Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
In: A Idade Contemporânea: curso de história da Igreja. São Paulo: Paulus, 1999, p. 21-86.).
1.1 A Restauração
- […] a harmonização das leis estatais com as normas canônicas e a volta à estreita relação entre
trono e altar, para a afirmação de uma sociedade oficialmente cristã, constituíam uma hipótese
com pouca probabilidade de aceitação geral. (p. 22).
- Revolução Industrial: aumento da população, urbanização, novas tecnologias (ferrovia,
iluminação a gás), mudanças na concepção e organização do trabalho; trabalho de mulheres e
crianças/profundas transformações sócias transformações sociais;
- Economia capitalista em ascensão; O acúmulo de riqueza que provinha do comércio
de produtos industrializados das fábricas europeias. Enorme capacidade de
transformação da natureza, por meio da utilização cada vez mais de
máquinas movidas à vapor, gerando uma grande produção onde a
multiplicação dos lucros era cada vez maior.
- “No campo religioso, tendia-se a reproduzir a sociedade oficialmente cristã mediante a aplicação
de sansões civis às censuras impostas pelos bispos e através de uma pastoral baseada na coerção:
mas esse método colidia com o sentimento anticlerical. […], o que provocava no clero um
desassossego crescente e a tendência a ler o mundo como “descristianizado” e afastado da
verdadeira religião.” (p. 23).
- Prática sacramental – um hábito social/Prática religiosa carregada de superstições/Formação
religiosa/vida moral: marcada pelo concubinato e numerosos filhos ilegítimos;(ler nota de rodapé
8).
- Missões populares/restauração das velhas ordens religiosas/florescimento de novas ordens
dedicadas ao apostolado;
- “Amizade Católica” (1817): sociedade secreta católica/difusão de livros edificantes/França e
Itália.
- Leão XII (1823-1829): - buscava-se redefinir o papel da Igreja no conjunto da nova sociedade
europeia; estabelecer a ordem, hierarquia e harmonia entre as diferentes classes sociais.
-“[…] a Igreja deixava para trás o tumultuado período das revoluções […]. Isso inicialmente a levou
a compartilhar, com as diversas nações, o empenho pela reconstrução de uma ordem social
inspirada na exaltação da ideia de autoridade e na busca dos instrumentos políticos e culturais
aptos a garantir essa sua posição;” (p. 24-25).
- Sistema liberal em oposição a função social da Igreja e aos valores do cristianismo. (ler nota 13.).
- Período revolucionário: visto como “um abismo” social.
- “ A descristianização violenta acarretada pelo período revolucionário era considerado o último elo
do secular que, iniciado com a reforma protestante, havia tirado da Igreja a autoridade sobre a
sociedade, fazendo que o mundo se precipitasse no precipício da desordem e da descrença. […] Só
uma Restauração dos princípios e dos valores indicados pelo magistério eclesiástico poderia
permitir que os homens reencontrassem o caminho para uma convivência social e pacífica.” (p. 25).
- Catolicismo versus mundo moderno.
- “ A ideologia de cristandade é o modelo cultural dominante de que serviu a Igreja para definir a
sua relação com o mundo e com a sociedade: esse modelo, que tinha sua raízes no canonismo
medieval e na reforma gregoriana e encontrava na eclesiologia tridentina uma especial adaptação à
situação, tornou-se “ativo” a partir da segunda metade do século XVIII, permanecendo operante até
o Vaticano II.” (p. 41).
- “[…], depois de ter experimentado a crise definitiva da sociedade cristã do ancien régime, eles
acentuam a visão negativa sobre a nova forma de sociedade e propõem o modelo de cristandade
como o único caminho que restava.” (p. 41).
- […] Pio IX ainda estava dominado pela ilusão do retorno a cristandade, mas de Leão XIII a Pio
XII a reconstrução da cristandade assume formas novas, lançando-se as premissas que levarão à sua
superação.” (p. 51).
- “No século XIX, o projeto de cristandade defrontou-se com a Questão Romana; no século XX,
teve de enfrentar outros fatores, como a guerra, o fascismo, o bolchevismo e as intensas mudanças
sociais e econômicas do mundo. Esse confronto foi muito difícil.” (p. 51).
- Questão Romana – disputa territorial entre o governo italiano e o papa (1861-1929)/Tratado de
Latrão (1929). (Ler: MARTINA, Giacomo. História da Igreja de Lutero a nossos dias: v. IV: a era
contemporânea. São Paulo: Loyola, 1997, p. 11-24).
- Leão XIII - “ […] aos poucos punha as bases para a superação, através de longa série de
intervenções doutrinais, mediante uma constante atenção aos problemas sociais e sobretudo, na
encíclica Libertas, de 20 de junho de 1888, na qual abria-se para uma visão positiva da democracia
e da participação política”. (p. 52). Ler notas 69 e 70. - Questão social.
- Pio X – programa do pontificado/paz (ler p. 53). Modernismo; (Ler: MARTINA, Giacomo.
História da Igreja de Lutero a nossos dias: v. IV: a era contemporânea. São Paulo: Loyola, 1997, p.
73-103).
- Bento XV – encíclica Ad beatissimi apostolorum principis (1914). Preocupação com a paz,
enfrentamento ao comunismo; (ler citação p. 55).
- Pio XI – Festa de Cristo Rei; Confronta-se com as forças do fascismo, do nacional-socialismo e
do marxismo.
- Esclareceu-se o papel da Igreja e o papel do Estado;
- Fascismo e comunismo: heresia intelectual;
- “Propunha, então, a superação do capitalismo e do marxismo com a hipótese da construção de
uma civilização cuja a forma não podia deixar de ser cristã, porque plenamente corresponde ao
clima histórico dos tempos. Isso comportaria mudanças muito profundas na vida humana e nas
instituições.” (p. 57).
- Pio XII – estabeleceu as linhas de uma “nova ordem cristã”.
- Motivação de católicos na política partidária;
- “Sociedade perfeita”: Aristóteles, Santo Tomás, Gregório VII (papa/reformista no séc. XII);
- “Sociedade perfeita” em oposição à Constituição civil do Clero/séc. XVIII; Tema do Vaticano I;
- “Sociedade desigual e hierárquica – Gregório XVI.
- “A ideologia de cristandade permeou não só a Igreja, em si mesma e nas suas relações com o
mundo, mas toda a vida cristã, pois foi vivenciada pelo povo cristão sobretudo através de um
sistema devocional.” (p. 61).
- Correntes teológicas/Vaticano I:
a) Corrente tradicionalista e a ultramontanista: De Bonald, De Maistre e Lamennais - “cristandade”
b) Corrente “liberal”: canonistas febronianos, richeristas, josefinistas, jansenistas; Igreja católica e
Igrejas protestantes/autoridade e formas de governo;
- Acentuação na autoridade da Igreja/dogma da infalibilidade papal;
1.5. 2 Rumo a nova imagem de Igreja
Ler: p. 73-77
-Projeto de cristandade/Vaticano II;
- Paulo VI – encíclica Ecclesiam suam, traçou novos rumos à Igreja;
- diálogo entre a Igreja e o mundo/abertura ecumênica;
- Via espiritual: consciência de si
- Via moral: Igreja hoje/Igreja de Cristo;
- Via apostólica: missão/diálogo com o mundo;
1.5.4 A nova eclesiologia leva a novo relacionamento entre Igreja e mundo (Ler: p. 80-84)
- Ideologia de cristandade: distancia entre Igreja e o mundo;
- História da Igreja;
- Lumen gentium;
- Gaudium et spes;