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PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Resumo
O conhecimento de língua oral que a criança já traz internalizado antes mesmo de adentrar
os portões do ambiente escolar é extremamente importante para sua alfabetização.
O artigo mostra, a partir de pesquisa bibliográfica, que este conhecimento deve ser
efetivamente aproveitado durante o processo de alfabetização através da interação
verbal. Não basta apenas deixar os educandos falar, essa fala precisa fazer sentido,
ser valorizada no grupo e pelo educador. Querendo ou não, o educador ainda é
aquele que garante o sucesso dessa interação em sala de aula. É ele quem vai
mediar as discussões, estabelecendo as direções de onde se quer chegar. É a partir
do seu discurso e de suas práticas que os educandos se sentirão à vontade ou não
para expressarem suas idéias e, conseqüentemente, darem seus primeiros passos na
aquisição da modalidade escrita da língua.
1 INTRODUÇÃO
Tomando por exemplo o trecho que foi escrito até antes da INTRODUÇÃO, percebe-
se que o artigo que você irá escrever precisa ter: título, indicação de autoria (nome do aluno e
do orientador), nome do curso, resumo e palavras-chave. Estes elementos são chamados pré-
textuais e devem ser escritos conforme as orientações a seguir. Deve-se ter em mente, porém,
que as orientações abaixo descritas podem variar de acordo com a revista em que você deseja
publicar seu estudo. Mínimo de páginas: 8 / Máximo de páginas: 12.
1
Pós-graduando em Nome do curso pela ASSEVIM/ Instituto Passo 1. Município, estado. E-mail: e-mail do
aluno.
2
Doutorando em Sociologia Política. E-mail: evesilva@pop.com.br
2
subtítulo. Este deverá ser escrito em maiúsculas e minúsculas, centralizado, fonte “Times
New Roman” tamanho 16, negrito. Ao término do título (se não houver subtítulo), deve-se
deixar duas linhas em branco em tamanho 12 e inserir a autoria do texto. Caso haja subtítulo,
procede-se da mesma forma, deixando duas linhas em branco antes do (s) nome (s) dos
autores. É importante frisar que o título e subtítulo são escritos em tamanhos de fonte
diferentes (lembre-se: imediatamente, ao término da escrita do título, se houver subtítulo,
altere o tamanho da fonte de 18 para 16!) e entre eles não deve haver espaçamento.
Abaixo do título, centralizado, fonte “Times New Roman” tamanho 12, em linhas
distintas, você vai inserir o seu nome e debaixo deste igualmente o nome do orientador,
ambos em negrito, as demais linhas não.
Após a indicação da autoria, deixe uma linha em branco e escreva a palavra Resumo,
em fonte “Times New Roman”, tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda. Deixe uma linha em
branco. O resumo deve sintetizar o objetivo, a metodologia e as considerações sobre o estudo.
Na primeira frase do resumo você deverá expressar o assunto tratado. Não é aconselhável usar
citações aqui. O resumo deve ser 1 parágrafo de no máximo 15 linhas ou 250 palavras, sem
recuo na primeira linha. Usar espaçamento simples, justificado, fonte "Times New Roman”
tamanho 12, itálico. Dica: a escrita do resumo é a última etapa do trabalho, pois ela exige que
você tenha conhecimento de todo o texto para sua produção. Se você tentar fazê-la antes, é
provável que não consiga elaborá-la com a objetividade necessária. Deixe 2 linhas em branco
após o resumo.
Após a inserção destes elementos (que devem ser pensados em momentos diferentes
da ordem aqui listada), é hora de iniciar a introdução do artigo. A elaboração da introdução
também é uma das últimas partes do artigo a ser feita. Deve apresentar a contextualização, a
relevância, o objetivo, a caracterização da pesquisa,
o tema, o problema, o (s) objetivo (s) a justificativa, a metodologia e a abordagem do
que será tratado na fundamentação. Os próximos parágrafos constituem a introdução do artigo
adotado como exemplo e ilustram estas etapas.
A distância que demarca o hiato entre o momento em que se deu nosso processo de
alfabetização e a realidade de hoje, em que nos consideramos capazes de lidar com a escrita
de forma satisfatória, fez turvar a lembrança de como foi para nós a aquisição do código
escrito. E, quando nos deparamos com situações reais de alfabetização, há os que banalizam o
processo, julgando, através de suas próprias experiências, que assim como apesar do processo
foram capazes de aprender, a criança, cedo ou tarde, também o será.
2 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Você deve ter observado que a função da introdução é informar o leitor a respeito do
conteúdo discutido no corpo do artigo. Portanto, ao longo da seção 2 e suas subseções (2.1,
2.2, 2.2.1...) você deve apresentar para o leitor de forma lógica os dados e interpretações de
sua pesquisa para atingir o(s) objetivo(s) proposto(s).
O artigo deve ser escrito utilizando papel A4. As margens superior e inferior devem
ter 2 cm; a margem esquerda 3 cm e a margem direita 2 cm.
O texto deve ser escrito em fonte Times 12, com espaçamento simples entre linhas e
alinhamento justificado. Antes de cada parágrafo deve-se deixar 1.25 cm ou teclar Tab.
Deixar uma linha em branco entre um parágrafo e outro.
Agora, você pode conferir todas as regras acima listadas nos próximos parágrafos do
artigo adotado como exemplo.
Contudo, não se pode perder de vista que a diversidade às vezes provoca discussões
um tanto quanto acaloradas. Por isso, o próprio educador em seu discurso não pode, mesmo
sem querer, atingir negativamente algum educando. Como se tem num mesmo ambiente
várias identidades, cabe ao educador o papel de evitar discriminações de qualquer espécie e
respeitar o discurso que cada um de seus educandos traz. É preciso também que ele esteja
atento aos diferentes níveis de letramento de cada um de seus educandos, pois cada um
aprende no seu ritmo, do seu jeito, através de estratégias variadas.
Porém dizer que cada um tem seu ritmo, seu jeito e precisa de estratégias diferenciadas
durante o processo de ensino/aprendizagem não pode servir como desculpa para deixarmos
em posição desfavorável qualquer um de nossos educandos. Qualquer que seja a dificuldade
que eles nos tragam, todos eles têm o direito de se apropriarem de tudo aquilo que a leitura e a
escrita pode lhes propiciar. E compete a nós educadores mostrar-lhes esses benefícios.
Faz-se necessário explicar nesse momento o que se entende por letramento sob a ótica
da realidade brasileira, já que o termo originou-se da palavra inglesa literacy (condição de ser
“letrado”) dando à palavra “letrado” sentido diferente daquele que vinha tendo na língua
portuguesa.
Até aqui, você deve ter reparado que a autora do artigo adotado como exemplo fez uso
de citações no decorrer do texto. Estas citações, bem como as demais regras que já foram
comentadas, seguem as orientações da ABNT. A primeira citação que o artigo traz e que
transcrevemos aqui – Conforme encontramos em Soares (2001), ser letrado é aquele versado
em letras, erudito, mas não é essa a definição aplicável a uma pessoa letrada no Brasil. – é
uma citação indireta, isto é, trata-se de uma paráfrase (síntese das idéias e não cópia literal) de
5
um trecho da obra da autora Magda Soares. Nestas situações, indica-se apenas o sobrenome
do autor seguido do ano de publicação da obra. Logo após, encontra-se mais uma citação de
Soares. O trecho vem entre aspas, com indicação do ano e página, porque é cópia literal
(citação direta) do que estava escrito na obra de Soares. Além disso, acrescentou-se a
expressão grifo da autora, uma vez que no texto original também havia grifo.
A partir de agora, alguns trechos do artigo adotado como exemplo foram excluídos
com o propósito de se observar outras situações que podem ocorrer com você durante a escrita
do seu artigo.
Aqui entra em cena a figura do educador, como ou aquele que aceitará toda a bagagem
que a criança traz acerca de seu conhecimento de mundo ou aquele que a conceberá como
uma tabula rasa. Se o educador acreditar no potencial desta criança, se criar condições para
que ela se expresse sem receios, apostando no conhecimento dela, promovendo em sala
situações em que ela seja ouvida não apenas para se cumprir uma etapa de um roteiro,
certamente promoveremos uma interação que trará resultados bastantes significativos para
ambas as partes. É interessante apossarmo-nos neste momento do que diz Bakhtin (1988,
p.113, grifo do autor) a respeito da interação:
Essa orientação da palavra em função do interlocutor tem uma importância muito
grande. Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto
pelo fato de que se procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém.
Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte.
Observe agora que a autora do artigo adotado como exemplo fez uma citação direta,
usando para isso uma fonte menor (10) e recuo de 4 cm da margem esquerda. Este
procedimento será usado toda vez que você precisar fazer uma citação com mais de 3 linhas
(citação longa). Não esqueça de indicar o ano e número da página nos casos de citação direta.
Quanto ao grifo, este já foi comentado anteriormente.
Ainda nas entranhas da interação, convém utilizarmo-nos das palavras de Terzi para
justificar a importância da interlocução dentro do processo de alfabetização.
Caso você precise utilizar uma citação de segunda mão, você deve usar a expressão
apud. Este recurso deve ser usado quando você encontrar uma citação de um autor cuja obra
você não teve acesso. No caso acima, trata-se de uma citação direta longa, em que a autora
precisou utilizar a citação de TERZI, mas não teve acesso à obra desta autora. O trecho foi
copiado da obra Kleiman (1985, p. 107).
A seguir, a autora do artigo adotado como exemplo usou uma citação direta com três
autores (BAGNO; GAGNE; STUBBS), isto também pode acontecer com você. Atente para a
disposição dos nomes e não esqueça: citações diretas, curtas ou longas, exigem a indicação do
ano e número da página de onde foram extraídas.
6
Isso remete, segundo Bagno, Gagne e Stubbs (2002, p. 55), “[...] ao milenar preconceito
contra a língua falada [...]”, ressuscitando-se, assim, a questão do preconceito lingüístico.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essa percepção, no processo de alfabetização, precisa ser bem orientada pelo e para o
educador, pois se ele insistir em práticas que não considerem esse saber que a criança traz
consigo, se homogeneizar ou, pior, se estigmatizar algum de seus educandos, estará
impedindo essa criança de construir suas hipóteses e participar de forma ativa no processo de
alfabetização, não restando a ela outra alternativa a não ser o mero e passivo exercício da
repetição.
Embora, não se deseje, nestas linhas, propor uma anarquia contra aquilo proposto pela
norma padrão, o educador que lida com as primeiras manifestações da escrita no âmbito
escolar (evidencie-se aqui no âmbito escolar para termos sempre em mente que a criança já
começa seus primeiros ensaios na escrita antes de adentrar a escola) deve encará-las como
carregadas de significado: o que o educando escreveu diz algo dele, pertence efetivamente a
ele, é a expressão dele e merece, portanto, ser valorizada e trabalhada de modo que
gradativamente ele perceba que há certas normas que regem a forma de se escrever.
Não esqueça que o artigo deve ser elaborado em editor de textos (preferencialmente
Microsoft Word) e deverá ser entregue em formato eletrônico em um único arquivo no
formato “Word para Windows”, em um CD-ROM, e duas cópias impressas em papel A4
branco.
4 REFERÊNCIAS
BAGNO, M.; GAGNE, G.; STUBBS, M. Língua Materna: letramento, variação e ensino.
São Paulo: Parábola, 2002.