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UM MURO NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS:

Brasília dividida e o embate dos discursos da arquitetura e política nacional

Paolla Clayr de Arruda Silveira1


Luiza Sanz dos Santos Thomé2

RESUMO
Objetiva-se neste artigo abordar a relação do espaço público da Esplanada dos Ministérios em
Brasília / DF – planejado por Lúcio Costa e com composição arquitetônica de Oscar
Niemeyer – com a situação política brasileira atual: o processo de impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff. Para a Análise do Discurso, o texto é um caractere linguístico-
histórico, e, neste artigo, buscou-se a análise na enunciação que se inscreve no campo da
arquitetura e urbanismo enquanto discurso, marcado por um lugar de dizer da história,
ideologia, e afetado, também, pelos aspectos sociais. Para um olhar metodológico acerca
dessa relação, a Análise do Discurso Francesa tem muito a colaborar sob a perspectiva de
literários como Maingueneau, ao escrever sobre interdiscurso e análise do discurso nas mídias
de comunicação, e acompanhado de literários de saberes acerca dos significados no espaço
urbano. Ao mesmo tempo em que o muro pode representar proteção, como visto nos períodos
antigos, e hoje, como defesa dos direitos individuais de protesto e manifestação; pode ser
entendido como um limitador, como imposição de margem máximo do alcance do
pensamento.

Palavras-chave: Análise do Discurso; Arquitetura; Muro do Impeachment; Lúcio Costa;


Oscar Niemeyer.

ABSTRACT
The objective of this article is address the relationship of public space the Esplanade of
Ministries in Brasilia / DF with the current Brazilian political situation: the process of
impeachment against President Dilma Rousseff. Brasilia was designed by Lúcio Costa and
has architectural composition of Oscar Niemeyer. For discourse analysis, the text is a
linguistic and historical character, and in this article, we sought to analyze the enunciation that
is inscribed in the field of architecture and urbanism as a discourse marked by a place to tell
the history, ideology, and affected also the social aspects. For a methodological view about
the relationship, the French Discourse Analysis has a lot to contribute, under the literary
perspective as Maingueneau, writing about interdiscourse and discourse analysis in the
communication media, and accompanied by knowledge of literary about the meanings in
space urban. While the wall may represent protection, as seen in ancient times, and today, as a
defense of individual rights of protest and demonstration; It can be understood as a limitation,
as the imposition of maximum margin of reach of thought.

Key words: Discourse analysis; Architecture; Impeachment wall; Lucio Costa; Oscar
Niemeyer.

1
Mestranda em Cognição e Linguagem pela UENF, MBA em Gerência de Cidades pela UNINTER, com
graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo IFF.
2
Mestre em Engenharia Ambiental pelo IFF, com graduação em Arquitetura e Urbanismo pela mesma
instituição.
INTRODUÇÃO

A arquitetura e o urbanismo, diferentemente das outras artes, caminham inscritas e


circunscritas na linha sócio histórica da sociedade, ou seja, são capazes de impregnar
impressões na sociedade, assim como sofrem influências da mesma sociedade, e, portanto,
formam parte constituinte de um todo.
Na perspectiva espaço-social-histórica, o partido arquitetônico adotado e simbolizado
pelo arquiteto serve não só à inscrição da marca do profissional sobre um projeto, mas
também para agregar símbolos, marcas e dizeres no espaço da cidade, obtendo caracteres de
apelo textual composto por signos verbais e não verbais diversos, num grande palimpsesto.
Pretende-se aqui abordar a relação do espaço público da Esplanada dos Ministérios em
Brasília-DF - construído pelo pensamento urbano de Lucio Costa e composição arquitetônica
de Oscar Niemeyer - com a situação política brasileira atual, diante das votações para
aprovação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos
Deputados, iniciado em 2015.
Para esclarecer a dualidade levantada entre espaço público versus política, a ênfase
será sobre a intertextualidade discursiva presente no fato ocorrido entre os dias 15 e 17 de
abril de 2016, quando um muro foi erguido no grande gramado à frente do Congresso
Nacional, a fim de separar os grupos de manifestantes – pró e contra o impeachment da
Presidente da República –, demonstrando a viabilidade de uma manifestação democrática para
ambos os grupos.
Essa demonstração, no entanto, não se vincula à certeza, e segundo Tranjan (2015, p.
46-47):
continua a desempenhar um papel importante na tentativa de alcançar
descrições verdadeiras da realidade, de alcançar ciência, (...), porém é
composta de palavras. Como tal, é apenas um dos movimentos possíveis no
complexo labirinto argumentativo em que estamos sempre buscando nos
orientar. Trata-se de um movimento bastante convincente, mas nem por isso
definitivo.

Para um olhar metodológico acerca dessa relação, a Análise do Discurso Francesa tem
muito a colaborar, sob a perspectiva de literários como Maingueneau, ao escrever sobre
interdiscurso e análise do discurso nas mídias de propaganda, e acompanhado de literários de
saberes acerca dos significados no espaço urbano.
Para a Análise do Discurso, o texto é um caractere linguístico-histórico, e, neste artigo,
buscou-se a análise na enunciação que se inscreve no campo da arquitetura e urbanismo
enquanto discurso, marcado por um lugar de dizer da história, ideologia, e afetado, também,
pelos aspectos sociais.

1. CONFIGURAÇÃO DOS MUROS DENTRO DA HISTÓRIA DA ARQUITETURA

Nesta seção, será apresentado, de modo breve e amplo, o surgimento e a necessidade


da construção de muros e barreiras ao longo do percurso histórico dos povos pelo mundo.
Seguindo a literatura de Benjamin Carvalho em “Arquitetura no tempo e no espaço”,
de 1968, apontaremos essa característica de determinar limites por meio da construção civil,
sob a forma do muro.
No período Neolítico, época em que se considera o surgimento de um modelo
arquitetonicamente planejado para uma função dentro de uma estrutura tipificada, os
monumentos megalíticos se apresentam como demarcadores de um determinado espaço para
rituais e homenagens sagradas pelo povo, até então nômade, mas que passa a se fixar no
território, desenvolvendo meios de subsistência pela agricultura e caça, como o Stonehenge,
na Inglaterra. (CARVALHO, 1968)
Nesse período as choças, que eram as residências propriamente ditas, não eram
compostas com a necessidade de se limitar o espaço de cada família. As aldeias (Figuras 1 e
2) funcionavam como um grande acampamento, sendo o limite de território as leis morais
vigentes, como o homem protetor do lar e da família, que não deve apontar interferências na
choça vizinha, sendo desnecessária e nem prevista a adição de muros. (CARVALHO, 1968)

Figura 1: Aldeia neolítica na Alemanha. (BENEVOLO, 2009, p. 16)


Figura 2: Aldeia neolítica nos EUA. (BENEVOLO, 2009, p. 19)

No Egito Antigo, a arquitetura desenvolve-se e é aplicada em diversas construções,


como templos, santuários, palácios, mastabas e fortes. Com o reconhecimento do império
egípcio como o maior entre as terras conhecidas, manifesta-se a necessidade de limitar o
acesso às aldeias, cidades e aposentos reais (Figura 3). (CARVALHO, 1968)

Figura 3: Planta da cidade de Ur. (BENEVOLO, 2009, p. 28)

Surgem, então, as muralhas com altura em torno de nove metros, feitos de pedras e
argila, que circundam as construções da alta sociedade nos diversos usos possíveis. Além
disso, elementos como as colunatas e a dominância horizontal das construções também são
associados à função de demarcar limites de acesso e privação. (CARVALHO, 1968)
Entre as residências não existe a construção de muros, mas as casas possuem paredes,
o que muda a característica de aldeia para cidade (Figura 4). Não há mais um caráter de
comunidade entre as funções familiares como visto no neolítico, podendo-se dizer que há uma
maior atenção a privacidade familiar, até mesmo diante dos pátios internos que se formam, de
modo que as atividades rotineiras, como higiene de vestes e alimentos, sejam realizadas
dentro das casas. (CARVALHO, 1968)

Figura 4: Planta de uma casa em Gizé. Ambientes - 1. entrada, 2. átrio, 3. dispensa, 4. sala,
5. vestíbulo, 6. quarto de dormir e 7. depósito. (BENEVOLO, 2009, p. 43)

Na Mesopotâmia, que se desenvolveu quase concomitantemente ao Egito Antigo,


havia escassez de pedras e madeiras, sendo abundante a argila e o betume.
Estes elementos permitiram o desenvolvimento de técnicas diversas como os tijolos
cruz, cozidos ao tempo e ao fogo, vidrados e coloridos, que possibilitaram muralhas mais
espessas, abóbadas variadas, rampas, escadas e até mesmo andaimes menos complexos,
viabilizando a construção de patamares além do pavimento térreo. (CARVALHO, 1968)
Percebe-se em terras mesopotâmicas que as muralhas de defesa recebem um novo
elemento: os portais ou pórticos, que visam demarcar (além de uma linha limítrofe) o acesso
principal ao lugar com uma largura diferenciada das propostas até atenção, com até 16 metros
de altura, por vezes sendo duplas, com água entre elas (Figura 5). (CARVALHO, 1968)
As residências também possuindo pátio interno como no Egito, mas evidenciam-se
com mais pavimentos e presença de vegetação no terraço, sem muro entre vizinhos.
(CARVALHO, 1968)

Figura 5: Vista aérea da cidade de Arbela, na Mesospotâmia. (BENEVOLO, 2009, p. 31)


Mantendo a mesma técnica e tipologias, a Babilônia (Figura 6), a Pérsia, Índia, China,
Japão, Astecas, Incas e Maias percorreram caminhos que se diferenciam em aspectos formais
de composição, nos materiais empregados e técnicas construtivas vinculadas à disponibilidade
de cada região. (CARVALHO, 1968)
Entretanto, no assunto abordado nesse trabalho, essas sociedades mantiveram o não
uso de muros entre residências, mas apenas em torno dos templos, aposentos reais, fortes além
da típica demarcação territorial. (CARVALHO, 1968)

Figura 6: Planta do núcleo interno na Babilônia. (BENEVOLO, 2009, p. 35)

A arquitetura Grega e Romana agregam em si materiais e técnicas diversas das


civilizações já citadas, utilizando abundantemente o mármore e a madeira, através da técnica
de esculpir e talhar, criando formas trabalhadas para suas colunas, pilares e pórticos.
(CARVALHO, 1968)
As residências eram em tijolo, surgindo acomodações privativas, chamadas de parte
íntima, como os quartos, e sociais, chamadas de relações externas, como a sala de audiência,
mantendo o uso de pátios internos. (CARVALHO, 1968)
O limite entre as casas não se dava por muro, mas as próprias casas serviam de muro
aos ambientes interiores que se desenvolvem ao redor do pátio interno (Figura 7).
(CARVALHO, 1968)
Figura 7: Planta do recinto sagrado de Olímpia, Grécia. (BENEVOLO, 2009, p. 80)

As arquiteturas românica e gótica se voltaram, em grande maioria, aos templos e


novos modos de construção dessa tipologia de edificação, mostrando um partido voltado à
demonstração de poder de determinadas classes, influenciando o funcionamento das cidades
em termos de hierarquia no espaço urbano, sem grandes alterações no modo de organização
das casas e demonstração de limite através de muros. (CARVALHO, 1968)
A linha do tempo (Figura 8) a seguir, apresenta de maneira esquemática, o
acontecimento dos estilos arquitetônicos no decorrer dos séculos, facilitando a localização
temporal.

Figura 8: Linha do tempo dos estilos arquitetônicos. (CZAJKOWSKI, 2000, p.7)

Segundo Benevolo (2009), tem início no Renascimento a expansão da civilização


europeia pelo mundo. Nas cidades mais ricas, as informações culturais, incluindo composição
arquitetônica, chegam como novidades, mas empobrecidas por uma tendência ao
esquematismo tecnológico e mercantil.
Nos séculos XVI e XVII a exploração além-mar avança às nações ibéricas e terras
distantes, banhadas pelo Atlântico. Nas décadas iniciais do século XVII, a crise econômica no
período renascentista altera os métodos de projeção e gestão das cidades. Nesse momento, a
arte escamoteia sua função de embelezamento, estando então a favor do controle de
sentimentos coletivos. (BENEVOLO, 2009)
Uma cidade exemplo dessa alteração da função da arte é Paris (Figura 9), capital
francesa considerada medieval. As obras públicas visavam marcar a importância da capital e
uma delas foi a ampliação dos muros para incluir novas áreas. As cidades de Viena (Figura 9),
Turin, Nápoles e Amsterdã percorreram o mesmo processo, visando o planejamento das
cidades de modo diferenciado do modo espontâneo de até então. (BENEVOLO, 2009)

Figura 9: Planta de Viena, com arranjos barrocos (esq.).


Planta de Paris, com principais arranjos arquitetônicos (dir.). (BENEVOLO, 2009, p. 521-523)

Tratando-se do objeto desse trabalho, os muros que contornavam a cidade são


repensados a fim de acolher maior território para o desenvolvimento da cidade, mas de modo
a representar um limite, e não como ícone de segurança ou estratégia de defesa militar do
espaço.
As residências, desde o renascimento, não possuem mais o átrio interno, nem quintal
frontal ou lateral. Os serviços passam a serem realizados dentro de um cômodo dentro da casa
(Figura 10), e com o surgimento de novas organizações de trabalho, alguns serviços podem
ser terceirizados a alguém que trabalhe nessa função, como a manufatura de tecidos, algumas
agriculturas, etc. (BENEVOLO, 2009).
Não há muros nas casas do período barroco, as casas são faceadas com os limites do
lote, geminadas com as vizinhas, e a porta principal representa o limite entre o público e
privado, exterior e interior.
Figura 10: A Casa dos Contos em Ouro Preto, barroco. (MELLO JUNIOR, 2010)

Percebe-se esse mesmo funcionamento nas residências dos estilos neoclássico, no


Brasil, nos séculos XVIII. A busca por diferenciais internacionais tomou conta dos artistas e
profissionais nacionais, que traziam detalhes do clássico, por exemplo, com as cornijas,
colunas e frontões. Esse movimento classicizante atuou até meados do século XIX.
A partir deste, surgiram outros, com denominações diferentes, como o Ecletismo,
porém com bases não-concretas, semelhantes aos anteriores, confirmado em Bruand (2008, p.
33), “apenas um certo parentesco, devido ao espírito acadêmico que marca as diversas
construções”. É no período eclético que os afastamentos laterais aparecem, como medida de
saneamento urbano, estimulando a construção de muros, mesmo que com alturas menores e
mais suaves, mas com função de indicar os limites da propriedade particular (Figura 11).
(CZAJKOWSKI, 2000)

Figura 11: Planta-baixa da residência Canto do Sabiá, eclético. (CARVALHO, 2015)

Só depois de 1930 é apresentado um marco na história arquitetônica nacional, com a


colaboração da Semana de Arte Moderna de 1922, que timidamente propôs efetivas
revoluções na arte e arquitetura, tendo a construção do Ministério da Educação e da Saúde
Pública, no Rio de Janeiro, por Lucio Costa, como marco histórico, capaz de unir a arquitetura
moderna à arte de Cândido Portinari.
No Modernismo, muitos paradigmas do passado prometiam serem quebrados,
desfeitos. Nas palavras de Benevolo:

É a busca de um novo modelo de cidade, alternativo ao tradicional. (...).


Estas mudanças enfraquecem as formas de gestão tradicionais, e fazem
nascer também das camadas inferiores a procura de uma renovação do
ambiente construído. (BENEVOLO, 2009, p. 615-616)

Esse espírito de renovação chega ao Brasil e tem como entusiastas o urbanista Lúcio
Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer. No título adiante serão apresentados os conceitos
modernistas, os profissionais supracitados e a construção de Brasília, de autoria deles.

2. A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA: IDEAIS DE LUCIO COSTA E OSCAR


NIEMEYER

A construção de Brasília foi sinalizada por diversas intenções e argumentos sobre a


possibilidade de a capital do Brasil ser implantada no planalto central. Em setembro de 1956,
o presidente Juscelino Kubitschek instituiu a Companhia Urbanizadora da Nova Capital
(Novacap), responsável pela escolha do desenho urbanístico da capital.
Conforme explicação de Alves:

Coube aos membros da Novacap, a tarefa de realizar um concurso para a


escolha do desenho da nova capital. O júri foi composto por Israel Pinheiro,
Oscar Niemeyer e Stamo Papadaki, pela Novacap; Hildebrando Horta
Barbosa, representante do Clube de Engenharia, Paulo Antunes Ribeiro,
representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB); William Holford,
responsável pelo Plano Regulador de Londres; e André Sive, arquiteto e
conselheiro do Ministério da Reconstrução da França. Dentre as 26
propostas inscritas, venceu a de Lúcio Costa, por apresentar um projeto de
extrema racionalidade, com a devida unidade entre o conjunto funcional e o
aspecto plástico, e por contemplar os objetivos norteadores da criação da
capital federal: localizar Brasília em uma posição estratégica do país e
planejar a cidade para ser moderna e dotada de uma visualidade
monumental. (ALVES, 2005, p. 125)

Lúcio Costa, em seu livro Arquitetura, de 1980, dedica um capítulo sobre seu projeto
para Brasília, que denomina como “Memória Descritiva”.
O urbanista (1980, p. 50) inicia seus escritos desculpando-se junto a Novacap pela
“apresentação sumária do partido aqui sugerido para a nova Capital”, e diz mais: “não
pretendia competir e, na verdade, não concorro – apenas me desvencilho de uma solução
possível, que não foi procurada mas surgiu, por assim dizer, já pronta”.
Em parágrafo seguinte, Costa se apresenta como maquisard3 do urbanismo, que
pretenderia prosseguir apenas como consultor. Explica ainda se amparar num “raciocínio
simplório”, que se aceito, se revelará intensamente pensado e resolvido; se não, a exclusão
seria mais fácil, sem perda de tempo para candidato e jurados.
Em prosseguimento, apresenta 23 definições sobre o partido projetual. No ponto
primeiro explica que o desenho urbano “nasceu de gesto primário de quem assinala um lugar
ou dele toma posse; dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz.”
(COSTA, 1980, p. 52)
Do ponto segundo ao oitavo, tratam de fatores relativos ao tráfego e cruzamentos,
aspectos técnicos de topografia, orientação solar, setores residenciais e demais usos.
No nono ponto, alerta para a integração existente de modo ordenado entre as mais
diversas circulações, destacando os edifícios destinados aos poderes fundamentais do Estado,
e nomeando sugestivamente de Praça dos Três Poderes, como hoje o é. Cita ainda, (1980, p.
54), que ao longo dessa esplanada, um “extenso gramado destinado a pedestres, a paradas e a
desfiles”.
Do décimo ao décimo terceiro ponto, Lucio Costa apresenta os setores de diversão e
esportivo, além Praça Municipal. Nos pontos décimo quarto e décimo quinto, afirma ter
percorrido o dito eixo monumental, com a “fluência do espaço e unidade do traçado (...),
organismo plasticamente autônomo na escala do homem e permite o diálogo monumental
localizado”. (COSTA, 1980, p. 56)
Entre os pontos dezesseis e vinte e dois, trata da ocupação residencial e a criação das
superquadras, a distribuição sócio espacial da população, a numeração e referências de ruas.
No vigésimo terceiro e último ponto do urbanista, reafirma o princípio do seu desenho,
sendo de fácil compreensão, caracterizado pela simplicidade e clareza do risco original, sem
abdicar da variedade possível nas partes, conforme sua função:

3
Como explicam Schlee e Donato (2007), trata-se de “vocábulo empregado para definir aquele que durante a II
Guerra Mundial, clandestinamente, participou do maquis, ou seja, participou da luta contra a ocupação alemã na
França. A expressão maquisard vem de maquis, matagal – vegetação arbustiva densa onde se refugiavam os
fugitivos da justiça na Córsega. Por extensão, também foram chamados de maquis os grupos de resistência a
diferentes regimes totalitários, como o do franquismo na Espanha”.
É assim que, sendo monumental, é também cômoda, eficiente, acolhedora e
íntima. É ao mesmo tempo derramada e concisa, bucólica e urbana, lírica e
funcional. (...). BRASÍLIA: capital aérea e rodoviária; cidade-parque. Sonho
arquissecular do Patriarca. (COSTA, 1980, p. 59-60)

Wisnik (2011, p. 12) afirma que “em 1956, Kubitschek resolve reeditar a parceria com
Niemeyer iniciada na Pampulha, agora em escala mais ambiciosa, criando Brasília, a nova
capital do país”.
Oscar Niemeyer reafirma essa declaração:

Comecei a pensar em Brasília certa manhã - setembro de 1956 - quando


Juscelino Kubitschek, descendo do seu carro na Estrada da Gávea, parou no
meu portão e, levando-me para a cidade, expôs o problema. Minha primeira
reação correspondeu ao interesse que essa obra representava, interesse
profissional e afetivo, pois via nela empenhado o velho antigo a quem me
ligavam outros trabalhos, outras dificuldades e uma antiga e fiel amizade.
Daí em diante passei a viver em função de Brasília. (NIEMEYER, 2006, p.
8)

Segundo Schlee & Donato (2007, p. 4), “o resultado foi oficialmente divulgado em 16
de março de 1957. (...). Niemeyer e Lucio Costa passaram a trabalhar no Rio de Janeiro. (...).
Em agosto de 1958, Oscar Niemeyer mudou-se para Brasília”.
Sobre trabalhar com Lucio Costa, Niemeyer se manifesta:

Com a escolha do projeto de Lúcio Costa, a situação se esclareceu. Não se


tratava apenas de um homem puro e sensível, mas também de um grande
amigo com o qual me poderia entender. Os projetos iniciais de Brasília
foram elaborados na antiga sede da Novacap, na Avenida Almirante
Barroso, Rio de Janeiro. (NIEMEYER, 2006, p. 9)

A criação dos edifícios de Brasília se deu quando Niemeyer já estava em uma fase
mais madura, aos 50 anos, tendo declarado que:

a intenção de substituir a antiga ‘tendência excessiva para a originalidade’,


traduzida formalmente em arranjos com volumes variados e recortados, por
‘soluções compactas, simples e geométricas’ definidas pelo desenho da
própria estrutura. (WISNIK, 2011, p. 12)

O Congresso Nacional (Figura 12), edificação de foco neste trabalho pelas decisões
políticas e legislativas tomadas em seu interior, sempre foi marco essencial no plano
urbanístico de Lucio Costa para Brasília, no qual a composição em torre, embasamento e
cúpula também atuava como elemento de transição entre a Esplanada dos Ministérios e a
Praça dos Três Poderes. (COSTA, 1980, p. 54)

Figura 12: Congresso Nacional e Poderes Executico e Judiciário. (NIEMEYER, 2006, p. 47)

Na concepção de Niemeyer, o Congresso Nacional (Figura 13) deveria ter tais


descrições:

os plenários do Senado Federal e da Câmara dos Deputados seriam marcados


por cúpulas circulares de concreto armado, assentadas sobre uma plataforma
horizontal de dois andares, que abrigava as principais funções franqueadas
ao público. Duas torres de escritórios de 28 andares, com estrutura de aço e
plantas rombóides, completavam o partido. Nessa composição, a harmonia
entre os edifícios é assegurada pelas proporções entre os volumes e pelas
formas regulares, relacionadas em equilíbrio através de equivalência direta
ou de seções áureas. (MACEDO; SILVA, 2013, p. 5)

Nas colocações de Wisnik (2011, p. 9), “a importância da obra de Niemeyer, (...), está
muito ligada ao seu alto grau de liberdade e imaginação, qualidades que permitiram o seu
destaque em meio às restrições formais subjacentes ao funcionalismo moderno na Europa”.
Figura 13: Desenho de Niemeyer para Congresso Nacional. (NIEMEYER, 2006, p. 44)

Em frente ao Congresso Nacional está o gramado da Esplanada dos Ministérios,


pensado desde o partido do plano urbanístico de Lúcio Costa, na sua cidade-parque. Diante da
sua importância, o gramado é protegido pelos Parâmetros Urbanísticos e de Preservação do
Governo de Brasília, não sendo permitido seu desmembramento, remembramento ou novos
parcelamentos.
Os parâmetros urbanísticos e de preservação possuem como objetivo geral a proteção
dos interesses dos patrimônios da cidade, edilícios e culturais. Classificado como Espaço
Público, a Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação assim o descreve:

O gramado da Esplanada dos Ministérios é palco de manifestações populares


de cunho cívico, cultural, religioso, esportivo e político, atividades para as
quais se vocaciona. O uso de estruturas temporárias – toldos, tendas, palcos
– está regulamentado no corpo desta Lei Complementar – Subseção II,
Seção II, Capítulo I – Da Preservação, do Uso e da Ocupação do Solo, da
Paisagem Urbana e da Urbanização. Proibido fixar elementos publicitários
ou informativos, tanto nas empenas do Congresso Nacional quanto nos
Ministérios, cujas empenas podem ser usadas apenas para identificação
individual do edifício, dos órgãos ou entidades ali instalados. (SEGETH,
2014, p. 6)

A concepção de Brasília como nova capital do país trouxe consigo os ideais de uma
nova oportunidade para a sociedade e para as urbanidades existentes, a oportunidade de
pensar uma cidade onde as vozes fossem ouvidas bem no centro de decisões, propícia ao
diálogo.
O partido arquitetônico corresponde ao cotidiano? Niemeyer (2006, p. 35) se
manifesta: “com a mudança da Capital, Brasília mudou muito, (...) perdendo aquela
solidariedade humana que antes o distinguia, que nos dava a impressão de viver num mundo
diferente, no mundo novo e justo que sempre desejamos”.
Souza (2010, p. 155) explica: “as sociedades humanas possuem contradições e
conflitos (...). É também nas cidades onde se concentram tais contradições e conflitos”.
3. ERGUE-SE UM MURO: SIMBOLISMO DISCURSIVO DA ARQUITETURA E
POLÍTICA NACIONAL

Esclarecido o processo do surgimento e uso dos muros pelo mundo afora, desde o
período Neolítico e apresentado os partidos dos projetos de urbanismo e arquitetura da cidade
de Brasília no Distrito Federal, cabe agora incluir a interdisciplinaridade nesse trabalho.
A Análise do Discurso Francesa, como pincelado na Introdução, revela e estuda os
enunciados contidos no texto urbano, sígnico e não-sígnico; e recapitula cenário e sugere o
presente fazendo parte dessa análise.
Como explica Ferrara (1981, p. 185), “o dialogismo contextual é a exploração de usos
que se alimentam de usos. É repertório novo feito de repertórios perdidos, logo, uso é
intersecção entre passado-presente e vice-versa”.
O discurso a ser analisado aqui é a construção do muro, feitos em chapa de aço e
erguido por presidiários, segundo medidas do Governo do Distrito Federal e mantido entre os
dias 10 a 17 de abril de 2016, para a votação do processo de impeachment junto a Câmara dos
Deputados (Figura 14).

Figura 14: Último dia de votação do impeachment na Câmara dos Deputados.


(Ricardo Stuckert/Insituto Lula/17-4-2016)

Para fim de esclarecimentos acerca do processo de impeachment no Brasil, a Câmara


dos Deputados aceita um processo de denúncia, que deve passar por votação entre os
deputados federais. Caso haja 2/3 dos votos a favor do processo de impeachment, é imediato o
afastamento do presidente vigente por 180 dias e os autos seguem ao Senado Federal para
segunda votação, também sendo necessário 2/3 dos votos a favor do processo para que o
impeachment ocorra. Caso a aprovação ocorra, o presidente denunciado perde o mandato e
assume o cargo da Presidência da República o então vice-presidente.
Dividindo o gramado da Esplanada dos Ministérios entre manifestantes pró e
contrários ao impeachment de Dilma Rousseff, o lado direito esteve destinado aos brasileiros
a favor do impeachment e o lado esquerdo esteve os brasileiros que defendiam a continuação
do governo Dilma. Entre os dias 15 e 17 de abril de 2016 ocorreu a votação da Câmara dos
Deputados, aprovando o seguimento do processo para o Senado Federal, com 367 votos a
favor e teve a presença de 79 mil manifestantes, segundo o Jornal O Globo (09/05/2016).
Entretanto, essa estratégia de dividir o gramado para manifestações pró e contra o
governo não se iniciou nessa data. Esse mesmo muro já havia sido erguido em 07 de setembro
de 2015, dia da Independência do Brasil, no desfile em carro aberto com a presidente Dilma
Rousseff.
O ano de 2015 foi marcado por diversas manifestações pelas cidades do país contra a
corrupção e contra o governo Dilma, sendo a de 15 de março de 2015 registrada com maior
número de participantes, chegando a dois milhões de brasileiros nas ruas, por isso foi
colocada em prática a estratégia de cercar o desfile do Sete de Setembro, com a máxima de
segurança reforçada à presidente. Nesse incidente, o muro foi pichado com as inscrições
“FORA PT” e “MURO DA VERGONHA”, tendo parte derrubada no fim do evento por
manifestantes contra o governo.
O muro voltou a ser erguido em 02 de agosto de 2016, na semana em que o relatório
da Comissão de Impeachment seria votado no Senado Federal. Em entrevista ao Jornal O
Globo (09/05/2016), Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal, disse: “o que
alguns chamaram de muro, nós estamos chamando de ‘corredor da democracia’. Ele permitiu
que grupos com opiniões divergentes pudessem se manifestar livremente com total
segurança”.
Expostos os fatos, Ana Fani Carlos afirma que o mundo real e objetivo se revela em
contradições, quando está em movimento. Assim:

A sociedade constrói, através da prática, um mundo real e objetivo,


realizando-se assim, na qualidade de uma relação espaço-temporal. Na
prática sócio-espacial, esse mundo se revela em suas contradições, em um
movimento que aponta um processo em curso em que a ação dos sujeitos
sociais, à medida que produzem sua existência, o fazem efetivamente
produzindo um espaço, aí inscrevendo e realizando as relações sociais que os
mantém vivos em um lugar determinado através de um tempo que marca a
duração da ação. É nesta medida que espaço e tempo aparecem através da
ação humana em sua indissociabilidade. (CARLOS, 2007, p. 24)

Segundo a autora, a prática sócio espacial, onde estão impregnados conceitos sociais,
culturais e históricos dentro e sobre o espaço da cidade, é capaz de demonstrar contradições
ao real percebido. Ou seja: onde se vê um muro que dá lugar a quem é contra ou pró-governo,
que permite a multiplicidade de pensamentos, na verdade, não o é, tão simplesmente.
Segundo Maingueneau (1997, p. 34), o discurso vai além da função sintática das
palavras. Para o autor, o discurso “não é delimitado à maneira de um terreno, nem é
desmontado como uma máquina. Constitui-se em signo de alguma coisa, para alguém, em um
contexto de signos e de experiências”.
Ao mesmo tempo em que o muro pode representar proteção, como visto nos períodos
antigos, e hoje, como defesa dos direitos individuais de protesto e manifestação; pode ser
entendido como um limitador, como imposição de margem máximo do alcance do
pensamento.
Uma crítica não pode ir além do muro, porque do outro lado está a crítica do outro.
Essas críticas não devem se relacionar? O debate não permitiria o desenvolvimento de ideias
coletivamente construídas? As diferenças de pensamento não podem se entrelaçar?
A linguagem, o dizer, os enunciados do arquiteto e urbanista de proporcionar um
espaço para o povo, voltado para as reuniões de públicos como planejado por Lucio Costa
para o gramado da Esplanada, não possuem seu sentido verdadeiramente acontecendo, como
Carlos (2007) cita ao se referir as contradições da prática.
Na ótica de Pêcheux (2002), o acontecimento é entendido como o “ponto de encontro
entre uma atualidade e uma memória” em uma dada conjuntura. Assim, quando o muro de
chapa metálica, construído por presidiários nesse ano, se vincula por memória aos muros
construídos ao longo da história, podem ser para proteger o que é privado (pensamento de
cada brasileiro) ou para limitar um espaço (seu pensamento não pode passar de certo ponto).
O que definirá seu sentido é o destinatário dessa informação sígnica, desse enunciado,
que nesse caso é visual e de cunho político. Como Maingueneau (2013, p. 22) afirma: “todo
ato de enunciação é fundamentalmente assimétrico: a pessoa que interpreta o enunciado
reconstrói seu sentido a partir de indicações presentes no enunciado produzido, mas nada
garante que o que ela reconstrói coincida com as representações do enunciador”.
ASPECTOS CONCLUSIVOS

Tendo em vista as temáticas levantadas neste trabalho, permeando entre o surgimento


dos muros e muralhas dentro da história da arquitetura e do urbanismo desde o neolítico, até o
modernismo, momento das artes em que Lucio Costa e Oscar Niemeyer projetaram a nova
capital nacional, Brasília, e, mesclando aos recentes acontecimentos da política nacional
brasileira, principalmente no abrangente ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e
Supremo Tribunal Federal, na atuação veemente dos três poderes, a Análise do Discurso
Francesa, com a tenacidade para atuar em campos tão diversos através da
interdisciplinaridade, permitiu encontrar novos olhares sobre o que seria um mero fato na vida
de um país.
Com a perspectiva de atuar na complexidade que há entre sentido e dizeres, e
propondo questionar ações além do que aparentam ser, almeja-se ter apresentado um caminho
de interpretação para aquecer o pensamento crítico e estimular a contínua reformulação de
repertório e memória.

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