratégicos de carga;
e) concluir as obras listadas no Programa Mineiro de Desenvolvimento
Integrado (PMDI) e do Documento Agenda 2.000, como a estrada Jaíba–
Mocambinho, Jaíba–Matias Cardoso e a ligação de Nova Porteirinha–
Salinas (251);
f) conversão do sistema de irrigação do Projeto Gorutuba que permite
ampliação da área irrigada; construção de barragens nos rios Sítio Novo,
Gorutuba, Verde e Poções;
g) implantar o Programa de Microbacias, o Programa de Nascentes e
Matas Ciliares, Programa de Irrigação e Abastecimento;
h) melhorar a infra-estrutura social da Região (educação, saúde,
saneamento, habitação), sobretudo nas periferias das cidades;
i) criar estruturas de Zonas de Processamento Para Exportação (ZPE);
j) implantar aeroportos completos em Janaúba e Mocambinho.

4.2. MEIO AMBIENTE

a) fazer controle de resíduo nos produtos agrícolas, através de


amostragem, com punição ao produtor reincidente;
b) facilitar o registro de produtos agrotóxicos;
c) desenvolver um processo para tratamento de embalagens de
agrotóxicos;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 35

d) criar um regulamento para pulverização aérea e sua fiscalização;


e) criar um sistema de monitoramento permanente das águas;
f) capacitar o produtor em manejo de irrigação, de forma a evitar o uso
excessivo da água, possibilitando a sua economia e evitando a
salinização do solo;
g) criar um Conselho de Defesa do Meio Ambiente para fiscalização do
cumprimento da legislação existente;
h) aparelhar o Ibama e a Polícia Federal para evitar a degradação das
matas ciliares e o assoreamento dos rios;
i) criar um programa para recomposição das matas ciliares;
j) fazer uma campanha educacional para aproveitamento do lixo e montar
uma infra-estrutura para fazer a sua reciclagem;
l) agir de forma multidisciplinar para incentivar o uso correto do solo, tais
como uso em curvas de nível, plantio e rotação de culturas;
m) obter o selo verde – ISO 14.000 para produtos da região;
n) fazer estudo para exploração e uso racional das águas subterrâneas;
o) disponibilizar recursos para abertura de poços artesianos.

4.3. P & D E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

a) constituir grupo de trabalho para elaboração de documentos destinados


ao estudo da redução do custo da tecnologia;
b) promover maior interação entre pesquisadores com as organizações de
produtores;
c) captar recursos junto à iniciativa privada para desenvolver pesquisas;
d) realizar pesquisas de mercado, de forma a se produzirem alimentos que
atendam às exigências do mercado e aos requisitos de preservação
ambiental;
e) melhorar a infra-estrutura de apoio à pesquisa e extensão rural (centros
de pesquisa, laboratórios, etc.);
f) criar um fundo de apoio à pesquisa, extensão rural, viagens técnicas e
capacitação;

g) agregar as instituições de pesquisa de produção à tecnologia de


alimentos.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 36

4.4. CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES

a) alfabetizar crianças, jovens e adultos com cursos profissionalizantes;


b) utilizar o telecurso rural/TV escola e utilizar programas especiais criados
para produtores rurais;
c) fundar escolas do segundo grau no meio rural e emissora de rádio rural
e/ou programas para difusão de informações técnicas;
d) publicar informativos periódicos, cartilhas etc.;
e) montar um programa de educação diferenciado para jovens rurais, com
metodologia inovadora, grade curricular que inclua disciplinas
profissionalizantes inerentes à atividade agroindustrial, qualidade total e
meio ambiente, os quais agirão como multiplicadores junto aos seus pais
e a outros produtores;
f) criar centros de capacitação especializados em agroindústrias e
promover visitas de intercâmbio para troca de experiências e dias em
campo;
g) preparar lideranças para desenvolver ações de conscientização;
h) mudar a postura das entidades de apoio, com uso de metodologia de
gestão participativa;
i) treinar e acompanhar as lideranças em gestão participativa;
j) criar comissão interinstitucional de capacitação e comitês educativos;
l) divulgar as experiências das cooperativas bem sucedidas;
m) cumprir o estatuto social das organizações associativas;
n) capacitar os dirigentes das entidades associativas em métodos
gerenciais;
o) incentivar a descentralização das decisões nas organizações
associativas;
p) montar programa permanente de doutrinação e preparação das
comunidades para o exercício de seus direitos, deveres e
desenvolvimento de lideranças;
q) realizar levantamento das necessidades de treinamentos em áreas
específicas;
r) preparar dirigentes e o corpo social de associações e cooperativas para
promoverem o seu próprio desenvolvimento, com independência em
relação à ingerência de terceiros (técnicos, políticos, líderes religiosos,
etc.);
s) desenvolver esforços para captar recursos financeiros para a execução
de um programa de capacitação;
t) promover ações que induzam os agentes produtivos à capacitação,
como requisito de competitividade, antecedente ao crédito;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 37

u) criar um programa de capacitação de instrutores e contratar aqueles já


preparados para atender às demandas de capacitação dos agentes
produtivos;
v) sair das ações pontuais e promover ações continuadas e permanentes
de capacitação técnica e gerencial;
w) fortalecer as entidades associativas existentes e estruturar novas
organizações, com ênfase na gestão profissional e modernização
tecnológica;
x) promover a organização da produção e cursos de melhoria da técnica de
pós-colheita e transporte a frio.

4.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS

a) incentivar a produção, no período de entressafra, para obtenção de


melhores preços pelos produtores;
b) mobilizar esforços e promover articulações junto ao Governo Estadual
no sentido de desonerar a produção (redução e ou isenção de ICMS
sobre produtos e insumos, por exemplo);
c) incentivar a utilização da tarifa elétrica noturna como forma de diminuir
os custos de produção;
d) promover o uso racional da água com a implantação de hidrômetros e
tensiômetros;
e) desenvolver esforços junto ao Ministério da Agricultura para aprimorar o
sistema de padronização dos produtos agrícolas (inclusive frutas);
f) proibir a reutilização de caixas de madeira no transporte da produção,
como medida de prevenção sanitária;
g) incentivar a paletização dos produtos.

4.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

a) formar pool de associações e cooperativas para comercialização da


produção;
b) criar câmaras setoriais para análise de problemas de produtos
específicos;
c) promover pesquisas para identificar a estrutura de oferta e demanda e
as tendências de mercado;
d) criar meios de informação e divulgar dados estatísticos de produção e
preço de mercado entre os agentes envolvidos;
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 38

e) possibilitar os produtores acesso aos mercados, como forma de


viabilizar o fechamento das cadeias produtivas;
f) realizar ações junto aos governos municipais, no sentido de inserir frutas
regionais na merenda escolar e programas de assistência alimentar às
populações carentes;
g) fiscalizar a padronização dos produtos e definir regras de uso de
embalagens;
h) incentivar a implantação de empresas âncoras para o fortalecimento das
cadeias produtivas;
i) orientar os produtores quanto à existência de linhas de financiamento
para implantação de estrutura de pós-colheita;
j) incentivar a criação de marcas de produtos regionais e ou selos de
origem;
l) promover a presença efetiva em eventos, como feiras, exposições,
rodadas de negócio etc.;
m) participar de uma política global de promoção e marketing das frutas
brasileiras, no Brasil e no exterior;
n) pesquisar novos modelos de embalagens.

4.7. AGROINDÚSTRIA

a) viabilizar o funcionamento de agroindústrias, socializando a


integralização de cotas-partes, criando um mecanismo de capitalização
das empresas;
b) incentivar a implantação de novas agroindústrias;
c) incentivar o aumento da produção direcionada ao processamento;
d) incentivar a aquisição de softwares com sistemas informatizados para
agroindústrias;
e) introduzir a cadeira específica de “agribusiness” nas escolas técnicas
agrícolas.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 39

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BNDES. Complexo agroalimentar, 1994. 26p.


CODEVASF. Projeto jaíba – Aqui a Irrigação Dá Frutos e Faz Futuro.

__________. Situação dos Projetos da CODEVASP – 1ª SR, 1996.

__________. Posição Geral dos Perímetros, 1997.

__________. Estudo de Mercado sobre Banana, Manga e Uva

produzidas no Vale do São Francisco.

IICA. Pólo de Agronegócios do Norte de Minas Gerais, 1996.

SOUZA, H. R. Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável no

Nordeste do Brasil, 1994.

PAVAN, R. Segurança alimentar e agribusiness, 1993.


BANCO DO NORDESTE. ETENE. Estudo sobre Agroindústria do
Nordeste – Caracterização e Hierarquização de Pólos
Agroindustriais, 1992.
__________. Estudo sobre Agroindústria do Nordeste – Análise

Macroestatística da Agroindústria, 1992.


__________. Estudo sobre Agroindústria do Nordeste – Agroindústria de

Produtos Alimentares,1991.
__________. Estudo sobre Agroindústria do Nordeste – Retrospecto e

Perspectiva da População e Renda do Nordeste, 1992.


__________. Estudo sobre Agroindústria do Nordeste – Situação Atual e

Perspectivas da Produção Irrigada, 1990.


__________. Estudo sobre Agroindústria do Nordeste – As Cooperativas e

Associações de Irrigantes no Contexto da Agroindústria, 1991.


PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 40

ANEXOS
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 41

ANEXO 1

METODOLOGIA DE SELEÇÃO DOS MUNICÍPIOS DOS PÓLOS DE


DESENVOLVIMENTO INTEGRADO
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 42

ANEXO 1:

METODOLOGIA DE SELEÇÃO DOS MUNICÍPIOS DOS PÓLOS DE


DESENVOLVIMENTO INTEGRADO
,

Resumidamente, o método consiste em classificar os municípios segundo cada


um dos indicadores escolhidos, somando-se as diversas posições (classificação
ordinal) alcançadas por cada um deles, para a obtenção de um resultado final
("score"). Esse somatório é então ordenado, constituindo o "ranking" dos
municípios que podem então ser agrupados de acordo com a sua dispersão em
torno da média (medida em termos de desvio-padrão, quartis, quintis etc.)
Foram escolhidas, para cada um dos municípios candidatos a integrar o Pólo,
cinco variáveis que, em conjunto, representariam o seu processo de
dinamização econômica. São elas:

a) número de hectares irrigados pelo setor público;


b) quantidade de “megawatts” consumidos na área rural;
c) valor bruto da produção agropecuária;
d) valor bruto da produção agropecuária por quilômetro quadrado;
e) valor financiado pelo Programa de Irrigação do Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste (FNE-Proir).

Para as primeiras quatro variáveis utilizaram-se os valores do último ano


disponível, enquanto os financiamentos foram considerandos no período 1990-
97.

Em seguida, a pontuação média dos municípios permitiu que se calculasse a


pontuação média dos pólos. Aqueles municípios cuja pontuação situou-se igual
ou acima da média geral do Pólo foram os municípios selecionados para entrar
na primeira fase.

Além desses critérios, foram utilizadas ainda as seguintes convenções:

1) Os municípios que haviam sido desmembrados dos municípios selecionados


também foram incluídos.
Justificativa: Os municípios desmembrados faziam parte da área do
município-origem selecionado e não existem dados atualizados disponíveis
para analisar esses novos municípios;

2) Procurou-se, à medida do possível, constituir pólos com áreas contíguas,


haja vista as importantes vantagens proporcionadas por essa característica,
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 43

tanto como elemento facilitador da integração dos agentes produtivos, como


viabilizadora das necessárias articulações institucionais;

3) Alguns municípios, embora tenham atingido a média, não foram selecionados


por fazerem parte de outro pólo de desenvolvimento ou não estão contíguos;
Justificativa: Alguns pólos apresentam uma área distante da área atualmente
mais dinâmica, composta por outros municípios que, num segundo momento,
poderão formar um novo pólo de desenvolvimento.

4) Alguns municípios, embora não tenham atingido a média, foram selecionados


por estarem dentro da área dinâmica do Pólo.
Justificativa: Na maior parte são municípios que possuem um considerável
potencial de desenvolvimento, além de estarem geograficamente encravados
no Pólo, de forma que sua exclusão tornaria descontígua a área escolhida.

5) Aqueles municípios contíguos aos pólos, com área de irrigação expressiva


em início de operação, foram considerados como municípios do Pólo, mesmo
ficando abaixo da média geral.

"Ranking" Geral dos Municípios do Pólo Norte de Minas

Irrig. FINANC.
Energia ÍNDICES
Municípios Pública VBP VBP/Km2 PROIR, Médias
Rural GERAIS
P=2 P=2
Janaúba 6 12 10 10 24 12,4 1,0000
Porteirinha 2 9 13 13 22 11,8 0,9516
Jaíba 8 13 9 6 20 11,2 0,9032
Montes Claros 2 11 11 7 18 9,8 0,7903
Manga 2 10 7 5 16 8,0 0,6452
Rio Pardo de Minas 2 6 12 9 6 7,0 0,5645
Taiobeiras 2 5 8 11 8 6,8 0,5484
Itacarambi 2 1 10 9 10 6,4 0,5161
Matias Cardoso 4 7 5 3 10 5,8 0,4677
Monte Azul 2 4 6 4 12 5,6 0,4516
Capitão Enéias 2 8 2 2 14 5,6 0,4516
Mamona 2 2 3 12 2 4,2 0,3387
Mato Verde 2 3 4 8 4 4,2 0,3387
Montezuma 2 1 1 1 2 1,4 0,1129
Média Geral= 100,20/14 = 7,15.
Municípios acima da média: Janaúba, Porteirinhas, Jaíba, Montes Claros,
Manga.
Municípios do Pólo: Janaúba, Nova Porteirinha, Porteirinha, Verdelândia, Jaíba,
Manga, Matias Cardoso.
Municípios que entraram no Pólo porque se desmembraram de município acima
da média(convenção 1): Nova Porteirinha, Verdelândia.
Município que não entrou no Pólo por pertencer a outro Pólo (convenção 3):
Montes Claros.
Obs.: Foram criados os seguintes municípios:
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 44

De Porteirinha criaram-se: Pai Pedro, Nova Porteirinha, Verdelândia e


Serranópolis;
De Taiobeiras criou-se Berizal;
De Manga foram criados Jaíba e Matias Cardoso;
De Januária criou-se Pedras de Maria da Cruz;
De Rio Pardo de Minas foram desmembrados Indaiatuba, Montezuma, Santo
Antônio do Divino, Vargem Grande do Rio Pardo;
De Monte Azul criou-se Jaíba.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 45

ANEXO 2

DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS DO PÓLO


NORTE DE MINAS
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 46

ANEXO 2
DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS DO PÓLO
NORTE DE MINAS

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE JAÍBA-MG

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km² 2744


Distância da Capital km 622
Pluviosidade Média 1994 mm

População Masculina 1996 hab. 12.032


População Feminina 1996 hab. 11.239
População Urbana 1996 hab. 9.652
População Rural 1996 hab. 13.619
População Total 1996 hab. 23.271

Unidades de Ensino (Escolas) 1992 unid.


Número de Salas de Aula 1992 unid.
Alunos Matric. Pré-Escolar 1992 unid.
Alunos Matric. 1° Grau 1992 unid.
Alunos Matric. 2° Grau 1992 unid.

Unidades de Saúde 1992 unid.


Número de Leitos 1993 unid.
Número de Médicos 1994 unid.
Nascidos Vivos unid.
Taxa Mort. Infantil (1000 vivos) unid.

Ligações de Água 1994 unid.

Consumidores Residenciais 1995 unid. 2.491


Consumidores Industriais 1995 unid. 38
Consumidores Comerciais 1995 unid. 404
Consumidores Rurais 1995 unid. 1.038
Consumo de Iluminação Pública 1995 unid.
Total de Consumidores 1995 unid. 4.037
Consumo Residencial 1995 MWh 2.496
Consumo Industrial 1995 MWh 448
Consumo Comercial 1995 MWh 990
Consumo Rural 1995 MWh 20.476
Outros Consumos 1995 MWh
Consumo Total 1995 MWh 25.387

Produção de Carvão Vegetal 1992 t


Produção de Lenha 1992 m³
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 47

Produção de Madeira em Toras 1992 m³


Valor da Prod. de Carvão 1992(1) R$
Vegetal
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$
Valor da Prod. de Mad. em 1992(1) R$
Toras

Arrecadação do IPI R$
Arrecadação do ICMS 1996 R$ 221.521
Receita Municipal R$
Fundo Particip. dos Municípios 1993 R$ 88.921.591

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE JAÍBA EM 1993


ÁREA ÁREA PREÇO
QUAN- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
TIDADE MENTO
(Hectares) (Hectares) reais)
FEIJÃO(EM GRÃO) (t) 1.740 1.740 2.877 1.653 167.959
ALGODÃO HERBÁCEO (t) 3.150 3.150 1.890 600 44.094
BANANA (mil cachos) 160 160 240 1.500 36.864
MILHO(GRÃO) (t) 2.650 2.650 2.385 900 19.867
MANDIOCA (t) 77 77 1.078 14.000 16.170
ARROZ(EM CASCA)(t) 430 430 542 1.260 11.924
TOMATE (t) 10 10 500 50.000 8.000
MAMONA(BAGAÇO) (t) 190 190 285 1.500 2.081
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário e Municípios – 1985
Anuário Estatístico da Região Mineira do Nordeste-1994
NOTA: (1) Valores em cruzeiros de 92, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-92) para outubro/97.
NOTA: (2) Valores em cruzados de 85, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-85) para outubro/97.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 48

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE JANAÚBA-MG

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km² 2207


Distância da Capital Km 547
Pluviosidade Média 1994 Mm

População Masculina 1996 hab. 30.149


População Feminina 1996 hab. 30.582
População Urbana 1996 hab. 51.155
População Rural 1996 hab. 9.576
População Total 1996 hab. 60.731

Unidades de Ensino (Escolas) 1992 unid. 62


Número de Salas de Aula 1992 unid.
Alunos Matric. Pré-Escolar 1992 unid.
Alunos Matric. 1° Grau 1992 unid. 14.983
Alunos Matric. 2° Grau 1992 unid. 1.357

Unidades de Saúde 1992 unid. 22


Número de Leitos 1993 unid. 140
Número de Médicos 1994 unid. 19
Nascidos Vivos unid.
Taxa Mort. Infantil (1000 vivos) unid.

Ligações de Água 1994 unid.

Consumidores Residenciais 1995 unid. 10.368


Consumidores Industriais 1995 unid. 128
Consumidores Comerciais 1995 unid. 1.406
Consumidores Rurais 1995 unid. 898
Consumo de Iluminação Pública 1995 unid.
Total de Consumidores 1995 unid. 12.974
Consumo Residencial 1995 MWh 12.000
Consumo Industrial 1995 MWh 3.260
Consumo Comercial 1995 MWh 4.874
Consumo Rural 1995 MWh 12.040
Outros Consumos 1995 MWh
Consumo Total 1995 MWh 35.269

Produção de Carvão Vegetal 1992 t


Produção de Lenha 1992 m³
Produção de Madeira em Toras 1992 m³
Valor da Prod. de Carvão Vegetal 1992(1) R$
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$
Valor da Prod. de Mad. em Toras 1992(1) R$

Arrecadação do IPI R$
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 49

Arrecadação do ICMS 1996 R$ 1.744.188


Receita Municipal R$
Fundo Particip. dos Municípios 1993 R$ 795.175

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE JANAÚBA-MG EM 1993

ÁREA ÁREA PREÇO


QUAN- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
TIDADE MENTO
(Hectares) (Hectares) reais)
TOMATE (t) 277 257 15802 61486 252.832
FEIJÃO(EM GRÃO) (t) 1400 1400 1560 1114 91.073
MILHO(GRÃO) (t) 3000 3000 4500 1500 37.485
ALGODÃO HERBÁCEO (t) 2000 2000 1500 750 34.995
MANDIOCA (t) 90 90 1350 15000 20.250
ARROZ(EM CASCA) (t) 25 25 47 1880 1.034
LARANJA (mil frutos) 30 22 440 20000 880
CANA-DE-AÇÚCAR (t) 15 15 270 18000 540
FUMO(FOLHA) (t) 35 35 21 600 420
MAMONA(BAGAÇO)(t) 10 10 15 1500 110
LIMÃO (mil frutos) 1 1 20 20000 50
MANGA (mil frutos) 1 1 10 10000 10
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário e Municípios – 1985.
Anuário Estatístico da Região Mineira do Nordeste-1994.
NOTA: (1) Valores em cruzeiros de 92, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-92) para outubro/97.
NOTA: (2) Valores em cruzados de 85, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-85) para outubro/97.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 50

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE MANGA-MG

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km2 2.484


Distância da Capital km 711
Pluviosidade Média 1994 mm

População Masculina 1996 hab. 15.596


População Feminina 1996 hab. 15.392
População Urbana 1996 hab. 16.403
População Rural 1996 hab. 14.585
População Total 1996 hab. 30.988

Unidades de Ensino (Escolas) 1992 unid. 87


Número de Salas de Aula 1992 unid.
Alunos Matric. Pré-Escolar 1992 unid.
Alunos Matric. 1° Grau 1992 unid. 11.187
Alunos Matric. 2° Grau 1992 unid. 433

Unidades de Saúde 1992 unid. 20


Número de Leitos 1993 unid. 20
Número de Médicos 1994 unid. 3
Nascidos Vivos unid.
Taxa Mort. Infantil (1000 vivos) unid.

Ligações de Água 1994 unid. 2.073

Consumidores Residenciais 1995 unid. 3.201


Consumidores Industriais 1995 unid. 18
Consumidores Comerciais 1995 unid. 269
Consumidores Rurais 1995 unid. 192
Consumo de Iluminação Pública 1995 unid.
Total de Consumidores 1995 unid. 3.779
Consumo Residencial 1995 MWh 2.698
Consumo Industrial 1995 MWh 112
Consumo Comercial 1995 MWh 799
Consumo Rural 1995 MWh 7.228
Outros Consumos 1995 MWh
Consumo Total 1995 MWh 12.550

Produção de Carvão Vegetal 1992 t


Produção de Lenha 1992 m³
Produção de Madeira em Toras 1992 m³
Valor a Prod. de Carvão Vegetal 1992(1) R$
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$
Valor da Prod. de Mad. em Toras 1992(1) R$
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 51

Arrecadação do IPI R$
Arrecadação do ICMS 1996 R$ 176.964
Receita Municipal R$
Fundo Particip. dos Municípios 1993 R$ 641.131

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE MANGA EM 1993

ÁREA ÁREA PREÇO


QUAN- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
TIDADE MENTO
(Hectares) (Hectares) reais)
FEIJÃO(EM GRÃO) 1.500 1.500 1.820 1.213 96.460
MANDIOCA(t) 450 350 4.200 12.000 63.714
MILHO(GRÃO)(t) 2.000 2.000 4.500 2.250 49.950
ARROZ(EM CASCA) 175 175 434 2.480 15.837
LARANJA(mil frutos) 50 50 4.500 90.000 13.500
ALGODÃO HERBÁCEO(t) 1.200 1.200 1.080 900 6.480
CANA-DE-AÇÚCAR 300 200 8.000 40.000 5.784
CEBOLA(t) 20 20 400 20.000 4.651
ALHO(t) 5 5 30 6.000 3.683
TANGERINA(mil frutos) 6 6 540 90.000 2.700
MANGA(mil frutos) 15 15 900 60.000 2.250
COCO-DA-BAÍA(t) 5 5 50 10.000 1.500
BATATA-DOCE 6 4 48 12.000 960
MELANCIA (mil frutos) 6 4 40 10.000 800
LIMÃO(mil frutos) 4 4 360 90.000 720
MAMÃO(mil frutos) 2 2 24 12.000 480
BANANA(mil cachos) 3 3 2 666 240
MAMONA(BAGAÇO) 6 6 9 1.500 66
FAVA(EM GRÃO)(t) 3 3 1 333 45
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário e Municípios – 1985.
Anuário Estatístico da Região Mineira do Nordeste –1994.
NOTA: (1) Valores em cruzeiros de 92, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-92) para outubro/97.
NOTA: (2) Valores em cruzados de 85, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-85) para outubro/97.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 52

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE MATIAS CARDOSO-MG

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km2 1.923


Distância da Capital km 685
Pluviosidade Média 1994 mm

População Masculina 1996 hab. 5.027


População Feminina 1996 hab. 4.641
População Urbana 1996 hab. 2.126
População Rural 1996 hab. 7.542
População Total 1996 hab. 9.668

Unidades de Ensino (Escolas) 1992 unid. 87


Número de Salas de Aula 1992 unid.
Alunos Matric. Pré-Escolar 1992 unid.
Alunos Matric. 1° Grau 1992 unid. 11.187
Alunos Matric. 2° Grau 1992 unid. 433

Unidades de Saúde 1992 unid. 20


Número de Leitos 1993 unid. 20
Número de Médicos 1994 unid. 3
Nascidos Vivos unid.
Taxa Mort. Infantil (1000 vivos) unid.

Ligações de Água 1994 unid. 2.073

Consumidores Residenciais 1995 unid. 870


Consumidores Industriais 1995 unid. 5
Consumidores Comerciais 1995 unid. 55
Consumidores Rurais 1995 unid. 206
Consumo de Iluminação Pública 1995 unid.
Total de Consumidores 1995 unid. 1.171
Consumo Residencial 1995 MWh 631
Consumo Industrial 1995 MWh 29
Consumo Comercial 1995 MWh 104
Consumo Rural 1995 MWh 3.678
Outros Consumos 1995 MWh
Consumo Total 1995 MWh 4.833

Produção de Carvão Vegetal 1992 t


Produção de Lenha 1992 m³
Produção de Madeira em Toras 1992 m³
Valor Prod. de Carvão Vegetal 1992(1) R$
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$
Valor da Prod. de Mad. em Toras 1992(1) R$
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 53

Arrecadação do IPI R$
Arrecadação do ICMS 1996 R$ 101.457
Receita Municipal R$
Fundo Particip. dos Municípios 1993 R$ 59.281.060

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRICOLAS DE MATIAS CARDOSO EM 1993

ÁREA ÁREA PREÇO


QUAN- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
TIDADE MENTO
(Hectares) (Hectares) reais)
FEIJÃO(EM GRÃO)(t) 830 830 1.090 1.313 57.770
MILHO(GRÃO)(t) 1.300 1.300 2.925 2.250 32.468
MANDIOCA (t) 230 150 1.800 12.000 27.306
ALHO (t) 23 23 138 6.000 16.940
ARROZ(EM CASCA) (t) 180 160 447 2.793 6.473
ALGODÃO 900 900 810 900 4.860
HERBÁCEO(t)
CANA-DE-AÇÚCAR(t ) 200 100 4.000 40.000 2.892
LARANJA (mil frutos) 10 10 900 90.000 2.700
BATATA-DOCE (t) 2 2 24 12.000 480
MELANCIA(mil frutos) 2 2 20 10.000 400
COCO-DA-BAÍA(t) 1 1 10 10.000 300
MAMÃO (mil frutos) 1 1 12 12.000 240
LIMÃO (mil frutos) 1 1 90 90.000 180
MANGA (mil frutos) 1 1 60 60.000 150
BANANA(mil cachos) 1 1 1 1.000 120
MAMONA(BAGAÇO) (t) 4 4 6 1.500 44
FAVA(EM GRÃO)(t) 2 2 1 500 18
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário e Municípios – 1985.
Anuário Estatístico da Região Mineira do Nordeste –1994.
NOTA: (1) Valores em cruzeiros de 92, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-92) para outubro/97.
NOTA: (2) Valores em cruzados de 85, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-85) para outubro/97.
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 54

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE PORTEIRINHA (MG)

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km2 3.249


Distância da Capital km 582
Pluviosidade Média 1994 mm

População Masculina 1996 hab. 26.056


População Feminina 1996 hab. 25.656
População Urbana 1996 hab. 22.795
População Rural 1996 hab. 28.917
População Total 1996 hab. 51.712

Unidades de Ensino (Escolas) 1992 unid. 85


Número de Salas de Aula 1992 unid.
Alunos Matric. Pré-Escolar 1992 unid.
Alunos Matric. 1° Grau 1992 unid. 12.665
Alunos Matric. 2° Grau 1992 unid. 539

Unidades de Saúde 1992 unid. 26


Número de Leitos 1993 unid. 110
Número de Médicos 1994 unid. 10
Nascidos Vivos unid.
Taxa Mort. Infantil (1000 vivos) unid.

Ligações de Água 1994 unid. 300

Consumidores Residenciais 1995 unid. 5.524


Consumidores Industriais 1995 unid. 63
Consumidores Comerciais 1995 unid. 662
Consumidores Rurais 1995 unid. 1.608
Consumo de Iluminação Pública 1995 unid.
Total de Consumidores 1995 unid. 8.031
Consumo Residencial 1995 MWh 4.962
Consumo Industrial 1995 MWh 611
Consumo Comercial 1995 MWh 1.630
Consumo Rural 1995 MWh 6.868
Outros Consumos 1995 MWh
Consumo Total 1995 MWh 16.501

Produção de Carvão Vegetal 1992 t


Produção de Lenha 1992 m³
Produção de Madeira em Toras 1992 m³
Valor da Prod. de Carvão Vegetal 1992(1) R$
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$
Valor da Prod. de Mad. em Toras 1992(1) R$
Arrecadação do IPI R$
Arrecadação do ICMS 1996 R$ 93.927.422
PLANO INDICATIVO PARA POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO PÓLO NORTE DE MINAS 55

Receita Municipal R$
Fundo Particip. dos Municípios 1993 R$ 0

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE PORTEIRINHA EM 1993

ÁREA ÁREA PREÇO


QUAN- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
TIDADE MENTO
(Hectares) (Hectares) reais)
BANANA(mil cachos) 1.750 1.750 3.150 1.800 483.840
TOMATE(t) 350 350 22.750 65.000 364.000
ALGODÃO HERBÁCEO (t) 14.000 14.000 6.300 450 146.979
FEIJÃO(EM GRÃO)(t) 1.000 1.000 1.140 1.140 66.553
MILHO(GRÃO)(t) 5.000 5.000 7.500 1.500 62.475
UVA (mil cachos) 187 187 1.395 7.459 55.800
MANDIOCA(t) 200 200 3.000 15.000 45.000
ARROZ(EM CASCA)(t) 900 900 1.450 1.611 31.900
CANA-DE-AÇÚCAR(t) 100 100 2.000 20.000 4.000
MAMONA(BAGAÇO)(t) 250 250 250 1.000 1.825
MANGA (mil frutos) 130 100 1.000 10.000 1.500
LIMÃO (mil frutos) 30 30 450 15.000 1.125
LARANJA(mil frutos) 10 10 500 50.000 1.000
ALHO(t) 2 2 6 3.000 900
SORGO GRANÍFERO(t) 40 40 60 1.500 360
FUMO(FOLHA)(t) 10 10 4 400 80
MELANCIA (mil frutos) 15 15 9 600 72
TANGERINA(mil frutos) 1 1 10 10.000 25
FONTE: IBGE - Censo Agropecuário e Municípios – 1985.
Anuário Estatístico da Região Mineira do Nordeste –1994.
NOTA: (1) Valores em cruzeiros de 92, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-92) para outubro/97.
NOTA: (2) Valores em cruzados de 85, atualizados pelo IGP-DI(out-97/dez-85) para outubro/97.

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