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Introdução

Antes de falar sobre os Planos econômicos, é importante primeiramente observar o


gráfico a seguir e observar as consequências de tais planos, para somente assim ter uma
visão mais crítica dos fatos, valendo ressaltar que o Brasil havia acabado de sair da
ditadura militar, que foi de fato um marco importante para o desenvolvimento do Brasil,
pois foi durante o mesmo que foram construídas grande parte de nossas rodovias, e
fundadas 47 empresas, entre elas podemos citar a Companhia Siderúrgica
Nacional (1940), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), e a Companhia Hidro Elétrica
do São Francisco (1945). No seu segundo governo (1951-1954), foi fundada a Petrobrás
- Petróleo Brasileiro S/A (1953), o avanço nesse período é claro, mas deixaram uma
divida externa grande, e como consequência um arrombo inflacionário.

Plano Cruzado I
O plano Cruzado foi um plano econômico lançado durante o governo de José Sarney. O
plano foi criado em 1986 pelo ministro da Fazenda (Dilson Funaro), o Brasil vivia um
grande estado de euforia (grandes inflações, eleições, escassez de alguns produtos...).
Foi um ano conturbado, pois em 1985 havia morrido o presidente eleito Tancredo
Neves.

Quando Sarney chegou à presidência da República, a economia estava numa situação


extremamente difícil. O déficit orçamentário chegava a 60%. Pesava também a dívida
externa, que, naquele tempo, era impagável.

Logo que assumiu, Sarney procurou nortear as diretrizes de seu governo, buscava se
legitimar no cargo para evitar um retrocesso político. Poderia ter o mesmo destino dos
presidentes depostos. No terreno da economia, a fórmula apresentada a Sarney foi
àquela aplicada em todo o mundo na época, um processo recessivo, de restrições
profundas aos investimentos e que levaria a um aumento substancial do desemprego no
país.

Sarney não aceitou, considerava essencial não sacrificar os mais pobres e criar
desemprego. Secretamente, o presidente Sarney combinou com o ministro do
Planejamento, João Sayad, que mandasse a Israel um economista para estudar em
profundidade o plano israelense. Pérsio Arida foi o escolhido.

De volta ao Brasil, Arida deu as linhas gerais do plano, que tinha uma dificuldade muito
grande: estabelecer um pacto interno no qual as forças políticas sustentariam as
consequências do processo de ajuste. Este pacto se revelou inviável, mas o presidente
decidiu aplicar o Plano mesmo sem ele. Inicialmente, a equipe econômica baixou um
primeiro decreto, de alinhamento de preços — ninguém sabia do que se tratava. Preços
e salários foram reajustados linearmente.

Em 28 de fevereiro de 1986, foi lançado o Plano Cruzado, tendo Dílson Funaro no


Ministério da Fazenda.

As principais medidas tomadas pelo plano Cruzado foram:

- A moeda corrente brasileira que era o Cruzeiro foi transformada em Cruzado, seguido
de sua valorização (O cruzado valia 1000 vezes mais);

- Congelamento dos preços em todo o varejo, os quais eram fiscalizados por cidadãos
comuns (fiscais do Sarney);

- Antecipação do salário mínimo (O governo garantia a antecipação de parte do salário


mínimo visando assim estimular o consumo);

- Correção automática do salário para acompanhar a inflação.

O plano foi um fracasso, principalmente devido a:

- O principal motivo de fracasso do plano foi o congelamento de preços, que fez a


rentabilidade dos produtores caírem para perto de zero quando não faziam os mesmos
ter prejuízo, a falta de mobilidade de preços fez os produtos ficarem ausentes do
mercado e até leite não era mais encontrado para se comprar, foi à época dos
consumidores fazerem “estoque” de produtos em casa;

- O governo não era responsável o suficiente para controlar seus gastos, além de fazer o
país perder grandes quantias de reserva internacional;

- A proximidade das eleições fez com que o governo tomasse algumas atitudes
populistas, evitando tomar atitudes impopulares para garantir a sobrevida do plano
Cruzado.

Plano Cruzado II
No final de 86, o boicote do mercado ao Plano Cruzado, refletido no desabastecimento
de vários produtos deu origem a um mercado negro, o que levou o governo a lançar um
plano de reajuste econômico.

Com o Plano Cruzado II, lançado em 22 de novembro de 1986, diferentes medidas


foram adotadas, conforme se observam:

 Aumento de 60% da gasolina e do álcool;


 Aumento de 80% nos preços dos automóveis;
 Aumento de 25% no açúcar;
 Aumento de 30% nas tarifas públicas dos telefones;
 Aumento de 180% no serviço postal;
 Aumento de 40% na energia elétrica
Depois de reajustados, todos esses preços e tarifas foram congelados novamente. O
Plano Cruzado II liberou os preços dos produtos e serviços, determinou que o reajuste
dos aluguéis fosse negociado entre proprietários e inquilinos e também alterou o cálculo
da inflação, que passou a ter como base, os gastos com famílias com renda de até cinco
salários mínimos. Os impostos das bebidas e cigarros foram reajustados. As exportações
caíram enquanto as importações aumentavam, esgotando as reservas cambiais.
Sarney mais uma vez tentou evitar a opção imposta de uma forte recessão. A opção
tomada foi a de administrar a inflação, assegurar a transição política e evitar, de
qualquer forma, a perda brutal do poder de compra dos assalariados.

Segundo Sarney, “o Cruzado II foi o maior erro que cometemos no governo e por ele,
paguei muito caro”. A avaliação dos economistas era de que o aumento dos impostos
sobre cinco produtos de consumo da elite, não traria impacto na inflação. A teoria e as
ações propostas não cumpriram as expectativas. Dentro da própria equipe econômica,
havia divergências, o ministro Sayad defendia que o ajuste fosse feito por meio do
imposto de renda. Cinco meses após a edição do Cruzado II, o ministro Dílson Funaro
foi substituído por Luis Carlos Bresser Pereira.

Plano Bresser
Terceiro pacote econômico do governo José Sarney, o Plano Bresser foi lançado em 12
de junho de 1987 para tentar estabilizar a economia, após os Planos Cruzado e Cruzado
II, pelo ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira, logo após a inflação bater
23,26% no mês de maio. Em uma reunião extraordinária com o Conselho de
Desenvolvimento Econômico (CDE), foram divulgadas as novas medidas, entre as
quais, congelamento de preços por 90 dias, unificação de orçamentos públicos e maior
independência ao Banco Central, conforme a edição do GLOBO noticiou do dia
seguinte.
Na ocasião, presidente José Sarney afirmou que com as novas medidas a inflação iria
despencar. Segundo o jornal, o Plano Bresser não foi recebido com entusiasmo pelos
demais ministros, nem mesmo pelo presidente, já que com a queda do ministro Dilson
Funaro, responsável pelos planos anteriores, e do titular do Planejamento, João Sayad,
Sarney sonhava em emplacar Tasso Jereissati (PSDB-CE) na Fazenda. Mas o presidente
do PMDB, Ulysses Guimarães, pressionou por Bresser e acabou vencendo.
Em edição de 14 de junho de 1987, o jornal informa que os ''pais do Plano Cruzado''
estariam satisfeitos com o irmão caçula. O Plano Bresser foi oficialmente chamado de
Novo Plano Cruzado, pois as condições seriam “mais favoráveis’’, como disse o
economista Chico Lopes, um dos mentores dos dois primeiros planos”.
As críticas, porém, não demoraram a vir. Três dias depois, o presidente da
Confederação das Associações Comerciais, Amaury Temporal, afirmou que estava
“assistindo ao mesmo filme de 1985, quando veio o pacote fiscal”. Ele criticava
principalmente o fato de o próprio governo não baixar significativamente seus gastos,
além de aumentar a carga tributária.
Segundo o Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas, o elevado
poder de compra dos salários verificado durante o apogeu do Plano Cruzado, provocado
pela valorização real da taxa de câmbio, a compressão de tarifas públicas e o
aquecimento da atividade econômica sob o regime de congelamento de preços,
ocorridos anteriormente, não poderiam ser reeditados. O descongelamento da taxa de
câmbio, tarifas públicas e preços após a eleição de novembro de 1986 provocou um
descontrole de preços, que o Cruzado II também não conseguiu conter.
Lançado por um governo com legitimidade questionada, em um momento em que o país
estava sem reservas internacionais e em estado de moratória, o novo plano não podia
contar com a valorização cambial para conter preços. Além disso, a elevação repentina
da inflação mostrava desalinhamento grande de preços. Decepcionada com o Cruzado
II, a população não se mostrava disposta a colaborar e poderia mesmo dificultar o
trabalho do governo, fazendo estoques com medo de novos congelamentos e
desaparecimento de produtos.
O plano de Bresser aliava componentes heterodoxos e ortodoxos, como o congelamento
de preços e salários por 90 dias; e o estabelecimento de um fator de conversão de
créditos aplicável a obrigações e títulos emitidos antes do lançamento do plano com
valores nominais prefixados, além da substituição do gatilho salarial por outro sistema
de reajuste, que levava a perdas salariais. Além disso, a taxa de câmbio foi
desvalorizada em 10,6% e as tarifas públicas foram reajustadas (eletricidade: 45%,
telefone: 34%, aço: 32%, combustíveis: 13%). Estes reajustes elevaram a inflação de
junho à inédita taxa de 26,1%, que foi expurgada do cômputo do cálculo de reajuste
salarial. Segundo o Cpdoc, "a opção por um congelamento flexível era um sintoma de
que Bresser, ao contrário dos criadores do Plano Cruzado, não tinha a pretensão de
eliminar a inflação, mas apenas de criar uma trégua para que se implantassem
gradualmente reformas destinadas a permitir seu controle efetivo".
No mês de julho, a taxa de inflação caiu para 3,1% e a balança comercial alcançou
superávit de 1,4 bilhão de dólares, dando a impressão de que o plano daria certo. Mas
em agosto, com o início da liberação dos preços, a inflação bateu 6,4%. Em dezembro, a
alta já chegava a 14%%. Encurralado pelos trabalhadores, com ameaças de greve, pelos
empresários, anunciando demissões e lockout, e até mesmo por seu partido, o PMDB,
Bresser pede demissão depois de 233 dias à frente da pasta, no dia 18 de dezembro de
1987 com a inflação em 363%.
- Saio na hora correta. Quando existe uma situação, que no fundo é de desconfiança é
hora de sair - disse na ocasião.
Plano Verão
O Plano Verão foi anunciado em 15 de janeiro de 1989. Foi o terceiro choque
econômico e a segunda reforma monetária do Governo Sarney. O mesmo foi elaborado
sob a supervisão dos ministros Maílson da Nóbrega, João Batista de Abreu, Dorothea
Werneck, Ronaldo Costa Conto. O Plano Verão teve a mesma concepção dos pacotes
anti-inflacionários aplicados anteriormente no Brasil e em outros países, diferenciados
destes apenas na extinção da correção monetária.

Foi por meio do recurso constitucional da medida provisória, que dependeu da posterior
aprovação pelo Congresso, que o Plano Verão adotou, dentre outras providências:
• Congelamento dos preços, serviços e tarifas públicas por tempo indeterminado;
• O não realinhamento dos preços dos combustíveis e da energia elétrica.

Previa-se um descongelamento lento e gradual a partir do mês de março daquele ano


para os preços. O objetivo então era resolver a defasagem e sair do congelamento sem
uma explosão de remarcações. E mais:
• A extinção da OTN e da URP;

• A criação do cruzado novo;

• A desvalorização do câmbio em 16.3805%, ficando congelado.

• O dólar americano passou a valer, então, um cruzado novo.

• Houve a suspensão do processo de indexação da economia por três meses até 15 de


abril.

• Criou-se também a Caderneta de Poupança Reajustada (única);

• Implementou-se uma política monetária restritiva.

• Quanto à dívida externa, foram suspensas as operações de re-empréstimo por um ano.


Conversões da dívida continuaram, mas os leilões de janeiro de 1989 foram suspensos.

Em abril daquele ano o governo criou os Bônus do Tesouro Nacional (BTN), atendendo
a reivindicação por um sistema de indexação que pudesse conviver com a inflação que
então ressurgia. O BTN seria corrigido pelo índice medido pelo IPC. Por meio da
análise das medidas adotadas pelo Plano Verão observou-se que as mesmas geraram
uma reação dos capitalistas que largaram os ativos financeiros e tomaram ativos reais.
Para se evitar a fuga de ativos financeiros o governo garantiu uma taxa de juros elevada.
Os agentes econômicos fugiram dos papéis do governo e pegaram os ativos reais.
Como consequência deste fato, o aumento da taxa de juros, no início, fez com que
caíssem alguns preços relativos, só que isso perdurou somente até o mês de abril. Dessa
forma, a taxa de juros continuou subindo até o mês de maio. Naquele mês, o governo
estava com estoque da dívida maior do que no início do plano. Dessa maneira, o
congelamento de preços que vigorou nos primeiros meses foi prejudicial devido ao
realinhamento dos combustíveis e da energia elétrica, antes de serem congelados.

José Sarney procurou mobilizar o governo em um grande esforço “cortando na própria


carne”, como explicou pela TV. Apesar da inflação cair, inicialmente, de 70% para
3,6%, em outubro de 1989, ela atinge 36%. A sonegação é evidente desde o começo do
plano, sendo necessárias medidas políticas contra empresários do abastecimento.

No mês de junho de 1989 algumas das medidas adotadas foram suspensas: a principal
foi à volta da correção monetária, que se tornou necessária devido à reescalada do
processo inflacionário.
A inflação no fim do governo Sarney é alta, pois aos poucos, os preços são
descongelados e a inflação alcança 1972% ao fim do ano, mas seus efeitos sobre a
economia popular são reduzidos pela manutenção do regime de correção monetária
plena, que mantinha o poder de compra dos salários. Ao mesmo tempo, não houve
estagnação: os dados indicavam crescimento da economia, manutenção do emprego e
recuperação da renda per capita.

Plano Collor I
Collor conquistou a simpatia da população, que o elegeu com mais de 42% dos votos
válidos. Seu discurso era de modernização e sua própria imagem validou a ideia de
renovação. Collor era jovem, bonito e prometia acabar com os chamados “marajás”,
funcionários públicos com altos salários, que só oneravam a administração pública.

Sua primeira medida, ao tomar posse no dia 15 de março de 1990, foi anunciar seu
pacote de modernização administrativa e vitalização da economia, através do plano
Collor I, que previa, entre outras coisas:

 Mudança da moeda: de cruzados novos para cruzeiros, sem alterações de zeros;


 Início do processo de privatização de estatais;
 Reforma administrativa com o fechamento de ministérios, autarquias e empresas
públicas;
 Demissão de funcionários públicos;
 Abertura do mercado brasileiro ao exterior com a extinção de subsídios do
governo;
 Flutuação cambial sob controle do governo.
 Congelamento de preços e salários;
 Bloqueio de contas correntes e poupanças no prazo de 18 meses;
 Demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos;

O objetivo deste plano, segundo Collor, era conter a inflação e cortar gastos
desnecessários do governo. Porém, estas medidas não tiveram sucesso, causando
profunda recessão, desemprego e insatisfação popular.

A medida mais polêmica do Plano Collor foi à retenção das poupanças nos bancos, para
os correntistas que tivessem depósitos acima de 50.000 cruzeiros. Rapidamente, isto foi
chamado de “confisco” pela população.

Trabalhadores, empresários, foram surpreendidos com o confisco em suas contas


bancárias. O governo chegou a bloquear em moeda nacional o equivalente a oitenta
bilhões de dólares.
O governo retinha os depósitos acima deste valor e pretendia devolvê-los em 18 meses
com correção e juros de 6% ao ano. Com isto, visava conseguir liquidez para financiar
projetos econômicos.
Segundo a Ministra Zélia Cardoso de Mello, 90% das contas de poupança brasileiras
eram abaixo deste valor e esta retenção não prejudicaria a economia nacional.
Igualmente afirmava que o governo ressarciria os depósitos dentro do prazo estipulado.
Tal fato nunca ocorreu e milhares de correntistas tiveram que entrar na Justiça para
reaver seu dinheiro.
O governo Collor também deu início às privatizações das estatais e à redução das tarifas
alfandegárias. Com produtos importados a preços menores, a indústria nacional
percebeu a necessidade de se modernizar e correr atrás do prejuízo.
Plano Collor II
Seis meses após o primeiro pacote econômico, Collor lançou um segundo plano, o
Collor II, que também previa a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários.
Mas, novamente, não obteve êxito e só fez aumentar o descontentamento da população.
 Aumento de tarifas públicas para os Correios, energia e transporte ferroviário;
 Fim do overnight;
 Criação do Fundo de Aplicações Financeiras (FAF);
 Criação Taxa de Referência de Juros (TR).
A ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, não suportou a pressão e em maio de
1991 pediu demissão do cargo. Em seu lugar, assumiu Marcílio Marques Moreira, até
então embaixador do Brasil, em Washington. Marcílio não lançou nenhuma medida de
impacto. Sua proposta era liberar os preços e salários gradualmente, porém não teve
bons resultados.

A esta altura, surgiram várias denúncias de corrupção na administração Collor,


envolvendo ministros, amigos pessoais e até mesmo a primeira dama, Rosane Collor.
Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha e amigo do presidente, foi acusado de
tráfico de influência, lavagem e desvio de dinheiro.

Em entrevista à revista Veja, Pedro Collor, irmão do presidente, foi quem revelou os
esquemas, que envolviam também Fernando Collor. A notícia caiu como uma bomba. A
população, já insatisfeita com a crise econômica e social, revoltou-se contra o governo.

Foi instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), a fim de investigar a


participação de Collor no esquema chefiado por PC Farias. Num ato desesperado para
salvar seu mandato, Collor fez um discurso em rede nacional e pediu para que os
brasileiros fossem às ruas, vestidos de verde e amarelo, em gesto de apoio ao presidente.
Realmente, o povo foi às ruas, mas vestido de preto e exigindo o impeachment de
Collor.

No dia 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados se reuniu para votar o


impeachment do presidente, ou seja, sua destituição do cargo. Foram 441 votos a favor
do impeachment e somente 38 contra. Era o fim do “caçador de marajás”. No lugar de
Collor, assumiu o vice-presidente, Itamar Franco.

Plano Real
Plano Real foi o programa brasileiro de estabilização econômica que promoveu o fim
da inflação elevada no Brasil, situação que já durava aproximadamente trinta anos. Até
então, os pacotes econômicos eram marcados por medidas como congelamento de
preços.

O Plano passou por três fases: O Programa de Ação Imediata, a criação da URV
(Unidade Real de Valor) e a implantação da nova moeda, o Real.

O PAI – Programa de Ação Imediata - foi um conjunto de medidas econômicas


elaborado em julho de 1993, que “preparou a casa” para o lançamento do Plano Real um
ano depois. Nessa época, o presidente era Itamar Franco, sendo que Fernando Henrique
Cardoso já era o Ministro da Fazenda.

O Programa de Ação Imediata apontou as seguintes necessidades:

- Corte de gastos públicos – de aproximadamente 6 bilhões de dólares no orçamento de


1993, em todos os ministérios.

- Recuperação da Receita – através do combate a evasão fiscal, inclusive das grandes


empresas.

- Austeridade no relacionamento com Estados e Municípios – através do corte de


repasses inconstitucionais, forçando Estados e Municípios a equilibrarem seus gastos
através de cortes.

- Ajustes nos Bancos Estaduais – em alguns casos, através da intervenção do Banco


Central, buscando cortes de gastos e punindo irregularidades com a Lei do Colarinho
Branco.

- Redefinição das funções dos Bancos Federais – buscando o enxugamento da estrutura,


evitar a concorrência recíproca e predatória, e punir irregularidades através da Lei do
Colarinho Branco.

- Privatizações - De empresas dos setores siderúrgicos, petroquímico e de fertilizantes,


por entender que as empresas públicas estarem reféns de interesses corporativos,
políticos e econômicos.

A segunda etapa do Plano, a criação da URV ocorreu em 27 de maio de 1994,


inicialmente convertendo os salários e os benefícios previdenciários, promovendo a
neutralidade distributiva.

Para os economistas, a chave do sucesso do Real foi a URV, que entrou em vigor em 1º
de março de 1994. A adoção de uma moeda virtual para fazer a transição foi a melhor
solução encontrada para desindexar a economia e uma alternativa ao congelamento de
preços. Na prática, funcionou assim: todos os preços foram remarcados com valores em
URV, que era atrelada ao dólar. A moeda que efetivamente circulava era o cruzeiro real
e todos os dias era divulgado o valor equivalente da URV em cruzeiros reais. Ou seja,
se você entrasse no supermercado para comprar frango, na prateleira ele estaria marcado
com o preço “1 URV”. No caixa, o valor seria convertido na moeda “de verdade” para
realizar o pagamento. Pouco a pouco, a inflação inercial arrefeceu e a economia se
acostumou aos preços estáveis. A população, já calejada após tantos planos e com a
ajuda do governo e de jornalistas, conseguiu entender a economia da URV e contribuir
para o sucesso nessa fase do plano.

No dia 30 de junho de 1994, foi editada a Medida Provisória que implantou a nova
moeda, o Real. Essa era a terceira fase do plano.
Todo o programa tinha como base as políticas cambial e monetária. A política
monetária foi utilizada como instrumento de controle dos meios de pagamentos (saldo
da balança comercial, de capital e de serviços), enquanto a política cambial regulou as
relações comerciais do país com os demais países do mundo.

Foi estabelecida a paridade nos valores de reais e dólares, defendida através da política
de intervenção, na qual o governo promoveu a venda de dólares e o aumento das taxas
de juros nos momentos de pressão econômica.
O capital especulativo internacional foi atraído pelas altas taxas de juros, o que
aumentou as reservas cambiais, mas causou certa dependência da política cambial a
esses investimentos não confiáveis em caso de oscilações econômicas.

As políticas econômicas neoliberais originadas no governo Collor foram reforçadas,


através de políticas públicas como: a privatização de empresas estatais, a abertura do
mercado, da livre negociação salarial e da liberação de capital, entre outras. Tais
medidas alteraram o padrão de acumulação de capital do Brasil.

O Plano Real possibilitou a vitória de Fernando Henrique Cardoso nas eleições para a
Presidência em 1994, sendo reeleito nas eleições seguintes.

Após algumas crises internacionais, as políticas econômicas foram revistas e


modificadas, mas a estabilidade da moeda permaneceu, comparando com as décadas em
que a realidade era a hiperinflação.

Obrigado pela atenção!!

Fontes:
http://www.infoescola.com/economia/

http://20anosdoreal.epocanegocios.globo.com/

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/06/1477505-pais-teve-varios-planos-economicos-
para-controlar-a-inflacao-conheca.shtml

http://www.josesarney.org/o-politico/presidente/

http://acervo.oglobo.globo.com

http://opiniao.estadao.com.br

http://www.gazetadopovo.com.br

https://www.todamateria.com.br/

https://www.portaleducacao.com.br/

http://www.fgv.br/

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